Lição 4, O Trabalho e Atributos do Ganhador de Almas


3º Trimestre de 2016 - Título: O desafio da evangelização — Obedecendo o ide do Senhor JESUS de levar as Boas-Novas a toda criatura
Comentarista: Claudionor de Andrade 
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO
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AQUI VOCÊ VÊ PONTOS DIFÍCEIS DA LIÇÃO - POLÊMICOS
 
 
TEXTO ÁUREO"Mas tu sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério."(2 Tm 4.5)
 

VERDADE PRÁTICAA missão do evangelista é falar de CRISTO a todos, em todo lugar e tempo, por todos os meios possíveis.
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Ef 4.11 Evangelista, ministério primordial
Terça - Mt 4.23 JESUS, o evangelista por excelência
Quarta - Pv 11.30 Evangelista, um obreiro sábio
Quinta - At 21.8 Filipe, o evangelista
Sexta - 2 Tm 4.5 O trabalho de um evangelista
Sábado - 2 Tm 4.2 Evangelizando em todo tempo
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 8.26-40
26 - E o anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te e vai para a banda do Sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserto. 27 - E levantou-se e foi. E eis que um homem etíope, eunuco, mordomo-mor de Candace, rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todos os seus tesouros e tinha ido a Jerusalém para adoração, 28 - regressava e, assentado no seu carro, lia o profeta Isaías. 29 - E disse o ESPÍRITO a Filipe: Chega-te e ajunta-te a esse carro. 30 - E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías e disse: Entendes tu o que lês? 31 - E ele disse: Como poderei entender, se alguém me não ensinar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se assentasse. 32 - E o lugar da Escritura que lia era este: Foi levado como a ovelha para o matadouro; e, como está mudo o cordeiro diante do que o tosquia, assim não abriu a sua boca.33 - Na sua humilhação, foi tirado o seu julgamento; e quem contará a sua geração? Porque a sua vida é tirada da terra. 34 - E, respondendo o eunuco a Filipe, disse: Rogo-te, de quem diz isto o profeta? De si mesmo ou de algum outro? 35 - Então, Filipe, abrindo a boca e começando nesta Escritura, lhe anunciou a JESUS. 36 - E, indo eles caminhando, chegaram ao pé de alguma água, e disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que eu seja batizado? 37 - E disse Filipe: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que JESUS CRISTO é o Filho de DEUS. 38 - E mandou parar o carro, e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e o batizou. 39 - E, quando saíram da água, o ESPÍRITO do Senhor arrebatou a Filipe, e não o viu mais o eunuco; e, jubiloso, continuou o seu caminho. 40 - E Filipe se achou em Azoto e, indo passando, anunciava o evangelho em todas as cidades, até que chegou a Cesareia.
 
Espada Cortante - Atos: o Evangelho do ESPÍRITO SANTO - Orlando S. Boyer - CPAD
8.4 “Mas os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra.5 “E, descendo Filipe àcidade de Samaria, lhes pregava a CRISTO. 6 “E as multidõs unanimemente prestavam atençã ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia,
Iam por toda a parte, anunciando a palavra (v.4): Obedeciam à ordem do seu Mestre: “Quando pois vos perseguirem nesta cidade, fugi para outra”, Mt 10.23.Muitos crentes pensam foram os apótolos que foram dispersos e que iam por toda parte proclamando a Palavra. Mas os apótolos nã foram dispersos, v.l. Foram, portanto, todos os discíulos, os leigos, que anunciaram a Mensagem em toda parte. Qualquer crente, por mais humilde que seja, pode pregar, isso é anunciar a Mensagem de JESUS. O ministéio da Palavra nã éprivativo ao púpito. Naturalmente os membros da Igreja Primitiva, tinham de sofrer muito desprezo em todo lugar onde chegassem, pela razã de terem sido expulsos dejerusalé. Mas, os fiés, com o coraçã ardendo, testificam em qualquer situaçã. O maravilhoso crescimento da Igreja Primitiva nã foi fruto da obra de grandes pregadores, mas de fidelidade de todos os membros em testificarem, cheios do ESPÍRITO SANTO, para todas as pessoas a seu alcance. Descendo Filipe à cidade de Samaria (v.5): Este não era Filipe, o apóstolo (cap. 1.13), mas Filipe, diácono, escolhido ao lado de Estêvão, cap. 6.5. Filipe, naturalmente, tinha de fugir para escapar com a vida, quando Estêvão foi morto. Filipe foi conhecido depois como “Filipe, o evangelista” (cap. 21.8), servindo como boa ilustração das palavras de Paulo: “Os que servirem bem como diáonos, adquirirão para si uma boa posiçã, e muita confianç na féque háem cristo JESUS”, 1 Tm 3.13.
