JUNIORES - Lição 13: Acabaram-se os reis?

3º Trim. 2013 - JUNIORES - Lição 13: Acabaram-se os reis?
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
JUNIORES – CPAD
3º Trimestre de 2013
Tema:
 Os reis de Israel
Comentarista: Laudicéia Barboza da Silva


LIÇÃO 13 – ACABARAM-SE OS REIS?

Ao Mestre
Prezado (a), terminamos mais um trimestre com a graça de Deus.
Passamos este período conhecendo os reis de Israel e posteriormente dos reinos divididos; de Judá (Sul) e de Israel (norte).

É interessante ressaltar que toda a lógica dos livros de Reis e Crônicas, consiste na Aliança (compromisso) entre Deus e o seu povo. Os profetas são os guardiões desta aliança, e os reis são os responsáveis pela observância desse compromisso. Quando um rei a observava, cumprindo os preceitos de Deus, seu reinado era próspero e o povo vivia em paz e segurança. Porém, o rei que rebeldemente abandonava os preceitos de Deus, seria corrigido e com ele o povo.

Daí resulta os dois castigos maiores descritos nos livros de Reis e de Crônicas; a queda de Samaria (reino do Norte) e de Jerusalém (reino do Sul), esta, seguida do exílio e cativeiro babilônico (2 Rs 25).

Mas isso não é o final. Não é porque acabaram os reis humanos que é o fim. Existe esperança. Um recomeço é possível, lembrando que Deus prometeu a Davi que nunca faltaria um rei em sua descendência (2 Sm 7). Jesus Cristo, descendente de Davi, é rei eterno diante de Deus.

Prezado(a) meu comentário hoje traz um relato dos acontecimento que antecedem a destruição de Jerusalém. Na revista mestre você tem a história, minha sugestão é que você recheie com o relato histórico que lhe envio, e assim passe aos seus alunos segundo a característica do rebanho que Deus te tem confiado.
Boa aula!


Texto Bíblico:2 Rs 24.1-11


Objetivo
Professor ministre sua aula de forma a conduzir seu aluno a conscientizar-se que a desobediência sempre deixa conseqüências que trazem dor e tristeza. Deus nos ama, e quer o melhor para nós, por isso através da Bíblia ELE nos aconselha, quando desobedecemos sempre sofremos.


Exercitando a memória
“Pois o salário do pecado é a morte, mas o presente gratuito de Deus é a vida eterna, que temos em união com Cristo Jesus, o nosso Senhor.” (Rm 6.23 – NTLH).

O apóstolo Paulo neste texto nos mostra o quão perigoso é o pecado, pois devagarzinho vai nos envolvendo, causando uma desobrigação com a justiça, e falta de temor para com Deus, gerando dentro do ser humano uma degradação e deterioração moral que tem a morte física e espiritual como certa no final.


Crescendo no conhecimento
O inesperado aconteceu! A Babilônia invade Judá e conquista Jerusalém no sexto século a.C. A nação, a santa cidade e o templo de Deus estavam entregues nas mãos dos ímpios gentios das terras mesopotâmicas. Esse foi um dos maiores dilemas da história do povo de Deus no Antigo Testamento.

