Lição 5, Um Inimigo que Precisa Ser Resistido 1º Trimestre de 2019 - Batalha Espiritual: O povo de DEUS e a guerra contra as potestades do mal.

 - Comentário: Esequias Soares
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454.
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TEXTO ÁUREO“Sujeitai-vos, pois, a DEUS; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.” (Tg 4.7)
 
 
 
 
VERDADE PRÁTICAO Senhor JESUS provou na tentação do deserto que o Diabo não é invencível.
 
 
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Sl 37.8 Quem resiste ao mal abandona a ira
Terça – Pv 6.16-19 As sete coisas às quais devemos resistir porque DEUS as aborrece
Quarta – Ef 4.27 Resistir ao Diabo é não dar lugar a ele
Quinta – Ef 6.13 Temos a armadura de DEUS para resistir no dia mau 
Sexta – 1 Pe 5.9 A resistência ao Diabo e ao pecado deve ser firme na fé em JESUS 
Sábado – Ap 12.11 Os vencedores são os que resistem ao mal pelo sangue do Cordeiro
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Tiago 4.1-101 - Donde vêm as guerras e pelejas entre vós? Porventura, não vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam? 2 - Cobiçais e nada tendes; sois invejosos e cobiçosos e não podeis alcançar; combateis e guerreais e nada tendes, porque não pedis. 3 - Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites. 4 - Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra DEUS? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de DEUS. 5 - Ou cuidais vós que em vão diz a Escritura: O ESPÍRITO que em nós habita tem ciúmes? 6 - Antes, dá maior graça. Portanto, diz: DEUS resiste aos soberbos, dá, porém, graça aos humildes. 7 - Sujeitai-vos, pois, a DEUS; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. 8 - Chegai-vos a DEUS, e ele se chegará a vós. Limpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai o coração. 9 - Senti as vossas misérias, e lamentai, e chorai; converta-se o vosso riso em pranto, e o vosso gozo, em tristeza. 10 - Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará.
 
Comentários BEP - CPAD
4.1 DONDE VÊM AS GUERRAS E PELEJAS ENTRE VÓS? A origem principal das contendas e conflitos na igreja concentra-se no desejo de reconhecimento, honrarias, glória, poder, prazer, dinheiro e superioridade. A satisfação dos desejos egoístas torna-se mais importante do que a retidão e a vontade de Deus (cf. Mc 4.19; Lc 8.14; Gl 5.16-20). Quando isso ocorre, surgem conflitos egocêntricos na congregação. Os causadores dessa situação demonstram que não têm o Espírito e que estão fora do reino de Deus (Gl 5.19-21; Jd. 16-19).
4.2 GUERREAIS. Esta palavra pode ser usada aqui figuradamente no sentido de odiar (cf. Mt 5.21,22).
4.3 PEDIS E NÃO RECEBEIS. Deus deixa de responder as orações dos que amam os prazeres e que desejam honra, poder e riquezas (ver v.1). Todos devemos tomar consciência disso, porque Deus não ouvirá as nossas orações se tivermos o coração cheio de desejos egoístas. As Escrituras nos dizem que Deus aceita somente as orações dos justos (Sl 34.13-15; 66.18,19), daqueles que o invocam em verdade (Sl 145.18), dos genuinamente arrependidos e humildes (Lc 18.14) e daqueles que pedem segundo a sua vontade (1 Jo 5.14)
4.4 AMIZADE DO MUNDO É INIMIZADE CONTRA DEUS? "A amizade do mundo" é adultério espiritual, i.e., infidelidade a Deus e ao nosso compromisso de dedicação a Ele (1 Jo 2.15-17; cf. Is 54.5; Jr 3.20). Significa acatar os pecados, os valores e os prazeres malignos do mundo. Deus não aceitará semelhante amizade (Mt 6.24), porque é um Deus zeloso (Êx 20.5; Dt 5.9). Um exemplo de amizade desse tipo é a participação do crente em sociedades secretas (i.e., a filiação a lojas maçônicas) que exigem juramentos, ritos e práticas religiosas antibíblicos e comunhão com incrédulos, coisas essas que estão proibidas na Palavra de Deus (Mt 5.33-37; 2 Co 6.14). O crente não pode pertencer a tais sociedades sem transigir com a doutrina cristã (2 Pe 3.16), com os padrões divinos, com o princípio bíblico da separação do mundo (2 Co 6.17,18) e com sua lealdade a Cristo (Mt 6.24)
4.5 O ESPÍRITO QUE EM NÓS HABITA. A construção do versículo 5, em grego, não é muito clara. Pode significar que a tendência natural do espírito humano é opor-se a Deus e ao próximo e desejar os prazeres pecaminosos do mundo (v. 4). Porém, essa tendência pode ser alterada pela graça de Deus pois alcança todos aqueles que humildemente aceitam a salvação em Cristo (v. 6).
4.6 DEUS RESISTE AOS SOBERBOS. Deve ficar gravado em nossos corações e mentes o quanto Deus aborrece o orgulho. O orgulho em nossas vidas faz Deus rejeitar nossas orações e reter sua presença e graça para conosco. O exaltado em si mesmo, que busca a honra e a estima dos outros a fim de satisfazer o seu orgulho, afasta de si a ajuda de Deus. Mas para aqueles que com humildade se chegam a Deus, Ele lhes dá abundância de graça, de misericórdia e de ajuda em todas as situações da vida (ver Fp 2.3; Hb 4.16; 7.25).
4.8 CHEGAI-VOS A DEUS. Deus promete estar perto de todos que se afastam do pecado, que purificam os seus corações e que o invocam verdadeiramente arrependidos. A comunhão com Deus trará sua presença, graça, bênçãos e amor.
4.11 NÃO FALEIS MAL UNS DOS OUTROS. É desprezar a lei divina do amor em relação a uma pessoa que está sendo acusada de algo: (1) não procurar conhecer os detalhes da situação; (2) não falar com a própria pessoa que está sendo acusada; e (3) difamar essa pessoa.
4.15 SE O SENHOR QUISER. Os crentes, ao estabelecerem alvos e planos para o futuro, sempre devem buscar a Deus e a sua vontade. Não devem agir como o rico insensato (Lc 12.16-21); pelo contrário, devemos reconhecer que a verdadeira felicidade e uma vida de beneficência dependem totalmente de Deus. O princípio pelo qual devemos viver deve ser: "Se o Senhor quiser". Se for sincera a nossa oração "Faça-se a tua vontade" (Mt 26.42), estejamos certos de que nosso presente e futuro estarão aos cuidados protetores do nosso Pai celestial (cf. At 18.21; 1 Co 4.19; 16.7; Hb 6.3)
4.16 PRESUNÇÕES. Quando a pessoa atinge alvos estabelecidos, a sua tendência é gloriar-se. Esta jactância vem da falsa suposição de que tudo quanto realizamos é produto do nosso próprio esforço e não da ajuda de Deus e do próximo. O NT nos exorta a gloriar-nos em nossas fraquezas e na dependência de Deus (2 Co 11.30; 12.5,9).
 
 
OBJETIVO GERAL - Estabelecer a perspectiva bíblica de resistência ao Diabo.
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Falar a respeito dos destinatários, conteúdo e tema da epístola;
Refletir a respeito dos deleites da vida;
Conscientizar que devemos resistir o Inimigo.
 
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Para a lição desta semana é imprescindível o estudo sobre a epístola de Tiago. Vamos estudar acerca da resistência que devemos ter contra o Maligno. O texto em análise na presente lição é Tiago 4.1-10, uma seção bíblica que trata do tema de santidade. Ou seja, você deve estudar o panorama geral da epístola e o assunto doutrinário de santidade. Nesta seção, veremos que resistir ao Diabo é, na verdade, submeter-se à vontade de DEUS, resistindo as tentações da carne que tentam nos impor um estilo mundano de vida. Aqui, Tiago nos faz um chamado à santidade!
 
PONTO CENTRAL - O Diabo não é invencível.
 
Resumo da Lição 5, Um Inimigo que Precisa Ser Resistido
I – A EPÍSTOLA DE TIAGO
1. Destinatários.
2. Conteúdo.
3. Tema.
II – OS DELEITES DA VIDA
1. Guerras e pelejas (v.1).
2. Os deleites.
3. Cobiçosos e invejosos (v.2).
4. Adúlteros e adúlteras (v.4).
III – RESISTINDO AO INIMIGO
1. Tiago apresenta a receita para resistir ao Inimigo.
2. A submissão a DEUS.
3. Os lamentos e os resultados.
 
 
SÍNTESE DO TÓPICO I - carta de Tiago foi dirigida aos primeiros cristãos dispersos no império romano e enfatiza um cristianismo eminentemente prático.
SÍNTESE DO TÓPICO II - As guerras e as pelejas, conforme semanticamente expostas, são consequências dos desejos por deleites da vida. A cobiça, a inveja e o adultério são frutos disso.
SÍNTESE DO TÓPICO III - Para resistirmos o Inimigo, precisamos submeter-nos a DEUS.
 
PARA REFLETIR - A respeito de “Um Inimigo que Precisa Ser Resistido”, responda:
O que mostra a palavra “sinagoga” em Tiago 2.2? O emprego da palavra “sinagoga” como alternativa mostra que Tiago vem de uma época em que os discípulos eram chamados de “o movimento de JESUS”.
A que se refere a expressão “guerras e pelejas”? A expressão “guerras e pelejas” se refere às discussões acirradas sobre “o meu e o teu”.
O que só o cristianismo tem e que fez dele a única religião do planeta com tal característica? Na verdade, o cristianismo é a única religião do planeta que tem o ESPÍRITO SANTO (Jo 14.16,17).
O que significa a expressão “duplo ânimo” (Tg 4.8)? O duplo ânimo diz respeito aos crentes indecisos e divididos em suas decisões entre DEUS e o mundo (Tg 1.8).
Quais as bênçãos resultantes das exortações de Tiago? Essas exortações resultam em bênçãos, entre elas a de que o Diabo fugirá de nós, e o Senhor nos “exaltará” (v.10).
 
 
Comentários Extras
      
Deleite (Strong Português) - ηδονη hedone - handano (agradar)
1) prazer
2) desejos pelo prazer
 
 
Ciúme - Strong Português) φθονος phthonos
provavelmente semelhante a raiz de 5351; n m
1) inveja
2) por inveja, i.e., motivado pela inveja
 
Ciúmes - No Novo Testamento, a palavra grega básica é zelos, que pode ser usada no bom sentido do zelo (2 Co 7.11; 9.2; 11.2), ou no mau sentido do ciúme (Rm 13.13; 1 Co 3.3), podendo até mesmo trazer uma conotação de inveja. Um sinônimo, phthonos, é sempre empregado quando se deseja transmitir o sentido de inveja (Mt 27,18; Fp 1.15). Dicionário Bíblico Wycliffe
 
Ciúmes - Disposição ou atitude que não tolera a infidelidade. Nesse sentido Deus é zeloso, tem ciúmes e exige que os seus seguidores adorem somente a ele (Tg 4.5; v. ZELO - Dicionário Biblia Almeida
 
 
TIAGO A PRÁTICA DA VIDA CRISTÃ
 
A Epístola Da Religião Pura:
Autor: Tiago, Irmão De JESUS, Casado, Homem De Caráter Íntegro, Honesto E Conselheiro; Homem De Oração, Líder Da Igreja Em Jerusalém, Chamado "Tiago, O Justo"; Morreu, Segundo Historiadores, Por Volta Do Ano 60 D. C., Depois De Escrever Seu Livro Aproximadamente No Ano De 48 D. C..
Situação Da Época: Havia Grande Fome Na Judéia E O Movimento Zelote Usando De Violência, Fazia Levantes Por Toda A Região, Promovendo Também Debates Religiosos; A Grande Preocupação De Tiago Era Com As Igrejas Abertas Por Todas As Províncias Vizinhas.
Quanto À Sua Liderança, Sem O Princípio Judaico, Que Estimulava As Boas Obras; O Mundo Estava Entrando Na Igreja: - O Rico Era Bajulado E O Pobre Humilhado; Haviam Críticas E Palavras Descontroladas; A Sabedoria Era Terrena, Animal E Diabólica; A Inveja E A Ambição Promovia Violentas Discussões E Divisões; Era Grande A Inconstância Nas Coisas De DEUS; Não Havia Reverência E Nem Temor De DEUS; Os Doentes E Necessitados Eram Abandonados, Muitos Estavam Se Desviando Do Evangelho Verdadeiro. Falsos Mestres Se Introduziram Na Igreja.
A Doutrina Da Justificação Pela Fé Era Largamente Difundida E Confundida Pela Igreja.
Os Cristãos Foram Dispersos, Sendo Perseguidos E Maltratados;
Orações Não Eram Ouvidas Por DEUS; Crentes Estavam Fracos Na Fé (Cheios De Problemas)
Conselhos E Exortações De Tiago Para Solução Desses Problemas: 
Como Vencer As Provas E Tentações: 1 Jo 2:15,16 (Concupiscência Da Carne, Dos Olhos E Soberba Da Vida).
Tentação É Indução Ao Mal - Provação É Fidelidade A DEUS.
Coisa Má, Vem Do Diabo
Para Vencer Esse Mal.
Pode Ser Também Passar Por Prova Vem De DEUS, Coisa BoaÁguia E Pintainhos = A Águia Treina Seus Pintainhos Atirando-Os Do Despenhadeiro Até Que Os Mesmos Possam Voar Sozinhos.
Sete Passos Para A Vitória:
1-Saber Utilizar A Palavra De DEUS.
2-Através Da Oração. 
3-Através Da Vigilância.
4-Através Da Disciplina Pessoal: Controle Do Corpo 
5-Resistindo Ao Diabo
6-Buscando A Santificação: corpo, alma e espírito (1 Ts 5:23)
7-Ocupando A Mente Com Coisas Boas.
A Perseverança Na Oração: Buscar-Me-Eis E Me Achareis, Quando Me Buscardes De Todo O Vosso Coração, De Todo O Vosso Entendimento.
Duas Maneiras De Orar: Convencional E Oração Com Fé.
Tipos De Oração: Arrependimento ( 1 Jo 1:9),
Agradecimento (Ação De Graças),
Louvor (Pelo Que DEUS Fez E Faz),
Adoração (Pelo Que DEUS É),
Petição (Pedindo Por Nós Mesmos),
Consagração (Colocando-Nos A Disposição De DEUS E De Sua Vontade),
Entrega Ou Lançamento ( Lançando Sobre Ele Todas As Vossas Anciedades),
Intercessão (Pelos Outros, A Favor De E Contra Satanás)
 