A cidade de Samaria (v.5): A antiga capital das doze tribos, mas reformada e adornada por Herodes, o Grande. Filipe... lhes pregava a CRISTO (v.5): Qual é o assunto principal do púlpito moderno? E ciência, filosofia, história, boas obras? Exaltamos cristo, como Filipe, ou a nós mesmos, como Simão? Salientamos aquilo que CRISTO faz ou o que nós fazemos? Proclamar a Sua morte e ressurreição, ou pregamos um legalismo - o que devemos e não devemos fazer? (Lede 1 Co 2.1-5). A pregação que é de lei é só negativa (contra), e mata. Mas a pregação positiva, no poder do ESPÍRITO, produz vida. (Vede vers. 5 a 8). Se colocarmos CRISTO no Seu próprio lugar, toda a doutrina e toda a obra sempre se endireita mesmo como os planetas, todos continuam na sua própria posição, pela influência do sol. E enquanto existe o sol, os planetas não se podem desviar de suas próprias órbitas. Um sistema de doutrinas mortas não evita o desvio dos membros da igreja. Filipe não discutia com Simão, mas pregava a CRISTO. Os judeus não se comunicavam com os samaritanos (João 4.9), mas os membros da Igreja Primitiva amavam, em vez de desprezar, as pessoas de outras raças ou de outras nações. E as multidões unanimemente...(w.6-8): A narrativa faz lembrar tanto o ministério de JESUS como o que Ele predissera: “Aquele que crêem mim també faráas obras que eu faç, e as farámaiores do que estas, porque eu vou para meu Pai”, Joã 14.12. Lembremo-nos, també, que o maravilhoso êito de Filipe foi em um campo dificíimo. Simã, o mago, ganhara os ouvidos de todo o povo; “ao qual todos (9 ESPÍRITO SANTO na conversão: os samaritanos e o eunuco atendiam, desde o mais pequeno até o maior dizendo: Este é a grande virtude de DEUS”, v.10.Havia grande alegria naquela cidade (v.8): Se pudéssemos entrar em todas as casas de nossa cidade onde há um pai subjugado pela embriaguez, um filho tomado pelo vício, uma filha mundana, uma mãe chorando e inconsolável e levar a todos a conhecerem e amarem ajesus como Salvador, quão grande seria o gozo da cidade! A Mensagem de CRISTO é a mais alegre e produz mais felicidade que todas as religiões do mundo. (Compare cap. 8.39). Quanto mais estamos cheios de CRISTO, tanto mais alegres estamos. Tinha iludido agente de Samaria (v.9): Simão tinha iludido não somente a cidade de Samaria, mas de todo o território dos samaritanos. Mas, como cressem... (v. 12): Satanás tem poder, mas Aquele que está no crente é maior que aquele que está no mundo, 1 João 4.4. Mesmo como os magos do Egito tinham de confessar que o poder em Moisés era maior (Ex 8.16-18), assim o poder de DEUS manifesto em Filipe era maior que o poder do maligno em Simão. Creu até o próprio Simão(v.13): Não foi apenas o parecer de Filipe, mas é declaração das Escrituras que Simão creu. Deve-se, portanto, interpretar a narrativa dos w.18-24 na luz deste fato. “E, sendo batizado”, batizou-se para andar em novidade de vida, Rm 6.4. Isso fez, ficando de contínuo com Filipe. Pedro e João (v. 14): Os dois inseparáveis apóstolos. (Vede o comentário sobre o cap. 3.1). Enviaram para lá Pedro (v. 14): Toda a idéia do papado está refutada com este versículo. O papa envia, mas nunca é enviado. Lede, também, o comentário sobre cap. 15.2. Enviaram para lá Pedro e João (v. 14): E evidente que Filipe não tinha o ministério de conduzir os convertidos até o ponto de receberem o batismo com o ESPÍRITO SANTO. Ainda mais, a nova obra carecia de sábia direção para guardá-la de fanatismo e engano. A Igreja Primitiva não ficava satisfeita com a gloriosa e grande obra em Samaria enquanto os convertidos não recebessem o batismo no ESPÍRITO SANTO. (Compare cap. 19.2). O batismo no ESPÍRITO SANTO é uma bênção tão definida como a de receber o perdão de pecados. O batismo no ESPÍRITO SANTO é tão indispensável para servir na Igreja de CRISTO como é receber CRISTO