ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL - Lição 13


O Fruto do Espírito na Vida Cristã
__/___/____

Lições Bíblicas nº 61

TEXTO BÍBLICO BÁSICO

Gálatas 5.16-26
16 - Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne.
17 - Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis.
18 - Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei.
19 - Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, fornicação, impureza, lascívia,
20 - Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias,
21 - Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus.
22 - Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
23 - Contra estas coisas não há lei.
24 - E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.
25 - Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito.
26 - Não sejamos cobiçosos de vanglórias, irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros.

TEXTO ÁUREO
"Ou fazei a árvore boa, e o seu fruto bom, ou fazei a árvore má, e o seu fruto mau; porque pelo fruto se conhece a árvore.", Mateus 12.33

COMENTÁRIO

Palavra introdutória
À medida que um cristão vai enchendo-se do Espírito Santo, o fruto do Espírito vai sendo produzido na sua vida, e ele é progressivamente transformado à imagem de Cristo. Todos os dias somos chamados a despir-nos dos velhos hábitos e a assumir a condição de filhos de Deus, tendo Jesus como nosso modelo.
Contudo, não podemos fazer isso pelo nosso próprio poder. Dependemos do Espírito Santo para alcançar este propósito. Aliás, essa é a obra dele em nós. Uma vez que estejamos cheios do Espírito Santo, teremos agregadas a nossa pessoa características do Filho de Deus.Isso nos identificará como autênticos cristãos, convertidos ao evangelho, e poderemos ajudar outros a terem um encontro com Cristo.
Na lição de hoje, abordaremos o fruto do Espírito descrito por Paulo aos irmãos da Galácia em três dimensões: em nosso relacionamento com Deus, em nosso relacionamento com o próximo e em nosso relacionamento com nós mesmos.
Portanto, a intensão desse estudo é entendermos um pouco melhor como essas características do Espírito Santo podem se evidenciar na vida do crente em Jesus, de tal forma que possamos ver suas aplicações em diversos contextos.
1. EM NOSSO RELACIONAMENTO  COM DEUS
A frutificação é o resultado natural de uma vida que está unida a Cristo, pela fé, sobretudo se colocarmos em destaque as palavras de Jesus. A analogia que Ele fez do fruto em Seu ensino sobre a videira, as varas e a boa colheita (Jo 15.1-5) lembra-nos de que, sem Cristo e sem o Espírito Santo (Gl 4.6), nada podemos fazer (Jo 15.5).
O fruto do Espírito possui nove qualidades que ajudam o cristão a desenvolver melhor seu relacionamento com Deus, com o próximo e com sigo mesmo: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Destes, o amor é o primeiro e o mais importante.

1.1. Amor
O amor (ou caridade) é a primeira e principal virtude observada no fruto do Espírito (1 Co 13.13), pois só é verdadeira a espiritualidade que tem como ponto de partida o mesmo sentimento altruísta e inabalável que Deus tem pela humanidade (Jo 3.16; 15.13).
Somente pelo amor sacrificial, que foi expresso por Deus no sacrifício de Seu Filho, esse fruto pode ser produzido. Ele ocorre a partir do fruir do Espírito Santo em nosso interior. É esse sentimento que está na base de todos os demais dons listados em Gálatas 5.22.

1.2. Alegria
Alegria ou gozo (gr. chara) significa regozijo e satisfação, os quais são motivados pela presença viva do Espírito Santo. Cristãos frutíferos não perdem tempo com infinitas reclamações ou queixas. Alicerçados na certeza da salvação proporcionada por Jesus, eles se mostram contagiados pelo prazer de estar em comunhão com Deus e pela certeza de que estão cumprindo Sua vontade (Fp 4.4; At 13.50-52).

1.3. Paz
O termo paz (gr. eirene) significa concórdia, harmonia, reconciliação (Jo 14.25-27; 16.32; Rm 15.13). Esse aspecto do fruto do Espírito independe das situações da vida terrena (Jo 14.27). Devemos tanto viver em paz como promover a paz (Mt 5.9; 1 Ts 5.13), pois somos uma comunidade reconciliada com Deus e de relacionamentos pacíficos (2 Co 13.11).
Quando a Igreja cumpre sua missão evangelizadora, concorre para que as pessoas tenham paz, pois, em Cristo, Deus reconcilia o mundo consigo (2 Co 5.17; Cl 1.19,20), perdoando-lhes o pecado (Rm 12.18) e guardando-lhes o coração e o pensamento (Fp 4.7).

