Carta ao Movimento Pró-Família Internacional

Dr. Scott Lively
Sou o Dr. Scott Lively, advogado, pastor e presidente de Defend the Family International (Defenda a Família Internacional). Nos últimos 25 anos, meu ministério tem se dedicado a expor e se opor ao movimento homossexual mundial, principalmente nos Estados Unidos, mas com atividade em mais de trinta países. A Campanha pelos Direitos Humanos, a maior organização homossexual do mundo, me nomeou como o inimigo público número 1. A organização ultra-esquerdista Centro Legal de Pobreza do Sul me rotulou como “grupo de ódio.” O Centro de Direitos Constitucionais, que é financiado por George Soros, está me mirando e quer minha destruição numa ação judicial (utilizando uma equipe de catorze advogados), acusando-me de “Crimes Contra a Humanidade” por pregar uma mensagem fundamentada, factual e não violenta contra a homossexualidade em Uganda.
Na verdade, sou um simples missionário cristão, administrando sozinho um escritório com um orçamento anual de menos de 120.000 dólares, mas a poderosa rede homossexual internacional, que é enormemente rica, me considera uma de suas maiores ameaças. Por que? Porque conheço praticamente tanto da história, estratégias e táticas deles quanto eles conhecem e o trabalho da minha vida tem sido capacitar e equipar ativistas pró-família no mundo inteiro com esses fatos.
O mais importante é que tenho de forma pessoal sofrido ou testemunhado todas as formas de importunação, intimidação e sabotagem que os homossexualistas empregam para destruir qualquer um que ouse fazer resistência a eles. Embora eu conheça homossexuais masculinos e femininos que pareciam pessoas genuinamente decentes apesar de estarem na armadilha da desorientação sexual, posso confirmar o aviso da Bíblia em Romanos 1:24-32 que (em contraste) os líderes e ativistas do movimento LGBT são enganadores maliciosos e agentes do mal, deliberadamente subvertendo a sociedade civilizada e atacando de modo violento todos os oponentes para avançar seus interesses egoístas e autodestrutivos.
Tenho pago um preço elevado pela autoridade com que falo, e exorto você a dar crédito ao meu testemunho.
Precisamos acima de tudo ser honestos conosco. Com o caso judicial Obergefell versus Hodges (a decisão do tão chamado “casamento” gay no Supremo Tribunal dos Estados Unidos), o movimento pró-família americano sofreu um retrocesso dramático — retrocedendo a uma posição equivalente à posição do movimento pró-vida em 1973. Aliás, Obergefell é acertadamente descrita por muitos como a Roe versus Wade [decisão do Supremo Tribunal dos EUA que legalizou o aborto nos EUA], que teve implicações profundas para todos nós.
Meu ministério é um dos únicos entre uma dezena ou pouco mais de organizações pró-família focadas numa única questão nos Estados Unidos. Falamos a verdade sobre a homossexualidade com ousadia e sem nenhum constrangimento. A maioria de nossas organizações é semelhantemente pequena e recebe pouco financiamento. Com duas exceções, as organizações conservadoras cristãs focadas em várias questões estão acorrentadas pelo medo da mídia politicamente correta e não têm disposição de basear seus argumentos no fato de que a própria homossexualidade é anormal, se submetendo a muitas exigências homossexuais principais tais como uniões civis e leis de orientação sexual, assim minando gravemente sua autoridade moral.
Uma a uma, todas as instituições seculares influentes dos Estados Unidos capitularam diante de uma campanha de bullying homossexual que já dura décadas e capitularam a tal ponto que hoje até mesmo a Câmara de Comércio dos EUA, que era incondicionalmente conservadora, se tornou uma ferramenta da engenharia social gay.
O sistema de educação pública americana (da pré-escola à escola de pós-graduação), os gigantes midiáticos sociais dos EUA e a maioria da mídia de notícias e entretenimento dos EUA são não apenas pró-homossexualismo, mas também militantes em favor do homossexualismo.
O governo dos EUA está nas mãos de um homem chamado de “O Primeiro Presidente Gay” pela revista Newsweek (que fez isso com a intenção de cumprimento), que transformou o avanço mundial do homossexualismo como prioridade tão importante de seu governo que mais de 700 milhões de dólares foram destinados ao movimento gay só nos três anos passados.
Só a igreja cristã (e judeus fiéis à Torá) continuam a fazer resistência à agenda homossexual nos EUA e na maior parte do mundo ocidental. Contudo, subjugada por um ativismo gay constante e agressivo e por uma supressão de dissidência pró-família na cultura popular e instituições principais, a igreja está despertando, principalmente entre seus membros mais vulneráveis, os jovens.
Essa é a realidade infeliz não só nos Estados Unidos, mas também na Inglaterra, Canadá, União Europeia e a maior parte do resto do mundo ocidental.
Entretanto, embora a situação nos EUA seja horrenda, mesmo assim resta possibilidade de se fazer um trabalho para reverter a tendência atual. Somente os que têm uma visão de longo prazo podem fazer esse trabalho. E se adotarmos uma perspectiva global, e estivermos dispostos a construir uma cooperação intranacional com países moralmente conservadores (que ainda representam a maioria da população mundial), há motivos realistas para termos otimismo.
Em minha opinião como missionário cristão veterano no movimento pró-família internacional, há três coisas que precisamos fazer.

