Lição 1, Carta aos Efésios – Saudação aos Destinatários Revista Adulto, CPAD, 2° trimestre 2020

Lição 1, Carta aos Efésios – Saudação aos Destinatários
Revista Adulto, CPAD, 2° trimestre 2020
Tema: A igreja eleita, Redimidos pelo Sangue de CRISTO e Selada com o ESPÍRITO SANTO da Promessa.
Comentarista: Douglas Batista
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454. - henriquelhas@hotmail.com - Americana - SP
 
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Lição 1, Carta aos Efésios – Saudação aos Destinatários
 
 
 
 
 
Ajuda para a Lição
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/livroefesios.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao3-sca-2tr12-efeso-aigrejadoamoresquecido.htm
https://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao9-ada-1tr11-aconversaodepaulo.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao12-ada-1tr11-asviagensmissionariasdepaulo.htm
 
Vídeo desta lição - https://www.youtube.com/watch?v=HKsGbtLKih0&t=16s
Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2020/03/slides-licao-1-carta-aos-efesios.html
Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2020/03/escrita-licao-1-carta-aos-efesios.html
 
 
 
 
 
TEXTO ÁUREO
“A vós graça e paz, da parte de DEUS, nosso Pai, e da do Senhor JESUS CRISTO.” (Ef. 1.2)
 
 
VERDADE PRÁTICAA Epístola aos Efésios revela o propósito eterno de DEUS para a Igreja de CRISTO.
 
 
LEITURA DIÁRIASegunda – At 9.3-5 A conversão de Saulo no caminho de Damasco
Terça – At 19.1-3 A visita de Paulo a Éfeso por ocasião da terceira viagem missionária
Quarta – At 19.5-7 O encontro de Paulo com os doze discípulos em Éfeso
Quinta – At 19.8 Paulo prega durante três meses na sinagoga de Éfeso 
Sexta – At 20.28-31 Paulo admoesta a igreja e lembra dos três anos de ministério em Éfeso
Sábado - At 28.30 A prisão domiciliar do apóstolo, em Roma, serviu para que ele escrevesse a Epístola aos Efésios
 
 
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Efésios 1.1,2; Atos 19.1-7Efésios 1
1 - Paulo, apóstolo de JESUS CRISTO, pela vontade de DEUS, aos santos que estão em Éfeso e fiéis em CRISTO JESUS: 2 - A vós graça e paz, da parte de DEUS, nosso Pai, e da do Senhor JESUS CRISTO.
Atos 19
1 - E sucedeu que, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo, tendo passado por todas as regiões superiores, chegou a Éfeso e, achando ali alguns discípulos, 2 - disse-lhes: Recebestes vós já o ESPÍRITO SANTO quando crestes? E eles disseram-lhe: Nós nem ainda ouvimos que haja ESPÍRITO SANTO. 3 - Perguntou-lhes, então: Em que sois batizados, então? E eles disseram: No batismo de João. 4 - Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em JESUS CRISTO. 5 - E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor JESUS. 6 - E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o ESPÍRITO SANTO; e falavam línguas e profetizavam. 7 - Estes eram, ao todo, uns doze varões.
 
 
Resumo da Lição 1, Carta aos Efésios – Saudação aos Destinatários
I - AUTORIA E DATA
1. Autoria.
2. A assinatura apostólica.
3. Uma epístola da prisão. 
4. Data.
II – DESTINATÁRIOS
1. A cidade de Éfeso.
2. A religiosidade em Éfeso.
3. A igreja de Éfeso.
4. A saudação epistolar.
III – PROPÓSITO E MENSAGEM
1. O propósito.
2. A mensagem.
 
 
PARA REFLETIR - A respeito de “Carta aos Efésios – Saudação aos Destinatários”, responda:
Como o apóstolo se identifica nas treze cartas de sua autoria? Nas treze cartas de sua autoria o Apóstolo se identifica como Paulo, nunca como Saulo. 
Em que período a Epístola foi escrita? A epístola foi escrita no período em que Paulo se encontrava preso em Roma.
Qual era a maior fonte de renda da cidade de Éfeso? Sua maior fonte de renda era o comércio de nichos de prata vendidos no templo, razão pela qual seus moradores ficaram alarmados com a pregação de Paulo contra a idolatria (At 19.27-29).
Cite alguns líderes importantes que passaram pela igreja de Efeso. Apolo, Priscila e Áquila, Timóteo, apóstolo João. 
O que podemos considerar em relação a algumas intenções do autor? Podemos considerar que uma das intenções do autor aos Efésios era a de atender as múltiplas necessidades da igreja numa perspectiva pastoral.
 
 
 
Resumo Rápido do Pr Henrique da Lição 1, Carta aos Efésios – Saudação aos Destinatários
 
INTRODUÇÃO
Subsídio Sociocultural "O Cenário da igreja de Éfeso".
Uma viagem à velha Éfeso era como ir hoje à Nova Iorque ou Los Angeles. Era uma próspera metrópole, a mais proeminente cidade da Ásia Menor. Localizada no Rio Caster, a três milhas do Mar Egeu, Éfeso era o maior centro comercial da Ásia. Aí, embarcavam-se as mercadorias através do Mediterrâneo, subindo o Caster, onde eram distribuídas ao mundo todo.
Éfeso ficava na encruzilhada do mundo. Aqui, entrelaçavam-se quatro grandes estradas, trazendo negociantes e mercadores das mais importantes províncias romanas. Os efésios, por isso, eram mui avançados culturalmente. Eram cosmopolitas nas artes, dramas e urbanização.
Éfeso era uma cidade livre. Por sua lealdade a Roma, estava autorizada a ter governo próprio. Nela, não havia guarnição romana. Nenhuma opressão pairava sobre a cidade. Era imune à influência e à tirania romanas.
Éfeso era também o centro do paganismo. Uma das sete maravilhas do velho mundo está ali - o templo de Diana. Lugar de intensa idolatria, o templo era tão extenso quanto dois campos de futebol. Nele, floresciam a prostituição, as bebedeiras e as orgias. Não admira que tantos negócios viessem ao templo de Diana.
No templo, criminosos achavam asilo. Era um céu para o perverso. Com suas prostitutas, eunucos, dançarinas e cantores, era o esgoto da iniqüidade. Mas no meio dessa cidade, DEUS plantara uma próspera igreja. É melhor desempenhar uma missão nas portas do inferno do que pregar ao coral dos anjos. DEUS sempre constrói sua Igreja onde as circunstâncias parecem menos favoráveis. Esta é a graça de DEUS.
O Remetente
Para esta igreja, localizada em meio à tamanha idolatria e imoralidade, JESUS identifica-se da seguinte maneira:
Escreve ao anjo da igreja que está em Éfeso: Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete castiçais de ouro:... (Ap 2.1)
O Remetente não é nominado. Mas, obviamente, trata-se de JESUS CRISTO. Ele é o mesmo que se revelara a João na estrondosa visão de Patmos. É o próprio Senhor ditando e elaborando a carta.
JESUS dirige a carta ao anjo da igreja. A palavra anjo significa mensageiro. Refere-se ao que tem como ministério primordial levar a mensagem à congregação. Hoje, o chamaríamos de pastor ou ancião. “É através dele que esta mensagem é trazida à igreja” (LAWSON, StevenJ. As Setes Igrejas do Apocalipse: O Alerta Final para o seu povo. 5.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp.79,80)
ÉFESO, A IGREJA DO AMOR ESQUECIDO.
Éfeso se tornara uma grande cidade com aproximadamente 500.000 habitantes. pertencia à Ásia menor de então, hoje, cidade com praticamente 100% de muçulmanos, pertencente à Turquia. Devido à sua localização geográfica privilegiada se tornou um parada obrigatória de todos os navios que iam e vinham desde a África, Egito, Israel, e demais países desta região, até Roma, capital de um vasto império na época. Era centro político, econômico e religioso de sua época. seus habitantes passaram a ouvir falar de JESUS a partir da segunda viagem missionária de Paulo e passaram a conhecer mais profundamente a respeito do evangelho a partir da terceira viagem missionária de Paulo até ali, quando passou cerca de 3 anos ensinado a palavra de DEUS em uma escola de um certo Tirano. (Atos 19:9 Mas, como alguns deles se endurecessem e não obedecessem, falando mal do Caminho perante a multidão, retirou-se deles, e separou os discípulos, disputando todos os dias na escola de um certo Tirano).
Vemos que o evangelho em Éfeso floresceu em meio a demonstrações de poder e milagres de DEUS ali. (Atos 19:6 E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o ESPÍRITO SANTO; e falavam línguas, e profetizavam). 
Foram enviadas duas cartas a Éfeso: a primeira enviada por Paulo entre 60-64 d.C. (Ef 1.1-2), e a segunda enviada por CRISTO, através de João, por volta do ano 96 d.C. (Ap 2.1-7).
Pelo que parece a igreja de Éfeso possuía todos os ministérios de JESUS em operação (E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres - Ef 4.11). Daí a explicação de seu sucesso na obra de DEUS.
Paulo já detectava a falta de amor a DEUS presente na Igreja depois de sua partida. (Efésios 6:23-24 Paz seja com os irmãos, e amor com fé da parte de DEUS Pai e da do Senhor JESUS CRISTO. A graça seja com todos os que amam a nosso Senhor JESUS CRISTO em sinceridade. Amém). 
Como o tempo é inimigo da paixão, o que era amor se tornou rotina e o que tinha valor espiritual passou a ter valor material.
JESUS, que tudo vê e sabe, cerca de apenas 60 anos após ser fundada esta igreja, revela a João sua situação deplorável e lhe dita uma carta para que lhe fosse entregue a fim de poupá-la da destruição que lhe sobreviria dentro em breve por sua falta de amor para com seu Senhor.
O problema do desvio espiritual da igreja, do esfriamento, dignos de arrependimento urgente, era a falta do primeiro amor.
 
Esse primeiro amor era detectado por DEUS na motivação das obras feitas e não na quantidade delas.
Porque importa que todos nós compareçamos perante o Tribunal de CRISTO, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo.” (II Cor. 5:10).
 O Que Será Julgado?
a) Os Motivos — I Cor. 4:1-5 — DEUS, naquele dia, “manifestará os desígnios do coração” (v.5). Não basta servir; é preciso servir por amor. Você trabalha porque ama ao Senhor, ou porque quer se engrandecer?.
b) Os Materiais — I Cor. 3:12-15 — O Senhor também irá testar se aquilo que você construiu está de acordo com a Palavra de DEUS (é ouro, prata, pedras preciosas), ou se é invenção humana (madeira, feno, palha). Você procura, no seu serviço cristão, fazer o que DEUS manda, ou você está se esforçando (em vão) para promover teorias humanas?
c) Os Métodos — II Cor. 5:10 — Cada um receberá segundo o bem ou o mal que tiver feito. Mesmo que seus motivos sejam sinceros, e mesmo que aquilo que está sendo feito seja correto, os seus métodos tem a aprovação divina? Por exemplo, você se contenta em “pregar a CRISTO, e este crucificado”, ou acha necessário utilizar métodos humanos mais “modernos”? ”Cada um veja como edifica” (I Cor. 3:10). Trabalhe por motivos sinceros, construa algo que DEUS aprovará, e somente utilize meios que Ele recomenda. Do contrário, a sua obra será queimada.
 
Será que estamos tão ocupados fazendo a obra de DEUS que nem nos lembramos de conversar com ELE, de ouví-lo, de perguntar-Lhe sua opnião, de O adorarmos?
 
Além do abandono do primeiro amor na realização das obras, passamos a amar mais as obras do que a DEUS e ao próximo. Amamos presidir, construir, ensinar, pregar, orar, cantar, tocar, ofertar, etc., porque todas estas coisas ajudam na autopromoção, no louvor que vem dos homens. Quando o primeiro amor é abandonado, em lugar de altruísmo e da glória de DEUS, nos tornamos egoístas e buscamos o reconhecimento dos nossos feitos aqui e agora.
 
Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas. (Ap 2.5)
 
“Certamente o Senhor DEUS não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas.” (Amós 3:7) 
DEUS sempre agiu desta forma. Sempre que ia fazer alguma coisa Ele avisava antes. Sempre avisou ao homem antes de fazer algo. Na versão da Bíblia na Linguagem de Hoje este verso está transcrito:
“Por acaso, o Senhor DEUS faz alguma coisa sem revelar aos seus servos, os profetas?” (Amós 3:7).
Veja o caso de Sodoma e Gomorra: DEUS primeiro avisou a Abraão o que fazer para que ele intercedesse por Ló e sua família.
Avisou primeiro a Moisés antes de amaldiçoar o povo para que Moisés intercedesse. Assim enviou essa carta a Éfeso e depois as outras cartas às outras igrejas com a finalidade de advertí-los sobre seus pecados com o objetivo de causar-lhes arrependimento para que o juízo contido nas cartas não fosse aplicado como ai prometido.
Lembrança de onde parou na vida espiritual e começou a voltar à vida anterior à conversão é o primeiro passo para que se tenha um ponto de partida para o arrependimento e conseqüente perdão.
JESUS está aqui afirmando que o deixar o primeiro amor é pecado gravíssimo (caíste) e precisa de arrependimento urgente, depois deve-se voltar a praticar as verdadeiras obras de amor e por amor a DEUS.
O juízo está definido - Remoção do corpo de CRISTO.
 
Quem tem ouvidos, ouça o que o ESPÍRITO dias às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de DEUS. (Ap 2.7)
É preciso ter ouvidos espirituais e não apenas ouvidos no corpo físico. É preciso ouvir com o coração aberto para DEUS. Com o arrependimento vem a promessa de morada na cidade santa - a nova Jerusalém.
 
Paulo, apóstolo de CRISTO JESUS por vontade de DEUS. Paulo reinvindica para si o mesmo título que JESUS dera aos doze. Historicamente, tanto no Antigo Testamento quanto no judaísmo rabínico, esta palavra designava alguém especialmente escolhido, chamado e enviado para ensinar com autoridade. Não tinha se oferecido como voluntário para este ministério, nem a igreja o nomeara. Pelo contrário, seu apostolado viera da vontade de DEUS e da escolha e comissão de JESUS CRISTO.
Logo, se assim foi, como eu, e muitos outros, cremos, devemos escutar a mensagem de Efésios com a devida atenção e humildade. Devemos considerar o seu autor não como um indivíduo qualquer que esteja ventilando suas opiniões pessoais, nem como um mestre humano, dotado, porém falível, nem mesmo como o maior herói missionário da igreja. Ele é “apóstolo de CRISTO JESUS por vontade de DEUS” e, portanto, um mestre cuja autoridade é precisamente a autoridade do próprio JESUS CRISTO, em cujo nome e por cuja inspiração escreve. Como disse Charles Hodge, em meados do século passado: “A Epístola revela-se como sendo a obra do ESPÍRITO SANTO, tão claramente quanto as estrelas declaram que o seu Criador é DEUS!’
 
 
I - AUTORIA E DATA
 
1. Autoria.
APÓSTOLO PAULO É O AUTOR.
O QUE ERA UMA EPÍSTOLA?
ETIMOLOGICAMENTE, a palavra epístola vem do prefixo grego ``epi``( por cima) mais o substantivo estola (manta).
Conta- se que, na época da Igreja Primitiva, as cartas escritas, eram colocadas nas bolsas que ficavam nas duas pontas de uma manta; essa manta era colocada sobre o lombo do jumento que a levava ao destinatário das cartas. 
Então, nesse caso, epístola era o recipiente que levava as cartas.
Semanticamente convencionou- se chamar epístola do (grego espistolé) de carta, devido ao uso muito frequente desse termo. Lembremos que o Novo Testamento foi escrito em grego. Paulo usa a palavra carta em 1 Coríntios 5.9 (ARC).
Portanto, é correto pronunciar Epístola aos Romanos, Epístola aos Gálatas, etc., tanto quanto, Carta aos Romanos, Cartas aos Gálatas, etc...
 
(Strong Português) - σαυλος Saulos de origem hebraica
Saul = “desejado”
1) nome judaico do apóstolo Paulo
 
 
(Strong Português) - παυλος Paulos de origem latina - Paulo = “pequeno ou menor” 
1) Paulo era o mais famoso dos apóstolos e escreveu boa parte do NT, as 14 epístolas paulinas (se colocada Hebreus).
 
Autoria
Até a época da alta crítica no século XIX, a Carta aos Efésios era universalmente considerada como obra de Paulo. Atualmente, ela está entre as quatro epístolas que os liberais geralmente negam como sendo uma obra de autoria paulina (as outras são 1 e 2 Timóteo e Tito). Durante os três primeiros séculos, ela foi atribuída a Paulo por Márcion, Irineu, Clemente de Alexandria e Tertuliano. Entretanto, a recente negação da autoria de Paulo tem baseado-se em evidências internas mais do que externas. Geralmente, quatro argumentos são apresentados como suporte à posição dos críticos. (1) Dizem que o vocabulário da carta contém 38 palavras que não são encontradas em nenhuma outra passagem do NT, e 44 palavras que não foram usadas por Paulo. Esse argumento deixa de reconhecer a versatilidade de Paulo e a influência do assunto no vocabulário. (2) Seu estilo, foi observado, é suave e muito fluente, enquanto Paulo era um escritor de estilo vigoroso, ríspido e controvertido. Novamente, tais críticas não deixam espaço para a versatilidade do apóstolo. Não há dúvida de que a carta aos Efésios representa um exemplo do estilo de Paulo quando não estava envolvido em controvérsias, mas em um tipo mais reflexivo de escrita. (3) Sua semelhança com Colossenses foi usada para se argumentar que um posterior admirador de Paulo tenha usado essa obra como modelo, ao compor outra carta em nome de Paulo. Entretanto, seria muito mais natural entender que o próprio Paulo escreveu Efésios um pouco depois de Colossenses, usando, com várias modificações, alguns dos termos e conceitos empregados na carta à igreja que estava em Colossos. (4) Diferenças doutrinárias são interpretadas como indicadores de uma autoria não paulina. No entanto, uma análise cuidadosa revela que as diferenças sugeridas não são, de modo algum, inconsistentes com os ensinos de Paulo encontrados em outras passagens. Deve-se, novamente, dar lugar à versatilidade de Paulo. Com base no testemunho unânime dos escritores da igreja primitiva, e à luz da natureza pouco convincente dos argumentos dos críticos, podemos com toda certeza afirmar que Efésios é produto da pena de Paulo.
 
