Lição 9 - Um lugar de adoração a Deus no deserto I Plano de Aula

1º Trim. 2014 - Lição 9 - Um lugar de adoração a Deus no deserto I Plano de Aula
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2014

UMA JORNADA DE FÉ: A formação do povo de Israel e sua herança espiritual
COMENTARISTA: ANTONIO GILBERTO
PLANO DE AUL - EV. CARAMURU AFONSO FRANCISCO
ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP


PLANO DE AULA Nº 9
LIÇÃO Nº 9 – UM LUGAR DE ADORAÇÃO NO DESERTO 
           
1º SLIDE  INTRODUÇÃO
- Prosseguindo o estudo do livro de Êxodo, estudaremos hoje a respeito do tabernáculo, cujo modelo é mostrado a Moisés entre os capítulos 25 a 31, descrição que é repetida quando da construção do tabernáculo entre os capítulos 35 e 40.
- A construção do tabernáculo tinha o objetivo de criar um lugar para habitação de Deus no meio de Israel.
2º SLIDE   I – DEUS DÁ A MOISÉS O MODELO DO TABERNÁCULO
- No monte Sinai, o Senhor deu ao povo a lei, uma forma de relacionamento inferior ao que Deus estabelecera com os patriarcas, tendo em vista a incredulidade do povo de Israel e a própria negativa de Israel em se aproximar do Senhor, aterrorizado que ficou com a manifestação teofânica ocorrida no monte (Ex.20:18-21).
- Diante desta situação, a lei foi dada por intermédio dos anjos a um medianeiro, ou seja, a Moisés (At.7:53; Gl.3:19), anunciando a necessidade de, no futuro, haver uma nova aliança  (Jr.31:31-34).
3º SLIDE
- Diante deste distanciamento, tornou-se absolutamente indispensável:
a) a lei fazer-se conhecida do povo de Israel nas gerações seguintes, mediante registro escrito;
b) Deus, de algum modo, Se fizesse presente no meio do povo, mediante uma habitação – o tabernáculo.
4º SLIDE
- A determinação para a construção do tabernáculo já nos mostra, então, que Deus ama tanto o homem que, ante a impossibilidade de o homem ir ao encontro do Senhor, o próprio Senhor vem ao seu encontro.
- Esta necessidade de ter Deus um lugar para estar no meio do povo era tão urgente que foi o assunto primeiro que Deus tratou com Moisés quando, sete dias após a promulgação da lei, mandou que o Seu servo subisse ao monte, onde ficou por quarenta dias e quarenta noites (Ex.24:18-25:1-8).
5º SLIDE
- Como o povo de Israel não tinha querido receber a lei em seus corações, fazia-se necessário que Deus Se fizesse conhecer ao povo através de um santuário, onde habitasse no meio do povo e, por isso, forneceu a Moisés o modelo deste santuário (Ex.25:9).
- A adoração a Deus, o serviço ao Senhor deve ser feito conforme o modelo divino.
6º SLIDE
- Moisés registra todas as instruções que teve da parte de Deus durante os quarenta dias e quarenta noites que esteve no Sinai e, posteriormente, registra como tudo foi construído.
- Parece haver uma inútil repetição no texto de Êxodo sobre este assunto. Moisés apenas faz tal repetição para mostrar, de forma cabal, que o que ele recebeu no monte Sinai foi rigorosamente cumprido pelo povo e a prova disso é que, quando da inauguração do tabernáculo, a glória do Senhor se manifestou, aprovando a construção (Ex.40:34,35).