Vacinar a Igreja Contra a “Teologia Gay”

Primeiro, precisamos proteger e fortalecer a igreja cristã promovendo alfabetismo bíblico e fidelidade com relação à sexualidade, casamento e família. A maior arma de Satanás contra a humanidade sempre foi semear dúvida sobre a Palavra de Deus e apresentar uma alternativa falsificada plausível para aqueles que são fracos na fé e conhecimento. A pergunta “Deus realmente disse isso?” foi sua armadilha no Jardim do Éden com relação ao primeiro pecado, e é sua armadilha hoje com relação à homossexualidade. Quanto mais ignorantes os cristãos são acerca dos avisos fortes da Bíblia sobre os perigos pessoais e sociológicos da homossexualidade, mais fácil eles são enganados.
Por exemplo, a mentira mundialmente onipresente e sedutora de que a homossexualidade é inata e imutável é refutada de forma clara por 1 Coríntios 6:9-11, significando que os cristãos que concordam que gays “nasceram desse jeito” e não podem mudar estão literalmente negando a autoridade e poder de Cristo, para seu próprio perigo espiritual.
Muito importante é entender que a mentira é o único componente da tão chamada “Teologia Gay,” uma revisão sofisticada e detalhada dos ensinos da Bíblia sobre a homossexualidade num pacote unificado e abrangente. Lançada como uma variante nova da propaganda política gay na década de 1980, a “Teologia Gay” rapidamente se desenvolveu numa ferramenta poderosa de ativismo político LGBT e uma doutrina central de numerosas denominações esquerdistas. Essa teologia foi elaborada pelo revisionista histórico John E. Boswell, da Universidade de Yale. Boswell era um homossexual assumido que morreu de AIDS em 1994. A Teologia Gay hoje representa a maior heresia de nossa época e está avançando rapidamente em todo o mundo, principalmente entre jovens.
Criei um panfleto curto com o título de “NOT Just Another Sin” (NÃO Apenas Outro Pecado) que resume o argumento bíblico contra a homossexualidade a partir do Gênesis ao Apocalipse numa série cronológica de pontos de lista. Expandi e expliquei como essas referências, quando reunidas, representam “O Aviso dos Últimos Dias sobre a Homossexualidade na Bíblia” num artigo de 18 páginas com esse título. Ambos desses recursos estão localizados aqui em inglês:www.scottlively.net/2014/08/19/not-just-another-sin/
Quer você escolha ou não utilizar esses recursos específicos grátis em inglês ou outros que podem estar disponíveis na internet, é essencial que a igreja desperte para essa ameaça e comece a vacinar todos os cristãos contra a Teologia Gay.