A Prática Da Palavra De DEUS: Grande Distância Entre Falar E Fazer
Grande Distância Entre Pregar E Praticar
Grande Distância Entre Ensinar E Dar O Exemplo
Somos Vistos Pelo Mundo Como Cristãos Ou Como Atores, Representando Um Papel De Seguidores De CRISTO? Analisemo-Nos A Nós Mesmos.
A Religião Pura E Imaculada
União Do Homem Com DEUS - Processo Gradativo, Vamos Crescendo.
Características:
1.       Saber Refrear A Língua:
Pv18:21 - Poder De Vida E De Morte Na Língua, Por Suas Palavras Serás Justificado, Semear Na Carne, Na Carne Ceifará.
2.       Visitar Órfãos E Viúvas
Ajuda Material Também É Importante.
3.       Guardar-Se Da Corrupção Do Mundo
4.       Santificação No Corpo, Alma E ESPÍRITO
Maná: Colhido De Madrugada, Moído, Preparado Com Água, Bolo Para Comer E Dar De Comer.
DEUS Condena A Acepção De Pessoas: Receber O Rosto, Olhar O Exterior, Rm 3:23: "Todos Pecaram E Destituídos Estavam Da Glória De DEUS."
ESPÍRITO SANTO Não Tem Sexo: Mulheres Podem E Devem Trabalhar Na Obra Do Senhor.
Predestinação: Equidade:
A Fé Sem Obras É Morta: O Mundo Só Saberá Que Temos Fé Em DEUS Se Ver As Nossas Boas Obras Feitas Em CRISTO. 1 Pe 2:12 "O Vosso Procedimento Entre Os Gentios Seja Correto, Para Que, Naquilo Em Que Falam Mal De Vós, Como De Malfeitores, Observando As Vossas Boas Obras, Glorifiquem A DEUS No Dia Da Visitação.
Somos Justificados Pela Fé , Sem As Obras ( Ex.: Ladrão Da Cruz); Mas Somos Condenados Pela Falta De Fé Quando Não Praticamos Aquilo Para Que Fomos Chamados. As Obras Devem Ser O Resultado De Uma Legítima Conversão.
Circuncisão De Abrahão ( Justificado Pela Fé Antes Da Circuncisão, Sinal, Externo Exigido Depois)
Salvação ( Sinal Interno Que Os Que Nos Vêm Notam A Mudança Externa)
Batismo No ESPÍRITO SANTO ( Sinal Interno)
Batismo Nas Águas ( Sinal Externo, Exigido Por DEUS, Mc 16:15)
O Tropeço Na Palavra: Pequeno Leme, Navio Grande (Língua)
 Pv 18:21 "O Poder De Vida E De Morte Está Na Língua" ( Sempre Abençoar)
 Batismo No ESPÍRITO Quando DEUS Consegue Dominar A Língua. Penas De Galinha Espalhadas Pela Cidade Toda, Pegue=As De Volta Todas Se Puder (Nunca Mais Volta A Ser Como Dantes.).
 A Sabedoria Do Alto: Sábio É:
- Aquele Que Tem Bom Trato: Aquele Que Tem Obras De Mansidão De Sabedoria Aquele Que Vê O Mal E Se Esconde (Fugi De Toda A Aparência Do Mal)
Aquele Que Ganha Almas
Características Da Sabedoria Que Vem Do Alto: Pura, Pacífica, Moderada, Tratável, Cheia De Misericórdia, Cheia De Bons Frutos, Sem Parcialidade, Sem Hipocrisia (Fingimento).
    Diferença Entre Palavra De Sabedoria E Sabedoria Que Vem Do Alto: Palavra De Sabedoria : Dom Do ESPÍRITO, Palavra No Futuro, Só DEUS Sabe, Manifestação Sobrenatural. Sabedoria Que Vem Do Alto, De DEUS: Sabedoria Que É Dada Para Se Fazer Alguma Coisa Ou Resolver Algum Problema. É Residente Na Pessoa.
     Resistindo Às Paixões Humanas: Como Fazer Para Acabar Com As Divisões Entre Irmãos?
1- Sujeitando A DEUS E Resistindo Ao Diabo
2- Chegando-Se A DEUS
3- Purificando O Coração
4- Sentindo As Misérias
5- Humilhando-Se Perante O Senhor
6- Não Falar Mal Uns Dos Outros
A Falibilidade Dos Projetos Humanos: Muitos Planos Nascem Da Soberba Não Levam Em Conta A Vontade De DEUS. O Dia De Amanhã Não Nos Pertence, A Vida É Como O Vapor. Devemos Sempre Dizer E Ter Consciência De Que Se O Senhor Quiser Faremos Isso Ou Aquilo; Também Nos Lembramos De Que Se Vivermos... Os Ricos Opressores São Condenados: Riquezas Criadas Por DEUS Produzidas Pelo Homem Ricos Miseráveis Acumulação Iníqua De Riquezas Sistemas Econômicos Injustos Má Distribuição De Renda Efeitos Sociais Desastrosos A Igreja Deve Ensinar Que: Aquele Que Tem Muito, Ajuda Aquele Que Não Tem, Afim De Que Ao Que Tem Não Sobre, E Ao Que Não Tem Não Falte.(Ex.: At 4:34,35) O Que Tem Reparta Com O Que Não Tem. Paciência E Constância: A Paciência Do Crente O Leva À Presença De DEUS E Ao Descanso Eterno. "Portanto, Meus Amados Irmãos, Sede Sempre Firmes E Constantes, Sempre Abundantes Na Obra Do Senhor, Sabendo Que O Vosso Trabalho Não É Vão No Senhor". 1Co15:58. Vistes A Paciência De Jó? Paciência É Perseverar Na Fé Mesmo Que Lhe Custe A Vida. "Porquanto, Ainda Que A Figueira Não Floresça, Nem Haja Fruto Na Vide; O Produto Da Oliveira Minta, E Os Campos Não Produzam Mantimento; As Ovelhas Da Malhada Sejam Arrebatadas, E Nos Currais Não Haja Vacas, Todavia, Eu Me Alegrarei No Senhor, Exultarei No DEUS Da Minha Salvação." "Porque Necessitais De Paciência, Para Que, Depois De Haverdes Feito A Vontade De DEUS, Possais Alcançar A Promessa. Porque Ainda Um Poucochinho De Tempo, E O Que Há De Vir Virá E Não Tardará.
Mas O Justo Viverá Da Fé; E, Se Ele Recuar, A Minha Alma Não Tem Prazer Nele."  Administrando Os Meios Da Graça: Tt 2:11 "Porque A Graça De DEUS Se Há Manifestado, Trazendo Salvação A Todos Os Homens" Sozo = Salvação = Abrange corpo, alma e espírito.
Se Está Aflito Ore, Se Está Alegre Cante. Sl 34:19 = "Muitas São As Aflições Do Justo, Mas O Senhor O Livra De Todas." Jo 16:33 = "No Mundo Tereis Aflições, Mas Tende Bom Ânimo, Eu Venci O Mundo." Rm 8:37= "Mas Em Todas Essas Coisas Somos Mais Do Que Vencedores, Por Aquele Que Nos Amou." Em Todas As Situações Pelas Quais Passamos, Damos Graças A DEUS Por Mais Uma Oportunidade De Sermos Provados E Vencermos Com CRISTO Ao Nosso Lado.
Está Alguëm Alegre, Cante = Diferença Entre Louvor E Adoração  
A Beleza = A Verdadeira Beleza Vem De Dentro, De Um ESPÍRITO Manso E Quieto (1 Pe 3:4)
Rios De Água Viva Fluirão De Dentro Daquele Que Ama Ao Senhor E O Serve Com Alegria.
Procure Atentar Para Aqueles Que Estão Ao Pé Do Caminho, Que Não Têm Forças Para Caminhar,
        Aquele Que Fizer Um Desviado Voltar À Casa Do Senhor Salvará Da Morte Uma Alma E Cobrirá Uma Multidão De Pecados.
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Comentários Extras de diversas denominações
 
 O Mundo e Deus. Tiago 4:1-10. - Comentario Biblico Moody
1. Guerras e contendas foram sugeridas em contraste com a paz do versículo precedente. Tiago tinha em mente não as guerras entre as nações mas as discussões e divisões entre os cristãos. A fonte destas encontra-se em vossos deleites (hêdonôn, que realmente significa prazeres E.R.A.) que nos vossos membros guerreiam (E.R.C.). 
2. Vocês querem e não têm; então vocês matam. E vocês cobiçam e não conseguem obter; então vocês lutam e travam guerras. Não é necessário amenizar ou corrigir a tradução matais. Ropes tem razão quando diz: 'Tiago não está descrevendo a condição de alguma comunidade em especial, mas está analisando o insultado da escolha dos prazeres em lugar de Deus" (op. cit., pág. 255). Assim a força é quase condicional, "Se vocês desejam . . . Se vocês cobiçam..." Um dos motivos porque seus desejos (neste caso, os legítimos) não estavam se realizando era porque não pediam a Deus, que é o único que pode satisfazer os desejos humanos. 
3. O segundo motivo se encontra na motivação inaceitável daqueles que pedem – para esbanjardes em vossos prazeres. A condição essencial de toda oração se encontra em I Jo. 5:14: "Se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve. 
4. Adúlteros da E.R.C, não se encontra nos melhores manuscritos e por isso deve ser omitido. O fato de Tiago se dirigir a seus leitores chamando-os de adúlteras (E.R.C.), à moda dos profetas do V.T, que falavam de Israel como sendo a esposa de Jeová (cons. Is. 54:5; Jr. 3:20; Ez. 16:23; Os. 9:1, etc.), é forte evidência de que o autor era judeu e os leitores também. Manter a amizade com o mundo é "ter boas relações com pessoas, poderes e coisas que são pelo menos indiferentes para com Deus, caso não sejam abertamente hostis" (Ropes, op. cit., pág. 260), e assim é estar em inimizade contra Deus. 
5. Uma outra razão porque um cristão não pode ser amigo do mundo está nas Escrituras. Há um grupo de possíveis traduções para as palavras que se seguem, mas acompanhando o contexto de uma determinada tradução, Deus e não o Espírito é o sujeito do verbo: Ele se enternece com ciúmes pelo Espírito que colocou em nós para habitar. Deus é um Deus zeloso (cons. Êx. 20:5 ; 34:14; Dt. 32:16; Zc. 8:2; I Co. 10:22), e portanto não há de tolerar uma fidelidade dividida. Nenhuma passagem específica do V.T, contém as palavras deste versículo, mas muitas passagens expressam sentimento semelhante. 
6. As dificuldades em se viver para Deus dedicadamente num mundo mau são muitas, mas Ele dá maior graça, a qual aqui parece significar "ajuda gratuita". E essa ajuda gratuita Deus põe à disposição, como diz Pv. 3:34, não para os soberbos, pessoas auto-suficientes, mas para os humildes, homens dependentes. 
7. A chamada sujeitai-vos, portanto, a Deus (o primeiro dos oito imperativos imediatos) segue-se logicamente à promessa da graça para os humildes. Calvino observa inteligentemente: "Submissão é mais do que obediência; ela envolve humildade". O diabo, inimigo de Deus, deve ser enfrentado com resistência e, então, ele fugirá de vós (cons. Mt. 4:1-11). Estes são dois importantes passos na fuga ao pecado do mundanismo. 
8. Os imperativos continuam com chegai-vos a Deus. Comunhão íntima com Deus assegura Sua amizade (e ele se chegará a vós) e aparta do mundo. Que o mundanismo é pecado está pitorescamente comprovado pelos imperativos seguintes: Purificai as mãos, uma referência à conduta visível; limpai o coração, uma referência às motivações do íntimo. Um homem de ânimo dobre se caracteriza pela lealdade dividida. E de acordo com esta passagem, o mundanismo é, basicamente, lealdade dividida. O famoso ensaio de Kierkegaard, "Pureza de Coração é Desejar uma Só Coisa", teve origem neste versículo. 
9. Aqui está um chamado ao arrependimento diante do pecado grave. Afligi-vos, isto é, "sintam-se miseráveis" (cons. Rm. 7:24), lamentai e chorai. Estas atitudes são mais condizentes do que o riso e a alegria (isto é, frivolidade e a leviandade do mundo) à vista das circunstâncias. Tristeza (melancolia) "é a expressão abatida e mansa daqueles que estão envergonhados e arrependidos" (Moffatt, op. cit., pág. 64). 
10. Tiago retorna à sua exortação inicial na série (4:7) com as palavras, humilhai-vos. A promessa se emparelha com elas, e ele vos exaltará.
 
 
PERSPECTIVAS DE FÉ - Com. Bíblico - Devocional (NT)
Tiago 4—5
“Sede, pois, irmãos, pacientes até a vinda do Senhor” (Tg 5.7).
A paciência e a oração são recursos que tornam suportáveis os sofrimentos atuais.
Visão Geral
Motivos e atitudes afetam a oração (4.1-6). A humildade (w. 7-10), a imparcialidade (w. 11,12) e a confiança (w. 13-17) diante da injustiça (5.1-6) são adequadas para os crentes, como o são a paciência (w. 7-11) e a pura honestidade (v. 12). Até que Jesus venha, nós temos a oração (w. 13-18), e temos uns aos outros (w. 19,20).
Entendendo o Texto
“Donde vêm as guerras e pelejas entre vós?” (Tg 4.14). E fácil culpar as circunstâncias e outras pessoas pelos conflitos. Às vezes, outros devem ser culpados, na verdade: algumas pessoas são simplesmente hostis, procurando sempre uma oportunidade de fazer mal aos outros ou de combatê-los. Mas o primeiro lugar a procurar, quando nós sentimos hostilidades, é dentro de nós mesmos. O que Tiago quer dizer é que nós nos tornamos hostis e contendemos com os outros quando eles parecem ameaçar algo que queremos. É mais provável que você dispute com um rival por aquela promoção que deseja do que com qualquer outro colaborador. A inveja de outras pessoas distorcerá a maneira como você age em relação a elas e a maneira como você interpreta os seus atos.
Não há muito que você ou eu possamos fazer, se a outra pessoa estiver determinada a ser hostil. Mas há muito que nós podemos fazer quando encontramos a razão para a disputa dentro de nós mesmos. Em primeiro lugar, nós podemos examinar nossas motivações para ver se estão em harmonia com a santidade. Em segundo lugar, podemos determinar-nos a não usar meios pecaminosos para alcançar qualquer objetivo, ainda que seja bom. Em terceiro lugar, podemos orar pelas pessoas com quem nós temos problemas, pedindo que Deus as ajude e nos ajude a preocupar-nos com elas. Finalmente, podemos comprometer-nos com o Senhor, pedindo-lhe que não nos dê o que nós queremos, mas aquilo de que precisamos.
“A amizade do mundo é inimizade contra Deus” (Tg 4.4). Aqui, como nos textos de João, o “mundo” (kosmos) é a cultura humana pecaminosa, com sua complexa rede de motivações, desejos e percepções que se concentram, de modo egoísta, na vida no universo atual. Tiago diz que não podemos desenvolver uma afinidade com a perspectiva do mundo sobre a vida e esperar continuar a ter amizade com Deus, cuja perspectiva é completamente diferente.
A advertência reflete algo que Tiago acabava de dizer sobre a oração. Com frequência, as nossas orações não são atendidas “porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites” (v. 3). Não é que Deus não nos permita diversão ou relaxamento. Porém, uma atitude egocêntrica, em que o desejo de satisfação pessoal deixa o interesse por Deus e pelos outros de lado, não estimulará orações que Deus esteja disposto a atender.
Este mundo não é uma loja de brinquedos, e Deus não é um pai indulgente que nos compra tudo o que queremos. Especialmente quando os brinquedos que as pessoas mundanas desejam são odiosos a Deus!
“Deus resiste aos soberbos, dá, porém, graça aos humildes” (Tg 4.5,6). A “inveja” é um sentimento amargo incitado pelo fato de que outra pessoa possui algo que nós queremos, seja riqueza, popularidade ou sucesso. Tiago nos adverte de que “o Espírito que em vós habita tem ciúmes”. Todos aqueles desejos que se agitam em nós e provocam “guerras e pelejas” estão enraizados na própria natureza humana decaída. Não se surpreenda, se você se vir orientado para o mundo, que é o inimigo de Deus!
Mas o versículo 4 enfatiza a palavra “quiser”. O desejo em si mesmo não é pecado. O pecado é uma escolha motivada pelo desejo. Como é maravilhoso saber que Deus nos “dá maior graça”, capacitando-nos dessa maneira a dominar as nossas tendências naturais. E como é importante que nos humilhemos diante dEle e peçamos esta graça.
“Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?” (Tg 4.11,12). Tiago nos convidou a viver uma vida humilde. Agora ele prossegue, exemplificando isso. Uma pessoa que é rápida para julgar os atos dos outros não é humilde. Ele, ou ela, subiu com dificuldade à cadeira do Juiz, agarrou o seu martelo e empurrou o Juiz para o lado. Existe um único Legislador e Juiz. Lembre-se disso, quando você se sentir tentado a julgar os outros. Você e eu não estamos no tribunal. Estamos diante do tribunal, ao lado da mesma pessoa cujo caso queremos decidir e arrogantemente julgar!
“E um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece” (Tg 4.13-17). Uma velha professora sempre concluía as suas cartas aos ex-alunos com “d.v.”. Finalmente, um deles lhe perguntou o que queriam dizer essas letras. A resposta foi: “dio volente” — se Deus quiser.
É isso o que Tiago dizia aqui. Certifique-se de acrescentar “d.v.” a cada plano que você fizer, a cada intenção que você expressar. A arrogância olha à frente e pressupõe que o futuro é seguro, que o negócio prosperará, que o corpo continuará saudável, que os entes queridos sempre estarão ali. A pessoa humilde vive consciente da fragilidade humana, e “d.v.” é o pós-escrito prudentemente acrescentado a cada plano.