 
2. A assinatura apostólica.
APÓSTOLO POR VONTADDE DE DEUS E CONFIRMADO POR DEUS COM SINAIS, PRODIGIOS E MARAVILHAS.
SAULO FOI TRANSFORMADO EM PAULO? Não. “Todavia, Saulo, também chamado Paulo…” (At 13.9). Entre os judeus era conhecido como Saulo e entre os gregos e romanos como Paulo (mesmo nome, só que em ínguas diferentes).
 É muito comum no meio cristão achar que antes de sua conversão o apóstolo Paulo chamava-se Saulo e que depois DEUS mudou o seu nome, inclusive até um respeitado hino evangélico conta com esse refrão. Contudo, por mais que possamos entender a máxima de que a voz do povo é a voz de DEUS, e que se todos falam a mesma coisa é porque realmente essa é a verdade, devemos nesse caso pelo menos refletir com mais cuidado se realmente Saulo transformou-se em um Paulo.
Saulo nasceu em Tarso da Cilicia, ele era filho de uma família judaica, da tribo de Benjamim, fariseu, era aluno assíduo na sinagoga de Jerusalém, sendo o mais destacado entre todos os aprendizes que haviam nas 48 sinagogas da época, tendo Gamaliel, como seu professor, portanto crescia como um homem sábio e destacado, fariseu dos fariseus, era membro do Sinédrio, uma espécie de Assembleia constituinte da época.
Sendo que quando Estevão morreu apedrejado, ele segurou a capa, ou seja, demonstrava a sua liderança, pois quando alguém segurava a capa, era um líder. Dentro desse contexto é que surge a dúvida se realmente Saulo virou Paulo, já que ao se converter no caminho de Damasco, Saulo tornara-se verdadeiramente um novo homem, contudo ele passa agora a não se relacionar tanto com a comunidade judaica, mais vai paulatinamente se relacionando mais com os gentios, a partir do seu chamado em Atos capítulo 13.
Portanto, analisando exegeticamente, a verdade é que em nenhum lugar das Escrituras encontramos menção de Paulo ter mudado de nome, no entanto, o que a Bíblia afirma é o seguinte: “Todavia, Saulo, também chamado Paulo…” (At 13.9). Até este versículo, o apóstolo é chamado de Saulo; a partir de então passa a ser chamado de Paulo.
Saulo de Tarso, da tribo de Benjamim, fariseu - Seu nome é Saul no hebraico (nome dado a Paulo por seu pai em homenagem ao mais ilustre membro da tribo de benjamim - O rei Saul). Paulo (nome greco-romano de Saulo). Novo Testamento escrito em grego.
 
pelo qual recebemos a graça e o apostolado, para a obediência da fé entre todas as gentes pelo seu nome, Romanos 1:5
Os sinais do meu apostolado foram manifestados entre vós, com toda a paciência, por sinais, prodígios e maravilhas. 2 Coríntios 12:12
(porque aquele que operou eficazmente em Pedro para o apostolado da circuncisão, esse operou também em mim com eficácia para com os gentios), Gálatas 2:8
Se eu não sou apóstolo para os outros, ao menos o sou para vós; porque vós sois o selo do meu apostolado no Senhor.1 Coríntios 9:2
 
 
3. Uma epístola da prisão.
PAULO ESTAVA PRESO E NESTE PERÍODO ESCREVE 6 CARTAS (CONTANDO A SEGUNDA CARTA A TIMÓTEO QUE É CARTA PASTORAL E HEBREUS)
Para mim Paulo escreveu 14 cartas ou epístolas.
Autoria da carta ou epístola aos Hebreus. PAULO ESCREVEU HEBREUS?
Lucas, Apolo, Barnabé, Priscila e Áquila, Silvano ou Paulo?
A autoria paulina foi aceita por Clemente de Alexandria perto do final do século II d.C., e Hebreus foi encontrado numa coleção de livros atribuídos a Paulo, no Egito. Eusébio acreditava que Hebreus fora escrita por Paulo em hebraico e traduzido para o grego por Lucas. Numa passagem de sua História Eclesiástica, falando das epístolas paulinas, ele disse: “Por outro lado, é evidente e claro que as catorze cartas [de Romanos aos Hebreus] são de Paulo. Levando em consideração Hebreus 10.1 em diante, parece que esta epístola foi escrita antes do ano 70 d.C. Neste capítulo, o escritor sagrado faz alusão à adoração no Templo, em Jerusalém, e aos sacrifícios diários que eram oferecidos pelos sacerdotes ordinários e também do sacrifício anual que era oferecido pelo sumo sacerdote pelo pecado, em favor de toda a nação (vv. 1,11). Isso nos leva a entender que o santuário ainda se encontrava de pé. Talvez tenha sido escrita entre os anos 64 e 67 d.C., visto que o ano da morte de Paulo, segundo estima-se, é 68 d.C.
Ao que tudo indica, a carta foi escrita por meados de 67 a 68 d.C. - exatamente nos últimos dias de Paulo, logo após escrever 2 Timóteo, onde se despede de seu filho amado na fé, Timóteo (será coincidência que Timóteo é citado em Hebreus?)
O autor de Hebreus se coloca entre os que ouviram a Palavra de DEUS dita pelo próprio DEUS (Filho de DEUS - JESUS). Por exemplo, Paulo viu e escutou JESUS - Atos 9.5; Gálatas 1:12; 1 Coríntios 11.23.
Paulo era profundo conhecedor da Lei e dos profetas e de todo sistema sacrificial, pois foi o melhor aluno de Gamaliel. Atos 22:3; Filipenses 3:5; Gálatas 1:14 (E na minha nação excedia em judaísmo a muitos da minha idade, sendo extremamente zeloso das tradições de meus pais).
E na noite seguinte, apresentando-se-lhe o Senhor, disse: Paulo, tem ânimo; porque, como de mim testificaste em Jerusalém, assim importa que testifiques também em Roma. Atos 23:11
Eu prefiro acreditar que foi Paulo quem ditou e Lucas a escreveu em grego. Não poderia escrever de modo a ser reconhecido devido ao ódio dos judeus contra ele. Também cremos que o ESPÍRITO SANTO nos indica Paulo.

2 Tm 13.23 Sabei que já está solto o irmão Timóteo, com o qual, se ele vier depressa, vos verei.
Depois dessa não sei se precisava assinar a carta.
Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado. Hebreus 12:4 De quem mais poderia ser esta frase, senão de Paulo?
2 Co 6.4 Antes, como ministros de DEUS, tornando-nos recomendáveis em tudo; na muita paciência, nas aflições, nas necessidades, nas angústias,5 Nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns,6 Na pureza, na ciência, na longanimidade, na benignidade, no ESPÍRITO SANTO, no amor não fingido,7 Na palavra da verdade, no poder de DEUS, pelas armas da justiça, à direita e à esquerda,8 Por honra e por desonra, por infâmia e por boa fama; como enganadores, e sendo verdadeiros;9 Como desconhecidos, mas sendo bem conhecidos; como morrendo, e eis que vivemos; como castigados, e não mortos;10 Como contristados, mas sempre alegres; como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo, e possuindo tudo.
 
NÃO ESQUECER DE 2 TIMÓTEO TAMBÉM ESCRITA NA PRISÃO. PORTANTO PAUO ESCREVEU 5 CARTAS NA PRISÃO.
Éfésios, Filipenses, Colossenses, Filemom, (estas chamadas da prisão) 2 Timóteo (esta incluída em pastorais).
 

4. Data.
ANO 62 a 63 d.C. paulo chegou a Roma no ano 62 d.C.
Após três viagens missionárias, em prisão domiciliar, em Roma. o portador da carta foi Tíquico (6.21).
 
Essa carta contém provas de ter sido escrita durante uma experiência de prisão (3.1; 4.1; 6.20). Embora alguns, como George S. Duucan na obra St. Paul’s Ephesian Minis- try, tenham insistido que a epístola aos Efésios teve origem na prisão, juntamente com outras epístolas, a maioria dos estudiosos sustenta uma opinião tradicional favorável a uma origem romana. Tendo como base essa suposição, a epístola parece ter sido escrita durante o primeiro aprisionamento romano de Paulo (cf. Act 28.16-31), talvez por volta do ano 60-62 d.C. Existem razões para se crer que ela tenha sido escrita pouco depois de Colossenses, e enviada junto com esta e Filemom pelas mãos de Tíquico (Ef 6.21,22; Cl 4.7,8).
 
 
II – DESTINATÁRIOS
Na segunda parte do versículo 1, Paulo emprega vários termos para descrever os seus leitores. Em primeiro lugar, são os santos. Não está usando esta palavra familiar para referir-se a alguma elite espiritual dentro da congregação, uma
minoria de cristãos excepcionalmente piedosos mas, sim, à totalidade do povo de DEUS. Eram chamados de “santos” por terem sido separados para pertencer a DEUS. A expressão era aplicada primeiramente a Israel como a “nação santa”, mas veio a ser estendida à totalidade da comunidade cristã, que é o Israel de DEUS. Em segundo lugar, também são fiéis. O adjetivo pistos pode ter ou um significado ativo (“confiando”, “tendo fé”) ou um significado passivo (“fidedigno”, “sendo fiel”). O ativo parece melhor, visto que o povo de DEUS é “a família da fé”, unido por sua confiança comum em DEUS mediante JESUS CRISTO. Ao mesmo tempo, “os dois sentidos de pis tis, ‘crença’ e ‘fidelidade’, parecem estar harmonizados”. Certamente, é difícil imaginar um crente que não seja fidedigno, ou um cristão digno de confiança que não tenha aprendido a ser assim com a pessoa em quem colocou a sua confiança. Em terceiro lugar, os leitores de Paulo estão em CRISTO JESUS. Esta
expressão-chave da carta ocorre, portanto, logo no primeiro versículo. Estar “em CRISTO” é estar em união vital e pessoal com CRISTO, e portanto com o povo de CRISTO, como os ramos com a videira e os membros com o corpo. É impossível fazer parte do Corpo sem estar relacionado com o Cabeça e também com os membros. Muita coisa que a Epístola desenvolve mais tarde já está aqui como o botão de uma flor. O Novo Testamento, e especialmente Paulo, afirma que ser um cristão é, em essência, estar “em CRISTO”, unido com ele e com o seu povo. Em quarto lugar, alguns manuscritos acrescentam que os leitores de Paulo estão em Éfeso. Originalmente uma colônia grega, Éfeso tornou-se a capital da província romana da Ásia e um porto comercial ativo (há muito tempo assoreado). Era, também, a sede do culto à deusa Diana (ou Artemis), cujo templo, depois de ter sido destruído em meados do século IV a.C., foi pouco a pouco reedificado até tornar-se uma das sete maravilhas do mundo. Aliás, o sucesso da missão de Paulo em Éfeso tinha ameaçado de tal maneira a venda de modelos em prata do templo de Diana que os ourives provocaram um alvoroço público de protesto. A descrição que Paulo dá dos seus leitores, portanto, é compreensível. São santos porque pertencem a DEUS; são fiéis porque confiaram em CRISTO; e têm dois lares, porque residem igualmente em CRISTO e em Éfeso. De fato, todos os cristãos são santos e são fiéis, e vivem tanto em CRISTO quanto no mundo secular, ou seja, nos lugares celestiais e na terra. Muitos dos nossos problemas espirituais surgem do nosso esquecimento de que somos cidadãos de dois reinos. Nossa tendência é ou seguir a CRISTO e retirar-nos do mundo, ou ficar preocupados com o mundo e esquecer de que também estamos em CRISTO.
Visto que o próprio Paulo mandou que os colossenses cuidassem para que a carta endereçada a eles fosse “lida na igreja dos laodicenses” e que eles mesmos lessem a de Laodicéia.Alguns têm pensado que esta “carta de Laodicéia” tenha sido de fato a nossa “Efésios”, e que Paulo ordenou que as igrejas trocassem as duas cartas que receberam dele. Certamente Tíquico foi o portador das duas cartas. Como, pois, podemos reconstruir a situação que levou a estas variantes, sendo que algumas cópias têm “em Éfeso”, outras não têm designação alguma, e uma refere-se a Laodicéia? Podemos sugerir que Efésios foi originalmente um tipo de encíclica ou carta circular apostólica endereçada a várias igrejas da Ásia. Um espaço em branco foi deixado no primeiro versículo para cada igreja preencher o seu próprio nome, e o nome de Éfeso ficou ligado à carta porque era a principal cidade da Ásia, porém pode ser que visava especialmente os cristãos gentios como classe, mais do que os efésios como igreja, e foi deliberadamente formulada de tal maneira que se tornasse apropriada a todos os cristãos deste tipo nas igrejas da vizinhança, aos quais, sem dúvida, o apóstolo desejava que fosse comunicada”.
 
Destinatários
Embora a versão KJV ein inglês traga como destinatários os santos que estavam “em Éfeso”, as evidências encontradas nos manuscritos e a natureza geral dessa epístola foram utilizadas para sugerir que essa carta não estava restrita a Éfeso. Dois dos melhores manuscritos, o Vaticanus (aprox. 350 d.C.) e o Sinaítico (aprox. 375 d.C.), assim como o Papyrus Chester Beatty P46 (aprox. 200 d.C.) omitem as palavras geralmente traduzidas como “em Éfeso”. Além disso, Basílio o Grande, (329379־ d.C.) disse que essas palavras não foram encontradas em nenhum dos manuscritos antigos. A natureza impessoal dessa epístola bem como as diversas passagens sugerindo que Paulo não estava pessoalmente familiarizado com seus leitores (1.15; 3.2; 4.21), parecem exigir uma leitura mais detalhada. Portanto, existe uma razoável possibilidade de que Efésios tenha sido originalmente uma carta circular, talvez enviada a todas as igrejas da província romana da Asia, da qual a igreja de Éfeso representava a principal congregação. Com o passar do tempo, por causa da proeminência adquirida por essa igreja, a epístola pode ter passado a ser chamada pelo seu nome. A possibilidade de esta carta ter sido endereçada à igreja de Laodicéia e de ser a chamada epístoia “perdida” aos laodicen- ces, deve ser cuidadosamente considerada, particularmente porque ainda existe uma considerável necessidade de se ter mais evidências internas para que tal afirmação tenha o suporte necessário.
 

1. A cidade de Éfeso.
COM 250 MIL HABITANTES, A SEGUNDA MAIOR CIDADE DE TODO O IMPÉRIO ROMANO.
 
A capital da província romana da Asia, localizada na desembocadura do Rio Cayster na costa oeste da Ásia Menor. Por causa de suas boas instalações portuárias e das estradas que convergiam para aquele ponto, esta cidade de mais de 300.000 habitantes tornou-se o centro comercial mais importante da Asia Romana, Ela vangloriava-se de vários armazéns que delineavam as margens do rio. Ruínas de um anfiteatro ainda podem ser vistas, medindo cerca de 160 metros de diâmetro e capaz de acomodar 25.000 pessoas.
A origem da cidade está oculta na antiguidade legendária. No entanto, por volta de 1044 a.C. colonizadores gregos, sob a autoridade de Androclo, expulsaram os antigos habitantes e estabeleceram uma cidade grega no local. Em 133 a.C., Éfeso, após uma história bastante diversa, tornou-se parte da província romana na Ásia.
A cidade ficou mais amplamente conhecida por sen templo de Artemis (Diana), uma das sete maravilhas do inundo. Não se sabe quando O primeiro templo foi construído. A estrutura que havia nos dias de Paulo foi iniciada por volta de 350 a.C. Media 112 por 33 metros, e suas 100 colunas elevavam-se a mais de 18 metros de altura. A deusa Artemis era originariamente uma divindade da fertilidade anatoliana que se tornara parcialmente helenizada. Além de sua importância religiosa, o templo servia tanto como um banco para depósitos e empréstimos de dinheiro, quanto como um refúgio para fugitivos. Veja Falsos deuses; Diana. Em sua terceira viagem missionária, Paulo passou quase três anos em Éfeso (Act 19), certamente por causa de sua posição estratégica como um centro propagador para a disseminação do Evangelho. Timóteo foi mais tarde colocado ali como um representante apostólico, dando assistência aos líderes das igrejas locais (1 e 2 Timóteo). Irineu e Eusébio indicam que o apóstolo João passou seus últimos anos em Éfeso, de onde escreveu os cinco livros do NT que lhe são atribuídos.
 
 
https://www.abiblia.org/ver.php?id=7522
Éfeso, cidade Greco-romana da antiguidade, fica na costa ocidental da Ásia Menor, em uma área litorânea da atual Turquia.
Éfeso foi desde os tempos antigos uma cidade importante por sua posição geográfica. Um grande centro comercial. Próxima ao mar o que facilitava o comércio de produtos vindo do interior e era chegada comercial do Mediterrâneo.Os ourives de prata da cidade desenvolveram um negócio lucrativo vendendo imagens da deusa Diana.
Sua população total estimada em cerca de 400 mil a 500 mil habitantes. Era a quinta mais populosa cidade do império.
Em 133 a.C., Éfeso foi declarada capital da província romana da Ásia, mas pesquisas arqueológicas revelam que Éfeso já era um centro urbano antes de 1000 a.C., quando era ocupada pelos jônios.
Lá estavam alguns dos maiores anfiteatros do mundo, o maior deles com capacidade para 25 mil pessoas em suas arquibancadas.
Também em Éfeso surgiram as condições para uma mudança fundamental no pensamento do Ocidente, durante os séculos VII e I a.C. Éfeso e Mileto, também na Ásia Menor, são berços da filosofia.
Nela se destacavam iniciativas culturais como escolas filosóficas; escola de magos e muitas manifestações religiosas, sendo a mais significativa em torno de Ártemis; a deusa do meio ambiente conhecida como Diana pelos romanos, a deusa da fertilidade. É dedicado a Ártemis o maior templo nela encontrado por arqueólogos austríacos. Ao lado do templo de Ártemis, com 80 metros de comprimento e 50 metros de largura, foram encontrados suntuosos palácios romanos. Outras descobertas incluem uma bela casa de banho, de mármore, com muitos quartos, a magnífica Biblioteca de Celso, a "Catacumba dos Sete Adormecidos", onde foram encontrados centenas de locais de sepultura, e um templo dedicado à adoração ao imperador. Ali havia uma estátua de Domiciano, o imperador que exilou João Evangelista na ilha de Patmos e perseguiu os cristãos. Como é comum em praticamente todas as cidades ao redor do Mediterrâneo, também Éfeso acumulava em sua tradição traços religiosos orientais, egípcios, gregos, romanos e judaicos.
O antigo geógrafo Estrabão, que viveu de 64 a.C. a 25 d.C., descreveu-a como "o maior centro de comércio exterior que havia na Ásia" (Geografia XII, 8 e 5). Os arqueólogos encontraram uma inscrição em pedra (talvez erigida por ordem do imperador), que premiava Éfeso como a "mais ilustre de todas as cidades" da Ásia.
Nos tempos apostólicos, Éfeso foi uma das cidades do Império Romano onde o cristianismo mais se difundiu. Paulo de Tarso e João Evangelista pregaram na cidade. A igreja que havia em Éfeso no fim do século I d.C. foi uma das sete igrejas mencionadas no Apocalipse, juntamente com Esmirna, Pérgamo, Sardes, Tiatira, Filadélfia (atual Alaşehir) e Laodiceia no Licos. A cidade também foi sede de dois concílios (o Primeiro e o Segundo Concílio de Éfeso). Nela se localizam ruínas da basílica de São João, o Teólogo.
Hoje, um importante sítio arqueológico e ponto turístico de fama internacional, fica a cerca de 3 quilômetros da cidade de Selçuk. Recebe turistas de todo o planeta, servidos pela proximidade com o aeroporto Adnan Menderes e o porto de Kusadasi.
 