Revogar ou Corrigir Todas as Leis de Orientação Sexual e Restaurar o Direito de Discriminar Contra a Conduta Homossexual

Segundo, precisamos redirecionar nosso foco contra a própria homossexualidade e não batalhas culturais secundárias. A Bíblia avisa, e a experiência humana confirma, que a homossexualidade é uma conduta anormal, antinatural e pervertida com graves consequências pessoais e sociais.
Não é só apropriado, mas necessário para a ordem e saúde social discriminar contra a conduta e ideologia homossexual — ao mesmo tempo em que fazemos a diferença da pessoa dos que se identificam como homossexuais de seu estilo de vida destrutivo.
“Ame o pecador, odeie o pecado,” é um resumo muito usado e belamente sucinto da teologia cristã sobre o assunto, mas em algum lugar ao longo do caminho nosso movimento ficou tão focado em tentar mostrar amor pelo pecador que paramos de recordar às pessoas por que elas deveriam odiar o pecado. Provavelmente porque fomos por mentiras levados a uma postura defensiva pela tática cínica do movimento homossexual de igualar toda discordância com sua agenda política como ódio e medo dos próprios homossexuais (assim veio o termo “homofobia,” que literalmente define toda desaprovação da homossexualidade como uma desordem de ansiedade).
O que não é surpresa é que foi naquela época da guerra cultural americana que o lado pró-família começou a perder as batalhas. Antes, quando nossas campanhas expunham fatos sobre as práticas e crimes homossexuais, história gay, a relação entre a homossexualidade e a pederastia, enfermidades e doença mental, os embustes de “crime de ódio,” e a conduta corrupta de líderes e ativistas gays, ganhamos. Quando começamos a autocensurar esses fatos para tentar provar que não éramos “odiadores,” começamos a perder.
Reconhecendo nossa vulnerabilidade, os gays começaram a dedicar-se a promover plenamente políticas anti-discriminação definindo “orientação sexual” como uma base de condição de direitos civis. Essas Normas de Orientação Sexual (NOSs) consagram em lei a premissa lógica de que a desaprovação da homossexualidade é moralmente errada e tem de ser publicamente desestimulada. Eles viram a realidade de cabeça para baixo e no final lideram até a criminalização do Cristianismo bíblico. Além disso, onde quer que tenham sido sancionadas em qualquer lugar do mundo, essas NOSs têm comprovado ser a semente que contém a árvore inteira da agenda política homossexual, com todo o seu fruto venenoso: “casamento” gay, adoção gay, doutrinação de crianças de escolas públicas com a propaganda gay, financiamento público de instituições gays, etc. Logo que a semente é plantada, a agenda inteira vai saindo para fora em fases progressivas constantes enquanto toda discordância é cada vez mais punida.
É essa mesma premissa lógica falha que permitiu que a homossexualidade recebesse a condição de um “direito humano” nas leis internacionais, uma premissa que cada vez mais supera agora os autênticos direitos humanos da liberdade religiosa e valores da família natural.
Em países que ainda não adotaram as NOSs, o movimento pró-família deveria se dedicar à prevenção da aprovação dessas leis e até aprovar leis preventivas que reconhecem o direito dos indivíduos, igrejas e empresas de favorecerem valores da família natural e discriminar contra a conduta e ideologia homossexual. Onde já foram sancionadas, as NOSs precisam ser revogadas ou corrigidas para favorecer a liberdade de expressão e a liberdade de religião. Preparei um modelo de lei preventiva para o contexto americano, e uma versão separada desse modelo que pode ser usada para corrigir NOSs existentes. Ambas podem ser adaptadas para uso em outros países. Confira aqui o modelo em inglês:www.scottlively.net/2013/07/24/the-first-amendment-supremacy-clause-fact-sheet/

