Novo estudo acha traços da radiação de usina japonesa nos EUA



Em agosto, traços de Fukushima já tinham sido encontrados na Califórnia

Novo estudo acha traços da radiação de usina japonesa nos EUA
Baixos níveis de radioatividade foram detectados na água da chuva no norte da Califórnia, duas semanas depois do acidente nuclear no Japão, em março, mas estes índices logo voltaram ao normal, revelou um estudo divulgado esta quarta-feira (21).

Não é a primeira vez que traços são encontrados no oeste dos EUA. Em agosto, outro estudo já havia mostrado que a radioatividade tinha chegado ao sul da Califórnia.

Os níveis detectados de isótopos radioativos césio, iodo e telúrio foram muito pequenos e não representaram risco à população, segundo as descobertas de uma pesquisa financiada pelos Departamentos de Energia e Segurança Interna dos Estados Unidos.

A água da chuva foi coletada nas cidades de Berkeley, Oakland, and Albany, na área da Baía de São Francisco, de 16 a 26 de março, segundo o relatório publicado na edição online do jornal "PLoS One".

"A primeira amostra que demonstrou radioatividade aumentada foi coletada em 18 de março e os níveis subiram em 24 de março, antes de voltarem ao normal", explicou o chefe das pesquisas, professor Eric Norman, do departamento de engenharia nuclear da Universidade da Califórnia, em Berkeley.

O estudo também destacou que "medições similares de contagem de raios gama foram feitas em amostras de vegetação coletada em Oakland e em hortaliças e leite comercializados na região de São Francisco".

Alguns dos mesmos produtos físseis detectados na água da chuva foram encontrados no leite e em amostras dos vegetais, também em um nível que não representou riscos para o público, acrescentou.

Em 11 de março, um terremoto violento de 9 graus, seguido de um tsunami devastador, matou 20 mil pessoas ao longo da costa do Japão, atingindo os reatores da usina de Fukushima-Daichi.

Os reatores da central se fundiram depois que seus sistemas de resfriamento foram varridos pelas ondas gigantes, liberando radiação no ar, no mar e na cadeia alimentar no pior desastre atômico desde Chernobyl, em 1986.


Fonte: G1