7º SLIDE
- O modelo dado por Deus a Moisés é cópia do santuário existente no céu.
- Como lugar de habitação para Deus no meio do povo de Israel, o tabernáculo tinha, mesmo, de trazer sombras, figuras daquilo que existia no céu, na habitação de Deus (II Cr.6:21; Ec.5:2).
8º SLIDE  II – A ESTRUTURA DO TABERNÁCULO
- O tabernáculo, além de ser modelo do santuário celestial, também nos aponta para Cristo, que, aliás, era o objetivo de toda a lei: preparar Israel para Jesus.
- O próprio Jesus comparou-Se com o próprio templo que, derribado, seria reconstruído em três dias (Jo.2:19-21).
9º SLIDE
- O tabernáculo era dotado de três partes bem delineadas:
a) o pátio;
b) o lugar santo;
c) o santo dos santos ou lugar santíssimo.
10º SLIDE
- Esta tríplice estrutura do tabernáculo fala-nos a respeito de Jesus Cristo, o homem perfeito, imagem e semelhança de Deus:
a) pátio – corpo;
b) lugar santo – alma;
c) lugar santíssimo – espírito.
11º SLIDE
- O tabernáculo mostra-nos a necessidade da santidade para que se possa ter a glória e presença de Deus.
- O pátio era separado do restante do arraial de Israel por cortinas, que delimitavam o espaço sagrado. Não há como servirmos a Deus, adorarmo-l’O senão nos separarmos do mundo, se não fizermos distinção entre o que é sagrado e o que é profano.
12º SLIDE
- A estrutura do tabernáculo fala-nos da precariedade que havia no relacionamento de Deus com Israel enquanto não se cumprisse a promessa de Abraão. O acesso a Deus era de restrições crescentes, a saber:
a) no pátio não podiam entrar amonitas, moabitas, bastardos, quebrados de quebradura e castrados (Dt.23:1-8);
b) no lugar santo, só podiam entrar os sacerdotes (Ex.28:43; Nm.3:10);
c) no lugar santíssimo, só podia entrar o sumo sacerdote, no dia da expiação (Lv.16:2,11-14).
13º SLIDE
- O sangue dos animais, que era derramado para se permitir um contato com Deus, não era capaz de suprimir a divisão do tabernáculo. O sangue não podia desfazer os véus.
- Somente quando Jesus Cristo morreu na cruz do Calvário, é que o véu foi rasgado de alto a baixo (Mt.27:51), permitindo, assim, livre entrada dos homens na presença de Deus.
14º SLIDE
- Os materiais de que o tabernáculo foi feito também nos falam de Cristo, a saber:
a) madeira revestida de ouro – aponta a dupla natureza de Jesus – divina e humana;
b) ouro – fala da divindade de Cristo;
c) cobre (bronze) – fala do julgamento divino efetuado em Cristo em nosso favor;
d) prata – fala da redenção, do resgate por Cristo Jesus.
15º SLIDE
- As cortinas do tabernáculo mostram-nos Cristo, pois:
a) revelam um exterior sem parecer nem formosura (Is.53:2);
b) são de púrpura, carmesim, linho fino torcido e azul – as quatro perspectivas de Cristo nos Evangelhos.
c) por serem quatro materiais e cores, falam da plenitude da obra de Cristo para todo o mundo (os “quatro cantos da terra”.
16º SLIDE  III – O PÁTIO
- Apesar das restrições, o pátio era um convite ao povo de Deus para que ingressasse na presença de Deus, o que se daria apenas se houvesse fé.
- “…Estas quatro colunas representam ou falam da oportunidade para todos, pois o número quatro está sempre relacionado com a plenitude da Terra. Todos têm oportunidade de entrar no Santuário  (Mateus 24:31; João 3:16)…” (ALMEIDA, Abraão de. O tabernáculo e a Igreja, p.15).
17º SLIDE
- O pátio era cercado de cortinas de linho fino torcido, que falam da justiça divina e da necessidade de aqueles que se chegarem a Deus também serem justificados, a fim de que possam entrar em comunhão com Deus (Ap.19:8).
- As cortinas tinham colunas e bases de cobre e os colchetes das colunas e suas faixas eram de prata, a nos mostrar que a justificação tem como base o sacrifício de Jesus na cruz do Calvário.
18º SLIDE
- No pátio, encontrava-se o altar de sacrifícios, também chamado de “altar de cobre”, onde eram feitos os sacrifícios que o povo trazia, seja por causa dos pecados, seja em gratidão a Deus pelas bênçãos recebidas (as chamadas “ofertas de paz” ou “sacrifícios pacíficos”). .
- A entrada no pátio se dava com o fim de se levar sacrifícios a Deus, a mostrar ao povo a necessidade de se ter derramamento de sangue para que se pudesse ter comunhão com Deus.