 
2. A religiosidade em Éfeso.
ADORAVAM À DEUSA DIANA, TAMBÉM PRATICAVAM ARTES MÁGICAS.
 
É muito importante se desejamos compreender corretamente as correspondências produzidas pelo apóstolo Paulo, termos uma compreensão mínima do mundo greco-romano em que ele está inserido. Quando compreendemos o seu contexto histórico passamos a ter uma perspectiva mais clara de seu ministério e de sua mensagem cristã.
Conhecermos o contexto religioso no primeiro século torna-se indispensável para compreendermos a mensagem cristã de Paulo e da igreja primitiva. O livro de Atos nos fornece ao menos dois episódios que nos ajudam a compreender as crenças e práticas religiosas daqueles dias.
No capítulo dezenove, lemos sobre os problemas que Paulo e seus companheiros de ministério enfrentaram na cidade de Éfeso. Os artesões que vivam da confecção de miniaturas da deusa Diana se revoltaram contra os cristãos que pregavam “que não são deuses os que são feitos pelas mãos humanas” (19.26). Naqueles dias, portanto, a religião era uma parte integrante da vida dos cidadãos. Os cultos apoiados pelo Estado (Império Romano) eram expressões religiosas em que todos deveriam participar ativamente. O historiador Everett Ferguson (1993, p. 188) destaca que “as crenças e práticas religiosas mais arraigadas, tanto na Grécia como em Roma ... estavam associadas com o culto cívico tradicional” O Governante financiava os mais diversos cultos para colher os frutos desta religiosidade [assim como os políticos visitam toda sorte de templos religiosos para ganhar votos].
Cada cidade tinha seu deus padroeiro (Paulo se sentiria no primeiro século no Brasil, com um santo padroeiro para cada dia do ano). A cidade de Éfeso cultuava Diana, a deusa da natureza e da procriação. A estátua dela estava colocada dentro do templo magnífico para ela construído, quatro vezes maior do que o Panteão de Atenas. As divindades como Diana eram honradas com festivais, orações e sacrifícios. As festividades anuais incluíam banquetes, entretenimentos, sacrifícios, procissões, competições atléticas e a realização de ritos de mistério. As orações incluíam invocações, adoração e petições, visando receber o favor da divindade. Os sacrifícios eram oferecidos para adoração, agradecimento ou suplica.
Os distúrbios em Éfeso, causados pelo ensino apostólico, foram impulsionados em parte pelas perdas econômicas, pois os artesões receavam perder seus negócios. Mas Lucas registra que por mais de duas horas uma pequena multidão gritava “Grande é Diana dos efésios! ”, o que nos indica que a questão econômica não era a única coisa que importava. Esta força dos cultos cívicos era tão grande que os imperadores romanos viam vantagens de se identificarem com eles em vez de combatê-los.
A cidade de Éfeso era também um importante centro de magia que era um outro aspecto da religiosidade do primeiro século. No mesmo capítulo dezenove lemos que os que praticavam magia ou a feitiçaria abandonaram suas práticas e queimaram seus livros declarando de forma pública sua nova fé.
Estes livros religiosos dos efésios continham palavras e formulas secretas que eram utilizadas para coagir os deuses a cumprir suas próprias vontades. Os praticantes buscavam riqueza, saúde e poder (seria a raiz da teologia da prosperidade?); também eram utilizadas para manipular os sentimentos de outras pessoas. O conhecimento do nome verdadeiro de uma pessoa significava ter poder sobre essa pessoa, pois os nomes e as formulas eram mescladas para se produzir uma magia forte.
O ministério de Paulo foi extremamente árduo, pois tinha que levar a mensagem do Evangelho a um mundo que tinha uma multidão de crenças religiosas. Isto deve servir de estimulo para nós hoje, que vivemos numa sociedade cada vez mais pluralista, pois também pesa sobre nós comunicarmos esta mesma mensagem do Evangelho.

 
3. A igreja de Éfeso.
A IGREJA NASCEU COM A PREGAÇÃO DE APOLO A DOZE PESSOAS QUE DEPOIS FORAM BATIZADAS POR PAULO NAS ÁGUAS E BATIZADAS POR JESUS NO ESPÍRITO SANTO. A ESCOLA DE TIRANO FOI USADA POR PAULO QUE ESPALHOU O EVANGELHO POR TODAS AS CIDADES CIRCUNVIZINHAS DEVIDO A UM AVIVAMENTO.
 
Como Apolo desobedeceu a JESUS e saiu para pregar sem esperar o batismo no ESPÍRITO SANTO, pregou em éfeso convencendo pela Palavra, que JESUS era o CRISTO. Doze pessoas creram nisto. Apolo os batizou no batismo de João Batista que era para esperar a vinda do Messias se arrependendo dos pecados cometidos.
Paulo ao chegar e encontrar com essas pessoas, percebeu logo que havia algo errado com eles. Perguntou se eram batizados no ESPÍRITO SANTO e a resposta deles foi de que nem ouviram falar a esse respeito. Paulo lhes pergunta em que batismo foram batizados e respondem, no de João. Paulo, para consertar tudo, os batiza nas águas de novo, pois tinha autoridade de JESUS para isso, agora com a fórmula correta dada por JESUS, em nome do PAI, do FILHO e do  ESPÍRITO SANTO. Depois lhes impõe as mãos e eles são batizados por JESUS no ESPÍRITO SANTO e falam em línguas e profetizam (falam em línguas desconhecidas, porém entendidas por DEUS e também recebem o dom de profecia).
 
A Igreja em Éfeso não existe mais e nem as outras seis de sua vizinhança. Hoje esta região é totalmente islâmica. As sete diatas Igrejas de Apocalipse todas fecharam. No caso de Éfeso, fechou por causaa da falat do primeiro amor. Seu pastor estava desviado (lembra-te deonde caíste). Como o povo é retrato de seu pastor, imaginamos que estavam na mesma situação, trabalahavam para DEUS, ams não o conheciam e enem tinham intimidade com ELE.
 
 
4. A saudação epistolar.
GRAÇA (JESUS) PAZ (RECONCILIAÇÃO COM DEUS)
“aos santos e fiéis em CRISTO JESUS” (1.1), Todos os que aceitam a JESUS como Salvado re Senhor, no mesmo instante, são justificados e declarados santos.
“graça e paz” (1.2),
Graça é JESUS nascendo como homem na terra, tomando sobre Ele nossos pecados, morrendo em nosso lugar na cruz, vencendo a morte e o pecado e ressuscitando para estar ao lado do pai intercedendo por nós
Paz é reconciliação com DEUS PAI, do qual estávamos afastados e tidos como inimigos.
Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens, Tito 2:11
 
 
III – PROPÓSITO E MENSAGEM

1. O propósito.
O Glorioso Propósito da Salvação
A Unidade dos Crentes em Cristo
A Conduta dos Crentes em Cristo
A Conduta dos Crentes no Mundo
A Conduta dos Crentes no Lar
A Conduta dos Crentes no Trabalho
A Conduta dos Crentes na Batalha Espiritual
 
Propósito
O propósito imediato de Paulo ao escrever Efésios está implícito em Ef 1.15-17. Em oração, ele anseia que seus leitores cresçam na fé, no amor, na sabedoria e na revelação do Pai da glória. Almeja profundamente que vivam uma vida digna do Senhor JESUS CRISTO (e.g., Ef 4.1-3; 5.1,2). Paulo, portanto, procura fortalecer-lhes a fé e os alicerces espirituais ao revelar a plenitude do propósito eterno de DEUS na redenção “em CRISTO” (Ef 1.3-14; 3.10-12) à igreja (Ef 1.22,23; 2.11-22; 3.21; 4.11-16; 5.25-27) e a cada crente (Ef 1.15-21; 2.1-10; 3.16-20; 4.1-3,17-32; 5.1—6.20).
 
 
2. A mensagem.
Paulo pode ter se dirigido a um grupo de igrejas asiáticas e não apenas à igreja de Éfeso, ou, pelo menos, “não à igreja inteira em Éfeso, mas somente aos membros de origem gentílica, pessoas que não conhecia pessoalmente, e que foram batizados após a sua partida daquela cidade”. Temos de reconhecer que a teologia da epístola é essencialmente paulina. A epístola pode ser chmada “A epístola enigmática de Paulo”. Efésios é intercessão. Mais do que qualquer outra
epístola no Novo Testamento, “tem o caráter e a forma de oração”. Efésios é proclamação. Não é apologética, nem polêmica. Pelo contrário, está repleta de afirmações “ousadas” e até mesmo “jubilosas” acerca de DEUS, de CRISTO e do ESPÍRITO SANTO. “Efésios torna-se bem-vinda, e é um documento encantador, justamente porque não deixa brilhar outra coisa senão o amor e a eleição de DEUS, a morte e a ressurreição de CRISTO, e o poder e a obra do ESPÍRITO entre os homens! Efésios é evangelização. No seu panorama do conteúdo da carta existem “declarações intrépidas” acerca do propósito e da ação salvadora de DEUS (capítulos 1 e 2), acerca da “obra permanente de DEUS, na sua automanifestação para a igreja e através dela”
(capítulos 3 e 4), e acerca “da obra corajosa e alegre de embaixadores, realizada pelos cristãos no mundo” (capítulos 5 e 6). Efésios é de “relevância especial para todos os que estão ocupados com as tarefas evangelísticas da igreja hoje”.
 
A mensagem
O ponto central da carta é o que DEUS fez por meio da obra histórica de JESUS CRISTO, e continua fazendo através do seu ESPÍRITO hoje, a fim de edificar a sua nova sociedade no meio da velha. Conta como JESUS CRISTO verteu o seu sangue numa morte sacrificial pelo pecado, depois ressuscitou dentre os mortos pelo poder de DEUS, sendo exaltado acima de qualquer concorrente ao lugar supremo tanto no universo quanto na igreja. Mais do que isso, nós que estamos “em CRISTO”, organicamente unidos com ele pela fé, compartilhamos pessoalmente destes grandes eventos. Fomos ressuscitados da morte espiritual, exaltados ao céu e identificados ali com ele. Fomos reconciliados com DEUS e uns com os outros. Como resultado, mediante CRISTO e em CRISTO, somos nada menos do que a nova sociedade de DEUS, a nova humanidade que ele está criando e que inclui judeus e gentios em pé de igualdade. Somos a família de DEUS Pai, o corpo de JESUS CRISTO, seu Filho, e o templo do ESPÍRITO SANTO. Logo, devemos mostrar, de modo claro e visível, mediante a nossa vida, a realidade desta obra que DEUS tem feito. Primeiro, pela unidade e diversidade da nossa vida em comum; em segundo lugar, pela pureza
e pelo amor em nosso comportamente cotidiano; em terceiro lugar, pela mútua submissão e por um relacionamento amoroso no lar; e, finalmente, por nossa estabilidade na luta contra as potestades e os poderes do mal. Então, na plenitude do tempo, o propósito de DEUS, ou seja, a consumação da nova sociedade se dará sob a afirmação plena da soberania total de JESUS CRISTO. Com este tema em mente, podemos analisar a carta como segue:
1. A nova vida que DEUS nos deu em CRISTO (1:3 — 2:10).
2. A nova sociedade que DEUS criou mediante CRISTO (2:11 — 3:21).
3. Os novos padrões que DEUS espera da nova sociedade, especialmente a união e a pureza (4:1 — 5:21).
4. Os novos relacionamentos para os quais DEUS nos trouxe: a harmonia no lar e a luta contra o diabo (5:21 — 6:24).
A carta inteira, portanto, é uma combinação magnífica da doutrina cristã e do dever cristão, da fé cristã e da vida cristã, daquilo que DEUS fez através de CRISTO e do que nós devemos ser e fazer em decorrência. O seu tema central é “a nova sociedade de DEUS” : o que é, como veio a existir por meio de CRISTO, como suas origens e natureza foram reveladas a Paulo, seu crescimento através da proclamação, a importância de vivermos uma vida digna desta nova sociedade, e como será consumada futuramente quando CRISTO apresentar a sua noiva, a igreja, a si mesmo em esplendor, “sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante... santa e sem defeito” (5:27).
A atualidade desta mensagem é óbvia. Paulo apresenta uma visão ainda mais grandiosa, porque vê que o ponto chave da questão é ainda mais profundo do que a injustiça da estrutura econômica, e então propõe uma solução ainda mais radical. Escreve acerca de nada menos do que uma “nova criação”. Três vezes emprega palavras ligadas com a criação. Em JESUS CRISTO, DEUS está recriando homens e mulheres “para boas obras”, formando uma nova humanidade única no lugar da divisão desastrosa entre judeus e gentios, e nos recriando na sua própria imagem “em justiça e retidão procedentes da verdade”. Assim, de acordo com o ensino de Paulo, o novo homem e a nova sociedade são produtos da ação criadora de DEUS.   Em Efésios temos as recomendações do próprio CRISTO para a sua igreja, a igreja pela qual certa vez se entregou (5:25), a igreja a qual é o seu corpo, e até mesmo a sua plenitude (1:23). Boa parte da mensagem de Efésios é antecipada na saudação inicial do apóstolo: Graça a vós outros e paz da parte de DEUS nosso Pai e do Senhor JESUS CRISTO (v.2). É verdade que esta era a saudação costumeira com que iniciava todas as suas cartas, uma forma cristianizada das saudações hebraicas e gregas da época. Mesmo assim, podemos dizer com segurança que nada do que saiu da pena de Paulo era, em qualquer tempo, meramente convencional. Pelo contrário, estes dois substantivos são especialmente apropriados no começo de Efésios: “graça” indica a iniciativa salvadora e gratuita de DEUS, e “paz” indica o nível de vida em que passamos a viver desde que ele reconciliou os pecadores consigo mesmo e uns com os outros na sua nova comunidade. “Graça” e “paz”, portanto, são palavras-chaves de Efésios. Em 6:15 as boas novas são chamadas de o evangelho da paz. Em 2:14 está escrito que o próprio JESUS CRISTO é a nossa paz, porque fe z a paz pela sua cruz (v. 15) e depois veio e evangelizou paz aos judeus e aos gentios (v. 17). Logo, seu povo deve esforçar-se diligentemente por preservar a unidade do ESPÍRITO no vínculo da paz (4:3). A “graça”, do outro lado, indica como e por que DEUS tomou a iniciativa da reconciliação. A “graça”, pois, é sua misericórdia livre e não merecida. É “pela graça” que somos salvos, aliás pela “suprema riqueza da sua graça” (2:5,7,8), e é pela mesma graça que recebemos dons para o serviço (4:7; cf. 3:2,7). Por isso, se desejamos um resumo sucinto das boas novas que a carta anuncia, não poderíamos achar nada melhor do que esta: “paz pela graça”. Finalmente, antes de deixar a introdução à carta, não devemos deixar desapercebido o elo vital entre o autor, os leitores e a mensagem. É o próprio Senhor JESUS CRISTO. Paulo, o autor, é apóstolo de CRISTO JESUS, os próprios leitores estão em CRISTO JESUS, e a bênção vem para todos eles tanto da parte de DEUS Pai quanto do Senhor JESUS CRISTO, que estão colocados juntos como sendo o único manancial do qual fluem a graça e a paz. Assim, o Senhor JESUS CRISTO domina a mente de Paulo e enche a sua visão. Parece que ele se sente compelido a incluir JESUS CRISTO em cada frase que escreve, pelo menos no começo desta carta. Pois é através de JESUS CRISTO, e em JESUS CRISTO, que a nova sociedade de DEUS veio a existir.
 
Mensagem da Epístola
O termo chave de Efésios é a palavra “mistério”, sendo que sua primeira ocorrência é encontrada em 1.9,10. Aqui Paulo identifica o tema que controla a epístola, isto é, o desígnio do plano geral de DEUS. Ò Senhor deseja a suprema união de todas as coisas em CRISTO, e o principal instrumento que Ele está usando durante a presente era para alcançar seu objetivo é a igreja. Nessa nova comunidade de pessoas redimidas, DEUS rompeu a barreira entre judeus e gentios e ambos foram unidos como um novo homem (2.14,15). Essa unificação de dois grupos, anteriormente opostos, representa o símbolo da unidade que deverá ser uma realidade entre todos aqueles que são membros do Corpo de CRISTO. Nessa nova comunidade de santos não existem barreiras legitimas de nacionalidade, raça, cor ou cultura. A igreja é um único corpo em JESUS CRISTO e, como tal, como afirma Francis W. Beare, “é o arauto da suprema unidade de toda a criação” (“The Epistle to the Ephesians”, IB, X, 606). A partir desse primeiro passo de unificação DEUS irá, no final, e de acordo com seu soberano propósito, unir todas as coisas em CRISTO. Esse é o mistério do grande desígnio de DEUS.
A unidade da igreja está representada em Efésios sob três grandes figuras, o templo (2.19-22), o corpo (4.11-16) e a noiva (5.21- 33). Além disso, a fim de que essa unidade seja mais do que teórica, Paulo insiste que, em suas relações interpessoais, a igreja deve preservar a “unidade do ESPÍRITO pelo vínculo da paz” (4.3).
 