O período imediatamente anterior à conquista neobabilônica deve começar com o rei Manassés (2 Re 21.1-18; 2 Cr 33.1-20), que havia reinado 55 anos (687/6-643/2). Conforme os registros dos livros de Reis, ele fora um rei muito perverso (2 Re 21.16). É muito provável que seu desvio religioso deva-se à sua fidelidade para com os assírios, de quem era vassalo leal. Nesse período, conflitos internos podem ter produzido uma perseguição religiosa aos que defendiam a religião nacional, conforme observou o estudioso Norman Gottwald.
Amom torna-se rei em lugar de Manassés (642-640) (2 Re 21.19-26; 2 Cr 33.21-25) e é assassinado.
Tudo indica que ele foi assassinado prematuramente por pessoas ligadas a um partido antiassírio da corte, que provavelmente pretendia restabelecer a dinastia davídica.
No cenário internacional, o pano de fundo da história anterior à época da queda de Judá começa com o declínio do império assírio após a morte de Assurbanipal (633). Esse fato permitiu maior liberdade e crescimento da influência do reino de Judá sobre a parte norte do país (Israel). As conquistas neobabilônicas (que contaram com o apoio dos medos) sobre as terras dominadas pela Assíria, abriram um bom espaço para o crescimento do nacionalismo judaíta.
Foi nesse contexto que Josias assumiu o poder em Judá. Ele fora colocado pelo “povo da terra”. Suas reformas incluíram a purificação do templo de outros lugares judaítas sagrados, a apresentação pública do livro da lei, a centralização do culto em Jerusalém, medida entendida a todos os territórios recém-dominados (2 Re 22.1-23.30 e 2 Cr 34.1-35.27). O apogeu da reforma de Josias ocorre na Páscoa de 622 a.C.
Na época do seu reinado (640-609), a Assíria perde força e controle de muitos lugares e Judá prospera. Segundo Jeremias (Jr 22.13-19), Josias muito fez em favor da justiça social. Todavia, teve um fim trágico, quando tentou desafiar o faraó Neco II, aliado assírio, morrendo na batalha de Meguido em 609. Nos próximos três meses após a sua morte, Joacaz reinou em Judá (2 Rs 23.31-34; 2 Cr 36.1-4 e Jr 22.1-12). Ele é preso em Ribla pelo faraó Neco II, e Jeoaquim (Eliaquim) (2 Re 23.34-24.7; 2 Cr 36.4-8; Jr 22.13-23; 26; 36) assume o trono como vassalo do Egito. Ele se mantém no reinado até 598 a.C.
Enquanto isso, os neobabilônios conseguiram sua independência completa do poder assírio, a qual foi consolidada sob a liderança de Nabopolassar. Ele se tornou rei em Babilônia em novembro de 626 a.C; quatro anos depois conquistou a cidade de Nipur. Já em 616 a.C. Nabopolassar conseguiu expulsar os assírios para o norte, chegando até Harã.
Em 605 a.C., Nabopolassar enviou Nabucodonosor para combater a ameaça egípcia, que havia tomado Carquêmis desde 609 a.C., em aliança com os assírios. Os egípcios são derrotados. Nabucodonosor invade as terras de Judá e acaba se instalando em Ribla. O rei Jeoaquim, ex-vassalo do faraó Neco II, agora estava sujeito ao monarca neobabilônio. Com a morte de seu pai, Nabucodonosor é coroado rei na Babilônia. Jeoaquim concordou em ser seu vassalo por três anos (2 Re 24.1). Em 601 a.C. os babilônios tentam conquistar o Egito, mas são resistidos por Neco II. A partir daí fortificam suas bases em Ribla e Hamate. Pelo fato de Judá ter buscado apoio no Egito, Nabucodonosor assedia Jerusalém, que se rende em março de 597 a.C.
Com a morte de Jeoaquim em 598 a.C. em Jerusalém, Joaquim (também chamado Jeconias ou Conias) (2 Re 24.8-17; 2 Cr 36.9,10; Jr 22.24-30; 52.31-34), seu filho, é o rei que perde a capital para o poderio neobabilônio, durante um reinado de apenas três meses. Ele é levado para a Babilônia, e seu tio Zedequias (2 Re 24.17-25.7; 2 Cr 36.11-21; Jr 39.1-10; 52.1-11) é nomeado rei-títere em Jerusalém. Zedequias fica no poder por onze anos e rebela-se contra os babilônios, o que provoca o cerco e a destruição da cidade em agosto de 586. Em sua tentativa de fuga, Zedequias é preso em Jericó, levado para Ribla, e é levado para a Babilônia, cego, onde morreu. Depois, um funcionário de Mispá, Gedalias, governa sob o domínio neobabilônico. Ele e seus partidários são assassinados. Os culpados fogem para o Egito (2 Re 25.23-26).
Estes momentos tristes e finais que colocaram um ponto final no Reino do Sul trazem lições importantes para todos. Os profetas, principalmente Jeremias e Habacuque, enfrentaram esses dias e trouxeram palavras divinas que esclareciam a situação. Em primeiro lugar, a queda de Judá teve origem na idolatria. A postura de Deus foi a seguinte: “Se vocês querem ídolos, vou mandá-los para onde há muitos deles”. Depois que voltou do cativeiro, nunca mais a nação caiu na idolatria!
O outro problema sério foi que a nação fizera uma aliança com Deus (Êxodo 19-24) no Sinai, e quebrou-a plenamente. Por isso, o Deus justo trouxe o castigo merecido para a nação idólatra. Finalmente, a insuficiência da antiga aliança abre espaço para a Nova Aliança (Jr 31.31-34), que desemboca na promessa de uma lei que será praticada “de dentro para fora”, por ser “escrita no coração”.

A Nova Aliança se cumpre na vinda e na obra de Cristo, conforme vemos expresso no Novo Testamento (Hb 8.8-13). O momento de maior desastre e tristeza da história bíblica tornou-se o de maior esperança e alegria da redenção humana.


Aplicação da Lição
Professor (a) enfatize aos pequenos que Israel sofreu muito com estes altos e baixos dos reis israelitas, que ora serviam a Deus e ora não. Deus controla a história humana. A pessoa que obedece ao SENHOR desfrutará dos benefícios de ser amigo de Deus. Aqueles que o rejeitam e desobedecem a Sua Palavra provarão a correção de Deus. ELE sempre está pronto a perdoar, a todos os que se arrependem. O castigo do povo israelita indo para o cativeiro é porque não se arrependeram, antes cada dia faziam mais coisas erradas, na temendo a Deus e desrespeitando seu próximo. Não sejamos assim, a Palavra de Deus nos aconselha para que sejamos felizes. Obedecendo a ELE viveremos bem e felizes.



Fontes Consultadas:
·         Bíblia de Estudo da Mulher – Editora Mundo Cristão e SBB – Edição 2003.
·         Bíblia Shedd – Editora Mundo Cristão – 2ª Edição.
·         Bíblia de Recursos para o Ministério com crianças –  Editora Hagnos – Edição 2009.
·         Bíblia de Estudo de Aplicação Pessoal – Editora CPAD – São Paulo, 2004.
·         Biblia Sagrada – Tardição CNBB – 9º Edição. Editora Canção Nova, São Paulo/SP, 2009
·         365 Lições de vida extraídas de Personagens da Bíblia - Rio de Janeiro - Editora CPAD
·         Richards – Lawrence O. – Guia do leitor da Bíblia – Editora CPAD – 8º Edição/2009


Colaboração para Portal Escola Dominical – Profª. Jaciara da Silva 
fonte portal ebd