LIÇÃO 12 - DISCIPLINA, PRECISAMOS DELA?

Conteúdo adicional para as aulas de Juvenis
 TEXTO BÍBLICO
  Provérbios .3. 1-12
 ENFOQUE BÍBLICO
 “Filho meu, não rejeites a correção do  Senhor, nem te enojes da sua repreensão” (Provérbios 3.11).
 OBJETIVOS
 Conscientizar de que precisamos de disciplina se queremos viver de modo a agradar a Deus.
Compreender que Deus disciplina e corrige aqueles que ele ama.
Agradecer a Deus pelo seu amor em nos corrigir.


Sugestão

  • Discuta com os alunos o trânsito em uma grande cidade. São inúmeros os problemas tanto para pedestres como para motoristas. Podemos imaginar como seriam mais graves as dificuldades do trânsito, se não houvesse leis que disciplinam o trânsito. Mas e as pessoas são disciplinadas? Os motoristas,  e pedestres obedecem às normas de trânsito (devemos incluir os que usam motocicletas e bicicletas). Se uma pessoa idosa, deficiente ou uma criança estiver tentando atravessar uma é dada  preferência a elas? (É verdade que no Japão, as crianças acenam e esperam os carros pararem diante da solicitação delas.) Mas em muitos lugares, isso não ocorre.

  • Analise as conseqüências da falta de disciplina no trânsito.

È preciso disciplinar


Um dos perigos do relativismo moral  reside na ausência de disciplina. Cada um deseja fazer o quer deseja, desejando que não lhe imponham normas. Nós necessitamos do nosso grande Pai: ele que nos criou, deseja o nosso bem e instrui-nos, desde que queiramos seguir a Sua disciplina.

OBS: Também existe a disciplina verdadeira, ou seja, a pessoa que segure os ensinos, não apenas na aparência. Um pai ordenou ao filho que se sentasse. Ele disse ao pai:  “— Estou sentado, mas por  dentro estou em pé”.  Assim, são muitos obedecem de forma exterior, mas a sua obediência não é real. Assim afirmou Paulo:  “Mas graças a Deus que, tendo sido servos do pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina  a que fostes entregues”  (Rm 6.17). Como é bom que cada pessoa, cada Juvenil possa compreender de mente, de coração, de boa vontade de que a disciplina pode salvar a vida nossa e de nossos semelhantes! Não sejamos indisciplinados, recusando a instrução.

O dicionário Houiass assim define disciplina: “Ensino e educação que um discípulo recebia do mestre”. Disciplina  era algo aplicado a um discípulo, a um aluno. Todo o discípulo deveria seguir as instruções de seu professor. Nós também devemos seguir a disciplina de Nosso Mestre: “Se permanecerdes na minha palavra, sereis meus discípulos”  (Jo8.31b).

O conceito de disciplina ainda inclui (conforme o dicionário já citado anteriormente) “obediência às regras e aos superiores”;  “regulamentos sobre a  conduta dos diversos membros de uma coletividade, imposto ou aceito democraticamente, que tem por finalidade o bem-estar dos membros e o bom andamento dos trabalhos” . Assim, para que haja um bom desenvolvimento em uma escola existem regras disciplinares que norteiam o seu funcionamento. O mesmo sucede em um hospital. Enfim, a disciplina é necessária em uma sociedade.

A instrução impõe e regras do que se deve fazer ou certas proibições. Estas eram para o bem-estar do aluno, para o seu sucesso para a sua realização. As regras indicam os limites de ações.

A Bíblia é a Palavra de Deus. Ela contém instruções que nos conduzem à segurança, ao caminho correto:  “Ouça, meu filho, e aceite o que digo, e você terá vida longa. Eu o conduzi pelo caminho da sabedoria e o encaminhei por veredas retas. Assim, quando você por elas seguir, não encontrará obstáculos; quando correr, não tropeçará. Apegue-se à instrução, não a abandone, guarde-a bem, pois dela depende a sua vida. Não siga pela vereda dos ímpios nem ande no caminho dos maus”  (Pv  4.10-14).

Quem recebe instrução e a pratica, torna-se uma pessoa disciplinada. Um soldado deve ser uma  pessoa disciplinada: ele é submetido a um treino constante,  a exercícios  duros e cansativos.  O soldado torna-se uma  pessoa instruída e, também seu treino é especial.  O soldado é habilitado a agir em diversos tipos de terreno, inclusive em pântanos, sabe como tomar ações em momentos críticos. Isso é o resultado da disciplina.

