ADOLESCENTES - Lição 7: Vista o "sobretudo", meu filho


4º Trim. 2012 - ADOLESCENTES - Lição 7: Vista o "sobretudo", meu filho

PORTAL ESCOLA DOMINICAL
ADOLESCENTES – CPAD
4º Trimestre 2012
Tema: Cartas que ensinam
Comentarista: Ciro Sanches Zibordi

LIÇÃO 7 – VISTA O “SOBRETUDO”, MEU FILHO!

Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que possa conduzir o aluno a:
Inteirar-sedo conteúdo e propósito Carta ao Colossenses, conscientizando-se que o servo de Deus deve conscientizar-se da necessidade de buscar os dons espirituais, principalmente o fruto do Espírito.


Para refletir
“E, sobre tudo isto, revesti-vos de caridade, {ou amor} que é o vínculo da perfeição.”(Cl. 3.14 – ARC)

Quando Cristo é tudo em nós, as mais preciosas qualidades aparecem, o amor flui em nosso coração e o Nome do Senhor é glorificado em nossas vidas.


Texto Bíblico: Cl. 3.1-16

Introdução
O amor de Deus por você é incondicional e eterno.
Acolha essa verdade em seu coração para que Deus entre em sua vida com Seu amor ímpar, ininteligível; basta você abrir a porta do seu coração para que Ele entre e você comece a experimentar uma nova vida, plena de amor, paz, alegria.
Deus, em Sua infinita misericórdia, ama você, como você é, na situação em que você se encontra.
Então, transmita esse amor aos que se aproximam de você no dia de hoje e sempre.
Ele é o vínculo da perfeição. 
O nosso amor é imperfeito, mas o “AMOR DE DEUS é o Vínculo da Perfeição!

Epistola aos Colossenses
Autor: Paulo
Data:Cerca de 61 d.C.
Tema:A Supremacia e Suficiência de Cristo. Os Colossenses estavam propensos à rituais e cerimônias, bem como a culto a anjos. Paulo trata do assunto apresentando-lhes o incomparável caráter de Cristo, bem como Sua Supremacia sobre todas as coisas sejam visíveis ou invisíveis.
Palavras-Chave:plenitude, conhecimento, sabedoria, mistério.

Contexto Histórico e Data
Paulo nunca tinha visitado Colossos, uma pequena cidade na província da Ásia, cerca de 160 km de Éfeso. A igreja foi uma conseqüência de seu ministério de três anos em Éfeso, por volta de 52-55 d.C. (At 19.10; 20.31). Epafras, um nativo da cidade e provavelmente convertido pelo apóstolo, talvez tenha sido o fundador e líder da igreja (1.7-8; 4.12-13). A igreja aparentemente se reunia na casa de Filemom (Fm 2).

Estudiosos conservadores acreditam que esta carta foi escrita em sua primeira prisão romana, por volta de 61 d.C.
Em algum momento da prisão de Paulo, Epafras solicitou sua ajuda para lidar com a falsa doutrina que ameaça a igreja em Colossos (2.8-9). Aparentemente, essa heresia era um mistura de paganismo e ocultismo, legalismo judaico e Cristianismo. O erro parece com uma antiga forma de gnosticismo, que ensinava que Jesus não era nem completamente Deus e nem completamente homem, mas apenas um dos seres semi-divinos que ligavam o abismo entre Deus e o mundo.

Conteúdo
Nenhum outro livro do N.T. apresenta mais completamente autoridade universal de Cristo ou a defende tanto cuidado. Combativo em tom e abrupto em estilo, Colossenses tem uma semelhança próxima com Éfesios em linguagem e assunto. Mais de setenta dos 155 versos de Éfesios contêm expressões que ecoam em Colossenses. Por outro lado, Colossenses tem vinte e oito palavras que não se encontram em mais nenhum outro lugar escrito de Paulo, e trinta e quatro que não se encontra em lugar nenhum do N.T.

Os falsos mestres em Colossos tinham rebatido algumas das principais doutrinas do Cristianismo, nada menos que a divindade, a autoridade absoluta e suficiência de Cristo. Colossenses apresenta Cristo como o Senhor supremo cuja suficiência o crente encontra perfeição (1.15-20). Os primeiros dois capítulos apresentam e defendem essa verdade; os últimos dois desvendam as implicações práticas.