DEVOCIONAL
O Bom e Velho “Como Fazer Isto” Americano? (Tg 4.1-10)
Depois de anos de ministério em igrejas e seminários, eu observei uma coisa peculiar. A primeira pergunta que nós, americanos, fazemos é; “Como!”. Não importa se estou ensinando sobre educação cristã ou liderança na igreja, sempre que introduzo um conceito, alguém pergunta: “Mas como podemos fazer isso?”. Não perguntam: “Isso é certo?”, nem: “Isso é bíblico?”, mas: “Como podemos fazer ISSO?”.
Pode ser que esta seja uma característica humana, e não apenas americana. Eu suspeito de que Tiago também estivesse ciente das perguntas “como?” do seu público. Certamente poucas passagens das Escrituras têm tantos verbos ativos juntos em poucos versículos, como 7-10, a seção “como” que coroa os comentários de Tiago sobre conflito, orações não atendidas e a necessidade de graça para superar a nossa tendência natural à inveja.
Os dois primeiros verbos sugerem princípios gerais. Nós devemos sujeitar-nos a Deus. E devemos resistir ao Diabo. A maneira COMO nós fazemos isso é explicada pelos outros verbos, nesses versículos.
(1)    Nós “nos chegamos” a Deus. Conscientemente, fixe os seus pensamentos no Senhor e aproxime-se dEle em oração. Tiago nos promete que, quando fizermos isto, Deus se curvará para nos ouvir. Este sempre é o primeiro passo na submissão.
(2)    Nós “limpamos as mãos” e “purificamos o coração”. Ao nos aproximarmos de Deus como pecadores, confessamos os nossos pecados. E, embora tenhamos sido “inconstantes” (cf. 1.8), assumimos o compromisso de obedecer, independentemente do que Deus nos peça para fazer.
(3)    Nós convertemos o nosso “riso em pranto”. Rejeitamos 0 sistema do mundo com os seus falsos valores. Percebemos que, para a maioria das coisas de que o mundo se ri, na verdade, o pranto é mais adequado, e a maioria das coisas em que o mundo encontra alegria, na verdade, lança um manto de tristeza e melancolia sobre o universo de Deus. Converter o nosso riso em pranto é substituir a perspectiva que o homem perdido tem da vida pela perspectiva de Deus e avaliar todas as coisas segundo os seus padrões.
(4) “E Ele vos exaltará”. Quando nós nos humilhamos dessa maneira diante de Deus, sentimos que as suas mãos amorosas nos agarram e nos exaltam. Quando nos humilhamos diante de Deus, não é apenas a nossa maneira de ver a vida que é modificada. Nós mesmos somos transformados! Somos exaltados à novidade da vida.
Aplicação Pessoal
Ajoelhe-se para estar ao lado de Deus.
Citação Importante
“Um homem manso não é um rato humano com uma percepção da sua própria inferioridade. Em vez disso, ele pode ser, na sua vida mortal, tão corajoso como um leão e tão forte como Sansão. Porém, ele não se engana mais a seu próprio respeito. Ele aceitou a avaliação que Deus fez da sua vida. Sabe que é tão fraco e impotente como Deus declarou que ele é, mas paradoxalmente sabe, ao mesmo tempo, que, aos olhos de Deus, é mais importante do que os anjos. Em si mesmo, nada; em Deus, tudo. Este é o seu lema.” — A. W. Tozer
 
 
Advertência contra a Difamação. Advertência contra a Presunção - Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT
Tiago 4:11-17
Nessa parte do capítulo:
I
Somos advertidos acerca do pecado da difamação: “Irmãos, não faleis mal uns dos outros” (v. 11). A palavra grega, kataleite, significa falar qualquer coisa que possa machucar ou insultar alguém; não devemos falar coisas más dos outros, mesmo que sejam verdadeiras, a não ser que sejamos chamados para isso, e haja alguma ocasião necessária para isso. Muito menos devemos contar coisas más quando são falsas, ou, pelo que sabemos, talvez sejam assim. Nossos lábios precisam ser guiados pela lei da bondade, como também da verdade e da justiça. Isso, que Salomão torna uma parte necessária do caráter da mulher virtuosa – em que ela “...abre a boca com sabedoria e a lei da beneficência está na sua língua” (Pv 31.26) –, precisa ser também uma parte do caráter de todo cristão verdadeiro. Não faleis mal uns dos outros. 1. Porque vocês são irmãos. A interpelação, como usada pelo apóstolo aqui, traz um argumento consigo. É exigido de nós que sejamos cuidadosos com o bom nome dos nossos irmãos; se não podemos falar bem, é melhor que não falemos nada. Não podemos ter prazer em tornar conhecidas as falhas dos outros, divulgando coisas que são secretas, meramente para expô-los, nem em aumentar as suas falhas além do que elas merecem, e, acima de tudo, não inventar histórias falsas e espalhar coisas acerca deles das quais eles são totalmente inocentes. O que seria isso senão suscitar o ódio e a perseguição do mundo contra aqueles que estão empenhados conosco nos mesmos interesses, e por isso aqueles com quem nós mesmos ficamos em pé ou caímos? “Considerem isto: vocês são irmãos”. 2. Porque isso seria julgar a lei: “Quem fala mal de um irmão e julga a seu irmão fala mal da lei e julga a lei”. A lei de Moisés diz: “Não andarás como mexeriqueiro entre o teu povo” (Lv 19.16). A lei de Cristo é: “Não julgueis, para que não sejais julgados” (Mt 7.1). O resumo e a essência de ambas são que os homens devem amar uns aos outros. Uma língua difamadora, portanto, condena a lei de Deus e o mandamento de Cristo quando difama o seu próximo. Violar os mandamentos de Deus é de fato falar mal deles, e julgá-los, como se fossem severos demais e impusessem uma restrição grande demais sobre nós. Os cristãos a quem Tiago escreveu eram capazes de falar coisas muito duras uns dos outros, por causa de diferenças acerca de coisas indiferentes (como a observância quanto a carnes e dias, como aparece em Rm 14). “Então”, diz o apóstolo, “aquele que repreende e condena o seu irmão por não concordar com ele naquelas coisas acerca das quais a lei de Deus permanece neutra, com isso censura e condena a lei, como se ela tivesse feito mal em ficar neutra em relação a essas coisas. Aquele que briga com o seu irmão, e o condena por alguma coisa que não está determinada na palavra de Deus, com isso reflete sobre essa palavra de Deus como se não fosse uma regra perfeita. Que nos abstenhamos de julgar a lei, porque a lei do Senhor é perfeita; se os homens violam a lei, que isso os julgue; se eles não a violam, que não os julguemos”. Esse é um mal terrível, porque significa esquecer o nosso lugar, que devemos ser praticantes da lei, e significa colocar-nos acima dela, como se devêssemos ser juízes dela. Aquele que é culpado do pecado contra o qual se adverte aqui não é praticante da lei, mas seu juiz; ele está tomando para si uma função e um lugar que não são seus, e ele certamente vai sofrer no final em virtude da sua presunção. Os que estão mais propensos a se colocarem como juízes da lei em geral são os que mais falham na sua obediência a ela. 3. Porque Deus, o Legislador, reservou totalmente para si o direito de pronunciar a sentença final sobre os homens: “Há só um Legislador e um Juiz, que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?” (v. 12). Príncipes e estados não ficam excluídos, por aquilo que é dito aqui, de fazer leis; tampouco são os súditos estimulados de forma alguma a desobedecerem às leis humanas; mas Deus ainda assim deve ser reconhecido como o supremo Legislador, que é o único que pode fazer leis para a consciência, e que é o único a quem se deve obediência absoluta. O seu direito de decretar leis é incontestável, pois Ele tem o poder para colocá-las em vigor. Ele é capaz de salvar e de destruir, como nenhum outro é. Ele tem o poder de recompensar a observância das suas leis e de castigar toda a desobediência; Ele pode salvar a alma e torná-la feliz para sempre, ou Ele pode, depois de matar, lançar no inferno. E por isso Ele deve ser considerado o grande Legislador, e todo o julgamento deve ser deixado e confiado a Ele. Visto que há um Legislador, podemos daí deduzir que não cabe a homem ou grupo algum de homens no mundo se propor a fazer leis imediatamente para submeter a consciência; pois isso é prerrogativa de Deus, que não deve ser violada. Assim como o apóstolo tinha advertido antes que não houvesse muitos mestres, aqui ele exorta para que não haja muitos juízes. Não façamos prescrições aos nossos irmãos, que não os censuremos nem condenemos; é suficiente termos a lei de Deus, que é uma regra verdadeira para todos nós. E por isso não devemos estabelecer outras regras. Que não nos atrevamos a estabelecer nossas próprias noções e opiniões como regras para tudo acerca de nós, pois há só um Legislador.
II
Somos advertidos contra uma confiança presunçosa acerca da continuidade da nossa vida, e contra fazermos projetos com base nela com a certeza do sucesso (vv. 13,14). O apóstolo, ao censurar aqueles que eram juízes e condenadores da lei, agora censura os que são indiferentes à Providência: “Eia, agora”, uma antiga forma de falar, designada a chamar a atenção; a palavra grega pode ser traduzida por: Vede, agora, ou: “Vede e considerai, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos. Refleti um pouco sobre essa forma de pensar; prestai contas a vós mesmos por ela”. A séria reflexão sobre as nossas palavras e caminhos nos mostraria muitos males em que, por descuido, somos capazes de incorrer e neles continuar. Havia muitos que diziam, como ainda há os que dizem: Hoje ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá faremos isso e aquilo por tanto tempo, enquanto negligenciam toda a consideração séria pelas ordens da Providência. Observe aqui: 1. Como são propensos os homens mundanos e arrojados a deixar Deus de fora dos seus planos. No ponto onde eles estão com os interesses fixados em coisas terrenas, estas têm o estranho poder de absorver os pensamentos do seu coração. Por isso, devemos estar alertados quando aumentam o nosso interesse e a busca de qualquer coisa daqui de baixo. 2. Quanto de felicidade mundana está nas promessas que os homens fazem a si mesmos antecipadamente. Sua cabeça está cheia de excelente sabedoria com relação ao que devem fazer, e ser, e desfrutar, em algum tempo futuro, quando não podem nem ter certeza do tempo de nenhuma das vantagens que se prometem a si mesmos. Por isso, observe: 3. Como é vão olhar para qualquer coisa boa no futuro, sem a concordância da Providência. Iremos a tal cidade (eles dizem), talvez a Antioquia, ou Damasco, ou Alexandria, que eram então os grandes lugares de comércio; mas como podiam estar certos, quando começavam a sua viagem, que chegariam a qualquer uma dessas cidades? Algo poderia se interpor no seu caminho, ou desviá-los a outro lugar, ou cortar o fio da vida. Muitos que começaram uma viagem foram ao túmulo e nunca chegaram ao seu destino proposto. Mas, suponha que cheguem à cidade proposta, como saberão que devem continuar ali? Algo pode acontecer que os envie de volta, ou daquele lugar para outro, ou abrevie a sua estadia. Ou suponha que eles fiquem o período proposto completo, mas não tenham certeza se vão comprar e vender ali; talvez fiquem doentes, ou talvez não consigam encontrar as pessoas esperadas para fazer negócios. Ainda, suponha que eles vão àquela cidade e continuem lá por um ano, e comprem e vendam, mas talvez não tenham lucro; obter lucro neste mundo é, na melhor hipótese, uma coisa incerta, e talvez façam mais negócios que dêem prejuízo do que os que dão lucro. E então, com relação a todos esses aspectos particulares, a fragilidade, brevidade e incerteza da vida deveriam conter a vaidade e a confiança presunçosa desses arrojados para o futuro: “Porque que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece” (v. 14). Deus sabiamente nos deixou no escuro em relação a eventos futuros, até mesmo em relação à duração desta vida. “...não sabeis o que acontecerá amanhã”. Podemos saber o que temos a intenção de fazer e ser, mas um milhão de coisas pode acontecer e nos impedir. Não temos certeza nem da própria vida, visto que é como um vapor, algo com aparência, mas nada sólido nem certo; facilmente se dissipa e se vai. Podemos fixar a hora e o minuto do nascer do sol e do seu pôr amanhã, mas não podemos fixar o tempo exato de o vapor se dissipar; assim é a nossa vida: “...aparece por um pouco e depois se desvanece”. Ela se desvanece em relação a este mundo, mas há uma vida que continua no outro mundo; e, visto que esta vida é tão incerta, cabe a nós nos prepararmos e fazermos provisão para a vida por vir.
III
Somos ensinados a manter um constante senso de dependência da vontade de Deus para a vida, e todas as ações e todos os prazeres ligados a isso: “Porque que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece” (v. 15). O apóstolo, tendo censurado os leitores por aquilo que estava faltando, agora os dirige acerca de como podem ser e fazer melhor: “Vocês devem dizer no seu coração em todo o tempo, e ocasionalmente com a língua, que se o Senhor der permissão, e se Ele der a sua bênção, vocês têm tais e tais planos para realizar”. Isso tem de ser dito, não de forma leviana, formal e rotineira, mas precisamos pensar no que estamos dizendo; isso precisa ser dito com reverência e seriedade. É bom nos expressarmos assim, quando estamos tratando com outros, mas é condição indispensável que o digamos para nós mesmos em tudo que fazemos. A expressão: syn Theo – com a permissão e bênção de Deus, era usada pelos gregos no começo de qualquer empreendimento. 1. “Se o Senhor quiser, e se vivermos”. Precisamos lembrar que o nosso tempo não está nas nossas mãos, mas à disposição de Deus; vivemos o tanto que Deus determina e nas circunstâncias que Deus determina, e por isso precisamos ser submissos a Ele, até mesmo em relação à própria vida. E então: 2. “Se o Senhor quiser, [...] faremos isto ou aquilo”. Todas as nossas ações e desígnios estão sob o controle do céu. Nossa cabeça pode estar cheia de preocupações e de idéias. Podemos nos propor a fazer isso ou aquilo para nós mesmos, ou para nossas famílias, ou nossos amigos. Mas a Providência às vezes quebra todas as nossas capacidades, e confunde todos os nossos planos. Assim, tanto nossos planos para a ação quanto a nossa conduta na ação devem ser totalmente submetidos a Deus; tudo que planejamos e tudo que fazemos deve ser feito em submissa dependência de Deus.
IV
Somos dirigidos a evitar a vanglória, e a considerá-la não somente algo tolo, mas como uma coisa muita maligna. “Mas, agora, vos gloriais em vossas presunções; toda glória tal como esta é maligna” (v. 16). Eles tinham esperanças de vida e prosperidade, e de grandes coisas no mundo, sem a devida consideração por Deus; e aí se vangloriavam dessas coisas. Essa é a alegria das pessoas mundanas, se vangloriarem de todos os seus sucessos, e mais, às vezes até se vangloriarem dos seus projetos antes de saber que sucesso obterão. Como é comum que os homens se vangloriem de coisas que não possuem, a não ser do que brota da sua própria vaidade e presunção! Toda glória tal como esta, diz o apóstolo, é maligna; é tola e é nociva. Quando os homens se vangloriam de coisas mundanas e de seus projetos ambiciosos, quando na verdade deveriam observar os humildes deveres expostos anteriormente (vv. 8-10), isso é uma coisa muito maligna. É um grande pecado aos olhos de Deus, vai conduzi-los a grandes frustrações, e vai comprovar a sua destruição no final. Se nos alegramos em Deus porque nosso tempo está em suas mãos, que todos os eventos estão à sua disposição e que Ele é o nosso Deus do concerto, essa alegria é boa; a sabedoria, o poder e a providência de Deus estão então ocupados em fazer com que todas as coisas cooperem para o nosso bem. Mas, se nos alegramos na nossa própria confiança e nas nossas vanglórias presunçosas, isso é maligno. É um mal que precisa ser cautelosamente evitado por todos os homens sábios e bons.
V
Somos ensinados a viver à altura das nossas convicções em toda a nossa conduta, e, não importa se estamos tratando com Deus ou os homens, que nos empenhemos em nunca agir contra o nosso próprio conhecimento (v. 17): “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete pecado”. É o pecado agravado; é pecado com testemunha; e significa ter a pior testemunha contra a sua própria consciência. Observe: 1. Isso está imediatamente conectado com a lição clara de dizer: “Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo”. Eles talvez estejam dispostos a dizer: “Isso é uma coisa muito óbvia; quem não sabe que todos dependemos do Deus Todo-poderoso para viver, para respirar e para todas as coisas?”. Se você de fato sabe isso, então sempre que você agir de forma contrária a essa dependência, lembre-se disto: “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete pecado”, o pecado maior. 2. Os pecados de omissão serão julgados, assim como os pecados cometidos. Aquele que não faz o bem que ele sabe que deve fazer e aquele que faz o mal que ele sabe que não deve fazer serão condenados. Que então nos empenhemos para que a consciência seja corretamente informada, e que então seja fiel e continuamente obedecida. Pois, “...se o nosso coração nos não condena, temos confiança para com Deus” (1 Jo 3.21); mas se “...dizeis: Vemos (e não agimos de acordo com nossa vista), por isso, o vosso pecado permanece” (Jo 9.41).
 
