Obama usando a experiência marxista para promover a expansão muçulmana


Comentário de Julio Severo: A fonte do artigo de hoje é o site pessoal do Walid Shoebat, que conheci pela primeira vez no WND, no artigo “Evangélicos pró-Hamas!” Depois, quando escrevi um artigo sobre a Teologia da Libertação Palestina, o próprio Walid me forneceu muitas informações essenciais. O artigo é este: “Mensageiros palestinos: Como Cristo e os cristãos são usados para promover a causa palestina.” Com essa apresentação, só dá para dizer que o texto a seguir, traduzido do site Shoebat, é de extrema importância e deve ser divulgado ao máximo aos que querem compreender as raízes do terrorismo islâmico moderno:



Muito se debate acerca de Barack Obama. Um dos debates tem a ver se ele é mais marxista ou mais muçulmano. A resposta pode envolver a utilização que ele faz de um para promover a elevação do outro. Talvez não haja nenhuma resposta clara, mas o fato de que Obama sempre se apoia em Zbigniew Brzezinski como um de seus mais confiáveis conselheiros de política externa pode ajudar a indicar qual ideologia ele no final das contas mas reverencia.


Quando o assunto é o apoio dos EUA aos mujahidins (talibã) para ajudar a combater os soviéticos no Afeganistão, Ronald Reagan muitas vezes leva a maior parte do crédito ou culpa, mas quem — nos últimos anos do governo Carter — defendeu e ajudou a implementar essa própria estratégia foi Brzezinski, quando ele era assessor de segurança nacional de Carter.

Brzezinski nasceu em Varsóvia, Polônia e assistiu, de onde seu pai estava no Canadá, aos russos e aos nazistas invadirem sua pátria. Acredita-se que essa experiência contribuiu fortemente para sua postura de guerra no que se referia aos soviéticos do século XX. Enquanto ele era assessor de segurança nacional durante todo o governo de Carter, foi Brzezinski quem defendeu ações secretas agressivas contra os soviéticos por meio do fornecimento de armas para os mujahidins (talibã).

Em 1998, Brzezinski deu uma entrevista a “Le Nouvel Observateur,” uma revista semanal francesa. Na entrevista, ele foi surpreendentemente franco:

Pergunta: Quando os soviéticos justificaram sua intervenção afirmando que eles tinham a intenção de combater um envolvimento secreto dos Estados Unidos no Afeganistão, ninguém acreditou neles. Contudo, essa verdade tinha base. Você lamenta algo hoje?

Brzezinski: Lamentar o que? Aquela operação secreta foi uma ideia excelente. Teve o efeito de atrair os russos para entrar na armadilha afegã e você quer que eu lamente isso? No dia em que os soviéticos oficialmente cruzaram a fronteira, eu escrevi ao presidente Carter: “Agora temos a oportunidade de dar à URSS sua guerra do Vietnã.” Aliás, por quase 10 anos, o governo soviético teve de prosseguir uma guerra insustentável, um conflito que provocou a desmoralização e finalmente o colapso do império soviético.

Pergunta: E você não lamenta ter financiado o fundamentalismo islâmico, tendo dado armas e assessoria para terroristas futuros?

Brzezinski: O que é mais importante para a história do mundo? O talibã ou o colapso do império soviético? Alguns muçulmanos raivosos ou a libertação da Europa central e o fim da Guerra Fria?
Pergunta: Alguns muçulmanos raivosos? Mas o que se diz, e frequentemente, é que o fundamentalismo islâmico representa uma ameaça mundial hoje.

Brzezinski: Bobagem! Dizia-se que o Ocidente tinha uma política global com relação ao islamismo. Isso é absurdo. Não existe um islamismo global. Olhe para o islamismo de forma racional e sem demagogia ou emoção. É a principal religião do mundo com 1,5 bilhão de seguidores. Mas o que existe em comum entre o fundamentalismo da Arábia Saudita, o Marrocos moderado, o militarismo paquistanês, o Egito pró-Ocidente ou o secularismo da Ásia Central? Tanto quanto o que une países cristãos.

Num vídeo de 1979 que mostra Brzezinski falando com combatentes mujahidins (talibã), dá para ouvi-lo dizer-lhes que Deus está com eles. O vídeo está aqui: http://youtu.be/pErfG5ki8D8

É evidente que Brzezinski calculou mal e subestimou o alcance e aspirações do islamismo em 1979 e 1998. Será que ele ainda está subestimando o islamismo?

Embora Brzezinski tivesse, com razão, expressado preocupações que a “Primavera Árabe” poderia se transformar no “Inverno Árabe,” ele essencialmente defendeu que os americanos repetissem na Líbia a estratégia que haviam usado no Afeganistão em 1979, dizendo acerca da perspectiva de remover Muamar Kadafi:

“Conclui que se não agíssemos, seria pior.”