Em Jesus habita a totalidade dos atributos, essência e poder divinos (1.19; 2.9). Ele é a revelação e representação exata do Pai, e tem prioridade em tempo e primazia em categoria sobre toda a criação (1.5). Sua suficiência depende de sua superioridade. A convicção da soberania absoluta de Cristo impulsionou a atividade missionária de Paulo (1.27-29).
Paulo declara a autoridade de Cristo de Três formas primarias, proclamando, ao mesmo tempo, sua adequação:
  1. Cristo é o Senhor de toda a criação. Sua autoridade criativa abrange todo o universo material e espiritual (1.16). Como isso inclui os anjos e planetas (1.16; 2.10), Cristo merece ser louvado ao invés dos anjos (2.18). Além disso, não há motivo para temer os poderes espirituais demoníacos ou buscar supersticiosamente a proteção deles, pois Cristo neutralizou o poder deles na cruz (2.15), e os colossenses compartilhavam de seu triunfante poder de ressurreição (2.20). Como soberano e potestade suficiente, Cristo não é apenas o Criador do universo, mas também o preserva (1.17), é seu princípio de união e meta (1.16).
  2. Jesus é o superior na igreja como seu Criador e Salvador (1.18). Ele é a vida e líder dela, e a igreja só deve submeter-se a ele. Os colossenses dever permanecer arraigados a ele ( 2.6-7) ao invés de se encantarem com especulações e tradições vazias (2.8,16-18)
  3. Jesus é supremo na salvação (3.11). Nele somem todas as distinções criadas pelo homem e caem as barreiras. Ele transformou os cristãos em uma única família onde os membros são iguais em perdão e adoção; é ele quem importa, em primeiro e em último lugar. Portanto, contrário à heresia, não há qualificações ou exigências especiais para vivenciar o privilégio de Deus (2.8-20).

Os caps. 3-4 lidam com as implicações práticas de Cristo na vida diária dos colossenses. Paulo usa a palavra “Senhor” nove vezes em 3.1-4.18, o que indica que a supremacia de Cristo invade cada aspecto de seus relacionamentos e atividades.


Lado a Lado com o Pai
Como estar lado a lado com o Pai, com o Deus Todo-Poderoso.
Geralmente os amigos tendem a pensar da mesma forma, gostar das mesmas coisas. Assim é também se quisermos estar lado a lado com Deus.

“Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra...”(Cl. 3.2)

Esse verso pode equivocadamente ser compreendido como uma fuga aos assuntos que estão acontecendo na terra, para uma dedicação exclusiva àquilo que somente, diz respeito ao “céu”. Seria um “escapismo irresponsável”.

Mas, não é essa a proposta do texto. O que temos nesse verso é a seguinte verdade: nossa mente deve estar programada para avaliar todos os acontecimentos terrenos pelos referenciais divinos.

Isso significa que, se a nossa mente não estiver suficientemente saturada com os valores de Deus, não conseguiremos saber qual é a opinião dos céus sobre qualquer assunto que estiver se desenrolando aqui na terra. É aquilo que Watchman Nee vai dizer: “Se alguém permitir que sua cabeça cesse de pensar, pesquisar, decidir e de examinar sua experiência e ação à luz da Bíblia, está praticamente convidando Satanás a invadir sua mente e enganá-lo”.

É preciso que selecionemos cuidadosamente os nossos pensamentos. Podem até passar em nossa mente cerca de sete mil pensamentos por dia, mas só serão acolhidos por nós àqueles que forem: “verdadeiros, honestos, justos, puros, amáveis, de boa fama, virtuosos e louváveis...” (Fp. 4.8).

Um outro dado importantíssimo nessa esfera do pensamento é que “a sua maneira de pensar determina a sua maneira de sentir, e sua maneira de sentir determina sua maneira de agir”. Por esta razão, na sua prática você está desenvolvendo aquilo que potencialmente foi gerado em sua mente.

Ora, se Cristo atuar inicialmente em sua mente, logo, podemos adiantar que seus hábitos diários serão melhores e bem mais saudáveis. Não é a toa que o termo bíblico para arrependimento émetanoia que significa “mudança de mente”.

Quando você submeter o domínio de sua mente a Jesus, permita-o varrer todo o interior de seu ser para reprogramar o seu “jeito de pensar”, para que sua vida possa ser vivida em um nível ainda mais excelente.

Charles H. Spurgeon vai sugerir o seguinte: “Se você deseja que Cristo habite permanentemente em você, dê-lhe todas as chaves de seu coração; não deixe nenhum armário trancado; mostre-lhe a fechadura de cada cômodo e as trancas de cada aposento”.

É fato consumado que Cristo não tem nenhum interesse em agir na sua vida, se não houver de sua parte o aval para que Ele intervenha em todo o seu ser. E isso porque “quem tem acesso ao controle de sua mente é você!

Por isso que, ao invés de ficar desenvolvendo pensamentos ruins na vida, experimente semear pensamentos de vida, para que a sua existência encontre um sentido para você.

Isso me faz lembrar a história de uma senhora que partiu de uma estação de trem com uma sacola contendo sementes. E aos poucos, no trajeto de sua viagem, ela jogava um pouquinho em cada ponto. Intrigado um jovem resolveu perguntar por que ela ficava jogando algo no chão durante a viagem. E ela gentilmente respondeu: “olha meu jovem, eu tenho que fazer esse trajeto duas vezes por ano. E eu sempre achei a paisagem desse lugar muito feia, sem vida, seca, sem brilho algum. Então resolvi comprar um punhado de sementes, e aproveito minha viagem para semear sementes de flores ao invés de ficar reclamando da feiúra do lugar. Você está vendo aquelas violetas? Plantei-as no ano passado. E aquelas roseiras? Elas foram semeadas há dois anos...