 
Como Pôr Fim a Guerras - CB TT W. W. Wiersbe
Tiago 4:1-12

Você já ouvi falar da "Guerra dos Bigodes" ou da "Guerra do Balde de Carvalho"? E quanto à "Guerra da Orelha do Jenkins"? Esses são nomes de guerras reais que ocorreram entre nações e que podem ser encontradas em vários livros de história.
Apesar dos tratados, das organizações mundiais pela paz e da ameaça de bombas atômicas, a guerra é uma realidade. As guerras não são travadas apenas entre nações, mas também, em maior ou menor grau, em todas as áreas da vida - até mesmo "guerras de preços" entre lojas.
Neste parágrafo, Tiago trata desse tema importante e mostra que existem três guerras em andamento no mundo. Também diz como essas guerras poderiam ter fim.
1. Em guerra uns com os outros
(Tg 4:1a, 11, 12)
"De onde procedem guerras e contendas que há entre vós?" Entre os cristãos! "Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos!" (Sl 133:1). Por certo, os irmãos devem viver juntos em amor e harmonia e, no entanto, com freqüência não é isso o que acontece. Ló causou uma briga com seu tio Abraão (Gn 13). Absalão entrou em guerra com o pai (2 Sm 13.1-18.33). Até mesmo os discípulos criaram problemas para Jesus ao discutirem entre si quem era o maior no reino (Lc 9:46-48).
Quando examinamos algumas das igrejas primitivas, descobrimos que tinham sua parcela de desentendimentos. Os membros da igreja de Corinto competiam entre si durante os cultos e até levavam irmãos na fé à justiça (1 Co 6:1-8; 14:23-40). Os cristãos da Galácia estavam "[mordendo] e [devorando] uns aos outros" (Gl 5:15). Paulo teve de admoestar os efésios a cultivar a unidade espiritual (Ef 4:1-16); e até sua igreja querida em Filipos enfrentava problemas por causa de duas mulheres que não se entendiam (Fp 4:1-3).
Tiago menciona vários tipos de discórdia entre os santos.
Lutas de classes (Tg 2:1-9). Vemos aqui a antiqüíssima rivalidade entre ricos e pobres. O homem rico recebe toda a atenção, enquanto o homem pobre é ignorado. O homem rico é honrado, enquanto o homem pobre é humilhado. Como é triste quando as igrejas locais têm valores confusos e procuram agradar os ricos e se esquecem dos pobres ou até os rejeitam! Se a comunhão em uma igreja depende de coisas exteriores, como roupas e posição econômica, a igreja está fora da vontade de Deus.
Lutas trabalhistas (Tg 5:1-6). Mais uma vez, o homem rico tem o poder de controlar e de prejudicar o homem pobre. Os trabalhadores não são pagos ou seu salário não é justo. Apesar dos movimentos trabalhistas de nosso tempo, ainda há muitas pessoas que não conseguem um bom emprego ou que não são devidamente pagas pelo que fazem.
Lutas na igreja (Tg 1:19, 20; 3:13-18).
Ao que parece, os cristãos para os quais Tiago escreveu estavam em guerra uns com os outros por cargos dentro da igreja, e muitos membros queriam ser mestres e líderes. Quando estudavam a Palavra de Deus, o resultado não era edificação, mas sim contenda e discussão. Cada um achava que somente suas idéias e práticas eram corretas. As reuniões eram controladas por ambições egoístas, não por submissão espiritual.
Lutas pessoais (Tg 4:11, 12). Os santos falavam mal uns dos outros e julgavam uns aos outros. Vemos aqui, mais uma vez, o uso indevido da língua. Os cristãos devem dizer "a verdade em amor" (Ef 4:15) e não falar mal com espírito de rivalidade e de crítica. Se a verdade sobre o irmão é prejudicial, devemos cobri-la com amor, não repeti-la (1 Pe 4:8). Se pecou, devemos nos dirigir a ele pessoalmente e tentar ganhá-lo de volta (Mt 18:15-19; Gl 6:1, 2).
Tiago não proibia o uso do discernimento nem mesmo a avaliação das pessoas. Os cristãos precisam ter discernimento (Fp 1:9, 10), mas não devem tomar o lugar de Deus e julgar. Primeiramente se deve examinar a própria vida para, depois, tentar ajudar a outros (Mt 7:1-5). Ninguém conhece todos os fatos envolvidos em um caso e, por certo, nunca saberá os motivos no coração das pessoas. Falar mal de um irmão e julgá-lo com base em evidências parciais e (provavelmente) por insensibilidade é pecar contra ele e contra Deus. Não fomos chamados para ser juizes; o único Juiz é Deus. Ele é paciente e compreensivo; seus julgamentos são justos e santos; podemos deixar a questão em suas mãos.
É triste ver os santos guerreando entre si: um líder contra outro, uma denominação contra outra, uma congregação contra outra. O mundo vê essas guerras religiosas e diz: "Vejam como se odeiam!" Não é de se admirar que Jesus tenha orado: "Que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste" (Jo 17:21).
Mas por que estamos em guerra uns com outros? Pertencemos à mesma família, cremos no mesmo Salvador, temos dentro de nós o mesmo Espírito Santo - e, no entanto, lutamos uns com os outros. Tiago diz por que isso acontece explicando a segunda guerra que se encontra em andamento.
2. Em guerra com nós mesmos (Tg 4:1 b-3)
"De onde procedem guerras e contendas que há entre vós? De onde, senão dos prazeres que militam na vossa carne?" (Tg 4:1). A guerra no coração contribui para causar as guerras na igreja! "Se, pelo contrário, tendes em vosso coração inveja amargurada e sentimento faccioso, nem vos glorieis disso, nem mintais contra a verdade [...] Pois, onde há inveja e sentimento faccioso, aí há confusão e toda espécie de coisas ruins" (Tg 3:14, 16).
A essência do pecado é o egoísmo. Eva desobedeceu a Deus porque quis comer do fruto da árvore e se tornar sábia como Deus. Abraão mentiu sobre a esposa por causa de seu desejo egoísta de salvar a própria vida (Gn 12:10-20). Acã trouxe derrota a Israel porque foi egoísta e tomou o espólio proibido das ruínas de Jericó (Js 7). "Cada um se desviava pelo [próprio] caminho" (Is 53:6).
Com freqüência, encobrimos nossas brigas com um véu de "espiritualidade". Somos como Miriã e Arão, que se queixaram da esposa de Moisés quando, na verdade, estavam com inveja da autoridade dele (Nm 12). Ou, então, imitamos Tiago e João e pedimos tronos especiais no reino por vir, quando, na realidade, o que queremos é reconhecimento no presente (Mc 10:35-45). Em ambos os casos, o resultado do desejo egoísta foi castigo e divisão no meio do povo de Deus. O pecado de Miriã atrasou a viagem de Israel em uma semana!
Os desejos egoístas são perigosos e nos levam a fazer coisas erradas ("viveis a lutar e a fazer guerras", Tg 4:2), e até mesmo a orar da maneira errada ("pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres", Tg 4:3).
Quando oramos de forma incorreta, mostramos que nossa vida cristã como um todo está errada. Alguém disse bem que o objetivo da oração não é fazer com que a vontade do homem se realize no céu, mas sim que a vontade de Deus se realize na Terra.
"Não cobiçarás" é o último dos Dez Mandamentos de Deus, mas sua transgressão pode nos levar a quebrar os outros nove mandamentos! A cobiça pode levar uma pessoa a matar, mentir, desonrar os pais, cometer adultério e, de uma forma ou de outra, transgredir toda a lei moral de Deus. Uma vida egoísta e orações egoístas sempre produzem guerras. Se há guerra do lado de dentro, também acabará havendo do lado de fora.
Quem está em guerra consigo mesmo por causa de desejos egoístas é sempre infeliz. Nunca aproveita a vida. Em vez de ser grato pelas bênçãos que tem, queixa-se das que não tem. Não consegue entender-se com os semelhantes, pois sempre inveja os outros por aquilo que possuem ou são. Está sempre à procura de algo especial que transformará sua vida, quando, na verdade, o problema está dentro do próprio coração.
Por vezes, as orações são usadas para encobrir os verdadeiros desejos. Uma das maiores desculpas que um cristão usa é dizer: "mas eu orei sobre isso!" Em lugar de buscar a vontade de Deus, dizemos a Deus o que ele deve fazer e ficamos zangados quando não nos obedece. Essa ira com Deus acaba transbordando na forma de ira contra o povo de Deus. Várias divisões dentro da igreja foram causadas por santos que descontaram suas frustrações com Deus em membros da congregação. Muitos problemas nas igrejas e nas famílias seriam resolvidos se as pessoas olhassem dentro de seu coração e vissem as batalhas em andamento dentro dele.
Deus formou-nos como uma unidade: a mente, as emoções e a volição devem andar juntas. Tiago apresenta o motivo pelo qual estamos em guerra com nós mesmos e, conseqüentemente, uns com os outros.
3. Em guerra com Deus (Tg 4:4-10)
A raiz de toda guerra, interior ou exterior, é a rebelião contra Deus. No começo da criação, vemos perfeição e harmonia; mas o pecado entrou no mundo e deu início aos conflitos. "O pecado é a transgressão da lei" (1 Jo 3:4), e a transgressão da lei é rebelião contra Deus.
De que maneira um cristão declara guerra contra Deus? Ao ter amizade com os inimigos de Deus. Tiago cita três inimigos com os quais não confraternizar, se desejamos ter paz com Deus.
O mundo (v. 4). Ao falar do "mundo", Tiago se refere, obviamente, à sociedade humana sem Deus. O sistema todo das coisas nessa sociedade em que vivemos é contrário a Cristo e a Deus. Abraão era amigo de Deus {Tg 2:23); Ló era amigo do mundo. Ló acabou se envolvendo em uma guerra, e Abraão teve de salvá-lo (Gn 14).
Como ressaltei no capítulo 4 deste estudo, o cristão envolve-se com o mundo aos poucos. Primeiramente, vem "a amizade do mundo" (Tg 4:4). Tal amizade resulta em ser "maculado" pelo mundo (Tg 1:27), de modo que certas áreas da vida possam receber a aprovação do mundo. Quem tem amizade com o mundo passa a amar o mundo (1 Jo 2:15-17), o que, por sua vez, torna fácil conformar-se com o mundo (Rm 12:2). O triste resultado é ser condenado com o mundo (1 Co 11:32), e a alma ser salva "como que através do fogo" (1 Co 3:11-15).
A amizade com o mundo é comparada ao adultério. O cristão é "casado com Cristo" (ver Rm 7:4) e deve ser fiel a ele. Os cristãos judeus para os quais esta carta foi escrita entendiam a imagem do "adultério espiritual", pois os profetas Ezequiel, Jeremias e Oséias usaram-na para repreender Judá por seus pecados (ver Jr 3:1-5; Ez 23; Os 1 - 2). Ao adotar os costumes pecaminosos de outras nações e ao adorar seus deuses, a nação de Judá cometeu adultério contra seu Deus.
O mundo é inimigo de Deus, e quem deseja ser amigo do mundo não pode ser amigo de Deus. Também não pode ter amizade com Deus se estiver vivendo na carne, pois esse é o segundo inimigo citado por Tiago.
A carne (w. 1, 5). Ao falar da "carne", Tiago refere-se à velha natureza que herdamos de Adão e que é propensa a pecar. A carne não é o corpo. O corpo não é pecaminoso, mas sim, neutro. O Espírito pode usar o corpo para glorificar a Deus, ou a carne pode usar o corpo para servir ao pecado. Quando um pecador se entrega a Cristo, recebe em seu interior uma nova natureza, mas a antiga natureza não é removida nem reformada. Por esse motivo, tem-se uma batalha interior: "Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer" (Gl 5:1 7). É isso o que Tiago chama de "prazeres que militam na vossa carne" (Tg 4:1).
Viver em função da carne significa entristecer o Espírito de Deus que habita em nós. "Ou supondes que em vão afirma a Escritura: É com ciúme que por nós anseia o Espírito, que ele fez habitar em nós?" (Tg 4:5). Assim como o mundo é inimigo de Deus Pai, a carne é inimiga de Deus Espírito Santo. Deus tem por nós um zelo santo e amoroso, como o marido e a esposa têm, devidamente, um pelo outro. O Espírito em nosso interior guarda com grande zelo nosso relacionamento com Deus e se entristece quando pecamos contra o amor de Deus.
Viver de modo a agradar à velha natureza significa declarar guerra contra Deus. "O pendor da carne é inimizade contra Deus" (Rm 8:7). Permitir que a carne controle a mente é perder a bênção e a comunhão com Deus. Abraão tinha uma mente espiritual e, portanto, andava com Deus e desfrutava paz. Ló tinha uma mente carnal; desobedecia a Deus e experimentava guerras. "Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz" (Rm 8:6).
O diabo (w. 6, 7). O mundo está em conflito com o Pai; a carne luta contra o Espírito, e o diabo opõe-se ao Filho de Deus. O maior pecado de Satanás é o orgulho, que ele também usa como uma de suas principais armas na guerra contra os santos e o Salvador. Deus deseja que sejamos humildes; Satanás deseja que sejamos orgulhosos. "Sereis como Deus", Satanás prometeu a Eva, que creu nessa promessa. Um cristão recém-convertido não deve ser colocado em cargos de liderança espiritual "para não suceder que se ensoberbeça e incorra na condenação do diabo" (1 Tm 3:6).
Deus quer que sejamos dependentes de sua graça ("antes, ele dá maior graça"), enquanto o diabo quer que sejamos dependentes de nós mesmos. Satanás é o autor de todos os empreendimentos espirituais que procuramos realizar por conta própria. Ele gosta de inchar o ego e de encorajar o cristão a fazer as coisas a sua maneira. Apesar das advertências de Jesus sobre os planos de Satanás, Pedro caiu em uma armadilha, puxou sua espada e tentou realizar a vontade de Deus a seu modo, causando grande confusão.
Um dos problemas das igrejas de hoje é o número excessivo de celebridades e a falta de servos. Os obreiros cristãos são tão promovidos que sobra pouco espaço para a glória de Deus. O ser humano não tem coisa alguma de que se orgulhar. Não há bem algum em nós (Rm 7:18); mas quando cremos em Cristo, ele coloca em nós aquela "coisa boa'" que nos transforma em filhos de Deus (ver 2 Tm 1:6, 14).
Temos aqui, portanto, três inimigos que desejam afastar-nos de Deus: o mundo, a carne e o diabo. Esses inimigos são resquícios de nossa antiga vida de pecado (Ef 2:1-3). Cristo nos libertou deles, mas eles continuam a nos atacar. Como vamos derrotá-los? Como ser amigos de Deus e inimigos do mundo, da carne e do diabo? Tiago dá três instruções a fim de que tenhamos paz no lugar de guerra.
Sujeitai-vos a Deus (v. 7). Trata-se de um termo militar que significa "colocar-se no devido lugar dentro de uma hierarquia". Quando um soldado raso age como um general, sem dúvida cria problemas! A entrega incondicional é a única maneira de obter vitória completa. Enquanto não entregarmos a Deus todas as áreas da vida, continuaremos sempre vivendo em conflito. Isso explica por que cristãos sem compromisso com Deus não conseguem conviver consigo mesmos nem com os outros.
"Nem deis lugar ao diabo", adverte Paulo em Efésios 4:27. Satanás precisa de um ponto de apoio em nossa vida para nos fazer lutar contra Deus, e, por vezes, nós lhe damos esse apoio. A fim de resistir ao diabo, devemos nos sujeitar a Deus.
Depois que o rei Davi cometeu adultério com Bate-Seba, ocultou seu pecado durante quase um ano. Houve uma guerra entre ele e Deus, e foi o próprio Davi quem a declarou. Ao ler os Salmos 32 e 51, vemos o alto preço que Davi pagou por estar em guerra com Deus. Quando finalmente se sujeitou a Deus, teve paz e alegria, uma experiência que também se encontra registrada nos Salmos 32 e 51. A sujeição é um ato da volição pelo qual dizemos: "Não se faça a minha vontade, e sim a tua".
Chegai-vos a Deus (v. 8). De que maneira nos chegamos a Deus? Confessando os pecados e pedindo que Deus nos purifique. "Purificai as mãos, pecadores; e vós que sois de ânimo dobre, limpai o coração". O termo grego traduzido por "purificar" significa "tornar casto". Essa idéia é paralela ao conceito de "adultério espiritual" em Tiago 4:4.
A. W. Tozer escreveu um ensaio profundo sobre esse assunto chamado "Nearness is Likeness" [Proximidade É Semelhança]. Quanto mais semelhantes somos a Deus, mais próximos estamos dele. Posso estar sentado na sala com meu gato siamês no colo, enquanto minha esposa está a uns sete metros de distância na cozinha e, ainda assim, estou mais perto dela do que do gato, pois o gato é diferente de mim. Temos muito pouco em comum.
Em sua bondade, Deus aproxima-se de nós quando tratamos do pecado em nossa vida, pois, de outro modo, esse pecado o manteria longe de nós. Ele não divide os seus com ninguém; deve ter controle absoluto. O cristão de mente dobre não pode aproximar-se de Deus. Mais uma vez, lembramos do exemplo de Abraão e Ló. Abraão chegou-se a Deus e conversou com ele sobre Sodoma (Gn 18:23ss), enquanto Ló mudou-se para Sodoma e perdeu a bênção de Deus.
Humilhai-vos diante de Deus (vv. 9, 10). É possível sujeitar-se exteriormente sem se humilhar interiormente. Deus abomina o pecado do orgulho (Pv 6:16, 17) e disciplina o cristão orgulhoso até torná-lo humilde. Nossa tendência é tratar o pecado com leviandade, e até mesmo rir dele ("converta-se o vosso riso em pranto"). Mas o pecado é algo sério, e uma das características da verdadeira humildade é encarar a seriedade do pecado e tratar de nossa desobediência. "Coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus" (Sl 51:17).
As vezes, o cristão ora: "Senhor, torna-me humilde!", um pedido perigoso. É muito melhor humilhar-se diante de Deus, confessar os pecados, chorar sobre eles e se arrepender deles. "Mas o homem para quem olharei é este: o aflito e abatido de espírito e que treme da minha palavra" (Is 66:2). "Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado e salva os de espírito oprimido" (Sl 34:18).
Obedecendo a essas três instruções, o Senhor se achegará a nós, nos purificará e perdoará, e as guerras terão fim! Não estaremos em guerra com Deus, de modo que não estaremos em guerra conosco mesmos e nem com os outros. "O efeito da justiça será paz, e o fruto da justiça, repouso e segurança, para sempre" (Is 32:17).
E preciso entregar o controle da vida ao Senhor e permitir que ele se torne nosso Príncipe da Paz (Is 9:6).
Planejamento
Tíago 4:13-1 7
Tiago começa o capítulo 4 falando da guerra contra Deus e o encerra falando da vontade de Deus. Mas os dois temas são relacionados: quando um cristão está fora da vontade de Deus, em vez de ser pacificador, torna-se um agitador.
Ló mudou-se para Sodoma e causou problemas para a família. Davi cometeu adultério e também gerou conflitos na família e em seu reino. Jonas desobedeceu a Deus e quase mandou um navio de pagãos para o fundo do mar. Em cada um desses casos, houve uma atitude errada com respeito à vontade de Deus.