 
 
CONCLUSÃO
Paulo escreveu esta carta como apóstolo de JESUS CRISTO, escolhido por DEUS. Foi escrita quando estava preso em roma, por volta de 62 d.C.
Os destinatários eram as várias igrejas, mais pontualmente a de Éfeso. Esta cidade era a segunda maior do império romano com cerca de 250 mil habitantes. Os Efésios viviam da adoração à deusa Diana ou Ártemis. Também as artes mágicas eram comuns por ali. O comércio, o turismo, a arte e a política eram crescentes.
O apóstolo Paulo deu início à igreja ali através de doze irmãos que ouviram de Apolo a explanação da promessa e cumprimento desta em JESUS. Procurou converter os judeus e depois se dedicou mais exclusivamanete aos gentios que ouvirame crerm no evangelho. paulo, por 3 anos se dedicou a ensinar, pregar e demonstrar o evangelho num escola d um certo Tirano. DEUS fez maravilhas ali. todas as cidades circunvizinahs também vinham para ouvir as boas novas e receber os milagres que ali se operavam.
paulo escreve aos Efésios com os objetivos de fortalecer nels o ensino da doutrina e da prática da vida cristã.
 
 
 
Carta aos Efésios - BEP - CPAD
Autor: Paulo
Tema: CRISTO e Sua Igreja
Data: Cerca de 62 d.C.
 
Considerações Preliminares
Efésios é um dos picos elevados da revelação bíblica, ocupando lugar único entre as Epístolas de Paulo. Ela não foi elaborada no árduo trabalho da bigorna da controvérsia doutrinária ou dos problemas pastorais (como muitas outras epístolas de Paulo). Ao contrário, Efésios transmite a impressão de um rico transbordar de revelação divina, brotando da vida de oração de Paulo. Ele escreveu a carta quando estava prisioneiro por amor a CRISTO (3.1; 4.1; 6.20), provavelmente em Roma. Efésios tem muita afinidade com Colossenses, e talvez tenha sido escrita logo após esta. As duas cartas podem ter sido levadas simultaneamente ao seu destino por um cooperador de Paulo chamado Tíquico (6.21; cf. Cl 4.7).
É crença geral que Paulo escreveu Efésios também para outras igrejas da região, e não apenas a Éfeso. Possivelmente ele a escreveu como carta circular às igrejas de toda a província da Ásia. Muitos crêem que Efésios é a mesma carta aos Laodicenses, mencionada por Paulo em Cl 4.16.

Visão Panorâmica
Há dois temas fundamentais no NT: (1) como somos redimidos por DEUS, e (2) como nós, os redimidos, devemos viver. Os capítulos 1—3 de Efésios tratam principalmente do primeiro desses temas, ao passo que os capítulos 4—6 focalizam o segundo.
(1) Os capítulos 1—3 começam por um parágrafo de abertura que é um dos trechos mais profundos da Bíblia (1.3-14). Esse grandioso hino sobre redenção tributa louvores ao Pai pela eleição, predestinação e adoção que Ele nos propiciou (1.3-6), por nossa redenção mediante o sangue do Filho (1.7-12) e pelo ESPÍRITO, como selo e garantia da nossa herança (1.13,14). Nesses capítulos, Paulo ressalta que na redenção pela graça mediante a fé, DEUS nos reconcilia consigo mesmo (2.1-10) e com outros que estão sendo salvos (2.11-15), e, em CRISTO, nos une em um só corpo, a igreja (2.16-22). O alvo da redenção é “tornar a congregar em CRISTO todas as coisas... tanto as que estão nos céus como as que estão na terra” (1.10). (2) Os capítulos 4—6 consistem mais de instruções práticas para a igreja no tocante aos requisitos que a redenção em CRISTO demanda de nossa vida individual e coletiva. Entre as 35 diretrizes dadas em Éfesios, sobre como os redimidos devem viver, destacam-se três categorias gerais. (1) Os crentes são chamados a uma nova vida de pureza e separação do mundo. São chamados a serem “santos e irrepreensíveis diante dele” (1.4), a crescer “para templo santo no Senhor” (2.21), a andar “como é digno da vocação com que fostes chamados” (4.1), a “varão perfeito” (4.13), a viver “em verdadeira justiça e santidade” (4.24), a andar “em amor” (5.2; cf. 3.17-19) e a serem santos “pela palavra” (5.26), a fim de que CRISTO tenha uma “igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga... santa e irrepreensível” (5.27). (2) O crente é chamado a um novo modo de viver nos relacionamentos familiares e vocacionais (5.22—6.9). Esses relacionamentos devem ser regidos por princípios de conduta que distingam o crente da sociedade descrente à sua volta. (3) Finalmente, o crente é chamado a manter-se firme contra as astutas ciladas do diabo e as terríveis “hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (6.10-20).

Características Especiais
Há quatro características que predominam nesta epístola. (1) A revelação da grande verdade teológica dos capítulos 1—3 é interrompida por duas grandiosas orações apostólicas. Na primeira, o apóstolo pede para os crentes sabedoria e revelação no conhecimento de DEUS (1.15-23); na segunda, roga que possam conhecer o amor, o poder e a glória de DEUS (Ef 3.14-21). (2) “Em CRISTO”, uma expressão paulina de peso (106 vezes nas epístolas de Paulo), sobressai grandemente em Efésios (cerca de 36 vezes). “Toda bênção espiritual” e todo assunto prático da vida relaciona-se com o estar “em CRISTO”. (3) Efésios salienta o propósito e alvo eterno de DEUS para a igreja. (4) Há um realce multifacetado do papel do ESPÍRITO SANTO na vida cristã (Ef 1.13,14,17; 2.18; 3.5,16,20; 4.3,4,30; 5.18; 6.17,18). (5) Efésios é tida, às vezes, como epístola gêmea de Colossenses, pelo fato de apresentarem definidas semelhanças em seus conteúdos e terem sido escritas quase ao mesmo tempo.
 
 
1.1 EM CRISTO JESUS. Todo crente "fiel" tem vida somente estando "em CRISTO JESUS". (1) Os termos "em CRISTO JESUS", "no Senhor", "nEle", ocorrem 160 vezes nos escritos de Paulo (36 vezes só em Efésios). "Em CRISTO", significa que o crente vive e age agora na esfera de CRISTO JESUS. O novo ambiente do redimido é o da união com CRISTO. "Em CRISTO" o crente tem comunhão consciente com seu Senhor, e, nesse relacionamento, sua própria vida é considerada a vida de CRISTO manifesta através dele (ver Gl 2.20). Essa comunhão pessoal com CRISTO é a coisa mais importante na experiência cristã. A união com CRISTO é uma dádiva de DEUS mediante a fé. (2) A Bíblia contrasta nossa nova vida "em CRISTO" com a velha vida não regenerada, "em Adão". Enquanto a velha vida é caracterizada pela rebeldia, pecado, condenação e morte, nossa nova vida "em CRISTO" é caracterizada pela salvação, vida no ESPÍRITO, graça abundante, retidão e vida eterna (ver Rm 5.12-21; 6; 8; 14.17-19; 1 Co 15.21,22, 45-49; Fp 2.1-5; 4.6-9)
 

1.4 NOS ELEGEU.
1.5 E NOS PREDESTINOU.
e nos predestinou para filhos de adoção por JESUS CRISTO, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade, Efésios 1:5
Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. Romanos 8:29
E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou. Romanos 8:30
 
ELEIÇÃO E PREDESTINAÇÃO 
Ef 1.4,5 “Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em caridade, e nos predestinou para filhos de adoção por JESUS CRISTO, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade.”
 
ELEIÇÃO. A escolha por DEUS daqueles que crêem em CRISTO é uma doutrina importante (ver Rm 8.29-33; 9.6-26; 11.5, 7, 28; Cl 3.12; 1Ts 1.4; 2Ts 2.13; Tt 1.1). A eleição (gr. eklegoe) refere-se à escolha feita por DEUS, em CRISTO, de um povo para si mesmo, a fim de que sejam santos e inculpáveis diante dEle (cf. 2Ts 2.13). Essa eleição é uma expressão do amor de DEUS, que recebe como seus todos os que recebem seu Filho JESUS (Jo 1.12). A doutrina da eleição abarca as seguintes verdades:
A eleição é cristocêntrica, i.e., a eleição de pessoas ocorre somente em união com JESUS CRISTO. DEUS nos elegeu em CRISTO para a salvação (1.4; ver v. 1). O próprio CRISTO é o primeiro de todos os eleitos de DEUS. A respeito de JESUS, DEUS declara: “Eis aqui o meu servo, que escolhi” (Mt 12.18; cf. Is 42.1,6; 1Pe 2.4). Ninguém é eleito sem estar unido a CRISTO pela fé.
A eleição é feita em CRISTO, pelo seu sangue; “em quem [CRISTO]... pelo seu sangue” (1.7). O propósito de DEUS, já antes da criação (1.4), era ter um povo para si mediante a morte redentora de CRISTO na cruz. Sendo assim, a eleição é fundamentada na morte sacrificial de CRISTO, no Calvário, para nos salvar dos nossos pecados (At 20.28; Rm 3.24-26).
A eleição em CRISTO é em primeiro lugar coletiva, i.e., a eleição de um povo (1.4,5, 7, 9; 1Pe 1.1; . Os eleitos são chamados “o seu [CRISTO] corpo” (1.23; 4.12), “minha igreja” (Mt 16.18), o “povo adquirido” por DEUS (1Pe 2.9) e a “noiva” de CRISTO (Ap 21.9). Logo, a eleição é coletiva e abrange o ser humano como indivíduo, somente à medida que este se identifica e se une ao corpo de CRISTO, a igreja verdadeira (1.22,23; ver Robert Shank, Elect in the Son (Eleitos no Filho). É uma eleição como a de Israel no AT (ver Dt 29.18-21; 2Rs 21.14 ISRAELITAS).
A eleição para a salvação e a santidade do corpo de CRISTO são inalteráveis. Mas individualmente a certeza dessa eleição depende da condição da fé pessoal e viva em JESUS CRISTO, e da perseverança na união com Ele. O apóstolo Paulo demonstra esse fato da seguinte maneira: (a) O propósito eterno de DEUS para a igreja é que sejamos “santos e irrepreensíveis diante dele” (1.4). Isso se refere tanto ao perdão dos pecados (1.7) como à santificação e santidade. O povo eleito de DEUS está sendo conduzido pelo ESPÍRITO SANTO em direção à santificação e à santidade (ver Rm 8.14; Gl 5.16-25). O apóstolo enfatiza repetidas vezes o propósito supremo de DEUS (ver 2.10; 3.14-19; 4.1-3, 13,14; 5.18). (b) O cumprimento desse propósito para a igreja como corpo não falhará: CRISTO a apresentará “a si mesmo igreja gloriosa... santa e irrepreensível” (5.27). (c) O cumprimento desse propósito para o crente como indivíduo dentro da igreja é condicional. CRISTO nos apresentará “santos e irrepreensíveis diante dele” (1.4), somente se continuarmos na fé. A Bíblia mostra isso claramente: CRISTO irá “vos apresentar santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis, se, na verdade, permanecerdes fundados e firmes na fé e não vos moverdes da esperança do evangelho” (Cl 1.22,23).
A eleição para a salvação em CRISTO é oferecida a todos (Jo 3.16,17; 1Tm 2.4-6; Tt 2.11; Hb, e torna-se uma realidade para cada pessoa consoante seu prévio arrependimento e fé, ao aceitar o dom da salvação em CRISTO (2.8; 3.17; cf. At 20.21; Rm 1.16; 4.16). Mediante a fé, o ESPÍRITO SANTO admite o crente ao corpo eleito de CRISTO (a igreja) (1 Co 12.13), e assim ele torna-se um dos eleitos. Daí, tanto DEUS quanto o homem têm responsabilidade na eleição (ver Rm 8.29; 2Pe 1.1-11).
 
A PREDESTINAÇÃO. A predestinação (gr. proorizo) significa “decidir de antemão” e se aplica aos propósitos de DEUS inclusos na eleição. A eleição é a escolha feita por DEUS, “em CRISTO”, de um povo para si mesmo (a igreja verdadeira).
A predestinação abrange o que acontecerá ao povo de DEUS (todos os crentes genuínos em CRISTO).
DEUS predestina seus eleitos a serem: (a) chamados (Rm 8.30); justificados (Rm 3.24; 8.30); (c) glorificados (Rm 8.30); (d) conformados à imagem do Filho (Rm 8.29); (e) santos e inculpáveis (1.4); (f) adotados como filhos (1.5); (g) redimidos (1.7); (h) participantes de uma herança (1.14); (i) para o louvor da sua glória (1.12; 1Pe 2.9); (j) participantes do ESPÍRITO SANTO (1.13; Gl 3.14); e (l) criados em CRISTO JESUS para boas obras (2.10).
A predestinação, assim como a eleição, refere-se ao corpo coletivo de CRISTO (i.e., a verdadeira igreja), e abrange indivíduos somente quando inclusos neste corpo mediante a fé viva em JESUS CRISTO (15, 7, 13; cf. At 2.38-41; 16.31).
RESUMO. No tocante à eleição e predestinação, podemos aplicar a analogia de um grande navio viajando para o céu. DEUS escolhe o navio (a igreja) para ser sua própria nau. CRISTO é o Capitão e Piloto desse navio. Todos os que desejam estar nesse navio eleito, podem fazê-lo mediante a fé viva em CRISTO. Enquanto permanecerem no navio, acompanhando seu Capitão, estarão entre os eleitos. Caso alguém abandone o navio e o seu Capitão, deixará de ser um dos eleitos. A predestinação concerne ao destino do navio e ao que DEUS preparou para quem nele permanece. DEUS convida todos a entrar a bordo do navio eleito mediante JESUS CRISTO.
 

1.5 ADOÇÃO. Ver 1 Jo 3.1.
(1) Adoção é tomar alguém como filho que não o é por natureza e nascimento. (2) E ser adotado para uma herança - no sentido espiritual, para uma herança que é incorruptível e imaculada (Rm 8.15- 17; Gl 4.5-7). (3) É um ato voluntário de quem adota - espiritualmente o Pai Celestial exerce Sua soberana vontade nessa questão (Ef 1.5) - mediado por CRISTO através da interferência do ESPÍRITO SANTO (Gl 4.4-6). (4) Significa que o adotado leva o nome de quem o adotou e pode chamá-lo de “Pai״ (Is 56.5; 62.2; 65.15; Ap 2.17; Rm 8.15; 1 Jo 3.1). (5) Significa que o adotado torna- se o recebedor da compaixão e do cuidado de seu Pai Celestial (Ef 1.3-6; cf. Lc 11.11- 13), e é recebido com todos os direitos e privilégios da família, recebido de volta como um filho e não como servo, no caso do filho pródigo (Lc 15.19-24). (6) No aspecto escatológico, toda a criação se beneficia do fato do adotado receber a libertação de seu corpo da decadência e da morte (Rm 8.23). 
Bibliografia. Sherman E. Johnson, “Adop- tion”, HDBrev., p.ll. C. F. D. Moule, “Adoption, ” IDB, I, 48s. CornPBE, p. 319.C. M. H.

1.13 FOSTES SELADOS COM O ESPÍRITO SANTO. Como "selo", o ESPÍRITO SANTO é dado ao crente como a marca ou evidência de propriedade de DEUS. Ao outorgar-nos o ESPÍRITO, DEUS nos marca como seus (ver 2 Co 1.22). Assim, temos a evidência de que somos filhos adotados por DEUS, e que a nossa redenção é real, pois o ESPÍRITO SANTO está presente em nossa vida (cf. Gl 4.6). Podemos saber que realmente pertencemos a DEUS, pois o ESPÍRITO SANTO nos regenera e renova (Jo 1.12,13; 3.3-6), nos liberta do poder do pecado (Rm 8.1-17; Gl 6.16-25), nos faz conscientes de que DEUS é nosso Pai (v. 5; Rm 8.15; Gl 4.6) e nos enche de poder para testemunhar (At 1.8; 2.4).
1.13 O ESPÍRITO SANTO. O ESPÍRITO SANTO e seu lugar na redenção do crente é um dos pontos principais desta carta. O ESPÍRITO SANTO no crente: (1) é a marca ou sinal de propriedade de DEUS (v. 13); (2) é a primeira "porção" ou "quinhão" da herança do crente [traduzido "penhor"] (v. 14); (3) é o ESPÍRITO de sabedoria e de revelação (v. 17); (4) ajuda o crente a aproximar-se de DEUS (2.18); (5) edifica os crentes como templo santo (Ef 2.21,22); (6) revela o mistério de CRISTO (3.4,5); (7) fortalece o crente com poder, no homem interior (Ef 3.16); (8) promove a unidade da fé cristã, na completa semelhança de CRISTO (Ef 4.3,13); (9) entristece-se com o pecado na vida do crente (4.30); (10) quer repetidamente encher e capacitar o crente (Ef 5.18); e (11) ajuda na oração e na guerra espiritual (6.18).
1.13,14 O ESPÍRITO SANTO... O PENHOR. O ESPÍRITO SANTO é o "penhor" ou sinal da nossa herança (v. 14), i.e., uma primeira prestação ou parcela inicial. Na presente era, o ESPÍRITO SANTO é concedido aos crentes como parcela ou quinhão inicial, por conta do que vamos receber no futuro. Sua presença e obra em nossas vidas é uma "entrada" por conta da nossa herança (cf. Rm 8.23; 2 Co 1.22; 5.5).
1.16-20 NAS MINHAS ORAÇÕES. A oração de Paulo pelos efésios reflete o desejo máximo de DEUS para todo crente em CRISTO. Ele ora para que o ESPÍRITO opere neles em maior escala (cf. 3.16). A razão dessa medida maior do ESPÍRITO é que os crentes recebam mais sabedoria, revelação e conhecimento a respeito dos propósitos redentores de DEUS para a salvação, presente e futura (vv. 17,18), e experimentem um "poder" mais abundante do ESPÍRITO SANTO na sua vida (vv. 19,20).
1.19 SEU PODER. Para o crente progredir na graça, obter vitória sobre Satanás e o pecado, dar testemunho eficaz de CRISTO e usufruir a salvação final, é necessário o poder de DEUS operando nele (cf. 1 Pe 1.5). Esse poder é a atividade, manifestação e força do ESPÍRITO SANTO operando no crente fiel. É o mesmo ESPÍRITO de poder que ressuscitou CRISTO dentre os mortos e o assentou à destra de DEUS (v. 20; Rm 8.11-16, 26,27; Gl 5.22-25).
2.2 FILHOS DA DESOBEDIÊNCIA. Efésios 2.1-4 revela uma razão por que o cristão deve ter grande compaixão e misericórdia dos que ainda vivem em ofensas e pecados. (1) Todo aquele que está sem CRISTO é controlado pelo "príncipe das potestades do ar", i.e., Satanás. Sua mente é obscurecida por Satanás, para que não veja a verdade de DEUS (cf. 2 Co 4.3,4). Tais pessoas estão escravizadas pelo pecado e concupiscências da carne (v. 3; Lc 4.18). (2) A pessoa irregenerada, por causa de sua condição espiritual não poderá compreender, nem aceitar a verdade à parte da graça de DEUS (vv. 5,8; 1 Co 1.18; Tt 2.11-14). (3) O cristão deve ver a todos do ponto-de-vista bíblico. Quem vive na imoralidade e no orgulho deve ser alvo da nossa compaixão, por causa da sua escravidão ao pecado e a Satanás (vv. 1-3; cf. Jo 3.16). (4) A pessoa sem CRISTO é responsável pelo seu pecado, pois DEUS dá a cada ser humano uma medida de luz e graça, com a qual possa buscar a DEUS e escapar da escravidão do pecado, mediante a fé em CRISTO (Jo 1.9; Rm 1.18-32; 2.1-6).