2. EM NOSSO RELACIONAMENTO COM O PRÓXIMO
O nosso relacionamento com o próximo é uma das melhores oportunidades de demonstrarmos que possuímos os atributos do Espírito Santo frutificados em nós. Esses atributos não nascem naturalmente do espírito humano, é necessário possuir o Espírito de Cristo e viver em santidade e obediência ao Senhor (Rm 8.9).

2.1. Longanimidade
O termo longanimidade significa a capacidade de manter o ânimo, ter paciência. Em relação às promessas divinas ela se revela como a necessária fé que o cristão precisa ter em Deus (2 Tm 4.7; Hb 11.1). Em relação ao próximo, indica a disposição que o cristão tem para perdoar (Ef 4.32).

2.2. Benignidade
A benignidade traz consigo a ideia de gentileza, amorosidade, carinho (2 Co 6.6). Devemos ser pessoas benignas, desejosas de ajudar, nunca rudes ou grosseiras. Nosso exemplo é o próprio Deus que nos trata com grande amor e carinho (Rm 2.4). A excelência de caráter e consequente inclinação para o bem, que caracterizam a manifestação do fruto, são a fonte do ato salvífico de Cristo (Ef 2.7).

2.3. Bondade
A palavra bondade significa beneficência (Rm 2.4,5). O sentido do termo vai além do conceito de benignidade, pois apresenta o bem em ação, motivado pelo amor (Ef 5.9). No ato da salvação, a bondade de Deus manifesta-se objetivamente na entrega de Seu Filho para morrer na cruz e em todas as obras que este realizou (Tt 3.4-6). Em nosso relacionamento com o próximo, a bondade nos motiva a tratar o outro de maneira compassiva e amorosa (Ef 5.2).

3. EM NOSSO RELACIONAMENTO COM NÓS MESMOS
Precisamos admitir que não é fácil frutificar espiritualmente, pois, todos os dias, travamos uma luta em nosso interior, onde os desejos pecaminosos da carne vivem em conflito com os propósitos espirituais de Deus (Gl 5.17). Contudo, se possuirmos um relacionamento com o Espírito Santo, sairemos vitoriosos nessa guerra.

3.1. Fé
O termo fé ou fidelidade significa confiança ou certeza (Mt 10.28-30). Sem fé, o testemunho cristão perde sua eficácia (Mt 8.26; 17.19,20). Na Bíblia, Deus revela-se como Aquele em quem se pode confiar plenamente. O Senhor demonstra total integridade em tudo o que revela e promete. Por meio da fé, conseguimos alcançar promessas e suportar as dificuldades que tentam nos fazer parar (Hb 10.23).

3.2. Mansidão
A palavra mansidão significa a capacidade de não reagir com violência diante da afronta, resignação, dar a outra face. A mansidão decorre da humildade, pois, para vivencia-la, o cristão deve ser capaz de valorizar o outro e não ter de si um conceito maior do que convém (Rm 12.3). Esse fruto nos fará capazes de ter sempre uma resposta mansa, mesmo quando formos ofendidos ou maltratados (Gl 6.1; 1 Pe 3.14-16).

3.3. Temperança
O termo temperança significa domínio próprio, autodisciplina e autocontrole (1 Co 9.25 ARA).O domínio próprio fecha a lista de dons porque ele resume as características de uma pessoa que não age segundo leis exteriores e limitadoras da liberdade pessoal, antes, atua por consciência própria. Somos instruídos pela Palavra a dominar nossas paixões carnais (Gl 5.24; 2 Tm 2.22), a dominar nossa língua (1 Pe 3.10), enfim, a dominar nossa índole pecaminosa (Tt 2.12).

CONCLUSÃO
Nosso relacionamento com o Espírito Santo nos possibilita produzir o caráter de Cristo, ou seja, a frutificação de atributos que nos aproximam mais de Deus e proporcionam um melhor relacionamento com o próximo e com nós mesmos. Contudo, não há como reproduzir as características encontradas em Gálatas 5.22,23 se não construirmos uma vida baseada em Cristo. Portanto, o fruto do Espírito é consequência de uma vida de obediência a Deus, santidade, oração e leitura da Sua Palavra.

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO

1. O que Jesus quis nos ensinar, ao fazer a analogia da videira e do ramo (Jo 15.15)?
Fonte: Revista Lições da Palavra de Deus n° 61

Pr Marcos André - contatos palestras, aulas e pregações: 48 998079439 (Claro e Whatsapp)   https://marcosandreclubdateologia.blogspot.com/