É fato conhecido que Deus tem um plano para a vida de cada um. Ele é um Deus de sabedoria e, portanto, sabe o que deve acontecer e quando deve acontecer. E, como Deus de amor, deseja o melhor para seus filhos. Muitos cristãos consideram a vontade de Deus um remédio amargo que devem tragar, não uma prova bondosa do amor de Deus.
- Poderia entregar minha vida ao Senhor, mas tenho medo - disse-me um adolescente perplexo num congresso de jovens da igreja.
- Do que você tem medo? - perguntei. - Tenho medo de que Deus vai me pedir para fazer algo perigoso!
- Viver perigosamente não é algo que está dentro da vontade de Deus - respondi. - Pelo contrário, é algo fora da vontade de Deus. O lugar mais seguro do mundo é justamente aquele onde Deus quer que estejamos.
Alguns anos atrás, passava por uma fase difícil em meu ministério e questionava a vontade de Deus. Durante as férias, li o Livro de Salmos, pedindo a Deus que me desse alguma certeza e encorajamento. Ele respondeu a essa oração com o Salmo 33:11: "O conselho do Senhor dura para sempre; os desígnios do seu coração, por todas as gerações".
"A vontade de Deus vem do coração de Deus", disse a mim mesmo. "Sua vontade é uma expressão de seu amor, de modo que não preciso temer!"
Nesta seção de sua carta, Tiago ressalta três atitudes em relação à vontade de Deus. É evidente que somente uma delas é a atitude correta que todo cristão deve cultivar.
1. Ignorar a vontade de Deus
(Tg 4:13, 14, 16)
Talvez Tiago estivesse se dirigindo aos comerciantes ricos da congregação. É possível que discutissem seus negócios e que se vangloriassem de seus planos. Não há evidência alguma de que buscassem a vontade de Deus nem de que orassem sobre suas decisões. Mediam o sucesso na vida pelas vezes que conseguiam fazer as coisas a seu modo e realizar o que haviam planejado.
Mas Tiago apresenta quatro argumentos que revelam a insensatez de ignorar a vontade de Deus.
A complexidade da vida (v. 13). A vida é extremamente complexa: o hoje, o amanhã, comprar, vender, ter lucro ou prejuízo, ir para cá ou para lá... A vida é feita de pessoas e lugares, de atividades e objetivos, de dias e anos, e todos precisam tomar várias decisões cruciais diariamente.
Fora da vontade de Deus, a vida é um mistério. Quando aceitamos a Jesus Cristo como nosso Salvador e procuramos obedecer a sua vontade, a vida começa a fazer sentido. Até o mundo físico a nosso redor adquire novo significado. Há tal simplicidade e unidade em nossa vida que dá equilíbrio e segurança. Não se vive mais em um universo misterioso e ameaçador, pois sabemos que ele pertence ao Pai.
A incerteza da vida (v. 14a). Essa declaração tem por base Provérbios 27:1: "Não te glories do dia de amanhã, porque não sabes o que trará à luz". Esses homens de negócios faziam planos para o ano inteiro, quando, na verdade, não eram capazes de prever um dia sequer! Podemos ver como eram confiantes: "Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros".
Sua atitude lembra a do fazendeiro da parábola de Jesus em Lucas 12:16-21. O homem teve colheitas extremamente fartas; seus celeiros eram pequenos demais, de modo que decidiu construir outros maiores, a fim de garantir maior segurança para o futuro. "Então, direi à minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te" (Lc 12:19). Qual foi a resposta de Deus para a jactância desse homem? "Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?" (Lc 12:20). A vida não é incerta para Deus, mas o é para nós. Só estaremos seguros do amanhã se estivermos dentro da vontade de Deus, pois sabemos que o Senhor nos conduz.
A brevidade da vida (v. 14b). Trata-se de um tema que se repete ao longo das Escrituras. Para nós, a vida parece longa e a medimos em anos, mas, em comparação com a eternidade, é apenas como neblina. Tiago toma essa imagem emprestada do Livro de Jó, no qual encontramos vários retratos da brevidade da vida.
"Os meus dias são mais velozes do que a lançadeira do tecelão" (Jó 7:6). "Tal como a nuvem se desfaz e passa" (Jó 7:9). "Porquanto nossos dias sobre a terra são como a sombra" (Jó 8:9). "Os meus dias foram mais velozes do que um corredor" (Jó 9:25), uma referência aos mensageiros do rei que se apressavam em suas missões. "Passaram como barcos de junco; como a águia que se lança sobre a presa" (Jó 9:26). "O homem, nascido de mulher, vive breve tempo, cheio de inquietação. Nasce como a flor e murcha; foge como a sombra e não permanece" (Jó 14:1,2).
A cada aniversário, contamos os anos de nossa vida, mas Deus nos diz para contar os dias (Sl 90:12). Afinal, vive-se um dia de cada vez, e, à medida que envelhecemos, tais dias passam cada vez mais rapidamente.
Uma vez que a vida é tão breve, não se pode ter o luxo de simplesmente a "gastar", e, por certo, ninguém quer "desperdiçá-la". A vida dever ser investida em coisas eternas.
Deus revela sua vontade em sua Palavra e, no entanto, muita gente ignora a Bíblia. Na Bíblia, Deus dá preceitos, princípios e promessas capazes de nos guiar em todas as áreas da vida. Conhecer e obedecer à Palavra de Deus é a maneira mais garantida de ter sucesso (Js 1:8; Sl 1:3).
A fragilidade do ser humano (v. 16). "Agora, entretanto, vos jactais das vossas arrogantes pretensões. Toda jactância semelhante a essa é maligna." A jactância do ser humano serve apenas para encobrir sua fraqueza. "O homem propõe, mas Deus dispõe", disse Thomas à Kempis, mas Salomão expressou a mesma verdade antes dele: "A sorte se lança no regaço, mas do Senhor procede toda decisão" (Pv 16:33). O ser humano não é capaz de controlar os acontecimentos futuros. Também não tem sabedoria para ver o que o futuro reserva nem poder para controlar o futuro. Assim, sua jactância é pecado; é fazer-se de Deus.
Que insensatez ignorar a vontade de Deus! É como andar em uma selva escura sem um mapa ou navegar por um mar tempestuoso sem bússola. Quando visitamos a caverna Mammoth, no Estado do Kentucky, fiquei impressionado com o labirinto de túneis e a escuridão densa quando as luzes eram apagadas. Quando chegamos a um local chamado "Pedra do Púlpito", o homem responsável pelo passeio pregou um sermão de seis palavras: "Nunca se afastem de seu guia". Sem dúvida, um excelente conselho!
2. Desobedecer à vontade de Deus
(Tc 4:17)
Essas pessoas conhecem a vontade de Deus, mas escolhem desobedecer. Tal atitude expressa ainda mais orgulho do que a primeira, pois a pessoa diz a Deus: "Sei o que o Senhor deseja que faça, mas prefiro não obedecer. Entendo mais do assunto que o Senhor!" "Pois melhor lhes fora nunca tivessem conhecido o caminho da justiça do que, após conhecê-lo, volverem para trás, apartando-se do santo mandamento que lhes fora dado" (2 Pe 2:21).
Por que pessoas que conhecem a vontade de Deus lhe desobedecem deliberada-mente? Conforme sugeri antes, uma das razões é o orgulho. O ser humano gosta de vangloriar-se de ser "senhor do seu destino, capitão de sua alma". A raça humana realizou tantos feitos maravilhosos que pensa ser capaz de fazer qualquer coisa.
Outro motivo é a ignorância do ser humano acerca da natureza da vontade de Deus. As pessoas agem como se a vontade de Deus fosse algo a ser aceito ou rejeitado. Na verdade, a vontade de Deus não é úma opção, mas sim uma obrigação. Não é questão de "pegar ou largar". Devemos obedecer a Deus porque é o Criador e nós somos as criaturas, ele é o Salvador e Senhor e nós somos seus filhos e servos. Tratar a vontade de Deus com leviandade é pedir a disciplina de Deus em nossa vida.
Muita gente tem a idéia equivocada de que a vontade de Deus é uma fórmula para a infelicidade. Mas é justamente o contrário! É a desobediência à vontade de Deus que nos torna infelizes. Tanto a Bíblia quanto a experiência humana dão testemunho dessa verdade. Mesmo que um cristão desobediente pareça escapar incólume das dificuldades desta vida, o que dirá quando estiver diante do Senhor? "Aquele servo, porém, que conheceu a vontade de seu senhor e não se aprontou, nem fez segundo a sua vontade será punido com muitos açoites. Aquele, porém, que não soube a vontade do seu senhor e fez coisas dignas de reprovação levará poucos açoites" (Lc 12:47, 48).
O que acontece com os cristãos que desobedecem deliberadamente à vontade de Deus? São disciplinados por seu Pai amoroso até se sujeitarem (Hb 12:5-11). Se um cristão professo não é disciplinado, significa que nunca nasceu de novo e que sua fé não é autêntica. A disciplina de Deus é prova de seu amor, não de seu ódio. Assim como nós, pais humanos, corrigimos nossos filhos a fim de ajudá-los a respeitar nossa vontade e a obedecer, também o Pai celestial disciplina seus filhos. Apesar de ser difícil aceitar essa disciplina, ela traz consigo a certeza confortadora da filiação.
Há, também, o risco de perder as recompensas celestiais. Em 1 Coríntios 9:24-27, Paulo compara o cristão a um corredor em competições gregas. A fim de se qualificar para receber uma coroa, o atleta deveria obedecer às regras da competição. Se algum dos participantes quebrasse essas regras seria desqualificado e humilhado. O termo "desqualificado", em 1 Coríntios 9:27, não significa a perda da salvação, mas sim das recompensas.
Desobedecer à vontade de Deus pode não parecer algo muito sério hoje, mas parecerá extremamente sério quando o Senhor voltar e examinar nossas obras (Cl 3:22-25).
3. Obedecer à vontade de Deus
(Tc 4:15)
"Se o Senhor quiser" não deve ser apenas uma declaração que o cristão faz da boca para fora, mas sim uma atitude constante de coração. "Disse-lhes Jesus: A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra" (Jo 4:34). Paulo refere-se à vontade de Deus em várias ocasiões ao longo de suas epístolas ao compartilhar seus planos com os amigos (Rm 1:10; 15:32; 1 Co 4:19; 16:7). O apóstolo não considerava a vontade de Deus uma corrente que o prendia, mas sim uma chave que abria portas e que o libertava.
Tudo neste universo funciona de acordo com leis. Se cooperarmos com essas leis e lhes obedecermos, o universo trabalhará em nosso favor. Mas se lutarmos contra essas leis e lhes desobedecermos, o universo trabalhará contra nós. Existem, por exemplo, leis que governam o vôo. O engenheiro que obedece a essas leis ao projetar e construir uma aeronave e o piloto que obedece às mesmas leis ao pilotar a aeronave experimentarão a realização de ver uma grande máquina funcionar perfeitamente. Mas se desobedecerem às leis básicas que governam o vôo, o resultado será um acidente que poderá causar mortes e prejuízos materiais.
A vontade de Deus para nossa vida pode ser comparada às leis que ele estabeleceu para o universo, com a seguinte exceção: essas leis são gerais, enquanto o que ele planejou para nossa vida é criado especificamente para nós. Não existem duas vidas planejadas exatamente dentro do mesmo padrão.
Por certo, algumas coisas valem para todos os cristãos. E da vontade de Deus que nos sujeitemos a ele (2 Co 8:5). Também é de sua vontade que não nos entreguemos à imoralidade sexual (1 Ts 4:3). Todos os cristãos devem regozijar-se, orar e agradecer a Deus (1 Ts 5:16-18). Todo mandamento da Bíblia dirigido aos cristãos faz parte da vontade de Deus e deve ser obedecido. No entanto, Deus não chama todos para realizar a mesma obra nem para exercitar os mesmos dons e ministérios. A vontade de Deus é "feita sob medida" para cada um de nós!
É importante ter uma atitude correta em relação à vontade de Deus. Há quem acredite que a vontade de Deus é um mecanismo frio e impessoal. Deus dá a partida, e nós devemos manter as engrenagens funcionando sem qualquer percalço. Se desobedecermos, o mecanismo emperrará, e passaremos o resto da vida fora da vontade de Deus.
Mas essa imagem não corresponde à verdade. Não determinamos a vontade de Deus de maneira mecânica, como quem compra refrigerante de uma máquina. A vontade de Deus é um relacionamento vivo entre Deus e o cristão. Esse relacionamento não é destruído quando o cristão desobedece, pois o Pai continua a tratar de seu filho, mesmo que seja preciso discipliná-lo.
Em lugar de ver a vontade de Deus como um mecanismo frio e impessoal, prefiro vê-la como um organismo cheio de vida, calor e crescimento. Uma disfunção em nosso organismo não leva, obrigatoriamente, à morte; as outras partes do corpo compensam por aquela que não está saudável. É possível fazer um órgão voltar a funcionar normalmente. Tal disfunção pode causar dor e fraqueza, mas não leva, necessariamente, à morte.
Quando saímos da vontade de Deus, não chegamos ao fim de tudo. É verdade que sofremos, mas mesmo quando não deixamos
Deus governar, ele prevalece. Assim como o organismo compensa por uma parte que não está funcionando devidamente, também Deus ajusta as coisas de modo a nos conduzir de volta a sua vontade. Vemos isso ilustrado claramente na vida de Abraão e Jonas.
A relação do cristão com a vontade de Deus é uma experiência crescente. Em primeiro lugar, é preciso conhecer sua vontade (At 22:14). Não é difícil descobrir a vontade de Deus. Se nos mostrarmos dispostos a obedecer, ele a revelará de bom grado (Jo 7:1 7). Alguém disse bem que "a obediência é o órgão do conhecimento espiritual". Deus não revela sua vontade aos curiosos e aos indiferentes, mas sim aos que estão prontos e dispostos a obedecer a ele.
Mas não podemos nos ater apenas a conhecer a vontade de Deus. Ele deseja que sejamos cheios do "pleno conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual" (Cl 1:9). É errado desejar conhecer a vontade de Deus sobre algo e ignorar sua vontade acerca de outras coisas. Tudo em nossa vida é importante para Deus, e ele tem um plano para cada detalhe.
Deus deseja que compreendamos sua vontade (Ef 5:1 7). É nesse ponto que entra em cena a sabedoria espiritual. Uma criança pode saber qual é a vontade de seu pai, mas talvez não a entenda. A criança sabe "o quê", mas não sabe "por quê". Como "amigos" de Jesus Cristo, temos o privilégio de saber por que Deus faz o que faz (Jo 15:15). "Manifestou os seus caminhos a Moisés e os seus feitos aos filhos de Israel" (SI 103:7). Os israelitas sabiam o que Deus estava fazendo, mas Moisés compreendeu por que ele fazia tais coisas.
Também é preciso experimentar a vontade de Deus (Rm 12:2). O termo grego significa "provar por experiência". Aprende-se a determinar a vontade de Deus ao colocá-la em prática. Quanto mais se obedece, mas fácil será descobrir o que Deus deseja que façamos. É algo parecido com o processo de aprender a nadar ou a tocar um instrumento musical. Mais cedo ou mais tarde, pegamos "o espírito da coisa", e ela se torna algo natural para nós.
Aquele que sempre diz: "Como descobrir a vontade de Deus para minha vida?" pode estar declarando que nunca experimentou a vontade de Deus. Deve-se começar com o que sabemos que deve ser feito e obedecer. Então, Deus abre o caminho para o passo seguinte. Prova-se por experiência qual é a vontade de Deus. Aprende-se tanto pelo sucesso quanto pelo fracasso. "Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim" {Mt 11:29). O jugo sugere trabalho em conjunto, a prática do que Deus ensinou.
Por fim, é preciso fazer a vontade de Deus de coração (Ef 6:6). Jonas conhecia a vontade de Deus e, depois de ser disciplinado, ele lhe obedeceu, mas não de coração. Jonas 4 mostra que o profeta zangado não amava ao Senhor nem ao povo de Nínive. Simplesmente cumpriu a vontade de Deus a fim de não ser disciplinado outra vez!
Aquilo que Paulo fala sobre a prática de ofertar também se aplica à vida em geral: "não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria" (2 Co 9:7). A expressão "com tristeza" significa "de modo relutante, doloroso". Pessoas que obedecem desse modo não experimentam alegria alguma em fazer a vontade de Deus. "Por necessidade" significa "sob coação". Essas pessoas obedecem porque precisam, não porque querem. Não o fazem de coração.
O segredo de uma vida feliz é deleitar-se no dever. Quando o dever se tornar um prazer, os fardos transformam-se em bênçãos. "Os teus decretos são motivo dos meus cânticos, na casa da minha peregrinação" (Sl 119:54). Quando amamos a Deus, seus estatutos tornam-se cânticos, e temos prazer em lhe servir. Quando servimos a Deus de má vontade ou porque somos obrigados a fazê-lo, até realizamos a obra, mas perdemos a bênção para nossa vida. Labutamos em vez de ministrar. Mas quando fazemos a vontade de Deus de coração, por mais difícil que tenha sido a tarefa a cumprir, somos enriquecidos.
Não se deve pensar que a falta de conhecimento ou de obediência à vontade de Deus afete permanentemente nosso relacionamento com o Senhor. É possível confessar os pecados e receber o perdão de Deus (1 Jo 1:9). É possível aprender com os erros. O mais importante é ter um coração que ame a Deus e que deseje sinceramente fazer sua vontade e glorificar seu nome.
Quais são os benefícios de fazer a vontade de Deus? Em primeiro lugar, se desfruta uma comunhão mais profunda com Jesus Cristo (Mc 3:35). Temos o privilégio de conhecer a verdade de Deus (Jo 7:17) e de ver nossas orações respondidas (1 Jo 5:14, 15). A vida e a obra dos que fazem a vontade de Deus têm qualidade eterna (1 Jo 2:15-17). Sem dúvida, há também a expectativa de recompensas quando Jesus Cristo voltar (Mt 25:34).
Qual dessas três atitudes temos em relação à vontade de Deus? Ignorar Deus completamente nas decisões e nos planos diários? Ou conhecer a vontade de Deus e, ainda assim, recusar-se a obedecer a ela? Essas duas atitudes são erradas e só podem redundar em tristeza e arruinar a vida de quem segue esse caminho.
Mas o cristão que conhecer e amar a vontade de Deus e obedecer a ela esfrutará as bênçãos de Deus. Sua vida não será, necessariamente, mais fácil, mas será mais santa e feliz. Seu alimento será a vontade de Deus (Jo 4:34); ela será a alegria e o prazer em seu coração (Sl 40:8).
 
