ESCOLA DOMINICAL BETEL - Lição 9


A Igreja e sua organização 
2 de junho de 2019


Texto Áureo
"E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores.", Ef 4.11

Verdade Aplicada
A organização da igreja serve o propósito de perpetuar o trabalho de Cristo e criar a s condições mínimas de subsistência.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

At 6.2,3; 14.23; Tt 1.5 
2 - E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas.
3 - Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio.
23 - E, havendo-lhes, por comum consentimento, eleito anciãos em cada igreja, orando com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido.
5 - Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam, e de cidade em cidade estabelecesses presbíteros, como já te mandei:

Introdução
Apesar do termo Igreja originalmente se definir com as pessoas, a organização e instituição igreja serve o propósito de perpetuar e melhorar o trabalho realizado aqui na terra. 
 

1. O ministério
As principais funções do ministério são a pregação da Palavra a administração das coisas do Senhor. Cabe ao ministério priorizar a proclamação do Reino de Deus e criar suporte para o mesmo. 
 

1.1.Os ministros

Três palavras diferentes no grego são traduzidas por ministros, entretanto, todas dão o sentido de alguém que trabalha e serve alguém. Por isso, entende-se como ministro do Senhor aquele que serve a Deus e à Igreja. Almejar o ministério é algo agradável a Deus (1Tm 3.1). Entretanto, não devemos achar que é um caminho fácil ou de pompa. Na verdade, a escada eclesiástica é para baixo e não para cima, pois o maior servirá o menor (Mt 18.4; 23.11).

1.2.O presbitério

A expressão “presbítero” encontrada em diversos textos do Novo Testamento – como em 1 Timóteo 5.17; Tito 1.5; 1Pedro 5.1 – no grego indica “pessoa mais velha” ou “ancião”. Portanto o termo “ancião” em outros textos, como Atos 14.23 e 20.17, também se refere aos presbíteros.
Assim, a designação “presbítero” era usada para se referir aos dirigentes das igrejas locais, encarregados da administração, sem referência à sua idade. Tratava-se de homens mais maduros espiritualmente, com conhecimento e experiência para servir como exemplo e ensinar o povo de Deus.O apóstolo Paulo relaciona as qualificações necessárias para o exercício das funções de presbítero em 1Timóteo 3.2-7  e em Tito 1.5-6. Além das qualificações é importante conhecer as diversas funções dos presbíteros, como por exemplo: apascentar a igreja de Deus (At 20.28; 1Pe 5.1-2); responsáveis pelo ensino da sã doutrina e a pregação do Evangelho (1Tm 5.17); orar e ungir o doente (Tg 5.14).
1.3. O diaconato

A diaconia bíblica não se caracteriza por poder e proeminência, mas pelo serviço ao próximo.Outrossim, não devemos subestimar a importância do serviço do diácono. Os ensinamentos de Jesus no julgamento final equiparam esse ministério com: alimentar os famintos, acolher o próximo, vestir os que estão despidos, visitar os enfermos e encarcerados (Mt 25.31-46).Todo o Novo Testamento enfatiza a compaixão pelas necessidades físicas e espirituais dos indivíduos, bem como devemos nos doar para satisfazes essas necessidades. Toda organização tem pessoas que trabalham nos bastidores. Eles trabalham nos bastidores dando o suporte e a logística necessária para que a obra seja realizada da melhor forma possível.

2. A liderança cristã

A liderança cristã constitui-se basicamente do exemplo e do serviço, no qual o líder influencia a partir da vida de Jesus Cristo.

2.1.O exemplo

A primeira grande exigência para a liderança é o exemplo. O próprio Jesus Cristo, como líder da Igreja, nos deu o exemplo em tudo (Jo 13.15; 1Pe 2.21). O apóstolo Paulo orientou o jovem pastor Timóteo a ser um exemplo na palavra, no trato, no amor, no espirito, na fé e na pureza (1Tm 4.12). O líder cristão deve influenciar, não pelo autoritarismo ou pela arrogância, mas sim, com uma vida exemplar em todos os sentidos. 

2.2. Autoridade moral

Uma vida de santidade é requisito primordial para qualquer liderança cristã. O líder cristão deve influenciar pessoas através de uma vida irrepreensível, de santidade e comunhão com Deus, cheio do Espírito Santo e guiado por Ele. Além de buscar uma vida de santidade, deve também ter uma vida de oração e de leitura e meditação da Palavra: “Porque toda criatura de Deus é boa, e não há nada que rejeitar, sendo recebido com ações de graças, porque, pela palavra de Deus e pela oração, é santificada.” (1Tm 4.4-5).

