Quando a Mulher Honra seu Marido

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Estava em um culto ouvindo uma  linda  mensagem  sobre  como  obtemos  a  salvação  e transformação através de Cristo, e que por mais perverso que seja o pecador, quando Jesus chega a diferença se evidencia na vida de quem foi  alcançado  pela  graça  de  Deus.  No  decorrer  da  pregação,  o mensageiro conta  o  testemunho  de  sua  mãe, uma mulher  perseverante,  que exercitou a paciência para levar seu marido a Deus. O evangelista, filho dessa  grande serva de Deus, contou como ela teve coragem, força e graça de Deus para se conduzir diante de um  marido  descrente,  furioso,  sem  nenhum conhecimento do evangelho e totalmente avesso a Deus e aos seus seguidores.

Fazia apenas 15 dias da conversão de sua esposa e ele estava  enfurecido  com  a decisão dela por Cristo. Foi então que ela pediu a ele permissão para naquele dia ir ao culto de oração. Ela não sabia a intenção de seu marido, que não era nada boa, mas como ele consentiu, foi ao culto de oração. O homem pensou: “vou deixá-la ir na frente, depois vou ver o que este povo faz ali e dependendo do que seja, será o seu último dia”. Resolveu “brechar” (termo nordestino usado para olhar escondido, por entre as brechas) o culto de oração. Ali, por trás da porta, ele ouviu quando sua esposa pediu oração à igreja por ele e juntamente com o pedido fez lindos comentários a respeito dele, de como ele era especial e bom. Ali, escondido, ficou envergonhado, pois sabia que não era aquilo que ela falava. Constrangido, foi convencido por essa atitude a tornar-se um crente fiel em Jesus.
Que lição maravilhosa tiramos dessa linda história! Será que você agiria assim? Tolerem  um pouco a mim, por favor!Esse é um exemplo de uma serva submissa a Deus e a seu marido, virtude raramente vista nos dias de hoje. Ainda assim, diante de tantos maus exemplos, podemos afirmar que ainda há mulheres que tem a mente de Cristo e obedecem sua Palavra. Estas sabem que “enganosa é a graça e vã a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor essa será louvada” (Pv 31.30). Creiam! Há “as sete mil” que não se dobram diante da pressão deste mundo.
A Bíblia  diz  que a mulher sábia ganha o marido pelo bom comportamento, sem palavras (I Pe 3.1). Não importa como é o seu marido, a mulher sábia tem uma atitude que atrai o seu marido, que desperta a sua curiosidade. Ela não age apoiada em seu temperamento nem retribui segundo a ofensa. A mulher sábia entrega ao Senhor todos os seus sentimentos e assim pode agir com aquele amor sacrificial, o mesmo amor com que fomos amadas pelo nosso Senhor Jesus. Não há mensagem evangelística mais poderosa que esta! A mensagem na prática. Aquele amor “não fingido que aborrece o mal e apega-se ao bem”, ensinado pelo apóstolo Paulo em Romanos 12.9.
Esse amor não fingido parte de nós, os que fomos transformados pelo por do Evangelho. Uma de suas características é a de “preferir o outro em maior honra que a nós mesmos”. É um amor altruísta, que se sacrifica pelo bem do outro. Como você tem vivido esse amor no seu casamento? Tem renunciado a você mesma em prol do bem estar do seu marido? Dá-lhe o lugar de honra e primazia em sua casa? Ou escarnece e fala mal dele para os filhos e parentes? Como você quer a bênção de Deus se você não vive o Evangelho na prática naquele relacionamento mais íntimo feito por Deus?
O casamento é um presente de Deus,  pois nele podemos exercitar as maiores virtudes do cristianismo. É lá, na intimidade, que você mostra os frutos de uma vida genuinamente regenerada. O amor desta mulher arrastou o seu marido para o Senhor. Ah, se todas nós soubéssemos que preciosa ferramenta temos em nossas mãos para atrair nossa família aos pés do Senhor! É por isso que o sábio diz: ”a casa e os bens são herança dos pais; porém do Senhor vem a esposa prudente” (Pv 19.14). E em Pv 14.1 lemos: “Toda mulher sábia edifica a sua casa; mas a tola a derruba com as próprias mãos”.
Um versículo explica o  outro. A mulher sábia edifica sua casa, e a mulher prudente vem do Senhor. Logo, para edificar a casa é preciso estar ligada ao Senhor, fazer o que Ele manda. Nosso manual nos orienta que somos “ajudadoras” dos nossos maridos, e não “cabeças” com eles. Quando as mulheres descobrirem a importância do seu papel como ajudadora do homem muitos dos nossos problemas acabarão.
Vejamos as características da mulher que cumpre bem o seu papel de “adjutora idônea” do homem:
1. É cuidadosa. Não dorme, nem come o pão da preguiça. “Está atenta ao andamento da casa, e não come o pão da preguiça” (Provérbios 31:27) e “Não sejais vagarosos no cuidado”;
2. É fervorosa no espírito, servindo ao Senhor no lar (Rm 12.11b). Faz o culto doméstico e coloca o Senhor na frente de todos os seus atos. Tem sempre uma palavra de Deus em sua língua. “Abre a sua boca com sabedoria, e a lei da beneficência está na sua língua” (Provérbios 31:26);
3. É uma mulher alegre e paciente, ainda que sofra adversidades. Sua alegria e esperança vem do Senhor (Rm 12.12a);
4. É uma mulher que persevera na oração (Rm12.12c). Sua arma secreta é a oração. É ali onde ela deposita seus anseios, cuidados, temores. Por isso, sente a paz de Deus. “Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus” (Filipenses 4:6-7);
5. É hospitaleira. Seu lar é um lar de refúgio para o cansado (Rm 12.13). “Abre a sua mão ao pobre, e estende as suas mãos ao necessitado” (Provérbios 31:20).
6. Não retribui o mal com o mal, antes, com o bem. Tem plena certeza de sua identidade em Cristo. Sabe que toda ofensa a ela dirigida, na verdade, não foi a ela, mas Àquele no qual ela está que é Cristo (Rm 12.14,17,18 e 19)
7. É humilde. Não importuna seu marido nem gasta de forma insensata os recursos financeiros do lar. Essa sua atitude de “acomodar-se às coisas humildes” traz unanimidade, isto é, paz no seu relacionamento conjugal (Rm 12.16);
8. É sempre vitoriosa, porque, com a graça de Deus, vence sempre o mal com o bem. Ela dá alimento ao faminto e água ao sedento ainda que este seja um “Nabal”, isto é, ainda que aquele homem que deveria proteger e prover suas necessidades seja um inimigo em potencial. Com a mesma sabedoria de Abigail ela apazígua a guerra e salva vidas (Rm 12.20,21).