 
Egoísmo e mundanismo (4.1-4) - Comentário - NVI (FFBruce)
Os primeiros três versículos deveriam ser ligados aos últimos versículos do cap. 3. As causas das guerras e contendas não são meramente econômicas ou intelectuais, mas morais. Como não havia nenhuma guerra civil nessa época, Tiago parece considerar principalmente a idéia de “brigas pessoais e ações judiciais, rivalidades e facções sociais e controvérsias religiosas” (Plummer); cf. Rm 7.23; IPe 2.11. V. tb. o comentário no artigo acerca das Epístolas Pastorais. No v. 2, Erasmo, e outros após ele, sem apoio de nenhum manuscrito, leu: “vocês têm ciúmes” no lugar de “matam”, visto que “matar” deveria seguir, e não preceder a cobiça. Vemos essa linha de tradução em português na ARC: “Cobiçais e nada tendes; sois invejosos e cobiçosos e não...”. Outra dificuldade é que “matar” parece uma palavra estranha sendo aplicada a cristãos. Mas aqui, como em outros trechos, Tiago parece estar olhando além dos limites da Igreja para os judeus incrédulos entre os quais o homicídio não era coisa incomum (cf. Mc 15.7; At 21.38). Além disso, “não se pode imaginar quanto a parte cristã das comunidades judaicas se emaranhou em tais disputas e suas conseqüências assassinas” (Alford; cf. 2.11). Alguns comentaristas interpretaram a palavra figuradamente (cf. Mt 5.21,22; ljo 3.15) como “adultério” no v. 4. Sugerem outros que Tiago tinha em mente Eclesiástico 34.21,22: “Escasso alimento é o sustento do pobre; quem dele o priva é um homem sanguinário. Mata o próximo o que lhe tira o sustento, derrama sangue o que priva do salário o diarista”. Entendidas dessa forma, as palavras são uma previsão de 5.4. O sentido literal, no entanto, parece o mais natural (cf. 2.11; 5.6), visto que as palavras estão conectadas com 4.1, e não com 5.4, e, quando um sentido figurado é exigido, o contexto em geral indica isso claramente. O v. 3 nos apresenta um dos empecilhos para a oração, i.e., o egoísmo (cf. 1.8; SI 66.18; Is 59.1,2; IPe 3.7). Cristãos mundanos são descritos como Adúlteros (ARC: “adúlteros e adúlteras”; no gr., só aparece a palavra no feminino) (v. 4). Hort interpretou a palavra literalmente, mas a ausência do masculino e a acusação contra a amizade com o mundo, e não a violação do mandamento (cf. 2.11), apontam mais para um significado figurado. Tiago está escrevendo do jeito dos profetas do AT (cf. Is 57.3-9; Ez 23.27 e especialmente todo o livro de Oséias e também Mt 12.39). Contraste com o mundo com ljo 2.16. O mundo tem sido descrito como “a sociedade que se organiza independentemente de Deus”. Observe os tempos verbais no v. 4: Quem quer ser amigo do mundo faz-se inimigo de Deus.
7) Deus, amante ciumento e que concede graça (4.5,6)
A interpretação do v. 5 é difícil. Nas notas textuais da NVI, são dadas duas alternativas. No entanto, os pontos a seguir parecem claros: (a) A fórmula a Escritura diz normalmente introduz uma citação, mas talvez esteja dando o sentido geral, e não as palavras exatas (cf. Jo 7.38); (b) o Espírito que ele fez habitarem nós é uma referência natural ao Espírito Santo (cf. Rm 8.11; ICo 3.16); (c) tem fortes ciúmes é usado em um sentido positivo, e.g., Fp 1.8; (d) E verdade que a palavra traduzida por “ter ciúmes” (phthonos), regularmente e em todas as outras ocorrências no NT, tem um sentido negativo, mas assim como era usada acerca do sentimento de ciúme de um amante em relação ao seu rival, poderia designar o desejo do Espírito de nos ter completamente para si. Assim, a versão mais satisfatória aparentemente é: “Aquele Espírito que ele fez habitar em nós anseia ardentemente por nós a ponto de ter ciúmes” (uma leitura alternativa sugerida na RV). Essa era também a sugestão de Mayor. A citação exata não foi encontrada. Talvez Tiago tivesse em mente Dt 32.11,19, que na LXX fala do amor e anelo de Deus e do seu ciúme. Pode haver aqui também ecos de outros textos das Escrituras (cf. Gn 6.3-5; Êx 20.5; 34.14; Nm 35.34; Is 63.8-16; Ez 36.27; Zc 1.14; 8.2). Alguns estudiosos encontraram um paralelo em Cunrã (.Manual da Disciplina, col. 4, linhas 9ss), e tem-se sugerido que por trás de ambas as citações possa ter havido um targum ou uma paráfrase interpretativa de Gn 6.3. Esse elevado padrão de devoção pode estar fora do nosso alcance, mas Deus concede graça aos humildes (v. 6). A segunda parte do v. 6 vem de Pv 3.34 (LXX), exceto que se usa Deus no lugar de “o Senhor” (cf. Is 57.15; Jó 22.29; Lc 1.52,53; 14.11; IPe 5.5 e o v. 10 deste capítulo). Acerca do uso da LXX, veja antes, no final da seção “Natureza e conteúdo”.
8) Exortação à devoção completa (4.7-10)
Os verbos nessas exortações estão no tempo aoristo, indicando que essas coisas precisam ser feitas “de uma vez por todas como uma coisa resolvida para a alma” (W. Kelly). A primeira exortação é para que se submetam a Deus, que é uma marca da verdadeira humildade e uma condição da resistência bem-sucedida ao Diabo (cf. Ef 6.11; IPe 5.9). v. 7. Portanto'. I.e., por causa do caráter de Deus como explicado nos v. 5,6. v. 8. Aproximem-se de Deus: Cf. Êx 19.22; Dt 4.7; Ez 44.13; Zc 1.3; Hb 10.22. limpem as mãos: Cf. Gn 35.2; Êx 30.17-21; Lv 10.3; SI 24.3,4; 73.13; lTm 2.8. pecadores: Em geral, é usado como referência aos declaradamente ímpios, mas aqui é paralelo dos que têm “mente dividida” (cf. 1.6,8), e parece dirigido aos cristãos professos “para despertar e estimular” (Ropes), embora aqui também os incon-versos possam estar em vista (cf. 5.20). v. 9. Entristeçam-se: A ARA traz “Afligi-vos”. O jejum pode estar incluído, riso: Cf. Lc 6.25. As vezes, o riso é algo desejável na Bíblia (cf. SI 126.2), mas, às vezes, é uma referência ao riso superficial do tolo (cf. Ec 7.6). No NT, nunca é usado num sentido louvável. Cp. o v. 10 com o 6.
9)    Julgando uns aos outros (4.11,12)
No v. 11, a RV omite “mal” (cf. Rm 1.30; 2Co 12.20; IPe 2.1,12; 3.16). ou julga: Em vez de “e julga” (ARC). “E” é mais simples, pois falar mal e julgar não são estritamente alternativas, mas “ou” (que ocorre nos manuscritos mais antigos) pode sugerir que em alguns casos o “ato descaridoso” é mais proeminente, em outros é a “pressuposição judicial”. Acerca de a Lei, cf. 2.8. Que a referência é ao mandamento “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” parece claro com base na referência ao próximo no v. 12 (assim tb. a ARA, em vez de “outrem” na ARC). O versículo ocorre em Lv 19.18, e no v. 16 o falar mal é proibido. A pessoa que julga o seu irmão desobedece à lei, assim colocando-se acima dela e tratando-a com desprezo (cf. Mt
7.1-5; Rm 14.4-13). A repetição tripla de “irmão” no v. 11 é designada a ressaltar a falta de fraternidade da conduta, v. 12. um Legislador e Juiz: Embora Cristo seja chamado de juiz em 5.9, “um Legislador” aponta para Deus (cf. Is 33.22; iMt 10.28; Jo 19.11; Rm 2.16; 3.6; 13.1; Hb 12.23; 13.4).
10)    A tolice de esquecer Deus (4.13-17)
Esta seção, como 5.1-6, às vezes é considerada uma referência a judeus incrédulos, mas não há nada nela que não se aplique a cristãos professos. Os judeus inclinados para os negócios são exortados a que não esqueçam Deus, pois são de tal natureza que nem sabem o que lhes acontecerá amanhã! (v. 14). A vida deles não é nada mais do que uma neblina passageira (cf. Jó 7.6; 8.9; 9.25,26; 20.8; SI 39.5; 78.39; 90.9; Is 38.12; IPe 1.24).
Há uma leitura que foi adotada por alguns editores: “Ao passo que vocês não sabem no dia seguinte de que tipo sua vida será”, mas isso enfraquece o sentido, pois podem não estar vivos no dia seguinte, v. 15. “Se o Senhor quiser, viveremos e faremos isto ou aquiloE evidente que o que importa não é uma fórmula, mas a atitude de dependência. As vezes, Paulo usava uma fórmula, outras vezes a dispensava (cf. At 18.21; 19.21; Rm 15.28; ICo 4.19; Pv 27.1). Devemos observar também que “Se o Senhor quiser” significa mais do que “Se o Senhor não impedir”. Devemos nos exercitar no conhecimento da sua vontade, v. 16. vocês se vangloriam das suas pretensões'. Cf. ljo 2.16. A ARC traz aqui “presunções”, i.e., suas falas arrogantes. O último versículo é acrescentado para dar mais força às exortações anteriores, v. 17. Quem sabe que deve fazer o bem e não o faz, comete pecado'. As palavras podem ser uma referência especial aos v. 13-16, mas são de aplicação genérica. Tiago não está negando a possibilidade do pecado de ignorância, mas destacando a seriedade de pecar contra a luz (cf. Lv 4.2; Lc 12.48; Jo 9.41; 15.22).
 