Persuadir Nações Amistosas à Família a Adotar a Lei Russa que Proíbe a Propaganda Homossexual para Crianças

Terceiro, precisamos construir uma solidariedade pró-família internacional num alicerce de autoridade moral genuína, significando que precisa ter como base a premissa de que a própria homossexualidade é prejudicial, em termos pessoais e sociais, e não fingir que nossos únicos interesses sociais e políticos são o “bem-estar das crianças” ou a “definição do casamento.” Esse fingimento é um produto da mesma “liderança” pró-família adoecida que liderou o movimento pró-família dos EUA de uma à outra derrota desastrosa nas três décadas passadas, e agora está sendo exportado para o resto do mundo pelos mesmos homens.
A beleza da lei russa é que atinge em cheio o coração do problema real do ativismo LGBT: o recrutamento de crianças. O que quero dizer por recrutamento de crianças não é principalmente homossexuais adultos explorando jovens, embora isso represente uma corrente tenebrosa dentro da cultura gay maior, especialmente entre os homens. O que quero dizer é a normalização da conduta e da cultura homossexual para crianças e jovens, levando-os a se envolver com a experimentação homossexual entre si e subsequentemente a se autoidentificarem como gays. Uma geração inteira de crianças americanas, britânicas e canadenses está sendo escravizada a essa cultura e ideologia corrupta por meio da própria propaganda que a Rússia agora proibiu.
Embora muitos países do continente africano tenham escolhido uma abordagem muito mais estrita, buscando deter toda conduta homossexual por meio de sanções criminais duras, a lei russa balanceia direitos de privacidade de homossexuais adultos (que escolhem viver discretamente fora da sociedade) com a necessidade de a nação proteger suas crianças das devastações da perversão sexual. A lei russa impede os grupos de pressão homossexual de tentarem normalizar o estilo de vida gay, enquanto concede aos membros individuais de sua comunidade o “direito de não serem incomodados,” que era a meta original explícita do movimento homossexual em seus primeiros anos, antes que adotasse as táticas fascistas militantes pelas quase é hoje conhecido.
Tenho sido acusado falsamente de ser o principal planejador do projeto de lei anti-homossexualismo de Uganda que inicialmente incluía a pena de morte para transgressores homossexuais reincidentes, embora eu tivesse fortemente encorajado o Parlamento de Uganda a frisar reabilitação e prevenção, não castigo, em meu discurso para seus membros em 2009. Contudo, tenho o orgulho de dizer que creio que desempenhei uma pequena parte na adoção da lei russa ao defender tal política numa turnê de palestras em 50 cidades da Rússia e ex-União Soviética nos anos de 2006 e 2007, terminando em São Petersburgo, onde publiquei minha Carta ao Povo Russo resumindo minhas recomendações de políticas públicas. São Petersburgo se tornou a primeira cidade a aprovar a lei dois anos mais tarde. Confira este texto em inglês: www.defendthefamily.com/pfrc/archives.php?id=5225300
Meu propósito ao escrever esta Carta ao Movimento Pró-Família Internacional é ter uma influência semelhante na direção de políticas públicas em outras nações amistosas à família.
Exorto todos os líderes pró-família no mundo inteiro a adotar pessoalmente as três metas simples descritas nesta carta e a trabalharem para implementá-las. Além disso, ofereço meus serviços como assessor, palestrantes e/ou estrategista para ajudar as organizações pró-família no mundo inteiro a alcançar essas metas.
Por último, vamos orar para que 2016 seja o ano em que a campanha LGBT mundial para homossexualizar o mundo finalmente terá um retrocesso.
Seu Aliado na Causa da Verdade,
Dr. Scott Lively
Traduzido por Julio Severo do original em inglês: A Letter to the International Pro-Family Movement