Podemos admirar a ação dos bombeiros: eles atuam para debelar incêndios, para salvar vidas nas mais diversas circunstâncias. São rápidos e precisos, arriscam suas vidas. Sua eficiência advém de disciplina, de um treino constante, assim eles são capacitados a socorrer pessoas. Para chegar a esse ponto, foi necessário um longo percurso. Quantas horas foram gastas  ouvindo instruções, quanto tempo empregado  praticando o que aprendeu.  Mas na hora é que surge o problema é que todos percebem como ele foi bem capacitado. Para atingir o seu objetivo, certamente o bombeiro teve a disposição de ser instruído, ser disciplinado.

Um atleta para chegar a ser considerado um bom atleta, é necessário disciplina. Se o atleta deseja alcançar  a meta, é fundamental a  disciplina. Antes de receber qualquer aprendizado, ele necessita de uma  disciplina pessoal. Essa disciplina implica renúncia. Sim, o atleta recusa gastar tempo  em outras atividades para dedicar-se ao esporte. Não é que ele não aprecie outras atividades. È que ele tendo uma disciplina, não perde de vista seu objetivo.  Adota certa disciplina diariamente. Assim, dorme horas regulares de sono, alimenta-se devidamente, de forma equilibrada, e treina várias horas por dia. Há necessidade de disciplina: para não desistir do treinamento, embora sinta dores e cansaço. Sem disciplina, o atleta não atingirá seu objetivo. 



Em uma escola, há disciplina: regras que devem ser seguidas, comportamentos que devem ser seguidos. Se não houver regulamentos, se cada um se dispuser a agir, seguindo simplesmente a sua vontade,  não haverá um bom ambiente para o aprendizado. Para aprender é preciso disciplina, determinação de aprender, motivação. É evidente que podem ocorrer dificuldades, mas se existir persistência, o aluno será bem sucedido.  Há  necessidade de disciplina para saber como agir, como direcionar o aprendizado. Se ocorrer um incêndio em uma escola, os alunos deverão saber como agir.  Assim,  tendo conhecimento, embora estejam diante de um perigo real, ficarão menos apreensivos.  O aluno sentir-se-á seguro, se souber como agir e  o que deverá evitar fazer.

E na família? Também nela, especialmente, recebe-se disciplina: no seio do lar, os pais instruem seus filhos: desde pequenos são criados conforme normas que acabam  tornando-se hábitos. Os pais estabelecem o horário  das refeições., a hora de a criança dormir,  enfim, rodeiam  a criança de todos os cuidados, para que ela tenha um desenvolvimento normal.  Os pais tomam os devidos cuidados, higiene, orientam a criança no seus primeiros passos, ensinam a comportar-se em casa, diante dos outros, ensinam a conduta  moral a não mentir, a ser honesta. Os pais são os responsáveis pelos filhos, diante  da sociedade, diante de Deus. Ele instruem os filhos, impõem regras para o bem-estar dos filhos. Estes têm direitos e  deveres a cumprir. Disciplinam, orientam a conduta dos filhos. Os bons pais compreendem que é necessário que o filho estude, colocando limitações a  suas atividades, tais como: não gastar o tempo de forma indevida: regulam o tempo que freqüentam a casa dos amigos, o lazer, observam os amigos. Afinal é seu filho: desejam que se torne  uma  pessoa digna, desejam a felicidade do ser que criam,  por isso é preciso disciplinar horários e atividades: como acessar a Internet, o cuidado nas sala de bate-papo. Um pai ou mãe sempre  estão  orientando os filhos.

Existem filhos que  reclamam do controle dos pais sobretudo da Internet, dos jogos de computador das horas que desejam passar em frente a tais meios. O que ocorre é que em primeiro lugar, temos de saber distribuir o tempo: não podemos  permitir que ele  seja gasto apenas em passatempos. Há algum mal em divertir-se? Depende do conteúdo desse divertimento. Quanto a este, ainda é bom fazermos certas considerações.  É bom, não possui cenas imorais? Se outros vissem a que acesso, que imagem formariam de mim? Os pais controlam, porque passar horas a fio, nessas atividades  são prejudiciais. Os Juvenis cristãos devem refletir:  E o tempo para a oração? Para a leitura bíblica?Não acesso sítios (Sites) evangélicos? Estou usando a tecnologia apenas para o mal? Por que não enviar correspondência, empregando textos bíblicos? Sejamos mensageiros de boas-novas.