2.8 PELA GRAÇA... POR MEIO DA FÉ.
2.9 NÃO VEM DE OBRAS. Ninguém poderá ser salvo pelas obras e boas ações, ou por tentar guardar os mandamentos de DEUS. Seguem-se as razões: (1) Todos os não-salvos estão espiritualmente mortos (v. 1), sob o domínio de Satanás (v. 2), escravizados pelo pecado (v. 3) e sujeitos à condenação divina (v. 3). (2) Para sermos salvos precisamos receber a provisão divina da salvação (vv. 4,5), ser perdoados do pecado (Rm 4.7,8), ser espiritualmente vivificados (Cl 1.13), ser feitos novas criaturas (v. 10; 2 Co 5.17) e receber o ESPÍRITO SANTO (Jo 7.37-39; 20.22). Nenhum esforço da nossa parte poderá realizar essas coisas. (3) O que opera a salvação é a graça de DEUS mediante a fé (vv. 5,8). O dom salvífico de DEUS inclui os seguintes passos: (a), a chamada ao arrependimento e à fé (At 2.38). Com essa chamada vem a obra do ESPÍRITO SANTO na pessoa, dando-lhe poder e capacidade de voltar-se para DEUS. (b) Aqueles que respondem com fé e arrependimento e aceitam a CRISTO como Senhor e Salvador, recebem graça adicional para sua regeneração, ou novo nascimento, pelo ESPÍRITO e ser cheios do ESPÍRITO (At 1.8; 2.38; Ef 5.18). (c) Aqueles que se tornam novas criaturas em CRISTO, recebem graça contínua para viver a vida cristã, resistir ao pecado e servir a DEUS (Rm 8.13,14; 2 Co 9.8). O crente se esforça em viver para DEUS, mediante a graça que nele opera (1 Co 15.10). A graça divina opera no crente dedicado, tanto para ele querer, como para cumprir a boa vontade de DEUS (Fp 2.12,13). Do começo ao fim, a salvação é pela graça de DEUS.
2.18 ACESSO AO PAI. O acesso ao Pai é mediante JESUS CRISTO, pelo ESPÍRITO SANTO. "Acesso" significa que nós, que temos fé em CRISTO, temos também a liberdade e o direito de nos aproximar de nosso Pai celestial, certos de que seremos aceitos, amados e bem-vindos. (1) Esse acesso foi conseguido por meio de CRISTO - pelo seu sangue derramado na cruz (v. 13; Rm 5.1,2) e pela sua intercessão, no céu, a favor de todos quantos vierem a Ele (Hb 7.25; cf. 4.14-16). (2) O acesso a DEUS também necessita da ajuda do ESPÍRITO SANTO. A presença do ESPÍRITO, que em nós habita, nos possibilita orar e invocar a DEUS segundo a sua vontade e propósito (Jo 14.16,17; 16.13,14; Rm 8.15,16,26,27).
2.20 FUNDAMENTO DOS APÓSTOLOS. A igreja somente poderá ser genuína se for alicerçada na revelação infalível, inspirada por CRISTO aos primeiros apóstolos. (1) Os apóstolos do NT foram os mensageiros originais, testemunhas e representantes autorizados do Senhor crucificado e ressurreto (v. 20). Foram as pedras fundamentais da igreja, e sua mensagem encontra-se nos escritos do NT, como o testemunho original e fundamental do evangelho de CRISTO, válido para todas as épocas. (2) Todos os crentes e igrejas locais dependem das palavras, da mensagem e da fé dos primeiros apóstolos, conforme estão registradas historicamente em Atos e nos seus escritos. A autoridade deles é conservada no NT. As gerações posteriores da igreja têm o dever de obedecer à revelação apostólica e dar testemunho da sua verdade. O evangelho concedido aos apóstolos do NT, mediante o ESPÍRITO SANTO, é a fonte permanente de vida, verdade e orien-tação à igreja. (3) Todos os crentes e igrejas serão verdadeiros somente à medida em que fizerem o seguinte: (a) Aceitar o ensino e revelação originais dos apóstolos a respeito do evangelho, conforme o NT registra, e procurar manter-se fiéis a eles (At 2.42). Rejeitar os ensinos dos apóstolos é rejeitar o próprio Senhor (Jo 16.13-15; 1 Co 14.36-38; Gl 1.9-11). (b) Continuar a missão e ministério apostólicos, comunicando continuamente sua mensagem ao mundo e à igreja, através da proclamação e ensino fiéis, no poder do ESPÍRITO (At 1.8; 2 Tm 1.8-14; Tt 1.7-9). (c) Não somente crer na mensagem apostólica, mas também defendê-la e guardá-la contra todas as distorções ou alterações. A revelação dos apóstolos, conforme temos no NT, nunca poderá ser substituída ou anulada por revelação, testemunho ou profecia posterior (At 20.27-31; 1 Tm 6.20).
3.4 O MISTÉRIO DE CRISTO. Paulo fala do "mistério de CRISTO" (v. 4), oculto em DEUS durante eras (v. 9), e que agora se torna conhecido pela revelação (v. 3) dada mediante o ESPÍRITO aos apóstolos e profetas (v. 5). O mistério é o propósito de DEUS no sentido de "tornar a congregar em CRISTO todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra" (1.10) e incluir pessoas de todas as nações na promessa da vida eterna e da salvação (v. 6; Rm 16.25,26; 2 Tm 1.1). Dentre os judeus e as nações gentias, DEUS criou "em CRISTO" (v. 6) um novo povo para Ele mesmo (Ef 1.4-6; 2.16; 4.4,16; Mt 16.18; Cl 1.24-28; 1 Pe 2.9,10).
3.7 A GRAÇA DE DEUS. A graça de DEUS é dada a cada crente a fim de que este possa realizar a vontade divina. É uma força poderosa que flui do CRISTO ressurreto e opera por meio do ESPÍRITO SANTO que habita no crente (Ef 1.19; 4.7; At 6.8; 11.23; 14.26; 1 Co 15.10; 2 Co 12.9; Fp 2.13; Cl 1.29; Tt 2.11-13.
3.10 PRINCIPADOS E POTESTADES. Há duas interpretações possíveis deste versículo. (1) Os "principados e potestades nos céus" podem referir-se aos anjos bons (cf. Cl 1.16). 
Eles contemplam a multiforme sabedoria de DEUS, à medida que Ele a demonstra através da igreja (1 Pe 1.10-12). (2) Os "principados e potestades nos céus" podem referir-se aos poderes dominantes das trevas, na esfera espiritual (cf. 6.12; Dn 10.13,20,21), aos quais o "eterno propósito" de DEUS (v. 11) está sendo conhecido, através da proclamação da salvação pela igreja e do seu conflito espiritual com Satanás e suas hostes (cf. 6.12-18; Dn 9.2-23; 10.12,13; 2 Co 10.4,5).
3.16-19 FORTALECIDOS COM PODER... NO HOMEM INTERIOR. Ter nosso "homem interior" fortalecido, "fortalecido com poder" pelo ESPÍRITO, é ter nossos sentimentos, pensamentos e propósitos colocados cada vez mais sob sua influência e orientação, de tal maneira que o ESPÍRITO possa manifestar seu poder através de nós, em medida cada vez maior. O propósito desse fortalecimento pelo ESPÍRITO é quádruplo: (1) que CRISTO estabeleça a sua presença em nossos corações (vv. 16,17; cf. Rm 8.9,10); (2) que sejamos fundamentados em amor sincero a DEUS, a CRISTO e ao próximo; (3) que compreendamos e experimentemos em nossa vida o amor de CRISTO (vv. 18,19); (4) que sejamos "cheios de toda a plenitude de DEUS" (v. 19), i.e., que a presença de DEUS nos encha de tal modo que reflitamos e manifestemos, desde o íntimo do nosso ser, o caráter e a estatura do Senhor JESUS CRISTO (cf. Ef 4.13,15,22-24).
3.20 MUITO MAIS ABUNDANTEMENTE ALÉM. DEUS fará por nós, não somente mais do que pedimos e desejamos em oração, como também mais do que nossa imaginação possa alcançar. Esta promessa é condicionada ao grau da presença, poder e graça do ESPÍRITO SANTO em nossa vida (Ef 1.19; 3.16-19; Is 65.24; Jo 15.7; Fp 2.13).
4.3 GUARDAR A UNIDADE DO ESPÍRITO. "A unidade do ESPÍRITO" não pode ser criada por nenhum ser humano. Ela já existe para aqueles que creram na verdade e receberam a CRISTO, conforme o apóstolo proclamou nos capítulos 1-3. Os efésios devem guardar e preservar essa unidade, não mediante os esforços ou organizações humanos, mas pelo andar "como é digno da vocação com que fostes chamados" (v. 1). A unidade espiritual é mantida pela lealdade à verdade e o andar segundo o ESPÍRITO (vv. 1-3,14,15; Gl 5.22-26). Não pode ser conseguida "pela carne" (Gl 3.3).
4.5 UM SÓ SENHOR. Uma parte essencial da fé e unidade cristãs é a confissão de que há "um só Senhor". (1) "Um só Senhor" significa que a obra da redenção que JESUS CRISTO efetuou é perfeita e suficiente, e que não é necessário nenhum outro redentor ou mediador para dar ao crente salvação completa (1 Tm 2.5,6; Hb 9.15). O crente deve aproximar-se de DEUS somente através de CRISTO (Hb 7.25). (2) "Um só Senhor" significa, também, que devotar lealdade igual ou maior a qualquer autoridade (secular ou religiosa) que não seja DEUS revelado em CRISTO e na sua Palavra inspirada, é a mesma coisa que recusar o senhorio de CRISTO, e, portanto, da vida que somente nEle existe. Não pode haver nenhum senhorio de CRISTO nem "unidade do ESPÍRITO" (v. 3) à parte da afirmação de que o Senhor JESUS é a suprema autoridade para o crente, e de que esta autoridade lhe é comunicada na Palavra de DEUS.

4.11 ELE MESMO DEU. (Dons Ministeriais)
DONS MINISTERIAIS PARA A IGREJA
Ef 4.11 “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores.”
O DOADOR. Este versículo alista os dons de ministério (i.e., líderes espirituais dotados de dons) que CRISTO deu à igreja. Paulo declara que Ele deu esses dons (1) para preparar o povo de DEUS ao trabalho cristão (4.12) e (2) para o crescimento e desenvolvimento espirituais do corpo de CRISTO, segundo o plano de DEUS (4.13-16).
APÓSTOLOS. O título “apóstolo” se aplica a certos líderes cristãos no NT. O verbo apostello significa enviar alguém em missão especial como mensageiro e representante pessoal de quem o envia. O título é usado para CRISTO (Hb 3.1), os doze discípulos escolhidos por JESUS (Mt 10.2), o apóstolo Paulo (Rm 1.1; 2Co 1.1; Gl 1.1) e outros (At 14.4,14; Rm 16.7; Gl 1.19; 2.8,9; 1Ts 2.6,7).
O termo “apóstolo” era usado no NT em sentido geral, para um representante designado por uma igreja, como, por exemplo, os primeiros missionários cristãos. Logo, no NT o termo se refere a um mensageiro nomeado e enviado como missionário ou para alguma outra responsabilidade especial (ver At 14.4,14; Rm 16.7; cf. 2Co 8.23; Fp 2.25). Eram homens de reconhecida e destacada liderança espiritual, ungidos com poder para defrontar-se com os poderes das trevas e confirmar o Evangelho com milagres. Cuidavam do estabelecimento de igrejas segundo a verdade e pureza apostólicas. Eram servos itinerantes que arriscavam suas vidas em favor do nome de nosso Senhor JESUS CRISTO e da propagação do evangelho (At 11.21-26; 13.50; 14.19-22; 15.25,26). Eram homens de fé e de oração, cheios do ESPÍRITO (ver At 11.23-25; 13.2-5,46-52; 14.1-7,21-23).
Apóstolos, no sentido geral, continuam sendo essenciais para o propósito de DEUS na igreja. Se as igrejas cessarem de enviar pessoas assim, cheias do ESPÍRITO SANTO, a propagação do evangelho em todo o mundo ficará estagnada. Por outro lado, enquanto a igreja produzir e enviar tais pessoas, cumprirá a sua tarefa missionária e permanecerá fiel à grande comissão do Senhor (Mt 28.18-20).
O termo “apóstolo” também é usado no NT em sentido especial, em referência àqueles que viram JESUS após a sua ressurreição e que foram pessoalmente comissionados por Ele a pregar o evangelho e estabelecer a igreja (e.g., os doze discípulos e Paulo). Tinham autoridade ímpar na igreja, no tocante à revelação divina e à mensagem original do evangelho, como ninguém mais até hoje. O ministério de apóstolo nesse sentido restrito é exclusivo, e dele não há repetição. Os apóstolos originais do NT não têm sucessores (ver 1Co 15.8).
PROFETAS. Os profetas eram homens que falavam sob o impulso direto do ESPÍRITO SANTO, e cuja motivação e interesse principais eram a vida espiritual e pureza da igreja. Sob o novo concerto, foram levantados pelo ESPÍRITO SANTO e revestidos pelo seu poder para trazerem uma mensagem da parte de DEUS ao seu povo (At 2.17; 4.8; 21.4).
O ministério profético do AT ajuda-nos a compreender o do NT. A missão principal dos profetas do AT era transmitir a mensagem divina através do ESPÍRITO, para encorajar o povo de DEUS a permanecer fiel, conforme os preceitos da antiga aliança. Às vezes eles também prediziam o futuro conforme o ESPÍRITO lhes revelava. CRISTO e os apóstolos são um exemplo do ideal do AT (At 3.22,23; 13.1,2).
A função do profeta na igreja incluía o seguinte: (a) Proclamava e interpretava, cheio do ESPÍRITO SANTO, a Palavra de DEUS, por chamada divina. Sua mensagem visava admoestar, exortar, animar, consolar e edificar (At 2.14-36; 3.12-26; 1Co 12.10; 14.3). (b) Devia exercer o dom de profecia. (c) Às vezes, ele era vidente (cf. 1Cr 29.29), predizendo o futuro (At 11.28; 21.10,11). (d) Era dever do profeta do NT, assim como para o do AT, desmascarar o pecado, proclamar a justiça, advertir do juízo vindouro e combater o mundanismo e frieza espiritual entre o povo de DEUS (Lc 1.14-17). Por causa da sua mensagem de justiça, o profeta pode esperar ser rejeitado por muitos nas igrejas, em tempos de mornidão e apostasia.
O caráter, a solicitude espiritual, o desejo e a capacidade do profeta incluem: (a) zelo pela pureza da igreja (Jo 17.15-17; 1Co 6.9-11; Gl 5.22-25); (b) profunda sensibilidade diante do mal e a capacidade de identificar e detestar a iniqüidade (Rm 12.9; Hb 1.9); (c) profunda compreensão do perigo dos falsos ensinos (Mt 7.15; 24.11,24; Gl 1.9; 2Co 11.12-15); (d) dependência contínua da Palavra de DEUS para validar sua mensagem (Lc 4.17-19; 1Co 15.3,4; 2Tm 3.16; 1Pe 4.11); (e) interesse pelo sucesso espiritual do reino de DEUS e identificação com os sentimentos de DEUS (cf. Mt 21.11-13; 23.37; Lc 13.34; Jo 2.14-17; At 20.27-31).
A mensagem do profeta atual não deve ser considerada infalível. Ela está sujeita ao julgamento da igreja, doutros profetas e da Palavra de DEUS. A congregação tem o dever de discernir e julgar o conteúdo da mensagem profética, se ela é de DEUS (1Co 14.29-33; 1Jo 4.1).
Os profetas continuam sendo imprescindíveis ao propósito de DEUS para a igreja. A igreja que rejeitar os profetas de DEUS caminhará para a decadência, desviando-se para o mundanismo e o liberalimo quanto aos ensinos da Bíblia (1Co 14.3; cf. Mt 23.31-38; Lc 11.49; At 7.51,52). Se ao profeta não for permitido trazer a mensagem de repreensão e de advertência denunciando o pecado e a injustiça (Jo 16.8-11), então a igreja já não será o lugar onde se possa ouvir a voz do ESPÍRITO. A política eclesiástica e a direção humana tomarão o lugar do ESPÍRITO (2Tm 3.1-9; 4.3-5; 2Pe 3,12-22). Por outro lado, a igreja com os seus dirigentes, tendo a mensagem dos profetas de DEUS, será impulsionada à renovação espiritual. O pecado será abandonado, a presença e a santidade do ESPÍRITO serão evidentes entre os fiéis (1Co 14.3; 1Ts 5.19-21; Ap 3.20-22).
EVANGELISTAS. No NT, evangelistas eram homens de DEUS, capacitados e comissionados por DEUS para anunciar o evangelho, i.e., as boas novas da salvação aos perdidos e ajudar a estabelecer uma nova obra numa localidade. A proclamação do evangelho reúne em si a oferta e o poder da salvação (Rm 1.16).
Filipe, o “evangelista” (At 21.8), claramente retrata a obra deste ministério, segundo o padrão do NT. (a) Filipe pregou o evangelho de CRISTO (At 8.4,5,35). (b) Muitos foram salvos e batizados em água (At 8.6,12). (c) Sinais, milagres, curas e libertação de espíritos malignos acompanhavam as suas pregações (At 8.6,7,13). (d) Os novos convertidos recebiam a plenitude do ESPÍRITO SANTO (At 17).
O evangelista é essencial no propósito de DEUS para a igreja. A igreja que deixar de apoiar e promover o ministério de evangelista cessará de ganhar convertidos segundo o desejo de DEUS. Tornar-se-á uma igreja estática, sem crescimento e indiferente à obra missionária. A igreja que reconhece o dom espiritual de evangelista e tem amor intenso pelos perdidos, proclamará a mensagem da salvação com poder convincente e redentor (At 2.14-41).
PASTORES. Os pastores são aqueles que dirigem a congregação local e cuidam das suas necessidades espirituais. Também são chamados “presbíteros” (At 20.17; Tt 1.5) e “bispos” ou supervisores (1Tm 3.1; Tt 1.7).
A tarefa do pastor é cuidar da sã doutrina, refutar a heresia (Tt 1.9-11), ensinar a Palavra de DEUS e exercer a direção da igreja local (1Ts 5.12; 1Tm 3.1-5), ser um exemplo da pureza e da sã doutrina (Tt 2.7,8), e esforçar-se no sentido de que todos os crentes permaneçam na graça divina (Hb 12.15; 13.17; 1Pe 5.2). Sua tarefa é assim descrita em At 20.28-31: salvaguardar a verdade apostólica e o rebanho de DEUS contra as falsas doutrinas e os falsos mestres que surgem dentro da igreja. Pastores são ministros que cuidam do rebanho, tendo como modelo JESUS, o Bom Pastor (Jo 10.11-16; 1Pe 2.25; 5.2-4).
Segundo o NT, uma igreja local era dirigida por um grupo de pastores (At 20.28; Fp 1.1). Os pastores eram escolhidos, não por política, mas segundo a sabedoria do ESPÍRITO concedida à igreja enquanto eram examinadas as qualificações espirituais do candidato..
O pastor é essencial ao propósito de DEUS para sua igreja. A igreja que deixar de selecionar pastores piedosos e fiéis não será pastoreada segundo a mente do ESPÍRITO (ver 1Tm 3.1-7). Será uma igreja vulnerável às forças destrutivas de Satanás e do mundo (ver At 20.28-31). Haverá distorção da Palavra de DEUS, e os padrões do evangelho serão abandonados (2Tm 1.13,14). Membros da igreja e seus familiares não serão doutrinados conforme o propósito de DEUS (1Tm
16; 6.20,21). Muitos se desviarão da verdade e se voltarão às fábulas (2Tm 4.4). Se, por outro lado, os pastores forem piedosos, os crentes serão nutridos com as palavras da fé e da sã doutrina, e também disciplinados segundo o propósito da piedade (1Tm 4.6,7).
DOUTORES OU MESTRES. Os mestres são aqueles que têm de DEUS um dom especial para esclarecer, expor e proclamar a Palavra de DEUS, a fim de edificar o corpo de CRISTO (4.12).
A missão dos mestres bíblicos é defender e preservar, mediante a ajuda do ESPÍRITO SANTO, o evangelho que lhes foi confiado (2Tm 1.11-14). Têm o dever de fielmente conduzir a igreja à revelação bíblica e à mensagem original de CRISTO e dos apóstolos, e nisto perseverar.
O propósito principal do ensino bíblico é preservar a verdade e produzir santidade, levando o corpo de CRISTO a um compromisso inarredável com o modo piedoso de vida segundo a Palavra de DEUS. As Escrituras declaram em 1 Tm 1.5 que o alvo da instrução cristã (literalmente “mandamento”) é a “caridade de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida” (1Tm 1.5). Logo, a evidência da aprendizagem cristã não é simplesmente aquilo que a pessoa sabe, mas como ela vive, i.e., a manifestação, na sua vida, do amor, da pureza, da fé e da piedade sincera.
Os mestres são essenciais ao propósito de DEUS para a igreja. A igreja que rejeita, ou se descuida do ensino dos mestres e teólogos consagrados e fiéis à revelação bíblica, não se preocupará pela autenticidade e qualidade da mensagem bíblica nem pela interpretação correta dos ensinos bíblicos.
A igreja onde mestres e teólogos estão calados não terá firmeza na verdade. Tal igreja aceitará inovações doutrinárias sem objeção; e nela, as práticas religiosas e idéias humanas serão de fato o guia no que tange à doutrina, padrões e práticas dessa igreja, quando deveria ser a verdade bíblica. Por outro lado, a igreja que acata os mestres e teólogos piedosos e aprovados terá seus ensinos, trabalhos e práticas regidos pelos princípios originais e fundamentais do evangelho. Princípios e práticas falsos serão desmascarados, e a pureza da mensagem original de CRISTO será conhecida de seus membros. A inspirada Palavra de DEUS deve ser o teste de todo ensino, idéia e prática da igreja. Assim sendo, a igreja verá que a Palavra inspirada de DEUS é a suprema autoridade, e, por isso, está acima das igrejas e suas instituições.