19º SLIDE
- O altar era acessível a todos os israelitas, já que se encontrava situado no pátio, mostrando-nos, portanto, que o sacrifício de Cristo Jesus, que era simbolizado por todos os sacrifícios ali realizados, está também à disposição de tantos quantos tenham se arrependido de seus pecados.
- O altar era de madeira, sendo revestido de cobre (Ex.27:1,2), a nos mostrar que Jesus Cristo teria de Se humanizar para dar a Sua vida por nós, tomando sobre Si o castigo que nos traz a paz (Is.53:5).
20º SLIDE
- O altar de cobre é figura da cruz de Cristo, onde o Cordeiro de Deus foi imolado por nós.
- Ainda no pátio, temos outra peça, que é a pia de cobre, que ficava entre o altar e o lugar santo, que simboliza a necessária santificação que devemos ter para poder servir ao Senhor.
21º SLIDE  IV – O LUGAR SANTO
- O lugar santo era o primeiro compartimento da “tenda da congregação”, como era conhecida a parte totalmente coberta e oculta aos olhos do povo, que ficava no centro do pátio. Ele era separado do pátio por um véu, o primeiro véu.
- Neste lugar, somente podiam entrar os sacerdotes, depois de devidamente purificados pela lavagem da água na pia de cobre.  Na porta da tenda, havia uma coberta de azul, púrpura, carmesim e de linho fino torcido, com cinco colinas de madeira cobertas de ouro, cujos colchetes eram de ouro e com cinco bases de cobre (Ex.26:36,37).
22º SLIDE
- O lugar santo era um lugar onde os sacerdotes entravam única e exclusivamente para ministrar, para servir.
- A vida de santificação leva-nos ao serviço e o serviço somente é realizado porque, além da fé, que nos fez entrar no pátio e nos levou ao perdão dos pecados, gozamos agora de outra virtude, que é a esperança (Rm.5:4), esperança que nos advém depois de uma caminhada espiritual, que nos levou da tribulação até ela (Rm.5:3,4).
23º SLIDE
- No lugar santo, havia três peças, a saber:
a) a mesa dos pães da proposição – Jesus, o pão da vida;
b)  o candelabro de ouro – Jesus, a luz do mundo;
c) o altar de incenso – a necessária vida de oração para podermos nos manter em santificação e comunhão com Deus.
24º SLIDE  V – O LUGAR SANTÍSSIMO
- O santo dos santos ou lugar santíssimo, que ficava na parte coberta do tabernáculo, mas separado do lugar santo por um outro véu, um véu de azul, púrpura, carmesim e linho fino torcido, com querubins de obra prima (Ex.26:31), apoiado em quatro colunas de madeira cobertas de ouro, cujos colchetes eram de ouro e com quatro bases de prata (Ex.26:32).
- A única diferença neste véu é a existência de querubins de obra prima, ou seja, havia a imagem dos querubins, a indicar que, no lugar santíssimo, estava a glória de Deus.
25º SLIDE
- Os querubins ali estavam para lembrar àqueles que ministravam no lugar santo que o acesso à presença de Deus era impossível, por causa do pecado do homem.
- Tais figuras, pintadas nas cortinas, portanto, não tinham qualquer objetivo de reproduzir algo do céu para aumentar a fé ou produzir temor e reverência aos sacerdotes que ministravam no lugar santo, mas como lembrança de que o acesso ao lugar santíssimo, ao lugar da presença de Deus lhes era vedado por causa do pecado.
26º SLIDE
- Dentro do lugar santíssimo, ficava a arca, cuja tampa era o propiciatório. A arca apontava para Cristo, pois era de madeira revestida de ouro, a indicar a dupla natureza de Jesus: divina e humana.
- Era na arca que Deus Se manifestava – Jesus é o único caminho que nos leva a Deus.
27º SLIDE
- No propiciatório, havia dois querubins, invisíveis a não ser ao sumo sacerdote no dia da expiação, a reforçar a noção de que o pecado impedia o acesso a Deus.
- No propiciatório, que era de ouro, era aspergido sangue no dia da expiação, que adiava a execução dos pecados. Era o “lugar da misericórdia”, a nos mostrar que a salvação teria de ter origem em Deus.
28º SLIDE
- Dentro da arca, foram postos três objetos, a saber:
a) um vaso contendo maná (Ex.16:33,34) – Jesus é o pão do céu que dá vida ao mundo, é a provisão divina que nos dá vida eterna;
b) a vara de Arão que floresceu (Nm.17:10)  - Jesus é a ressurreição e a vida, seu Sumo Sacerdócio deu-nos nova vida, vida eterna, comunhão com Deus, pelo qual podemos produzir fruto permanente;
c) as segundas tábuas da lei (Ex.25:16) – Só Jesus cumpriu a lei e, por meio d’Ele, podemos fazer a vontade de Deus.
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