A Bíblia destaca que os pais devem ensinar seus filhos sobretudo no caminho de Deus. Os filhos devem ser ensinados nas diretrizes da Palavra de Deus, assim adquirirão a verdadeira disciplina que os fará sábios: “Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma: atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por frontal entre os vossos olhos. Ensinai a vossos filhos, falando delas assentados em vossa casa, e andando pelo caminho, e deitando-vos e levantando-vos. Escrevei nos umbrais de vossa casa, e nas vossas portas, para que se multipliquem  os vossos dias e os dias de vossos filhos na terra que o Senhor sob juramento prometeu dae a vossos pais, e sejam tão numerosos como os dias do céu acima da terra”  (Dt 11. 18-21). Os filhos tinham um treinamento intensivo na Palavra de Deus.

Os filhos reclamam, quando os pais lhe dão uma “bronca”, uma severa advertência, porém elas são necessárias. A disciplina ensina a discernir o certo do errado. Em diversas ocasiões, os pais aplicam sanções e castigos como reforço à disciplina. Juvenil, ame seus pais, não despreze seus ensino e correção. Mais tarde, o Juvenil formará seu lar e também desejará que os filhos sigam seus conselhos.



Deus também nos disciplina


Deus é Pai. Como um pai, Ele ama Seus filhos: “Como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor se compadece daqueles que o temem. Pois Ele conhece a nossa estrutura; lembra-se de que somos pó”  (Sl 103.13-14).Como Pai, Ele disciplina, instruindo-nos. Ele também nos corrige; são situações em que enfrentamos que Nosso Pai permite, para que analisemos nosso caminho e voltemos para o caminho certo. Especialmente, o cristão foi orientado a fazer o bem, a servir a Deus, a ser humilde, a buscar Sua vontade. Contudo, em diversas ocasiões, o homem pensa que ele é capaz de tomar atitudes, conforme o seu pensamento: “Os ouvidos que atendem à repreensão salutar, no meio dos sábios têm a sua morada. O que rejeita a disciplina  menospreza a sua alma, porém o que atende à repreensão adquire entendimento. O temor do Senhor é a instrução da sabedoria, e a humildade precede a honra” (Pv 15.31-33– ARA). Então, quando Deus o corrige, é a oportunidade que Ele concede para nós não dispensarmos Sua orientação.

A disciplina de Deus é feita em amor. O problema é que muitas pessoas ficam ressentidas contra Deus. Embora percebam que agiram errado, não aceitam  os conselhos da Bíblia, julgam que Deus não deveria corrigi-los. Se somos Seus filhos, Deus se preocupa conosco e corrige-nos:  “Vocês se esqueceram da palavra de ânimo que ele lhes dirige como a filhos: Meu filho, não despreze a disciplina do Senhor, nem se magoe com a sua repreensão, pois o Senhor disciplina a quem ama, e castiga todo aquele a quem aceita como filho” (Hb 12.5-6 - NVI).

Aceitando a disciplina

Quando um pai corrige seus filhos, estabelece proibições:  “Você chegou tarde, nas próximas duas semanas, não poderá sair com os amigos”, existem filhos que se rebelam contra os pais, não querendo compreender as causas de uma proibição. Se tomaram uma atitude, é porque realmente amam seu filho. Seria mais fácil, os pais não disciplinarem  não ouvir choros, expressões de ressentimento. Os pais são firmes, porque amam os filhos. Só mais tarde, os filhos compreenderão que era, por amor, que os pais assim procediam.

Da mesma forma, nosso Pai Celestial nos corrige. Devemos refletir, diante de uma  provação. Às vezes, passamos por uma dificuldade, porque Ele nos está treinando para algo que só Ele pode nos dar; um plano que Ele deseja realizar em nossa vida. José passou por  diversos problemas, porém não era devido a seu comportamento errado. Deus iria colocá-lo em uma posição de autoridade para melhor servir a Deus. Ele foi humilde, esperando o tempo de Deus, e, assim no devido momento, foi nomeado vice-governador do Egito.