2.3. Dons ministeriais
 
O apóstolo Paulo elenca diversos dons ministeriais para a utilização na igreja, como forma de edificar o Corpo de Cristo (1Co 12.28; Ef 4.11-12). É importante atentar para duas informações relevantes para o bom desenvolvimento da igreja local: 1 – O fato de que não são os homens que escolhem ser apóstolos, profetas e etc., mas o próprio Deus é quem os estabelece na igreja; e 2 – Os dons são concedidos dentro do corpo com o propósito principal de edificar o corpo, por intermédio do aperfeiçoamento e trabalho de cada membro. O chamado ministerial vai além do cargo eclesiástico que ocupamos na igreja local. Cabe a nós desenvolvermos aquilo que Deus colocou em nossas mãos.

3.A membresia

É rica de lições a identificação dos que estão em Cristo como membros do Corpo de Cristo (1Co 12.12, 27) e, consequentemente, membros uns dos outros. (Rm 12.5; Ef 4.15).
Trata-se de utilizar o corpo humano como uma ilustração da vida corporificada dos discípulos de Cristo.

3.1.Os membros

Os primeiros passos da vida cristã são a conversão e, em ato continuo, o batismo nas águas (At 2.38; 9.18). O mesmo Espírito Santo que convence e opera a regeneração, também atua incorporando o discípulo de Cristo no Corpo de Cristo (1Co 12.13). Assim escreveu Claude Welch: "Não há cristianismo puramente particular, porque estar na igreja é estar em Cristo, e qualquer tentativa no sentido de fazer uma separação entre o relacionamento com Cristo pela fé e filiação na igreja, é uma perversão do modo neotestamentário de entender o assunto". Portanto ser identificado como “membro” é vida partilhada em conjunto. É uma das marcas da conversão a busca e o interesse de viver em comunidade com os que também são discípulos de Cristo. (At 2.44, 46; 9.19, 26; 10.48).

3.2.Os desigrejados
Os desigrejados é um fenômeno social de cunho eclesiástico, no qual pessoas que se dizem evangélicos deixam de congregar na igreja local.
Eles não aceitam mais a estrutura da igreja e as autoridades eclesiásticas estabelecidas. Eles afirmam a sua fé em Cristo, porém, não participam da comunhão dos santos. Este movimento tem nascido muitas vezes em igrejas neopentecostais, que, por causa de desvios doutrinários, têm frustrado a muitos que se convertem, gerando um sentimento de que foram enganados. vivem uma aversão à organização.O teólogo e pastor luterano Dietrich Boonhoeffer escreveu: "Não há outra opção ao Corpo de Cristo a não ser tornar-se corpo visível. Ou, caso contrário, não será corpo de forma alguma. O Corpo de Cristo torna-se visível ao mundo na congregação reunida em torno da Palavra e do sacramento" - no caso das Assembleias de Deus, quando os membros se reúnem na celebração da Ceia do Senhor.

3.3.Privilégios e deveres
O membro de uma igreja local desfruta da alegria proporcionada pela comunhão com os demais irmãos. (Sl 133.1; At 2.44). Outra bênção é termos um lugar reservado para orar, louvar e ouvir a Palavra de Deus junto com outros membros, proporcionando oportunidade de renovação e edificação. Precisamos valorizar a bênção da liberdade que desfrutamos no Brasil, pois em alguns países não há essa liberdade. Outro privilégio é poder unir-se aos demais irmão para a celebração da Ceia do Senhor. É uma grande bênção as inúmeras oportunidades para servir ao Senhor em uma igreja local, seja testemunhando, pregando, louvando e atuando de acordo com os dons concedidos pelo Senhor.
Contudo, há também deveres, pois a estabilidade da igreja local e seu desenvolvimento dependem, também da participação e comprometimento de seus membros: presença nos cultos e reuniões regulares (Hb 10.25); ser um ativo participante, não um indiferente assistente de culto (1Co14.26); o cuidado mútuo (1Co 12.25); respeitar, amar, e obedecer os pastores e demais obreiros (1Ts 5.12-13; Hb 13.17); entre outros.

Conclusão
Assim, é possível afirmar que a organização e a ação do Espirito Santo não são excludentes, como atestado, também, na formação de Israel como povo de Deus. Deste modo, a institucionalização da Igreja, conforme os princípios bíblicos, contribui para que as igrejas locais cumpram a missão dada por Jesus Cristo, até que Ele venha (Ef 4.13).

Questionário 

1. O que é almejar o ministério?

2. Quais passagens nos mostram diversas exigências para ser um presbítero?

3. O que o apóstolo Paulo orientou ao jovem pastor Timóteo?

4. Quais são os primeiros passos da vida cristã?

5. Qual privilégio desfruta o membro de uma igreja local?