 
Como conhecer a vontade de Deus para o futuro - Comen. Expo. H. D. Lopes
(Tiago 4.13-17)

Tiago começa o capítulo 4 falan­do sobre uma guerra contra o próximo, contra nós mesmos e contra Deus. Ele disse que as guerras entre as pessoas são um desdobramento das tensões que temos dentro de nós mesmos. Ele disse que nessa luta contra Deus enfrentamos a sedução do mundo (4.4), as paixões da carne (4.5,6) e as ciladas do diabo (4.7).
Tiago nos versículos 11, 12 mostra o risco de declararmos guerra contra os irmãos, usando a língua para falar mal uns dos outros. Tiago corrige esse grave pecado mostrando algumas coisas: primeiro, como devemos considerar uns aos outros: como irmãos e como o pró­ximo (v. 11,12). Segundo, somos irmãos, membros da mesma família, e Jesus é o
nosso irmão mais velho. Como próximo, devemos cuidar uns dos outros e não falar mal uns dos outros. Terceiro, como devemos considerar a lei: Deus nos deu a lei para nos orientar a amar uns aos outros (2.8). Se falamos mal, nós quebramos o preceito da lei que devíamos obedecer. Se falamos mal, tornamo-nos juizes da lei e não observadores dela. Quarto, como devemos considerar a Deus: Deus é o legislador, o sustentador da vida e o juiz. Quando fala­mos mal do irmão pecamos contra Deus. Quinto, como devemos considerar a nós mesmos: quando falamos mal do irmão, colocamo-nos numa posição de superioridade (4.12).
Tiago, agora, nos versículos 13-17, vai falar sobre o risco da presunção. A presunção vem de um entendimento erra­do de nós mesmos e das nossas ambições. A presunção é assegurar a nós mesmos que o tempo está do nosso lado e à nossa disposição. Presunção é fazer os nossos planos como se estivéssemos no total controle do futuro. Presunção é viver como se nossa vida não dependesse de Deus.
A presunção é um sério pecado. Ela envolve tomar em nossas próprias mãos a decisão de planejar e comandar a vida à parte de Deus. A presunção olha para a vida como um contínuo direito e não como uma misericór­dia diária. A presunção atinge várias áreas: toca a vida - hoje, amanhã, um ano. Toca as escolhas - “... hoje ou amanhã iremos... passaremos um ano, negociaremos e ganharemos”. Toca a habilidade - “ negociaremos e ga­nharemos”. Obviamente Tiago não está combatendo a questão do planejamento, mas combatendo o planejamento sem levar Deus em conta. É claro que a vida é feita de nossas escolhas. Precisamos ter alvos, planos, sonhos, mas não presunção.
Como nós podemos nos proteger da presunção?
Em primeiro lugar, tendo consciência da nossa ignorância: “No entanto, não sabeis o que sucederá amanhã” (4.14).
Em segundo lugar, tendo consciência da nossa fragilida­de-. “Que é a vossa vida? Sois um vapor que aparece por um pouco, e logo se desvanece” (4.14).
Em terceiro lugar, tendo consciência da nossa total depen­dência de Deus: “Em lugar disso, devíeis dizer: se o Senhor quiser, viveremos e faremos isto ou aquilo” (v. 15).
Quais são os perigos da presunção? A presunção envol­ve tomar em nossas próprias mãos o nosso destino (4.16). Também envolve uma declarada desobediência ao conhe­cido propósito de Deus (4.17).
Podemos afirmar que a vida humana está em certo as­pecto sob o controle humano. Precisamos tomar decisões e somos um produto das decisões que fazemos na vida: quem queremos ser, com quem andamos, com quem nos casamos, o que fazemos. Por outro lado, a vida humana, não está em nosso controle. Nós não conhecemos o nosso futuro nem sabemos o que é melhor para nós. Devemos procurar saber quais são os sonhos de Deus para a nossa vida. A verdade incontroversa é que a vida humana está sob o controle divi­no. Se Deus quiser iremos, compraremos, ganharemos.
Tiago passa em seguida a considerar a sublime questão da vontade de Deus (4.13-17). Warren Wiersbe fala sobre as três atitudes que uma pessoa tem diante da vontade de Deus: ignorá-la, desobedecê-la ou obedecê-la.
Alguns ignoram a vontade de Deus (Tg 4.13,14,16)
Warren Wiersbe, ainda, apresenta quatro argumentos para revelar a tolice de se ignorar a vontade de Deus: a complexidade, a incerteza, a brevidade e a fragilidade da vida.
Em primeiro lugar, vejamos a complexidade da vida (4.13). Pense em tudo o que envolve a vida: hoje, amanhã, comprar, vender, ter lucros, perder, estar aqui, ali. A vida é feita de pessoas e lugares, atividades e alvos, dias e anos. Todos nós tomamos decisões cruciais dia após dia.
Em segundo lugar, a incerteza da vida (4.14a). Esta ex­pressão é baseada em Provérbios 27.1: “Não te glories do dia de amanhã; porque não sabes o que produzirá o dia”. Esses negociantes estavam fazendo planos seguros para um ano, enquanto não podiam ter garantia de um dia sequer. Eles diziam: nós iremos, nós permaneceremos, nós compraremos e teremos lucro. Essa postura é a mesma que Jesus reprovou na parábola do rico insensato em Lucas 12.16-21. Aquele que pensa que pode administrar o seu futuro é tolo. A vida não é incerta para Deus, mas é incer­ta para nós. Somente quando estamos dentro da vontade de Deus é que podemos ter confiança no futuro.
Em terceiro lugar, a brevidade da vida (4.14b). Tiago compara a duração da vida com uma neblina. O livro de Jó revela de forma clara a brevidade da vida: 1) “Os meus dias são mais velozes do que a lançadeira do tecelão...” (Jó 7.6); 2) “...nossos dias sobre a terra são uma sombra” (Jó 8.9); 3) “...os meus dias são mais velozes do que um corredor” (Jó 9.25); 4) “O homem, nascido da mulher, é de poucos dias e cheio de inquietação. Nasce como a flor, e murcha; foge também como a sombra, e não permanece” (Jó 14.1,2). Moisés diz: “...acabam-se os nossos anos como um suspiro... pois passa rapidamente, e nós voamos” (SI 90.9,10). Porque a vida é breve não podemos desperdiçá-la nem vivê-la na contra-mão da vontade de Deus.
Em quarto lugar, a fragilidade da vida (4.16). A presun­ção do homem apenas tenta esconder a sua fragilidade. O homem não pode controlar os eventos futuros. Ele não tem sabedoria para ver o futuro nem poder para controlar o futuro. Portanto, a presunção é pecado, é fazer-se de Deus. Em suma, qualquer tentativa para achar segurança longe de Deus é uma ilusão."
Alguns desobedecem à vontade de Deus (Tg 4.17).
Conhecimento implica em responsabilidade. As pessoas conhecem a vontade de Deus, mas delibera- damente a desobedecem. Nosso pecado torna-se mais grave, mais hipócrita e mais danoso do que o pecado de um incrédulo ou ateu. Mais grave porque peca­mos contra um maior conhecimento. Mais hipócrita porque declaramos que cremos, mas desobedecemos. Mais danoso porque os nossos pecados são mestres do pecado dos outros. O apóstolo Pedro diz: “Porque melhor lhes fora não terem conhecido o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado” (2Pe 2.21).
Por que as pessoas que conhecem a vontade de Deus, deliberadamente a desobedecem? Em primeiro lugar, por orgulho. O homem gosta de considerar-se o dono do seu próprio destino, o capitão da sua própria alma. Em segun­do lugar, pela ignorância da natureza da vontade de Deus. Muitas pessoas têm medo da vontade de Deus. Pensam que Deus vai fazê-las miseráveis e infelizes. Mas a infeli­cidade reina onde o homem está fora da vontade de Deus. O lugar mais seguro para uma pessoa estar é no centro da vontade de Deus.
O que acontece àqueles que deliberadamente de­sobedecem a vontade de Deus? Eles são disciplinados por Deus até se submeterem (Hb 12.5-11). Eles perdem recompensas espirituais (lCo 9.24-27). Finalmente, eles sofrerão conseqüências sérias na vinda do Senhor (Cl 3.22-25).
Outros obedecem a vontade de Deus (Tg 4.15)
A comida de Jesus era fazer a vontade do Pai (Jo 4.34). A vontade de Deus é que dirigia sua vida. A vontade de Deus é que Seu povo se alegre, ore e dê graças em tudo (lTs 5.16-18). Deus revela a Sua von­tade para todos aqueles que desejam obedecê-la: “Se alguém quiser fazer a vontade de Deus, há de saber se a doutrina é dele...” (Jo 7.17). Nós devemos procurar compreender qual é a vontade do Senhor. O apóstolo Paulo ordena: “Por isso, não sejais insensatos, mas en­tendei qual seja a vontade do Senhor” (Ef 5.17). Nós devemos experimentar a vontade de Deus (Rm 12.2). Nós devemos fazer a vontade de Deus de todo o nosso coração (Ef 6.6).
Quais são as recompensas daqueles que fazem a von­tade de Deus? Eles se regozijam em profunda comunhão com Cristo (Mc 3.35), têm o privilégio de conhecer a ver­dade de Deus (Jo 7.17), têm suas orações respondidas (ljo 5.14,15) e a garantia de uma gloriosa recompensa na volta de Jesus (Mt 25.34).
Qual é a nossa atitude em relação à vontade de Deus? Ignoramo-la? Conhecemo-la, mas deliberadamente a de­sobedecemos ou obedecemo-la com alegria? Quem obe­dece a vontade de Deus pode até não ter uma vida fácil, mas certamente terá uma vida mais santa, segura e feliz.
 
 
 
3º Trimestre de 2014 -  Título: Fé e Obras — Ensinos de Tiago para uma vida cristã autêntico - Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Tiago 4.1-10.
 1 - Donde vêm as guerras e pelejas entre vós? Porventura, não vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam?2 - Cobiçais e nada tendes; sois invejosos e cobiçosos e não podeis alcançar; combateis e guerreais e nada tendes, porque não pedis.3 - Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites.4 - Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.5 - Ou cuidais vós que em vão diz a Escritura: O Espírito que em nós habita tem ciúmes?6 - Antes, dá maior graça. Portanto, diz: Deus resiste aos soberbos, dá, porém, graça aos humildes.7 - Sujeitai-vos, pois, a Deus; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.8 - Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Limpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai o coração.9 - Senti as vossas misérias, e lamentai, e chorai; converta-se o vosso riso em pranto, e o vosso gozo, em tristeza.
10 - Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará.

INTERAÇÃO
 Todo ser humano almeja se realizar profissionalmente, no ministério, em família e nas diversas áreas da vida. Esta busca é normal e legítima. Ela faz com que venhamos a trabalhar, estudar, casar, ter filhos, nos leva a correr em busca dos nossos sonhos e projetos. Todavia, a realização pessoal se torna pecado quando ela é colocada acima de Deus. A Palavra de Deus é bem clara quanto a isto: “Mas buscai o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33). Deus deseja que venhamos ter uma vida abundante, de realizações, mas não podemos deixar de levar e apresentar a Ele todos os nossos projetos. Se nossos alvos são alcançados, não é por merecimento próprio, mas porque Deus assim permitiu pela sua graça e bondade infinitas. Não seja arrogante ou autossuficiente, mas se humilhe perante o Senhor e Ele o exaltará.

OBJETIVOS
 Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Analisar qual é a origem dos conflitos e discórdias na vida do crente e da igreja.
Mostrar que o crente não pode flertar com o sistema do mundo.
Compreender que a autorealização não pode vir em primeiro lugar em nossas vidas.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
 Professor, para iniciar o primeiro tópico da lição, escreva no quadro a primeira parte do versículo um do capítulo quatro de Tiago: “Donde vêm as guerras e pelejas entre vós?”. Peça que os alunos discutam e respondam esta indagação. Em seguida explique que as disputas entre crentes são sempre prejudiciais. Nestas contendas não existem vencedores. Toda a igreja sofre, pois em geral as discussões e disputas são resultado de desejos egoístas e perversos. Explique que a cura para os desejos egoístas e malignos é a humildade. Encerre lendo com os alunos 1 Pedro 5.5,6.

Palavra Chave
Autorrealização: Ato ou efeito de realizar a si próprio.
COMENTÁRIO -  INTRODUÇÃO
 Realização profissional, pessoal e o desejo de uma melhor qualidade de vida são anseios legítimos do ser humano. Entretanto, o problema existe quando esse anseio torna-se uma obsessão, um desejo cego, colocando o Senhor nosso Deus à margem da vida para eleger um ídolo: o sonho pessoal. Ao concluirmos o estudo dessa semana veremos que não se pode abrir mão de Deus para realizarmos os nossos sonhos, pois os dEle devem estar em primeiro lugar!
 I. A ORIGEM DOS CONFLITOS E DAS DISCÓRDIAS (Tg 4.1-3)
 1. Que sentimentos são esses? Tiago abre o capítulo 4 perguntando: “Donde vêm as guerras e pelejas entre vós?”. Em seguida, responde retoricamente: “Porventura, não vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam?” (v.1). Aqui, o líder da igreja de Jerusalém denuncia o tipo de sabedoria que estava predominando na igreja: a terrena, animal e diabólica. Por quê? Ora, entre aqueles crentes havia “guerras e pelejas” e “interesses dos próprios deleites”, enquanto os menos favorecidos estavam à margem dessas ambições. Estava nítido que eles não semeavam a paz.
2. A origem dos males (Tg 4.2). “Combateis e guerreais” (v.2), é a afirmação do meio-irmão do Senhor em relação àquelas igrejas. Tiago não mascara o que está no coração humano: a cobiça e a inveja. Estas são as predisposições básicas da nossa natureza para desenvolver uma atitude combativa e de guerra contra as pessoas, até mesmo em nome de Deus (Jo 16.2). Quem procede assim ainda não entendeu o Evangelho e nem mesmo atina para a verdade de que Deus não tem compromisso algum com os desejos egoístas, mas atenta à pureza e a verdadeira motivação do coração (1Sm 16.7; Lc 18.9-14).
3. O porquê de não recebermos bênçãos (Tg 1.3). O texto sagrado mostra o porquê de as pessoas que agem assim não receberem as bênçãos de Deus, apesar de muitas vezes aparecerem “profetas” profetizando o contrário. Em primeiro lugar, Deus não é um garçom que está diuturnamente ao nosso serviço. Segundo, como vimos, Ele não têm compromisso com os nossos interesses mundanos. E, finalmente, quando pedimos, o pedimos mal, pois não é a vontade divina que está em nosso coração, mas o desejo egoístico da natureza humana pedindo a Deus para chancelá-lo.
 SINOPSE DO TÓPICO (I)
 As guerras e pelejas entre os crentes são frutos dos desejos egoístas e carnais que carregamos em nosso interior.
 II. A BUSCA EGOÍSTA (Tg 4.4,5)
 1. Adúlteros e amigos do sistema mundano (Tg 4.4). Tiago chama de “adúlteros e adúlteras” os crentes que flertaram com o sistema do mundo. Mas a qual sistema mundano o escritor da epístola se refere? Olhando para o contexto anterior da passagem em apreço, veremos que Tiago se refere às más atitudes (a inveja, a cobiça, o deleite carnal, as pelejas e as guerras, isto é, o egoísmo do coração humano) que caracterizam o sistema presente deste mundo. Os que flertaram com tal sistema fizeram-se inimigos de Deus.
2. “Inimigos de Deus”. O líder da igreja de Jerusalém faz esta afirmação baseado nas duas imagens linguísticas usadas por ele para configurar a amizade dos crentes com o sistema mundano: “adúlteros e adúlteras”. Quando Tiago usa essas duas imagens, ele quer mostrar que da mesma forma que Israel procurou estabelecer acordos não só com o Deus de Abraão, mas também com Baal, Asera e outras divindades de Canaã, os leitores de Tiago também procuraram estabelecer tanto a amizade com o mundo, quanto com Deus. Todavia, Tiago mostra que a amizade com Deus e com o mundo, transformará as pessoas em “inimigas de Deus”.
3. O Espírito tem “ciúmes” (Tg 4.5). O Espírito Santo que em nós habita é zeloso. Ele é o selo que marca-nos como propriedade exclusiva de Deus (2Co 1.21,22; 1Pe 2.9). No versículo cinco do capítulo quatro, os leitores de Tiago aparecem como o objeto dos “ciúmes do Espírito”. Por isso, o autor sagrado os confronta chamando-os de “adúlteros e adúlteras”. Tal advertência é a admoestação de Deus para o seu povo. Aqui, também cabe lembrar-nos de uma promessa registrada na Primeira Epístola Universal de João: temos um advogado à destra de Deus (2.1,2).
 SINOPSE DO TÓPICO (II)
 Os crentes que estão divididos entre a igreja e o mundo são denominados por Tiago de “adúlteros e adúlteras”. O crente jamais deve flertar com o sistema do mundo.
 III. A BUSCA DA AUTORREALIZAÇÃO (Tg 4.6-10)
 1. Humilhando-se perante Deus (Tg 4.6,7). Uma vez admoestados pelo Espírito Santo, temos a promessa de que Ele nos dará “maior graça”. Tal maior graça é o fato de que “Deus resiste aos soberbos”, mas “dá, porém, graça aos humildes”. Se acolhermos a advertência do Senhor, a tão almejada realização humana acontecerá de maneira completa em Deus. Humilharmo-nos diante do Senhor é reconhecermos quem somos à luz da sua admoestação. É acolher com humildade o confronto do Senhor. O arrogante, o soberbo e o ganancioso nunca terão esta atitude e, por isso, serão abatidos. E ainda, à luz do ensino de Tiago, resistir ao Diabo significa não desejar as mesmas coisas que a falsa sabedoria nos oferece: egoísmo, orgulho, soberba etc. É não almejarmos a posição dos mestres orgulhosos e soberbos, mas contentarmo-nos com a vocação de servirmos ao Senhor, voluntária e espontaneamente, em espírito e em verdade (Jo 4.23).
2. Convertendo a soberba em humildade (Tg 4.8,9). Se o orgulhoso e o soberbo decidirem-se por se achegarem a Deus, o Senhor lhes será propício. A mão de Deus “não está encolhida, para que não possa salvar; nem o seu ouvido, agravado, para não poder ouvir” (Is 59.1). O que precisa acontecer é um verdadeiro arrependimento! A exortação bíblica de Tiago a essas pessoas é que o “riso” e a “aparente felicidade” delas, produzidos pela amizade do mundo, convertam-se em “choro”, “lamento” e “miséria” (v.9; cf. 2Co 7.10), assim que elas perceberem-se como “inimigas de Deus”. Esta é a atitude genuína de um verdadeiro arrependimento.
3. “Humilhai-vos perante o Senhor” (Tg 4.10). Ao abrir mão de nossa autorrealização sob as perspectivas mundanas do egoísmo, do individualismo, da soberba e da inveja, seremos pessoas satisfeitas e realizadas com o Dono da vida. Como poderemos ser felizes sem a presença do Doador da vida (Jo 12.25)? A exaltação do Senhor ser-nos-á dada mediante a sua graça e bondade infinitas. Humilhemo-nos, portanto, debaixo da potente mão de Deus (1Pe 5.6)!
 SINOPSE DO TÓPICO (III)
 Como criaturas, precisamos nos humilhar diante do nosso Criador, reconhecendo que sem Ele nada somos e nada podemos fazer.
 CONCLUSÃO
 A partir dos ensinamentos do Senhor Jesus, desfrutaremos da verdadeira felicidade em Deus. Que venhamos atentar para o ensinamento desta lição, humilhando-nos na presença de Deus através de Cristo Jesus.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
 RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2007.
ARRINGTON, French L; STRONSTD (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Volume 2. 4ª Edição. RJ: CPAD, 2009.