Como é que está o funcionamento dessa estratégia? Depois que Kadafi foi derrubado, quatro americanos foram assassinados em Benghazi e os EUA abandonaram sua embaixada em Trípoli. Nós que temos uma experiência muito menos secular sabíamos que foi uma ideia ruim. Como e por que Brzezinski calculou tão mal?

John McCain — um senador americano pró-Irmandade Muçulmana que se referiu aos mujahidins na Líbia como seus “heróis” — expressou alegria tremenda em 2011 com a possibilidade da Primavera Árabe se expandindo e entrando na Rússia e na China. Confira (neste vídeo em inglês: 

http://youtu.be/rFbxWHs8vYM) o que ele disse no Fórum Mundial Islâmico-Americano em 2011.
Brzezinski tem um histórico de apoiar fundamentalistas islâmicos contra a Rússia. Sua razão para fazer isso em 1979 — com base em sua entrevista de 1998 — é que o império soviético era uma ameaça maior do que “alguns muçulmanos raivosos.” Tudo indica que ele pode ainda ter essa opinião. Esqueça se a posição dele é certa ou errada e considere o que diz sobre a posição de Obama:

 apoiar os muçulmanos contra a Rússia.


Em 1997, Brzezinski escreveu um livro intitulado “O Grande Tabuleiro de Xadrez.” Um trecho da descrição do livro diz:

A Eurásia é o “grande tabuleiro de xadrez” em que a supremacia dos Estados Unidos será ratificada e desafiada nos próximos anos. A tarefa com a qual os Estados Unidos se defrontam, ele argumenta, é administrar os conflitos e relacionamentos na Europa, Ásia e Oriente Médio de modo que nenhuma superpotência rival se levante para ameaçar os interesses ou o bem-estar dos EUA.

Durante os anos, Brzezinski ficou do lado dos chechenos muçulmanos contra os russos e pressionou o governo Clinton a ser mais agressivo na ajuda aos muçulmanos da Bósnia.
Muita coisa mudou desde 1997, mas a distinta característica anti-russa de Brzezinski continua firme. Quando a Rússia invadiu a Crimeia, Brzezinski criticou de forma extrema a invasão, escrevendo num artigo:

As táticas criminosas de Putin de se apoderar da Crimeia oferecem algumas pistas sobre os planos dele. Ele sabia de antemão que sua invasão mal camuflada receberia apoio da maioria do povo russo da Crimeia. Ele não estava seguro sobre como as unidades militares ucranianas escassas e leves estacionadas ali reagiriam, de modo que ele invadiu mascarado como um mafioso.

Ao que parece, Brzezinski não expressa o mesmo tipo de opinião negativa sobre a Turquia ou Erdogan.
Em 1998, Brzezinski escreveu: “Sem a Ucrânia, a Rússia cessa de ser um império eurasiano.” Ao mesmo tempo, ele fez argumentos sobre expandir a OTAN para incluir a Ucrânia. Conforme o Shoebat.com noticiou, uma das consequências da Rússia ter invadido a Crimeia tem sido o prazo final que Putin deu para que os muçulmanos entreguem [às autoridades] todos os textos islâmicos. 
É evidente que Brzezinski tem uma ideia fixa de que controlar a Eurásia é essencial para consolidar a dominação dos EUA. Contudo, o que é bem claro é que ele não entende que a Turquia é o país que vem buscando uma dominação eurasiana enquanto os países da OTAN continuam a ver a Turquia como aliada.

Quer você concorde com as posições de Brzezinski ou não é irrelevante. O que é importante é que Obama, o homem incrivelmente pró-muçulmano, parece entender exatamente o que está fazendo.
Como é que tudo isso se enquadra em Frank Marshall Davis, membro comprovado do Partido Comunista dos EUA (de orientação russo soviética), que foi mentor na infância de Obama durante muitos anos? Vernon Jarrett, sogro de Valerie Jarrett, a assessora mais chegada e confiável de Obama, era um amigo íntimo de Davis quando os dois viviam em Chicago anos antes do nascimento de Obama. O próprio Obama se gabou de ter passado seu tempo com marxistas na Faculdade Comunitária Ocidental, ao que se informa com base no aconselhamento de Davis.

Brzezinski — que provavelmente desprezaria Davis — continua a ser uma grande influência em Barack Obama.

De forma igual, Davis também continua a ter influência em Obama, mas não do jeito que muitos poderiam pensar. O fato de que Obama tem dependido de Brzezinski pareceria indicar que o presidente americano está se apoiando nas táticas de seu mentor de infância para alcançar objetivos diferentes, em parte se apoiando numa fonte que provavelmente sente ódio puro desse mentor.

Traduzido por Julio Severo do artigo do Shoebat: Obama USING Marxist Experience to PROMOTE Muslim Expansion

Fonte: www.juliosevero.com http://www.libertar.in/2014/11/obama-usando-experiencia-marxista-para.html