Falar bem do marido faz parte da submissão bíblica. Como mulheres de Deus, agindo assim, estaremos transmitindo uma mensagem gloriosa de amor e perdão aos nossos filhos e ao próprio marido. Lembre-se, querida irmã: a mulher virtuosa “lhe faz bem, e não mal, todos os dias da sua vida” (Provérbios 31:12). Se queremos ser respeitadas como mãe, esposa e mulher, precisamos antes de tudo, mostrar respeito com aqueles que estão sobre nós, nesse caso, o marido. Se não damos a devida honra, se não o colocamos no lugar que Deus o pôs, o lugar de chefe do lar, não esperemos ser amadas e respeitadas por nossos filhos. Não estamos em uma disputa de poder com ele, mas estamos navegando no mesmo barco, buscando o mesmo fim: a boa formação dos nossos filhos e família.
Deixemos de infantilidade e amadureçamos, queridas irmãs! Seja aquela parceira na luta pela educação dos seus filhos. Sua vitória está em seguir cabalmente os princípios norteadores da Palavra de Deus para o seu lar e nem sempre eles são bons e fáceis. Muitas vezes precisaremos renunciar o ego, o bem-estar, a vontade própria… Mas, ao final do caminho espinhoso está o caminho que nos conduz ao céu, como diz o Hino 97, da Harpa Cristã:
Há um caminho santo, ao céu de plena luz, As vezes espinhoso, à glória nos conduz; (…) Há um fim glorioso, além do escuro véu; No fim do espinhoso caminho está o céu; E quando for tirado o véu da escuridão, Verei Jesus, então, verei Jesus, então
  Queridas, honremos ao Senhor no lar. Cultive bons pensamentos a respeito do seu esposo, ainda que ele não mereça isso. A bíblia diz: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai. O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco” (Filipenses 4:8-9).
Vigie seus pensamentos. Sempre que surgir aquele sentimento ruim contra o seu esposo, passe-o pela peneira de Filipenses 4.8! Precisamos vencer o mal lá na raiz do problema: em nossas mentes! E então você verá a paz de Deus reinando no seu coração e no seu lar. Lembre-se: seu esposo é o pai de seus filhos, ainda que seja ausente ou de temperamento difícil. E você precisa ensinar a obediência e honra, pois disso dependerá a longevidade dos seus filhos (Ex. 20.12).
Li  o  livro  de Mary Pride,  De Volta  ao Lar,  e  gostaria  que muitas ativistas femininas lessem, pois a autora é um ex ativista feminista que ao se converter aprendeu pela Palavra de Deus que a mulher cristã tem um papel relevante na vida de sua família, na igreja e na sociedade. Ela baseia seu livro em Tito 2.3-5:
“As mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias no seu viver, como convém a santas, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras no bem; para que ensinem as mulheres novas a serem prudentes, a amarem seus maridos, a amarem seus filhos, a serem moderadas, castas, boas donas de casa, sujeitas a seus maridos, a fim de que a palavra de Deus não seja blasfemada.” (Tito 2:3-5)
Para muitos isso é fanatismo, legalismo, cegueira e algo alienador, mas para nós é a liberdade que vem pela verdade, que é a Palavra  do  Mestre  que  nos  faz  femininas  e  não  feministas.  Não podemos rejeitar o papel primordial de Deus para nós. Sejamos essa mulher: que ama marido e filhos porque primeiro ama Aquele que a fez e lhe deu instruções para bem proceder nesse mundo.

Deus abençoe cada mulher que sinceramente ama ao Senhor e procura agradá-Lo em tudo.

imagem: Andrew Loomis  fonte  blogs.rbc1.com.b