4.13 A UNIDADE DA FÉ. Em Efésios 4, Paulo ensina que a "unidade do ESPÍRITO" (v. 3) e a "unidade da fé" (v. 13) são mantidas e aperfeiçoadas por: (1) aceitar somente a fé e a mensagem dos apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres do NT (vv. 11,12); (2) crescer na graça, em maturidade espiritual e em CRISTO sob todos os aspectos (v. 15), e ser cheio da plenitude de CRISTO e de DEUS (v. 13; cf. 3.19); (3) não permanecer como criança, aceitando "todo o vento de doutrina", mas, pelo contrário, conhecer a verdade, e assim saber rejeitar falsos mestres (vv. 14,15); (4) sustentar e falar com amor a verdade revelada nas Escrituras (v. 15); e (5) andar em "verdadeira justiça e santidade" (v. 24; vv. 17-32).
4.14 NÃO SEJAMOS MAIS MENINOS. Nos versículos 13-15, Paulo define as pessoas espiritualmente "perfeitas" ou maduras, que possuem a plenitude de CRISTO. (1) Ser espiritualmente maduro, significa não ser "meninos" (v. 14), os quais são instáveis, facilmente enganados pelas falsas doutrinas dos homens e suscetíveis ao artificialismo enganoso. O crente permanece infantil quando tem uma compreensão inadequada das verdades bíblicas e pouca dedicação a elas (vv. 14,15). (2) Ser espiritualmente maduro inclui falar "a verdade em caridade" (v. 15). A verdade do evangelho, conforme apresentada no NT, deve ser crida com caridade, apresentada com caridade e defendida em espírito de caridade. Essa caridade é dirigida primeiramente a "CRISTO" (v. 15); em seguida, à igreja (v. 16) e, finalmente, de uns para com os outros (v. 32; cf. 1 Co 16.14).
4.15 A VERDADE EM AMOR. A conservação da unidade da fé (v. 13), deve basear-se no amor ativo, que procura resolver problemas e reconciliar diferenças através da mútua lealdade e da obediência a CRISTO e sua Palavra. Isto significa que crer e proclamar com amor a verdade do NT é prioritário em relação à lealdade às instituições e tradições cristãs, aos cristãos individuais ou à igreja visível. O esforço para manter a comunhão ou a unidade, jamais deverá invalidar a Palavra de DEUS, nem levar à transigência com a verdade bíblica (v. 14). A fidelidade às Escrituras está acima de tudo e poderá, inclusive, resultar em pressões de toda a ordem, até mesmo na própria igreja local. Mas no tempo certo, DEUS dará o escape necessário aquele que permanecer leal a CRISTO e à verdade original do NT.
4.30 NÃO ENTRISTEÇAIS O ESPÍRITO SANTO. O ESPÍRITO SANTO, que habita no crente (Rm 8.9; 1 Co 6.19), é uma Pessoa que pode sentir intensa mágoa ou tristeza, assim como o próprio JESUS sentia quando chorou por causa de Jerusalém, e em outras ocasiões (Mt 23.37; Mc 3.5; Lc 19.41; Jo 11.35). (1) O crente causa tristeza ou pesar ao ESPÍRITO SANTO, quando não dá importância à sua presença, voz ou direção (Rm 8.5-17; Gl 5.16-25; 6.7-9). (2) Entristecer o ESPÍRITO SANTO leva a resisti-lo (At 7.51); isto, por sua vez, leva a extingui-lo (1 Ts 5.19) e, finalmente, a fazer agravo ao ESPÍRITO da graça (Hb 10.29). Esta última ação pode ser identificada como a blasfêmia contra o ESPÍRITO SANTO, para a qual não há perdão (ver Mt 12.31).
5.5 BEM SABEIS ISTO. O apóstolo Paulo sabia, bem como os efésios, com certeza absoluta, que todos os indivíduos (quer dentro da igreja, quer fora dela), sendo imorais, impuros ou avarentos (i.e., amando as coisas do mundo mais do que a DEUS) estavam fora do reino de CRISTO. Os profetas do AT assim ensinaram com forte convicção (ver Jr 8.7 .; 23.17; Ez 13.10 .), bem como os apóstolos e a igreja do NT (ver 1 Co 6.9; Gl 5.21). Quem cometesse tais pecados evidenciava claramente que não era salvo; que não tinha vida em DEUS (ver Jo 8.42; 1 Jo 3.15).
5.6 ENGANO. Paulo sabia que alguns falsos mestres diriam aos efésios que não precisavam temer a ira de DEUS contra eles, por causa de sua imoralidade. Por isso, ele os admoesta: "Ninguém vos engane". Fica claro, aqui, que alguém pode ser enganado a ponto de crer que pessoas imorais e impuras têm herança no reino de CRISTO.
5.11 OBRAS... DAS TREVAS. Aquele que é em tudo leal a CRISTO, não pode ser neutro, nem manter silêncio quanto às "obras infrutuosas das trevas" (v. 11) e à imoralidade (vv. 3-6). Deve sempre estar pronto a desmascarar, repreender e denunciar o mal em todas as suas formas. Bradar sinceramente contra toda a iniquidade é odiar o pecado (Hb 1.9), tomar posição com DEUS, contra o mal (Sl 94.16) e permanecer fiel a CRISTO, o qual também denunciava as obras das trevas (Jo 7.7; Is 15.18-20; cf. Lc 22.28).
5.18 VINHO. A declaração de Paulo no versículo 18, demonstra que a plenitude do ESPÍRITO SANTO depende do modo como o crente corresponde à graça que lhe é dada para viver em santificação. Isso quer dizer que a pessoa não pode estar "embriagada com vinho" e, ao mesmo tempo, "cheia do ESPÍRITO". Paulo adverte todos os crentes a respeito das obras da carne; que os que cometem tais coisas "não herdarão o reino de DEUS" (Gl 5.19-21; cf. Ef 5.3-7). Além disso, "os que cometem tais coisas" (Gl 5.21) não terão a presença interior do ESPÍRITO SANTO, nem a sua plenitude. Noutras palavras, não ter "o fruto do ESPÍRITO" (Gl 5.22,23) é perder a plenitude do ESPÍRITO (Ef 5.18; ver At 8.21 .).
5.18 ENCHEI-VOS DO ESPÍRITO. "Enchei-vos" (imperativo passivo presente) tem o significado, em grego, de "ser enchido repetidas vezes". A vida espiritual do filho de DEUS deve experimentar a renovação constante (3.14-19; 4.22-24; Rm 12.2), mediante enchimentos repetidos do ESPÍRITO SANTO. (1) O cristão deve ser batizado no ESPÍRITO SANTO após a conversão (ver At 1.5; 2.4), mas também deve renovar-se no ESPÍRITO repetidas vezes, para adoração a DEUS, serviço e testemunho (ver At 4.31-33 .). (2) Experimentamos enchimentos repetidos do ESPÍRITO SANTO quando mantemos uma fé viva em JESUS CRISTO (Gl 3.5), estamos repletos da Palavra de DEUS (Cl 3.16), oramos, damos graças e cantamos ao Senhor (1 Co 14.15; Ef 5.19,20), servimos ao próximo (Ef 5.21 ) e fazemos aquilo que o ESPÍRITO SANTO quer (Rm 8.1-14; Gl 5.16ss.; Ef 4.30; 1 Ts 5.19). (3) Alguns resultados de ser cheio do ESPÍRITO SANTO são: (a) falar com alegria a DEUS, em salmos, hinos e cânticos espirituais (v. 19), (b) dar graças (v. 20) e (c) sujeitar-nos uns aos outros (v. 21).
5.19 CANTANDO... AO SENHOR. Todos os nossos cânticos espirituais, tanto na igreja como em particular, devem ser inteiramente dirigidos a DEUS, como orações de louvores ou petições (Sl 40.3; 77.6). (1) Cantar louvores ou qualquer cântico espiritual pode ser uma forma de manifestação sobrenatural do ESPÍRITO SANTO (vv. 18,19; 1 Co 14.15). (2) Cantar hinos cristãos é um meio de edificação, ensino, ação de graças e oração (Cl 3.16). (3) O cântico cristão é uma expressão de alegria (v. 19). (4) O propósito de cantar hinos ou cânticos espirituais, não deve ser passatempo, nem exibição de talentos individuais, mas adoração e louvor a DEUS (Rm 15.9-11; Ap 5.9,10).
5.21 SUJEITANDO-VOS UNS AOS OUTROS. A submissão de uns aos outros em CRISTO é um princípio espiritual geral. Esse princípio deve ser aplicado principalmente à família cristã. A submissão, a humildade, a mansidão, a paciência e a tolerância devem ser características de cada membro da família. A esposa deve submeter-se (i.e., ceder por amor) ante a responsabilidade do marido no exercício da liderança da família (ver Ef 5.22). O marido deve submeter-se às necessidades da mulher, em atitude de amor e abnegação (ver Ef 5.23 .). Os filhos devem submeter-se em obediência à autoridade dos pais (ver Ef 6.1). E os pais devem ser flexíveis às necessidades dos filhos, e criá-los na santa doutrina do Senhor (ver Ef 6.4).
5.22 MULHERES, SUJEITAI-VOS. A esposa tem a tarefa, dada por DEUS, de ajudar o marido e de submeter-se a ele (vv. 22-24). Seu dever para com o marido inclui o amor (Tt 2.4), o respeito (v. 33; 1 Pe 3.1,2), a ajuda (Gn 2.18), a pureza (Tt 2.5; 1 Pe 3.2), a submissão (v. 22; 1 Pe 3.5), um espírito manso e quieto (1 Pe 3.4) e o ser uma boa mãe (Tt 2.4) e dona de casa (1 Tm 2.15; 5.14; Tt 2.5). A submissão da mulher ao marido é vista por DEUS como parte integrante da sua obediência a JESUS, "como ao Senhor" (v. 22; ver também Gl 3.28; 1 Tm 2.13,15 .s; Tt 2.4).
5.23 MARIDO... CABEÇA. DEUS estabeleceu a família como a unidade básica da sociedade. Toda família necessita de um dirigente. Por isso, DEUS atribuiu ao marido a responsabilidade de ser cabeça da esposa e família (vv. 23-33; 6.4). Sua chefia deve ser exercida com amor, mansidão e consideração pela esposa e família (vv. 25-30; 6.4). A responsabilidade do marido, que DEUS lhe deu, de ser "cabeça da mulher" (v. 23) inclui: (1) provisão para as necessidades espirituais e domésticas da família (vv. 23,24; Gn 3.16-19; 1 Tm 5.8); (2) o amor, a proteção, a segurança e o interesse pelo bem-estar dela, da mesma maneira que CRISTO ama a Igreja (vv. 25-33); (3) honra, compreensão, apreço e consideração pela esposa (Cl 3.19; 1 Pe 3.7); (4) lealdade e fidelidade totais na vivência conjugal (v. 31; Mt 5.27,28).
6.1 FILHOS, SEDE OBEDIENTES. Os filhos de crentes devem permanecer sob a orientação dos pais, até se tornarem membros doutra unidade familiar através do casamento. (1) As crianças pequenas devem ser ensinadas a obedecer e a honrar os pais, mediante a criação na disciplina e doutrina do Senhor (ver 6.4.; Pv 13.24; 22.6; ver a . seguinte). (2) Os filhos mais velhos, mesmo depois de casados, devem receber com respeito, o conselho dos pais (v. 2) e honrá-los na velhice, mediante cuidados e ajuda financeira, conforme a necessidade (Mt 15.1-6). (3) Os filhos que honram seus pais serão abençoados por DEUS, aqui na terra e na eternidade (v. 3).

