Obama nomeia `cristão´ transgênero para ser seu conselheiro nas questões da fé Barbara Satin, um homem que se identifica como mulher, é assistente de religião da Força Tarefa LGBT e membro do conselho da Igreja Unida de Cristo — uma denominação aberta à comunidade gay nos EUA


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, nomeou um ativista transgênero cristão para fazer parte do Conselho Consultivo do Presidente sobre Parcerias Baseadas na Fé e na Vizinhança. A nomeação, anunciada no último mês, vem causando preocupação entre a liderança evangélica do país.
Barbara Satin, um homem que se identifica como mulher, é assistente de religião da Força Tarefa LGBT e membro do conselho da Igreja Unida de Cristo — uma denominação aberta à comunidade gay nos EUA. Satin também tem preenchido a diretoria do grupo Gerações GLBT, que defende gays, lésbicas, transexuais e bissexuais desde 1999.
"Faz sentido ver o presidente nomeando um ativista transgênero como seu conselheiro de fé. Seria uma grande surpresa se ele nomeasse alguém com valores tradicionais", disse Travis Weber, diretor do Centro para a Liberdade Religiosa no Conselho de Pesquisa da Família.
Obama tem sido um forte defensor das questões LGBT nos Estados Unidos. A nomeação do ativista transgênero vem em meio a uma grande controvérsia sobre leis que limitam a liberdade de religião e retém fundos para escolas que proíbam transexuais de usarem o banheiro de sua preferência.
"O fato de Obama nomear alguém para o conselho de parcerias baseadas na fé que seja um ativista, como ela é, se encaixa na agenda da administração Obama", acrescentou Weber. "A agenda LGBT tem sido parte dos programas do Departamento de Estado no Exterior, juntamente à ameaça do Departamento de Educação de reter o financiamento das escolas."
O Conselho é encarregado de identificar as melhores práticas para a prestação de serviços sociais, "avaliando a necessidade de melhorias na implementação e coordenação das políticas públicas relacionadas com organizações baseadas na fé e na vizinhança", fazendo recomendações de política para o presidente e outros funcionários do governo.
O grande problema é que o conselho não representa a comunidade de fé dos EUA, de acordo com John Stemberger, presidente do Conselho de Política Familiar da Flórida.
"Esta é mais uma evidência de que Obama está tentando uma revolução moral, fingindo que as porcentagens da América são tão diversas como o seu conselho de fé. Não é uma representação proporcional da América", disse ele.
Stemberger acredita que esta nomeação possa gerar debates mais amplos. "Isso está diretamente relacionado com o debate dos banheiros transgêneros. É uma tentativa de empurrar os conservadores tradicionais da fé nesta questão. Nenhuma religião do mundo abraçaria essa agenda moral, pelo menos não em sua forma ortodoxa."

CPAD News