ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL - Lição 13


Existe Filho Predileto?

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Lições Bíblicas nº 59

TEXTO BÍBLICO BÁSICO

Lc 15.11-13, 18-27

11 - E disse: Um certo homem tinha dois filhos;
12 - E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda.
13 - E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente.
18 - Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti;
19 - Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros.
20 - E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou.
21 - E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho.
22 - Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa; e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão, e alparcas nos pés;
23 - E trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos, e alegremo-nos;
24 - Porque este meu filho estava morto, e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a alegrar-se.
25 - E o seu filho mais velho estava no campo; e quando veio, e chegou perto de casa, ouviu a música e as danças.
26 - E, chamando um dos servos, perguntou-lhe que era aquilo.
27 - E ele lhe disse: Veio teu irmão; e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo.
TEXTO ÁUREO
"Porque este meu filho estava morto, e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a alegrar-se.", Lc 15.24

COMENTÁRIO

Palavra introdutória
Pesquisas apontam para o aspecto natural do chamado filho predileto. Porém, há de se destacar que, quando os pais demonstram predileção por um de seus rebentos, os irmãos, quase invariavelmente, experimentam invejas e ciúmes, em menor ou maior grau, pois tais emoções, por via de regra, são fortalecidas nesse ambiente.
Problemas entre irmãos não são exatamente uma novidade. Nesta lição avaliaremos, panoramicamente, alguns casos identificados no texto bíblico.

1. A HISTÓRIA DE DOIS IRMÃOS 
Na parábola do filho pródigo, encontramos alguns elementos importantes sobre o tema relacionamento entre irmãos (Lc 15.11-32).
A despeito de o eixo principal da parábola ser a dispensação da graça, é possível analisar algumas questões presentes no texto, relativas à convivência entre irmãos: por que, afinal, vivendo debaixo de um mesmo teto, cada filho teve comportamentos tão diferentes?

1.1 O perfil do irmão mais moço 
Nesta parábola de maneira inesperada, um rapaz pede ao seu pai a parte na herança que lhe cabe (Lc 15.12; conf. Dt 21.17). Diz o texto bíblico que, sem qualquer contra argumento, o filho tem seu pedido atendido. Tal cenário revela-nos um moço inquieto, inconformado com as restrições domésticas, ansioso e, sobretudo, inconsequente. No entanto, por fim, o jovem de temperamento intempestivo, a quem Jesus nomeou de mais moço, depois de agir prodigamente e perder tudo quanto recebera, quebrantou-se e reconheceu os seus equívocos (Lc 15.17). Ele estava disposto a, dali por diante, recomeçar de onde havia parado.
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Quando uma pessoa é
tomada pelo engano da
autojustificação e pelo ódio
torna-se incapaz, mesmo
fisicamente presente,
de pertencer à casa
paterna, de reconhecer
seus verdadeiros irmãos,
de alegrar-se quando
a vida vence a morte
e, principalmente, de
reconhecer os atos
graciosos do pai em seu
favor.
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1.2. O perfil do irmão mais velho
O coração do filho mais velho estava cheio de ódio, rancor, mágoas e frustrações (Lc 15.29).
Ele não reconhecia seus equívocos e buscava reconhecimento próprio. Diz o texto bíblico que, mesmo após a insistência do pai, ele não quis entrar em casa, reportando-se ao irmão, desdenhosamente, como esse teu filho. Esta pequena alocução permite-nos inferir que o jovem, sem fazer caso, rompeu com os vínculos paternos - e, quando alguém abandona as conexões do amor, passa a viver de aparências, assim como os fariseus e escribas da época de Jesus (Lc 15.1).
2. UMA CASA E VÁRIOS CAMINHOS

2.1. Cada um com a sua história

2.1.1. Ismael e seus dilemas
O contexto do nascimento de Ismael foi marcado por aflições e conflitos (Gn 21.14-21), enquanto que o de Isaque foi caracterizado por banquetes, festas e risos (Gn 21.1-13).
Eis os dramas de Ismael: o filho de uma serva contempla sua mãe sendo maltratada por sua senhora, Sara. Tendo sido expulso da casa de seu pai, o rapaz viu sua mãe quase morrer no deserto. Mesmo sendo o primogênito biológico de Abraão, o jovem foi deserdado.
2.1.2. Isaque e as atenções dos pais
O nascimento de Isaque foi aguardado com grande expectativa, pois ele representava a concretização de uma poderosa promessa (Gn 12.-13). Na idade adulta, Isaque casou-se com Rebeca (Gn 24.58-67). Ele herdou todos os bens de Abraão, quando este morreu (Gn 25.5). Do relacionamento com Rebeca, nasceram-lhe Esaú e Jacó (Gn 25.24-26). Em função das tramoias de Jacó, Esaú tornou-se seu inimigo (Gn 27).

2.2. Traumas e mágoas
Gênesis 25.8,9 é a única bíblica que menciona um reencontro entre Isaque e Ismael, desde que ele fora expulso da casa de seu pai. Este é exatamente o dia do sepultamento de Abraão, ou seja, décadas após Agar, a serva, partir da casa do patriarca para o meio de um deserto com um adolescente.
As mágoas de Ismael, de certa forma, foram somadas às mágoas de Esaú - após o desentendimento com seus pais, este filho de Isaque, para aborrecer seus pais, casou-se com descendentes de Ismael (Gn 28.6-9). Houve, na realidade, um somatório de rancores históricos.

3. CONSELHOS AOS PAIS

3.1. Invista em uma educação pautada no companheirismo
De acordo com Judith Dunn, especialista em desenvolvimento socioemocional e sociocognitivo da criança e ex-professora de Psicologia no King's College (Londres), os irmãos competem pela atenção dos pais desde a primeira infância e, mesmo na fase adulta, esta competição tende a continuar. Por essa razão, segundo a psicóloga, é importante desenvolver uma educação pautada no companheirismo e na cumplicidade, pois, com o passar dos anos, tal comportamento tende a consolidar-se.

3.2. Aceite seus filhos como eles são
Não importam quais sejam os temperamentos dos seus filhos ou o modo como eles agem diante das grandes questões da vida; todos são, indistintamente, heranças do Senhor (Sl 127.3,4). Deste modo, aprenda a lidar com suas características e crie condições favoráveis para que todos sejam como flechas na mão do valente, isto é, para que todos sejam lançados para uma vida vitoriosa na presença de Deus.

CONCLUSÃO
Como tratar pessoas diferentes da mesma maneira? Como usar de isonomia em um contexto plural? Para estabelecer regras iguais para todos e, ao mesmo tempo, não anular as especificidades de cada indivíduo precisamos de sabedoria e discernimento. Tal capacidade é fruto da maturidade e da ação do Espírito Santo em nós. Portanto, ore em prol de cada filhos (1 Ts 5.17)!

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO

1. Cite algumas diferenças entre o nascimento de Ismael e Isaque:

Fonte: Revista Lições da Palavra de Deus n° 59

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