6.4 PAIS... VOSSOS FILHOS. Para uma ampla abordagem do papel dos pais na criação dos seus filhos.
PAIS E FILHOS
Cl 3.21 “Vós, pais, não irriteis a vossos filhos, para que não percam o ânimo.”
É obrigação solene dos pais (gr. pateres) dar aos filhos a instrução e a disciplina condizente com a formação cristã. Os pais devem ser exemplos de vida e conduta cristãs, e se importar mais com a salvação dos filhos do que com seu emprego, profissão, trabalho na igreja ou posição social (cf. Sl 127.3).
Segundo a palavra de Paulo em Ef 6.4 e Cl 3.21, bem como as instruções de DEUS em muitos trechos do AT (ver Gn 18.19; Dt 6.7; Sl 78.5; Pv 4.1-4; 6.20), é responsabilidade dos pais dar aos filhos criação que os prepare para uma vida do agrado do Senhor. É a família, e não a igreja ou a Escola Dominical, que tem a principal responsabilidade do ensino bíblico e espiritual dos filhos. A igreja e a Escola Dominical apenas ajudam os pais no ensino dos filhos.
A essência da educação cristã dos filhos consiste nisto: o pai voltar-se para o coração dos filhos, a fim de levar o coração dos filhos ao coração do Salvador (ver Lc 1.17).
Na criação dos filhos, os pais não devem ter favoritismo; devem ajudar, como também corrigir e castigar somente faltas intencionais, e dedicar sua vida aos filhos, com amor compassivo, bondade, humildade, mansidão e paciência (3.12-14, 21).
Seguem-se quinze passos que os pais devem dar para levar os filhos a uma vida devotada a CRISTO:
Dediquem seus filhos a DEUS no começo da vida deles (1Sm 1.28; Lc 2.22).
Ensinem seus filhos a temer o Senhor e desviar-se do mal, a amar a justiça e a odiar a iniqüidade. Incutam neles a consciência da atitude de DEUS para com o pecado e do seu julgamento contra ele (ver Hb 1.9).
Ensinem seus filhos a obedecer aos pais, mediante a disciplina bíblica com amor (Dt 8.5; Pv 3.11,12; 13.24; 23.13,14; 29.15, 17; Hb 12.7).
Protejam seus filhos da influência pecaminosa, sabendo que Satanás procurará destruí-los espiritualmente mediante a atração ao mundo ou através de companheiros imorais (Pv 13.20; 28.7; 2.15-17).
Façam saber a seus filhos que DEUS está sempre observando e avaliando aquilo que fazem, pensam e dizem (Sl 139.1-12).
Levem seus filhos bem cedo na vida à fé pessoal em CRISTO, ao arrependimento e ao batismo em água (Mt 19.14).
Habituem seus filhos numa igreja espiritual, onde se fala a Palavra de DEUS, se mantém os padrões de retidão e o ESPÍRITO SANTO se manifesta. Ensinem seus filhos a observar o princípio: “Companheiro sou de todos os que te temem” (Sl 119.63; ver At 12.5).
Motivem seus filhos a permanecerem separados do mundo, a testemunhar e trabalhar para DEUS (2Co 6.14—7.1; Tg 4.4). Ensinem-lhes que são forasteiros e peregrinos neste mundo (Hb 11.13-16), que seu verdadeiro lar e cidadania estão no céu com CRISTO (Fp 3.20; Cl 3.1-3).
Instruam-nos sobre a importância do batismo no ESPÍRITO SANTO (At 1.4,5, 8; 2.4, 39).
(j) Ensinem a seus filhos que DEUS os ama e tem um propósito específico para suas vidas (Lc 17; Rm 8.29,30; 1Pe 1.3-9).
Instruam seus filhos diariamente nas Sagradas Escrituras, na conversação e no culto doméstico (Dt 4.9; 6.5, 7; 1Tm 4.6; 2Tm 3.15).
(m) Mediante o exemplo e conselhos, encorajem seus filhos a uma vida de oração (At 6.4; Rm 12.12; Ef 6.18; Tg 5.16).
(n) Previnam seus filhos sobre suportar perseguições por amor à justiça (Mt 5.10-12). Eles devem saber que “todos os que piamente querem viver em CRISTO JESUS padecerão perseguições” (2Tm 3.12).
(o) Levem seus filhos diante de DEUS em intercessão constante e fervorosa (Ef 6.18; Tg 5.16-18; ver Jo 17.1).
(p) Tenham tanto amor e desvelo pelos filhos, que estejam dispostos a consumir suas vidas como sacrifício ao Senhor, para que se aprofundem na fé e se cumpra nas suas vidas a vontade do Senhor (ver Fp 2.17).

6.11 A ARMADURA DE DEUS. O cristão está engajado num conflito espiritual com o mal. Esse conflito é descrito como o combate da fé (2 Co 10.4; 1 Tm 1.18,19; 6.12), que continua até o crente galgar a vida do porvir (2 Tm 4.7,8; ver Gl 5.17). (1) A vitória do crente foi obtida pelo próprio CRISTO, mediante a sua morte na cruz. JESUS travou uma batalha triunfante contra Satanás, desarmou as potências e potestades malignas (Cl 2.15; cf. Mt 12.28,29; Lc 10.18; Jo 12.31), levou os cativos com Ele (4.8) e redimiu o crente do domínio do maligno (1.7; At 26.18; Rm 3.24; Cl 1.13,14). (2) No presente, o cristão está empenhado numa guerra espiritual que ele trava, mediante o poder do ESPÍRITO SANTO (Rm 8.13), (a) contra os desejos corruptos dentro de si mesmo (1 Pe 2.11; ver Gl 5.17 .), (b) contra os prazeres ímpios do mundo e todos os tipos de tentações (Mt 13.22; Gl 1.4; Tg 1.14,15; 1 Jo 2.16), e (c) contra Satanás e suas forças (ver 6.12 .). O crente é conclamado a se separar do presente sistema mundano, repudiando os seus males (cf. Hb 1.9), vencendo suas tentações e morrendo para elas (Gl 6.14; 1 Jo 5.4), e condenando abertamente os seus pecados (cf. Jo 7.7). (3) A milícia cristã deve guerrear contra todo o mal, não por seu próprio poder (2 Co 10.3) , mas com armas espirituais (2 Co 10.4,5; Ef 6.10-18). (4) Na sua guerra espiritual, o cristão é conclamado a suportar as aflições como bom soldado de CRISTO (2 Tm 2.3), sofrer em prol do evangelho (Mt 5.10-12; Rm 8.17; 2 Co 11.23; 2 Tm 1.8), combater o bom combate da fé (1 Tm 6.12; 2 Tm 4.7), guerrear espiritualmente (2 Co 10.3), perseverar (6.18), vencer (Rm 8.37), ser vitorioso (1 Co 15.57), triunfar (2 Co 2.14), defender o evangelho (Fp 1.16), combater pela fé (Fp 1.27), não se alarmar ante os que resistem (Fp 1.28), vestir toda a armadura de DEUS (6.11), ficar firme (v.v. 13,14), destruir as fortalezas de Satanás (2 Co 10.4), levar cativo todo pensamento (2 Co 10.5) e fortalecer-se na guerra contra o mal (Hb 11.34)
6.12 HOSTES ESPIRITUAIS DA MALDADE. O cristão trava um conflito espiritual contra Satanás e uma multidão de espíritos malignos (ver Mt 4.10). (1) Os poderes das trevas são os governantes espirituais do mundo (Jo 12.31; 14.30; 16.11; 2 Co 4.4; 1 Jo 5.19), que incitam os ímpios (2.2), se opõem à vontade de DEUS (Gn 3.1-7; Dn 10.12,13; Mt 13.38,39) e constantemente atacam os crentes (v. 12; 1 Pe 5.8). (2) É uma vasta multidão (Ap 12.4,7), altamente organizada em forma de império do mal, tendo categorias e ordens (2.2; Jo 14.30)
6.17 A ESPADA DO ESPÍRITO. A "espada do ESPÍRITO, que é a palavra de DEUS", é a arma ofensiva do crente, para uso na guerra contra o poder do mal. Por esta razão, Satanás fará todos os esforços possíveis para subverter ou destruir a confiança do crente na Palavra. A igreja precisa defender as Escrituras inspiradas contra o argumento de que ela não é a Palavra de DEUS em tudo que ensina. Abandonar a posição e a atitude de CRISTO e dos apóstolos para com a Palavra de DEUS é destruir seu poder de convencer, corrigir, redimir, curar, expulsar demônios e vencer o mal. Negar sua fidedignidade total, em tudo quanto ela ensina é entregar-nos a Satanás (ver 2 Pe 1.21 .; cf. Mt 4.1-11).
6.18 ORANDO... NO ESPÍRITO. A guerra do cristão contra as forças espirituais de Satanás exige dedicação a oração, i.e., orando "no ESPÍRITO", "em todo tempo", "com toda oração e súplica", "por todos os santos", "com toda perseverança". A oração não deve ser considerada apenas mais uma arma, mas parte do conflito propriamente dito, onde a vitória é alcançada, mediante a cooperação com o próprio DEUS. Deixar de orar diligentemente, sob todas as formas de oração, em todas as situações, é render-se ao inimigo e deixar de lutar (Lc 18.1; Rm 12.12; Fp 4.6; Cl 4.2; 1 Ts 5.17).
 
 
ÉFESO EPÍSTOLA - Dicionário Bíblico Wycliffe
Décimo livro do NT, classificado juntamente com Filipenses, Colossenses e Filemom como uma das epístolas da prisão, escrita por Paulo.
Esboço
I. Saudação, 1.1,2
II. Doxologia, 1.3-14
A. A escolha de DEUS Pai, 1.3-6
B. A redenção feita por CRISTO, o Filho, 1.7-12
C. O selo de DEUS, o ESPÍRITO SANTO, 1,13,14
III. Ação de Graças e Oração, 1.15-23
IV. Discussão Doutrinária, 2.1-3.21
A. A redenção dos gentios, 2.1-22
1. Vista de forma pessoal, 2.1-10
2. Vista de forma corporativa, 2.11- 22
B. O ministério aos gentios, 3.121־
1. A incumbência de Paulo, 3.1-13
2. A oração de Paulo, 3.14-21
V. Discussão Prática, 4.1-6.20
A. Exortação à unidade, 4.1-16
B. Exortação a uma vida consistente, 4.17-5.20
C. Exortações aos membros das famílias, 5.21-6.9
1. Esposas e maridos, 5.21-33
2. Filhos e pais, 6.1-4
3. Escravos e senhores, 6.5-9
D. Exortação para a preparação para a guerra espiritual 6.10-20
VI. Conclusão 6.21-24
Bibliografia. F. F. Bruce, The Epistle to the Ephesians, Westwood, N. J,: Revell, 1961. Francis Foulkes, The Epistle of Paul to the Ephesians, TNTC. Charles Hodge, A Commentary on the Epistle to the Ephesians, Grand Rapids. Eerdmans, 1950, E. K. Simpson e F. F. Bruce, Commentaiy on the Episues to the Ephesians and the Colossians, NIC NT.
D. W. B.
 