Querido Juvenil, não desista diante das adversidades. Quando o prezado Juvenil, observa alguém colocado por Deus em posição de destaque, pensa:  “Como  eu gostaria de ser igual a ele”. Mas não imagina, o que ele passou para ser lapidado como uma jóia, para poder seu usado nas mãos do Senhor de forma mais atuante! Não é pecado desejar ser como uma pessoa que dedica sua vida a Deus. Entretanto, devemos pedir a Deus que nos oriente em qual setor de seu trabalho deseja que nós atuemos. O  importante é saber e aceitar o treinamento que Deus nos submete a fim de estarmos preparados apara realizar a Sua obra.

OBS: Há bastante espaço para o Juvenil trabalhar na Seara.Embora trabalhe ou estude, poderá separar horas que se tornarão preciosas dedicadas a Deus. No seu trabalho poderá dar testemunho do Deus que serve.

Outras vezes, estamos sob a correção de Deus. Devemos aceitá-la, pois assim nos ensinam as Escrituras: “Filho meu, não rejeites a disciplina do Senhor, nem te enfades da tua repreensão. Porque o Senhor repreende a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem”  (Pv 3.12– ARA). O objetivo de Deus é que todos possam chegar ao Céu, que tenhamos um desenvolvimento sadio, não um crescimento uniforme, não um “inchaço”.

Tantos erros poderiam ser evitados, se levássemos a sério a disciplina, os ensinos dados por nosso Mestre. As pessoas julgam que sabem o suficiente, sabem “virar-se” por conta própria, no entanto, a Bíblia recomenda:  “Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apóie em seu próprio entendimento; reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e ele endireitará as suas veredas. Não sejas sábio a seus próprios olhos; teme o Senhor e evite o mal. Isso lhe dará saúde ao corpo e vigor aos ossos”  (Pv 3. 5-8– NVI).

Às vezes, necessitamos da correção de Deus para estarmos em oração, na meditação de Sua Palavra:  “Antes de ser afligido, andava errado; mas agora guardo a tua palavra” (Sl119.67);  “Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos” (Sl 119.71).Alguns negligenciaram a oração, mas na época da correção de Deus, voltam a empregá-la:  “Senhor, no aperto, te visitaram; vindo sobre eles a tua correção, derramaram a sua oração secreta” (Is 26.16).



O autor de Hebreus estabelece uma comparação entre a disciplina dos pais e a disciplina  do Pai Celestial: “Nossos pais nos disciplinavam por curto período, segundo lhes parecia melhor; mas Deus nos disciplina para o nosso bem, para que participemos da sua santidade”  (Hb 12.10).   

È verdade que ninguém se alegra  pelo fato de receber correção, mas ela é necessária: “E, na verdade, toda correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas, depois, produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela” (Hb 12.11). Como reagimos à correção de Deus?

OBS: “Podemos responder à disciplina de várias maneiras: (1) Podemos aceitá-la com resignação;  (2) podemos aceitá-la com autocomiseração, considerando que realmente não a merecemos; (3) podemos ficar irados e ressentidos em relação a Deus, ou (4) podemos aceitá-la com gratidão, como a resposta apropriada que devemos a um Pai amoroso”  (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, nota a Hb 12.11, p.1747).


CONCLUSÃO

Todos precisam da disciplina para poderem chegar à Pátria celestial.
A disciplina é o conhecimento correto para que sejamos moldados, aperfeiçoadas pela Palvar.
Existe a disciplina preventiva de Deus: são conselhos e admoestações que nos são dados, visando o nosso desenvolvimento espiritual.
Entretanto, existem certas ocasiões de que Deus, como Pai, aplica-nos Sua disciplina corretiva: devemos aprender a lição de Deus, arrepender-nos e voltarmos ao caminho correto.
Que nós saibamos submeter-nos a Nosso Pai, Sua correção poderá causar-nos tristeza, porém com a experiência aprendida, seremos melhores filhos aptos para toda boa obra.
Louvemos a Deus: “Sê tu meu Guia, em tempo radiante,/Ou na bonança, ou mesmo em temporal!/Sê Tu meu Guia, que eu prossiga avante,/Sem me afastar do rumo divinal” (3a estrofe do Hino 583 da harpa Cristã).


Colaboração para o Portal Escola Dominical: Profª. Ana Maria Gomes de Abreu (inn memorian).