Nunca se canse de pensar nas coisas que são de cima, porque as coisas da terra já estão totalmente corrompidas. Não se esqueça do salmo 121:
 “Elevo os meus olhos para os montes (de cima) de onde me vem o socorro.. O meu socorro vem do Senhor (de cima) que fez os céus e a terra.”

O negócio é “olhar para cima”, pois é de lá que vem a nossa PAZ e assim estaremos andando lado ao lado com o Pai.


Vestindo uma roupa especial
Através dos versículos propostos nesta lição vemos o apóstolo Paulo lembrando aos crentes colossenses que eles eram pessoas especiais, em face de sua nova vida com Cristo, e que precisavam demonstrar isso perante o mundo, principalmente quando em volta deles havia um movimento herético sutil, sorrateiro e perigoso. Ele ensina que eles não poderiam descuidar-se da condição de “santos e fiéis”, “santos e amados” do Senhor. Paulo enfatiza o ensino tomando a figura do despir-se e do vestir-se para exemplificar a diferença entre o passado e o presente dos colossenses e de todos aqueles que venham aceitar a Cristo como Senhor e Salvador. Ele os lembra do valor do perdão, da longanimidade e de outras importantes virtudes cristãs que devem compor o “vestuário” espiritual dos centres e dá ensino significativo sobre o louvor genuíno ao Senhor Jesus.

Revestir pode significar vestir uma roupa por cima da outra. Na vida espiritual é, exatamente isto que não deve ser feito. Paulo disse aos colossenses que era necessário primero “despojar-se”, ou despir-se da roupagem usada pelo “velho homem” - “Mas, agora, despojai-vos também de tudo....”(3.8).

Vestir “roupas novas” sem tirar as “roupas velhas”, melhora a aparência aos olhos dos homens, cria uma imagem de “santificação” aparente; pode até melhorar o visual, a exemplo do que acontece com algumas religiões, porém não foi o que o Senhor Jesus recomendou a Nicodemos, um homem de bem, honrado e bom cidadão. Para Jesus, não bastava revestir Nicodemos com uma capa de “santidade”. Para ele se tornar um cidadão do céu era necessário despir-se do “velho homem”, e, para isto, era necessario ser gerado de novo, ou seja, regenerado “Jesus respondeu e disse-lhe: na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o reino de Deus(Jo. 3.3).

Este “novo homem” não pode continuar usando as “roupas velhas” pertencentes ao“velho homem”, pois a natureza do “novo homem” rejeita as roupas velhas que detinham o “velho homem”.Esta é uma das diferenças entre um crente convertido e um crente apenas convencido. O crente convertido, na hora de sua conversão, ou seja, no momento em que ele aceitou o Senhor Jesus como seu único e suficiente salvador, o “velho homem” com sua velha natureza, morreu, como afirmou Paulo:
“Porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus”(Col 3.3).

Em seu lugar surge um “novo homem”, dotado de uma “nova natureza”. Essa “nova natureza” rejeita aquelas coisas materiais que eram aceitas e agradáveis ao “velho homem”, com sua velha natureza carnal. Dentre estas coisas se destacam “... a prostituição, a impureza, o apetite desordenado, a vil concupiscência e a avareza, que é idolatria”(Col.3.5)

Com base nos termos acima podemos afirmar que o crente convertido é aquele que passou pelo processo do novo nascimento, conhecido como regeneração. Ele evita o pecado não pelo fato de ser proibido, mas pelo fato de não ter prazer no pecado – “... pois já vos despistes do velho homem com seus feitos”(Col 3.9). Porém, o crente, apenas convencido não “morreu” para o mundo e o pecado, mas, tão somente, revestiu-se com uma “capa de santidade”, conservando, por baixo, as roupas do “velho homem”, o qual continua vivo. Esse homem parece ser crente só na aparência, pois sua natureza, por não ter sido transformada, continua tendo prazer nas cousas do mundo e no pecado, os quais são os mais responsáveis pelos escândalos que ocorrem no meio evangélico.

O REVESTIMENTO DO CRISTÃO (3.12)
Vejamos a lista das coisas com as quais os eleitos, que são os crentes, devem revestir. Paulo aqui descreve o caráter do verdadeiro e genuíno cristão, o que deve ser o conteúdo do crente, o que deve ser a comprovação de que se está diante de um salvo, não apenas pelo que ele não tem (o que já vimos na lição anterior), mas, também, pelo que ele tem, o que estamos a denominar de “lado positivo da salvação”.

1) Entranhas de misericórdias
Originalmente, entranhas, aqui, refere-se aos principais órgãos internos, especialmente os intestinos – “Ora, este adquiriu um campo com o galardão da iniqüidade; e, precipitando-se, rebentou pelo meio, e todas as suas entranhas se derramaram”.(Atos 1.18).
Estes órgãos eram considerados a sede das paixões e afeições mais profundas –“ Pelas entranhas da misericórdia do nosso Deus, com que
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