 
CARTA DE PAULO AOS EFÉSIOS
A cidade de Éfeso
Era uma das maiores cidades do Império Romano, capital da província chamada Ásia Menor, cujo território pertence hoje à Turquia. Localizava-se às margens do rio Caístro. Entre suas construções, destacava-se o templo da deusa Diana, também conhecida como Artêmis. Os cultos ali realizados incluíam a prostituição em seus rituais. Tal edifício estava entre as sete maravilhas do mundo antigo. O templo foi incendiado no dia em que nasceu Alexandre Magno. Posteriormente, o próprio Alexandre ofereceu-se para reconstruí-lo. Contudo, sua oferta foi recusada pelos efésios, os quais reconstruíram o santuário, tornando-o mais esplêndido do que antes. Quando escreveu a primeira carta aos coríntios, Paulo estava em Éfeso. Talvez por isso, diante da grandiosidade daquela construção, o apóstolo fala sobre a igreja de CRISTO, comparando-a a um edifício. Ele menciona o processo de edificação, o fundamento, os construtores e o material utilizado (I Cor.3.9-17). Mais tarde, quando escreve aos Efésios, Paulo volta a essa comparação (Ef.2.19-22).
Havia em Éfeso uma grande biblioteca e um teatro com lugares para 25 mil pessoas assentadas. A cidade possuía o principal porto da Ásia, colocando-se, assim, na rota comercial do Império. Foi construído naquela cidade um templo para a realização de cultos ao imperador romano. Hoje, existem apenas ruínas daquele grande centro urbano, entre as quais se destaca a fachada da antiga biblioteca.
 Fundação da igreja
Paulo fundou a igreja em Éfeso por ocasião da sua primeira visita, durante a segunda viagem missionária (At.18.19). Na segunda vez em que foi à cidade (At.19.1), permaneceu lá durante um período superior a dois anos. Éfeso tornou-se o centro dos trabalhos missionários do apóstolo. Naquele período, toda a Ásia Menor foi evangelizada (At.19.10). Pode ser que nessa ocasião tenham sido fundadas as sete igrejas mencionadas no Apocalipse (2 e 3).
A permanência de Paulo em Éfeso foi interrompida por uma grande perseguição. Através de suas pregações, muitos se converteram a CRISTO. Com isso, o comércio das imagens da deusa Diana estava se enfraquecendo. Tomados de ira, os fabricantes de ídolos provocaram grande tumulto, tentando fazer com que Paulo fosse publicamente condenado por pregar uma doutrina que estaria "prejudicando" a cidade (At.19.21-40; I Cor.15.32). Afinal, o turismo e o comércio estavam estabelecidos sobre a idolatria. Diante de disso, Paulo se retira. Depois de algum tempo, mandou chamar os líderes da igreja de Éfeso para se encontrarem com ele em outra cidade, Mileto. Ali, Paulo se despede deles, dizendo que não mais o veriam (At.20.16-38).
Timóteo, Apolo, Áquila e Priscila trabalharam na igreja de Éfeso (At.18.18,19,24; I Tm.1.3; II Tm.4.19). De acordo com a tradição, o apóstolo João também exerceu ministério naquela cidade e ali morreu. A bíblia não confirma isso. O que temos de concreto é que João escreveu uma carta à igreja de Éfeso assim como fez a outras seis igrejas da Ásia (Apc.2.1).
 A EPÍSTOLA AOS EFÉSIOS
 Local de origem: Roma.
Data: entre 60 e 62 d.C.
Portador: Tíquico (Ef.6.21-22).
Tema: a unidade da igreja.
Texto chave – Ef.4.13.
Seqüência chave – Ef.1.10; 2.6, 14-22; 4.3-16.
Palavras e expressões em destaque: Mistério; "em CRISTO"; graça; salvação; riqueza; igreja; unidade; vida; armadura.
ESBOÇO
1 – A igreja e o plano de salvação – 1.1-23
Saudação – 1.1-2
A origem divina da igreja – 1.3-6.
O plano de salvação – 1.7-23.
2 – A ressurreição espiritual e a exaltação do salvo – 2.1-6.
Salvação pela fé e não por obras – 2.7-10.
Os gentios estão incluídos no propósito de DEUS – 2.11-13.
Não há barreiras entre judeus e gentios – 2-14-22.
3 – Os mistérios e as revelações divinas – 3.1-13.
A oração de Paulo e o amor de CRISTO – 3.14-21.
4 – A unidade dos cristãos – 4.1-16.
A vida cristã prática – 4.17-21.
Velha vida x Nova vida – 4.22-32.
5 – Valores da vida cristã – 5.1-21
Amor, pureza, luz, zelo, plenitude do ESPÍRITO.
Deveres da vida cristã – 5.22 a 6.9.
6 – A luta espiritual – 6.10-18.
7 – Palavras finais e bênção – 6.19-24.
COMENTÁRIO
A carta que hoje conhecemos como "Epístola de Paulo aos Efésios", parece ter sido uma correspondência circular destinada às diversas igrejas da Ásia Menor. Seu conteúdo não é pessoal nem trata de questões ou problemas específicos de uma comunidade em particular. Não possui saudações pessoais, como seria natural em uma carta dirigida a um grupo determinado. De acordo com os estudiosos dos manuscritos do Novo Testamento, a expressão "que vivem em Éfeso" (1.1) não aparece em todas as cópias antigas. Supõe-se então que poderia se tratar de uma carta circular e que, eventualmente, alguém tenha acrescentado essas palavras quando endereçou uma cópia para os efésios. Alguns comentaristas sugerem que essa epístola possa ser a mesma que Paulo menciona em Colossenses 4.16, quando fala da carta enviada aos Laodicenses e que deveria ser lida também em Colossos.
 Motivo de envio da carta
As igrejas cristãs estavam se estabelecendo em diversas cidades do Império Romano, começando dos principais centros, onde Paulo procurava concentrar suas atividades evangelísticas. Nesses mesmos centros, encontravam-se colônias judaicas, já que, por motivos diversos, milhares de judeus estavam espalhados por vários lugares. Eles se estabeleciam com mais freqüência nas principais cidades, como seria natural, uma vez que nesses locais se concentravam as atividades comerciais, culturais e religiosas, sendo os melhores campos para o trabalho e o enriquecimento.
Desse modo, em todos os lugares Paulo encontrava uma sinagoga e ali pregava para os judeus. Assim, apesar dos protestos e perseguições, alguns se convertiam. Logo estava estabelecida a igreja e sua formação incluía gentios e judeus. Percebe-se então uma dicotomia imediata na comunidade. Além disso, como era natural, a igreja era formada por homens e mulheres, servos e senhores, escravos e livres, ricos e pobres. Bem sabemos que esse cenário não era uma particularidade de Éfeso, mas característica comum a diversas igrejas. Essa diversidade de componentes da igreja, faz com que ela seja um organismo bastante eclético. Essa variedade se tornava, muitas vezes, causa de divisão, partidarismo, dentro das igrejas. Por isso, Paulo escreve aos efésios, tendo como principal tema a unidade da igreja. Seu foco está principalmente sobre a questão entre judeus e gentios. Por um lado, os judeus se consideravam como a "nata" religiosa do mundo. Então, os gentios eram vistos por eles como uma segunda categoria, até mesmo dentro da igreja. Os gentios, por sua vez, poderiam se sentir inferiorizados. Contudo, nas cidades fora da Palestina, os gentios eram os "donos da casa". Então, os judeus poderiam ser vistos como estrangeiros arrogantes que se achavam superiores aos próprios cidadãos do lugar.
Tudo isso nos mostra que era fácil que a igreja se dividisse internamente entre o grupo dos judeus e o grupo dos gentios. Então, Paulo insiste na doutrina da unidade da igreja. Afinal, CRISTO chamou pessoas tão diferentes e as uniu em um corpo para que aprendessem o amor que supera todas as desigualdades e até mesmo ajuda a minimizá-las ou eliminá-las quando possível.
 Unidade da igreja
Paulo menciona a localização de gentios e judeus dentro do plano de salvação e da igreja. Seu objetivo é demonstrar que no corpo de CRISTO, esse tipo de diferença é irrelevante. Ele tenta fazer com que seus leitores vejam que, no passado, todos eles eram pecadores (Ef.2.1-3) e que agora todos são salvos. Estes são os adjetivos que importam. Não interessa saber quem é judeu e quem é gentio. Essas verificações só serviam para dividir a igreja. Paulo diz que agora, após a conversão, ninguém era mais estrangeiro, como se tivesse um tratamento diferente dentro da igreja. Somos todos concidadãos (Ef.2.19). Dizer isso para gentios e judeus era mostrar que não mais importava o lugar onde nasceram nem a sua origem genealógica. Agora, somos cidadãos na mesma cidade, a Nova Jerusalém. Afinal, nascemos de novo. Agora somos parte da mesma família.
Precisamos deixar de lado muitos conceitos plurais, que destacam nossas diferenças, e voltar para afirmações singulares. Por isso, Paulo usa tanto a palavra "um" e seus derivados na epístola aos Efésios:
  • "de ambos (judeus e gentios) fez um" (Ef.2.14);
  • "um novo homem" – Ef. 2.15.
  • "um só corpo" – Ef.2.16.
  • "um ESPÍRITO" – Ef.2.18.
  • "unidade do ESPÍRITO"- Ef.4.3.
  • "um corpo" – Ef.4.4.
  • "um ESPÍRITO" – Ef.4.4.
  • "numa só esperança" – Ef.4.4.
  • "um só Senhor" – Ef.4.5.
  • "uma só fé" – Ef.4.5.
  • "um só batismo" – Ef.4.5.
  • "um só DEUS e Pai" – Ef.4.6.
  • "unidade da fé" – Ef.4.13.
  • "comunidade" - Ef.2.12.
  • "unirá" - Ef.5.31.
  • "uma só carne" - Ef.5.31 (fala sobre o casal e sobre CRISTO e a igreja).
A palavra "todos" também demonstra o desejo pela unidade ou fala de uma situação comum: 1.15; 2.3; 3.8,9,18; 4.6,13; 6.18,24
A palavra "congregar" em 1.10, a preposição "com", o advérbio "juntamente" e outros termos semelhantes reforçam a doutrina da unidade dos irmãos em torno da pessoa de CRISTO. Ele é a base da nossa unidade.
"Com" - 1.15; 2.5,6; 2.16; 3.18; 4.25; 4.28 ("com o que tiver..."); 6.9.
Em 5.7, a preposição aparece mostrando "com" quem não devemos nos associar. Não existe unidade entre o cristão e o mundano. Convivência, sim. Unidade, não.
"Co-herdeiros" e "co-participantes" - 3.6.
"Juntamente" - 2.5,6,22.
"Juntas" - 4.16.
A expressão "em CRISTO", bastante freqüente nos escritos de Paulo, mostra a centralidade do Senhor JESUS no plano de DEUS, na igreja e na vida do cristão. Observe esta e outras expressões similares em Efésios:
"Em CRISTO" - 1.1,3,6,10,12,15,20; 2.6,7,10,13; 3.11,21; 4.32.
"Em JESUS" - 4.21.
"Com CRISTO" - 2.5.
Observe a relação entre 2.12 ("sem CRISTO") e 2.13 ("em CRISTO"), demonstrando a situação antes e depois da conversão.
 A igreja - edifício de DEUS
 Continuando sua doutrina, Paulo mostra que somos parte do edifício de DEUS, a igreja (Ef.2.20-22). Não podemos criar divisões, como se o tijolo quisesse ser superior à pedra, ou a areia melhor do que o cimento. Se formos fazer uma classificação por valor ou por importância na construção, veremos que, separado, cada item tem um preço diferente. Contudo, enquanto não for utilizado na obra, cada tipo de material corre o risco de se contaminar, tornar-se inútil e se perder. Depois de construído o prédio, este tem um valor único e muito elevado. Quando se pergunta o preço de um prédio, ninguém quer saber o valor da areia ou do cimento. A construção vale mais do que a soma dos valores nela aplicados. Juntos valemos mais do que separados. Juntos fazemos mais do que faríamos isoladamente.
Na construção, os elementos que parecem ser os mais fortes, encontram-se absolutamente dependentes dos que são reputados como inferiores. O cimento é visto como aquele que dá firmeza. Contudo, o que faríamos com ele se não tivéssemos a areia, que muitas vezes é vista como frágil e inconstante? Um vai suprir a fraqueza do outro e juntos vão formar o sólido concreto. A pedra poderia se gabar de ser a mais forte. Contudo, não se constrói um prédio usando apenas pedras. Os tijolos, apesar de mais frágeis, podem ser trabalhados com mais facilidade, podem ser quebrados, cortados e posicionados com mais flexibilidade. Sua fragilidade será superada pelo uso da areia, do cimento e da água. Os tijolos, para que fiquem mais resistentes, são submetidos à ação do fogo, o qual pode ser comparado às dificuldades, tribulações e sofrimentos da vida, que vão nos tornando mais fortes e mais resistentes (I Pd.4.12).
Depois de pronto o prédio, não se fala mais em areia, em cimento, em tijolos. Fala-se em um prédio. Apesar de estarem ali presentes as características de cada material, todos eles "perderam" sua própria identidade e são agora conhecidos como prédio. Até mesmo aquele ínfimo grãozinho de areia, agora é prédio. Assim somos nós na igreja. Ainda que você se veja como o menor, como insignificante, como fraco, DEUS o vê como igreja, como corpo de CRISTO. Nessa condição, consciente disso e vivendo de modo coerente, você estará revestido de uma armadura (Ef.6.10-18) e, mesmo sendo fraco, você será invencível "Quando sou fraco, então é que sou forte" (II Cor.12.10). As forças espirituais do mal não poderão tocá-lo (I Jo.5.18).
Quando o prédio está pronto, o que mais aparece não é o mais importante. Então, temos em posição de honra aqueles elementos que mais precisam dela e não os que já a possuem naturalmente. DEUS coloca em destaque os mais humildes, enquanto que muitos que se julgam elevados, ficam encobertos. Isso não muda o valor de nenhum deles, apenas a aparência. A tinta, que até não está entre os itens fundamentais, é a que mais aparece e torna-se importante. A pedra, que é mais forte, torna-se invisível, colocada em lugares inferiores, fazendo parte do alicerce. Estaria ela esquecida? Talvez sim, mas desvalorizada jamais.
Em toda construção em que se usem pedras, areia, tijolos e cimento, deverá ser usada a água, que é um símbolo da Palavra de DEUS (Ef.5.26). A água não fica retida na construção. Ela não faz parte do prédio, embora seja utilizada desde o alicerce até o acabamento. Da mesma forma, a bíblia não faz parte da igreja, mas sem ela a igreja não existiria.
 Unidade e individualidade
Apesar de ser comparado a um edifício, a igreja não tem a mesma rigidez. As pedras vivas que compõem a igreja (I Pd.2.5) nem sempre querem ficar na posição e na função que receberam. O autor roga, suplica, aos irmãos de Éfeso que eles adotem uma postura de humildade, mansidão, e amor uns para com os outros. Com tantas diferenças dentro da igreja, essas atitudes eram imprescindíveis para que a igreja não se extinguisse (Ef.4.1-6).
Muitas vezes, os irmãos começam a promover disputas e contendas entre si. Isso, além de ser destrutivo, desvia o cristão de seu papel espiritual. Paulo diz que "a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso e contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestiais" (Ef.6.12). Se os irmãos guerrearem entre si, estarão dando trégua na guerra contra Satanás e, assim, só ele ficará satisfeito.
A unidade deve ser buscada mesmo que mediante o esforço. "Esforçai-vos diligentemente por preservar a unidade do ESPÍRITO no vínculo da paz" (Ef.4.3). A palavra vínculo significa nó ou tudo o que estabelece ligação. Nós, como cristãos, precisamos enfatizar os nossos vínculos acima das nossas diferenças. O mesmo Senhor, o mesmo ESPÍRITO, o mesmo batismo, a mesma fé, a mesma esperança, tudo isso são vínculos que nos unem. São os fundamentos do cristianismo. Não devemos nos separar por causa de questões tão menores do que o amor de CRISTO. Seria correto uma igreja se dividir por causa da forma de culto, ou por causa do tipo de roupa ou por causa da comida e outras coisas semelhantes?
Em uma família, cada membro é diferente. Contudo, não vamos dispersar o grupo familiar por causa disso.
Apesar de unidos, não somos iguais. As diferenças existem e sempre existirão. Vivemos em unidade sem anular a individualidade. Por isso Paulo fala, no capítulo 4.7-16, dos dons ministeriais: "uns para apóstolos, outros para profetas..." Não devemos confundir unidade com igualdade. "A graça foi concedida a cada um de nós segundo a proporção do dom de CRISTO" (Ef.4.7). Afinal, a unidade existe para que as diferentes partes se auxiliem e se completem (Ef.4.16). Assim, Paulo passa a usar o corpo humano como ilustração para a igreja. Cada cristão é chamado de membro, tendo posição e função definidas.
O tema da unidade nos chama a atenção para a ajuda mútua. O tema da individualidade nos lembra da responsabilidade pessoal. A obra de DEUS é missão da igreja. Contudo, cada tarefa deve estar designada individualmente, pois se um serviço é de todos, normalmente ninguém o executa.
Na igreja existem homens, mulheres, servos, senhores, etc. A doutrina da unidade poderia levar a crer que agora todos são iguais. Até certo ponto, a afirmação é correta. Contudo, Paulo, no final da carta, fala diretamente às mulheres, aos maridos, aos filhos, aos pais, aos servos e aos senhores, mostrando que cada um tem um papel definido e que a situação individual deve ser respeitada (Ef.5.22 a 6.9).
Observe os textos de Efésios que tratam da individualidade por meio da expressão "cada um" ou "uns":
Ef.4.7 - Oportunidade individual.
Ef.4.11 - Dom individual.
Ef.4.25 e 5.33 - Deveres individuais.
Ef.6.8 - Recompensa individual.
 Efésios – espiritualidade em alta
 Havendo unidade dentro dos padrões divinos, haverá ambiente para que se desenvolva a espiritualidade. Esta palavra caracteriza bem a epístola aos Efésios. Enquanto que, aos coríntios, Paulo não pode falar como a espirituais, visto que eram carnais (I Cor.3.1), com os efésios foi diferente. O apóstolo falou sobre:
  • Os mistérios de DEUS – Ef.1.9; 3.3; 4.9; 6.19.
  • Lugares celestiais – Ef.1.3,20; 2.6; 3.10; 6.12.
  • A graça de CRISTO – Ef.1.6,7; 2.5,7,8; 3.2,7; 4.7,29; 6.24
  • As riquezas da sua graça – Ef.1.7; 2.7.
  • As riquezas de CRISTO – Ef.3.8.
  • As riquezas da glória – Ef.1.18; 3.16.
  • A armadura de DEUS – Ef.6.12-17.
 A prática da doutrina
A espiritualidade deve se expressar na vida prática. Paulo tinha em mente essa preocupação. Vemos em algumas de suas epístolas essa divisão: em primeiro lugar ele fala da doutrina, depois ele dá conselhos práticos. A parte espiritual (Ef.1 a 3) se relaciona ao verbo "ser". A parte prática (Ef. 4 a 6) se relaciona aos verbos "andar" e "combater". Embora não sejamos salvos pelas obras (Ef.2.8-9), fomos designados para executá-las (Ef.2.10). A posição espiritual de qualquer pessoa vai produzir evidências visíveis. Ninguém poderia se esquivar dos ensinamentos do apóstolo dizendo que não tinha entendido a aplicabilidade de suas palavras. Depois de falar de fatos espirituais e regiões celestiais, Paulo parte para situações do dia-a-dia.
Se ele dissesse apenas que os efésios deveriam se revestir do novo homem (Ef.4.24), eles poderiam questionar o sentido dessas palavras. Mas o próprio Paulo explica na seqüência do texto, de 4.25 até 5.21: "Deixando a mentira, fale cada um a verdade." "Aquele que furtava não furte mais; antes trabalhe." "Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe". "Não vos embriagueis com vinho". A seguir, o autor fala sobre as relações entre marido e mulher, pais e filhos, servos e senhores. Seu último assunto é a armadura de DEUS, que é composta por convicções interiores e práticas exteriores, (fé e obras). Ele adverte que tomemos "toda" a armadura de DEUS (Ef.6.11). Tomar apenas uma parte é inútil. De que adianta ao guerreiro proteger o coração e deixar a cabeça exposta? Que adiantará se, estando a cabeça e o coração protegidos, as pernas forem quebradas pelo inimigo? Assim, precisamos da verdade, da justiça, do evangelho, da fé, da salvação, da Palavra de DEUS e da oração em ESPÍRITO. Se faltar um desses elementos, esta pode ser a brecha por onde o inimigo tentará nos destruir.
 
 
 
SUBSÍDIOS DA Lição 1, Carta aos Efésios – Saudação aos Destinatários
Revista Adulto, CPAD, 2° trimestre 2020
Tema: A igreja eleita, Redimidos pelo Sangue de CRISTO e Selada com o ESPÍRITO SANTO da Promessa.
Comentarista: Douglas Batista
 
 
OBJETIVO GERAL - Mostrar o propósito divino na Epístola aos Efésios.
 
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Apresentar a autoria e a data da Epístola;
Identificar para quem foi dirigida a Epístola aos Efésios;
Explicar o propósito da escrita e a mensagem contida na Epístola.
 
 
INTERAGINDO COM O PROFESSORMais um trimestre se inicia e com ele o grande desafio de formar irmãos e irmãs no ensino das Sagradas Escrituras. Esse é um ministério glorioso e, por isso, devemos levá-lo adiante com muita seriedade, temor e sacralidade. DEUS conta conosco, os professores da Escola Dominical, para evangelizarmos enquanto ensinamos. 
O assunto deste trimestre é a Carta aos Efésios. Nela, estudaremos gloriosas doutrinas e orientações pastorais para a vida prática de nossos alunos. 
Nesta oportunidade, apresente o comentarista do trimestre: pastor Douglas Baptista, presidente do Conselho de Educação e Cultura da CGADB, líder da Assembleia de DEUS Missão – DF, doutor em Teologia e licenciado em Filosofia.
Que o Senhor ilumine o seu ministério e lhe use com graça em sua classe. Bom trimestre e boa aula!
 
 
PONTO CENTRAL - Em Efésios JESUS CRISTO é a cabeça; a Igreja, o seu corpo.
 
 
CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 82, p. 36.
 
 
SÍNTESE DO TÓPICO I - O apóstolo Paulo é o autor da Carta aos Efésios e sua data de autoria se dá por volta dos anos 61-62 d.C., durante sua prisão em Roma.
SÍNTESE DO TÓPICO II - A Epístola é considerada uma carta circular dirigida às igrejas da Ásia, a começar pela cidade de Éfeso, o centro político, comercial e religioso da época.
SÍNTESE DO TÓPICO III - A abordagem da carta gira em torno de duas temáticas: JESUS CRISTO, a cabeça; a Igreja, seu corpo.
 
 
 
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO TOP1
A primeira lição deste trimestre tem por objetivo apresentar a Epístola aos Efésios de forma panorâmica. Por isso, ao expô-la, apresente os grandes pontos da epístola conforme eles estão organizados no material didático: Autoria e data; a questão de quem são os efésios, o contexto sociocultural da cidade e a inserção da igreja nela; e, finalmente, o porquê de o apóstolo escrever a carta para os crentes efésios. 
Para ajudá-lo na exposição desta lição, esteja acompanhado de um bom Comentário Bíblico ou uma boa Introdução ao Estudo do Novo Testamento. A Bíblia de Estudo Pentecostal, editada pela CPAD, também é uma boa ferramenta para a exposição dos assuntos que serão tratados aqui. Por último, sugerimos que você apresente aos alunos o esboço da Epístola, conforme quadro abaixo:
 


SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO TOP2
“A CIDADE DE ÉFESO
Situada em uma baía interior (hoje em dia coberta de lodo), a cidade se ligava, através de um canal estreito do Rio Cyster, ao mar Egeu, a uma distância aproximada de 3 milhas (4.8 quilômetros). A cidade ostentava impressionantes monumentos cívicos, incluindo-se entre eles o proeminente templo de Artemis (Diana), uma das sete maravilhas do mundo antigo. As moedas da cidade orgulhosamente exibiam o ‘slogan’ Neokoros, isto é, ‘guardiã do templo’. Paulo pregou a grandes multidões nessa cidade. Os artesãos se queixavam de que ele havia influenciado um grande número de pessoas em Éfeso e em praticamente toda a província da Ásia (At 19.26). Em um dos eventos mais dramáticos registrados no Novo Testamento, o apóstolo conseguiu desvencilhar-se de uma grande multidão no teatro. Essa estrutura, localizada na ladeira do monte Pion, no final do ‘Caminho da Arcádia’, podia acomodar 25.000 pessoas sentadas” (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol.2. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.387).
 
 
 
SUBSÍDIO TEOLÓGICO TOP3
Não deixe de mencionar a questão do ESPÍRITO SANTO na Carta aos Efésios, por isso, leve em conta o seguinte fragmento textual: 
“O Ministério do ESPÍRITO SANTO em Efésios
Embora os temas mais importantes em Efésios sejam CRISTO, a igreja e o plano eterno de DEUS para redenção, é o ESPÍRITO SANTO e o seu papel em relação ao crente e à Igreja, como presença poderosa de DEUS, que faz de nós o povo de DEUS e corpo de CRISTO na terra. Em relação à proeminência do ESPÍRITO SANTO em Efésios, Gordon Fee comenta (732): ‘Existem raros aspectos da vida cristã em que o ESPÍRITO SANTO não assume o papel principal, e são raros os aspectos sobre o papel do ESPÍRITO que não tenham sido mencionados nessa carta’. 
Em 1.13, o ESPÍRITO SANTO é chamado (lit.) de ‘o ESPÍRITO SANTO da promessa’, cuja importante promessa divina é um sinal de que os últimos dias já chegaram (Jl 2.28-32; At 2.16-21). JESUS promete batizar seus discípulos com o (ou no) ESPÍRITO SANTO (At 1.5), assim como João Batista havia pregado (Mc 1.8; Jo 1.33) e nesse contexto refere-se ao ESPÍRITO como aquEle que o Pai havia prometido (Lc 24.49; At 1.4). [...] Além disso, em Efésios, o ESPÍRITO SANTO é descrito como a marca ou o selo da propriedade de DEUS (1.13), a primeira parte da herança do crente através de CRISTO (1.14), ‘o ESPÍRITO de sabedoria e revelação’ (1.17), aquEle que capacita o crente a ter intimidade com o Pai (2.18), aquEle pelo qual DEUS habita na Igreja (2.22), o revelador do mistério de CRISTO (3.4,5) e a pessoa que fortalece os crentes em seu íntimo (3.16)” (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol.2. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.389).

Bibliologia
CPAD - BEP
JOHN STOTT - A MENSAGEM DE EFESIOS - ABU Editora S/C - Caixa Postal 2216 - 01060-970 - São Paulo - SP - E-mail: editora@abub.org.br -  home page: www.abub.org.br/editora
Comentário Bíblico: Efésios .../ Elienai Cabral - 3ª Ed. – Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1999
ÉFESO EPÍSTOLA - Dicionário Bíblico Wycliffe
ÉFESO - Dicionário Bíblico Wycliffe
E. M. Blaiklock, Cities of the New Testament, Westwood, N.J.. Revell, 1965, pp. 62-67. Floyd V. Filson, “Ephesus and the New Testament”, BA, VIII (1945), 73-80. Merrill M. Parvis, “Archaeology and St. PauTs Joumeys in Greek Lands”, Part IV - Ephesus, BA, VIII (1945), 61-73. Howard F. Vos, WHG, pp. 357-365. Alfons Wotschit- zky, “Ephesus. Past, Present and Future of an Ancient Metropolis”, Archaeology, XIV (1961), 205-212. D. W. B.fonte  http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/ebd-henr.htm