EXERCÍCIOS 
1. Tiago abre o capítulo 4 fazendo qual pergunta?
R. “Donde vêm as guerras e pelejas entre vós?”.
 2. Como Tiago denomina os crentes que flertaram com o sistema do mundo?
R. Tiago os chama de “adúlteros e adúlteras”.
 3. Segundo a lição, o que significa “humilharmo-nos diante do Senhor”?
R. Humilharmo-nos diante do Senhor é reconhecermos quem somos à luz da sua admoestação. É acolher com humildade o confronto do Senhor.
 4. De acordo com o ensino de Tiago, o que significa resistir ao diabo?
R. Resistir ao diabo significa não desejar as mesmas coisas que a falsa sabedoria nos oferece.
 5. A exaltação do Senhor ser-nos-á dada mediante a quê?
R. A exaltação do Senhor ser-nos-á dada mediante a sua graça e bondade infinitas.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
 Subsídio Teológico
 “Guerras e pelejas
Essas ‘guerras e pelejas’ dentro do indivíduo, que levam à ‘guerras e pelejas’ dentro da comunidade, poderiam ser evitados se as pessoas simplesmente pedissem a Deus as coisas que necessitam, particularmente a ‘sabedoria’ ou a ‘palavra’, que conformaria seus desejos à vontade de Deus. Pois, mesmo quando realmente pedem, seus motivos divinos e pecaminosos (manifestado aqui pelo desejo de ‘gastar em vossos deleites’) representam a certeza de que não ‘receberão do Senhor alguma coisa’.
Existem entre os comentaristas uma acentuada tendência para interpretar a exortação de Tiago ‘combateis e guerreais’ (4.2), como uma simples figura de retórica. De acordo com estes estudiosos, Tiago está acompanhando a precedência de Jesus quando se referiu ao ódio como assassinato (veja Mt 5.21,22). Porém, pode existir um aspecto pelo qual Tiago acredita que essa alegação seja apropriada dentro de um sentido mais literal” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Volume 2. 4ª Edição. RJ, CPAD: 2009, p. 877).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Bibliológico
 “A expressão que Tiago usa para chamar a audiência de ‘adúlteros e adúlteras’ (v.4), provavelmente se originou não só de uma anterior associação com os mandamentos que condenam o assassinato e o adultério (2.11), como também da associação usual de ‘deleites’ (4.3) com o desejo sexual. Isso lembra duas poderosas imagens do Antigo Testamento: uma delas é a descrição do ‘caminho da mulher adúltera’ que ‘come’ (um eufemismo para as relações sexuais) e depois diz, ‘não cometi maldade’ (Pv 30.20). Sua declaração está de acordo com aquela atitude de impunidade e de vulgaridade, à qual Tiago acusa de levar seus leitores a cometer pecados.
Outra imagem é a tradição profética que considerava Israel como a esposa infiel de Deus (Jr 3.20; Ez 16; Os 2.2-5; 3.1). Da mesma forma como Israel procurou estabelecer acordos não só com o Deus de Abraão, mas também com Baal, Asera e outras divindades de Canaã, os leitores de Tiago também procuraram estabelecer tanto a ‘amizade com o mundo’, quanto com Deus. Mas tão certo como o adultério destrói o relacionamento entre os casais, o desejo ambivalente pelo bem e pelo mal — amizade com Deus e com o mundo — ao final transformará as pessoas em ‘inimigos de Deus’” (ARRINGTON, French L; STRONSTD (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Volume 2. 4ª Edição. RJ, CPAD: 2009, p.877).

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
 O perigo da busca pela Autorrealização Humana
 Por que existem conflitos, discórdias e males entre as pessoas cristãs? Tiago, o meio-irmão do Senhor, retoricamente, pergunta: “Porventura, não vêm disto, a saber, dos vossos deleites que nos vossos membros guerreiam?” (v.1). Esta é a origem dos conflitos e das discórdias que o autor da epístola descreve na seção bíblica 3.1-3. Quão enganoso e destrutivo é o coração humano!
No terceiro capítulo, Tiago demonstra que a maioria das nossas desavenças e tramas perversas é fruto da ambição, ignomínia e sede de vermos o nosso desejo realizado. E qual o objetivo desta realização? O deleite! O líder da igreja de Jerusalém expõe a nudez da alma humana. Daí é que surgem muitas frustrações espirituais e da própria alma. O indivíduo tem uma relação com Deus não segundo a vontade divina, mas a sua própria, pois colocaram em sua cabeça que as bênçãos de Deus são para os seus deleites e prazeres. Neste ponto, Tiago é taxativo: “Cobiçais e nada tendes; sois invejosos e cobiçosos e não podeis alcançar; combateis e guerreais e nada tendes, porque não pedis. Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites” (4.2,3).
“Porque não pedis”, Tiago destaca esta expressão para compará-la, logo em seguida, com a outra posterior: “Pedis e não recebeis”. Porque alguém pede a Deus e não recebe, já que o nosso Senhor prometeu dar-nos tudo o que pedíssemos em seu nome? Esta é uma pergunta que só pode ser respondida à luz de um autoexame sincero, pois a Palavra responde com clareza: “Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites”. Temos de ter o cuidado, para não confundirmos a vontade de Deus com a nossa própria. Não podemos usar o nome de Deus para realizar as vontades e os prazeres particulares. Deus não se usa!
Portanto, desafie a classe para um autoexame honesto, sincero e transparente à luz da Palavra de Deus. Nada é melhor que o homem desnudar-se na presença do Altíssimo. O nosso Pai sabe o que está em nosso coração e qual a nossa verdadeira motivação de vida diante dEle. Num tempo dominado pelas ambições e prazeres humanos, a palavra ensinada por Tiago chega a uma ótima hora e desafia-nos a olharmos para nós e perguntarmo-nos: o que há em meu coração?

 
 
SUBSÍDIOS DA REVISTA DA CPAD - LIÇÃO 5 - 1 TRIMESTRE DE 2019
 
 

SUBSÍDIO DIDÁTICO - PEDAGÓGICO
Para introduzir a lição dessa semana, sugerimos reproduzir o esquema proposto conforme a sua possibilidade e fazer uma exposição geral a respeito da epístola.

 

Texto adaptado da “Bíblia de Estudo Pentecostal”, editada pela CPAD.
 
SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO
Para contrapor a ideia de vida egoísta e de pecado, leve em conta este belíssimo texto doutrinário sobre o ensino de John Wesley: “[...] Wesley incita os cristãos no caminho da perfeição completa para empreender obras de misericórdia e de piedade. Ele observa: ‘É por meio da paciente continuação em fazer o bem, em usar toda a graça que já lhe foi concedida, que você deve buscar o dom completo de DEUS, a completa renovação de sua alma, a completa libertação do pecado’. Em termos de obras de misericórdia em particular, os crentes devem servir os pobres com vigor e sacrifício diligente, ministrando acerca de suas necessidades materiais e espirituais. Na verdade, em 1748, Wesley escreve que as pessoas engajadas em ministrar aos oprimidos ‘fazem o bem o máximo que podem, até mesmo para o corpo dos homens”. Mas, a seguir, indicando sua preferência por um ministério global, ele acrescenta: ‘Muito mais ele se regozijará se puder fazer algum bem para a alma de algum homem’. E dois anos depois, Wesley continua esse tema em seu sermão [...] (Sobre o Sermão do Monte de nosso Senhor, Décimo Terceiro Discurso) em que escreve: ‘Além de tudo isso, você é zeloso com as boas obras? Você, quando tem tempo, faz o bem a todos os homens? Você alimenta o faminto, e veste o nu, e visita o órfão e viúva em sua aflição? Você visita os que estão doentes? Ajuda o que está preso? Você acolhe o estrangeiro? Amigo, suba mais alto. [...] Ele capacita-o a trazer os pecadores das trevas para a luz, do poder de Satanás para o de DEUS’” (COLLINS, Kenneth. Teologia de John Wesley:O Amor SANTO e a Forma da Graça. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, pp.372-73).

CONHEÇAM *Hedoné - Hedonismo
“[Do gr. hedoné; do lat. hedonismus] Doutrina filosófica da época pós-socrática, segundo a qual o prazer individual e imediato é o supremo bem da vida humana.” Leia mais em Dicionário Teológico, CPAD, p.173.


SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
Para concluir a lição desta semana, sugerimos uma reflexão com os alunos acerca do “ser cristão”. Ora, ser cristão é submeter-se inteiramente a CRISTO. Mas o que isso significa na prática? Faça essa reflexão a partir deste texto da espiritualidade clássica pentecostal: “O segredo do Cristianismo está em ser. Está em ser possuidor da natureza de JESUS CRISTO. Em outras palavras está em ser: CRISTO em caráter; CRISTO em demonstração; CRISTO em poder de transmissão. Quando o indivíduo se entrega ao Senhor e se torna filho de DEUS, ele passa a ser como um cristo-homem – um cristão. Tudo o que a pessoa faz e diz dali em diante deve ser a vontade, as palavras e as obras de JESUS, da mesma maneira como JESUS falou e fez absoluta e completamente a vontade do Pai” (LAKE, John G. Devocional. Série: Clássicos do Movimento Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp.43-44). 
CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 77, p38.

AJUDA BIBLIOGRÁFICA
Teologia Sistemática de Charles Finney
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
CHAMPLIN, R.N. O Novo e o Antigo Testamento Interpretado versículo por Versículo. 
Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Myer Pearman - Editora Vida
Comentário Bíblico Beacon, v.5 - CPAD.
Comentário Bíblico TT W. W. Wiersbe
Comentário Bíblico Expositivo - Novo Testamento - Volume I - Warren W. Wiersbe
CRISTOLOGIA - A doutrina de JESUS CRISTO - Esequias Soares - CPAD
Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD
GARNER, Paul. Quem é quem na Bíblia Sagrada. VIDA
Guia Básico de Interpretação da Bíblia - CPAD
http://www.gospelbook.net, www.ebdweb.com.br, http://www.escoladominical.net, http://www.portalebd.org.br/, Bíblia The Word.
O Novo Dicionário da Bíblia - J.D.DOUGLAS.
Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD
Pequeno Atlas Bíblico - CPAD Hermenêutica Fácil e Descomplicada - CPAD
Revista Ensinador Cristão - CPAD.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Teologia Sistemática Pentecostal - A Doutrina da Salvação - Antonio Gilberto - CPAD
Teologia Sistemática - Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - A Salvação - Myer Pearman - Editora Vida
Teologia Sistemática de Charles Finney
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
HOUAISS, Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa. OBJETIVA.
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Livro Batalha Espiritual - Livro de Apoio Adulto 1º Trimestre -  2019 - Pr. EsequiasSoares
Angelogia — a Doutrina dos anjos - Wagner Caby - Teologia Sistemática Pentecostal - CPAD
Primeira tradução do Antigo Testamento do hebraico para o grego, em Alexandria, no Egito, feita em cerca de 285 a.C., conhecida como a tradução dos setenta — LXX.
MARTENSEN, Christian Dogmatics, 133.
Questão 50, artigo 3°, da Suma Teológica (Volume II Lovola, São Paulo,
2002), a qual trata da natureza dos anjos de modo absoluto. Tomás de Aquino aqui cita as palavras de Dionísio, o areopagita, acerca do número de anjos existentes.
Nota do Editor — apesar de alguns teólogos acreditarem que haja uma categoria de anjos formada por arcanjos, só há menção explícita a um arcanjo nas Escrituras (Jd v.9; I Ts 4.16, ARA).
O Novo Testamento Versículo por Versículo, Candeia. Champlm comenta sobre Efésios 1.21.
O Novo Testamento Versículo por Versículo, Candeia. Champlin comenta sobre Colossenses I.16.
SILVA, Severmo Pedro da, A Doutrina Bíblica dos Anjos, CPAD.
PERLMAN, Mver, Conhecendo as Doutrinas da Bíblia, Editora Vida.
Teologia Sistemática Atual e Exaustiva, Edições Vida Nova.
PERLMAN Mver, Conhecendo as Doutrinas da Bíblia, Editora Vida.
J KOEHLER, Edward W. A., Sumário da Doutrina Cristã, Concórdia.
PERLMAN, Myer, Conhecendo as Doutrinas da Bíblia, Editora Vida.
Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento, CPAD.
HORTON, Stanley M., A Vitória Final, CPAD.
ARCHER, Gleason L., Enciclopédia de Dificuldades Bíblicas, Editora Vida. Archer
é professor de Antigo Testamento e Estudos Semíticos naTrinity Divinitv School — em Deerfield, Illinois, Estados Unidos — e deão no Fuller Theological Seminary.
GRAHAM, Billy. Anjos, os Agentes Secretos de DEUS. Record, pp.79-89.
Bíblia de Estudo de Genebra.
Homília de Centum Ovibus (Homílias sobre os Evangelhos), citado porTomás de Aquino.
OLSON, N. Lawrence, Plano Divino através dos Séculos, CPAD.
GILBERTO, Antomo, Manual da Escola Dominical, CPAD.
JOSEFO, Flávio, de Bello Judaico, VII. 6:3.
OLSON, N. Lawrence, Plano Divino através dos Séculos, CPAD.
BOYER, Orlando, Espada Cortante, Vol. I, CPAD.
COSTA, Samuel, Psicoteologia Geral, Vol I, Editora Silvacosta.

http://www.cblibrary.net/portugue/colossenses/col_ch5.htm
fonte  http://www.apazdosenhor.org.br