para a salvação. Recebemos o ESPÍRITO SANTO (v. 17): Alguns comentadores chamam a atenção ao fato de não declarar esta passagem que falaram em língua. Mas como foi que se sabia que os samaritanos não foram batizados no ESPÍRITO antes da chegada de Pedro e João, e como chegaram a saber que foram depois de receber o ESPÍRITO? Não foi com o mesmo sinal exterior, como na casa de Comélio? (Lede cap. 10.45,46). Simão... ofereceu dinheiro... (w.19,20): Simão foi tentado no ponto, para ele, mais vulnerável, o de ganhar dinheiro por meio de maravilhas feitas diante das multidões. A palavra “simonia” originou-se com esse pecado de Simã, e quer dizer: Interesse prório dos que se esforçm para ganhar lucro por meio da obra de CRISTO. Nã sã somente os descrentes, como alguns comentadores julgam Simã, mas sã, també, muitos dos prórios crentes que fracassam quando tê de enfrentar essa tentaçã insidiosa. Mas disse-lhe Pedro(v.20): Era impossível corromper, com peitas, esse rústico pescador, aquele que dissera: “Nã tenho prata nem ouro”, cap. 3.6. O ESPÍRITO é domínio do pecado a que ficava obrigado a se submeter depois de ceder à tentação. Em muitas aldeias dos samaritanos anunciaram o evangelho (v.25): Grande é o poder do ESPÍRITO SANTO para transformar a vida dos crentes, como se vê no caso dejoão. Este “Filho do Trovã” (Mc 3.17) antes queria chamar fogo dos cés para consumir os samaritanos. Mas depois de seu batismo no ESPÍRITO anunciava-lhes a gloriosanova de perdã de seus pecados, pela Palavra de DEUS.
III. A CONVERSÃO DO EUNUCO, 8.26-40 __
Não há narrativa de conversão mais cativante do que esta do Eunuco, o mordorruMnor, secretário da tesouraria de Candace, rainha dos etíopes. Como se diz acerca dos ricos, é igualmente a verdade acerca dos altos funcionários do governo: E difiál entrar um estadista no reino de DEUS. (Vede Mt 19.23).
8.26 “E o anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te e vai para a banda do Sul, ao caminho que desce de Jerusalé para Gaza, que estádeserto. 27 “E levantou-se e foi. E eis que um homem etípe, eunuco, mordomo-mor de Candace, rainha dos etípes, o qual era superintendente de todos os seus tesouros e tinha ido ajerusalé para adoração, 28 “regressava e, assentado no seu carro, lia o profeta Isaís. 29 “E disse o ESPÍRITO a Filipe: Chega-te e ajunta-te a esse carro. 30 “E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaís e disse: Entendes tu o que lê? 31 “E ele disse: Como poderei entender, se algué me nã ensinar? E rogou
a Filipe que subisse e com ele se assentasse. 32 “E o lugar da Escritura que lia era este: Foi levado como a ovelha para o matadouro; e, como estámudo o cordeiro diante do que o tosquia, assim não abriu a sua boca. 33 “Na sua humilhaçã, foi tirado o seu julgamento; e quem contaráa sua geraçã? Porque a sua vida étirada da terra. 34 “E, respondendo o eunuco a Filipe, disse: Rogo-te, de quem diz isto o profeta? De si mesmo ou de algum outro? 35 “Entã, Filipe, abrindo a boca e começndo nesta Escritura, lhe anunciou a JESUS.  36 “E, indo eles caminhando, chegaram ao péde alguma áua, e disse o eunuco: Eis aqui áua; que impede que eu seja batizado? 37 “E disse Filipe: Élíito, se crê de todo o coraçã. E, respondendo ele, disse: Creio que JESUS CRISTO éo Filho de DEUS. 38 “E mandou parar o carro, e desceram ambos àáua, tanto Filipe como o eunuco, e o batizou. 39 “E, quando saíam da áua, o ESPÍRITO do Senhor arrebatou a Filipe, e não o viu mais o eunuco; e, jubiloso, continuou o seu caminho. 40 “E Filipe se achou em Azoto e, indo passando, anunciava o evangelho em todas as cidades, atéque chegou a Cesaréa. O anjo do Senhorfalou a Filipe (v.26): Os anjos continuavam seu glorioso ministério em favor dos herdeiros da salvação, Hb 1.14; Atos 5.19; 10.3; 12.10; 23.8. Ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza (v.26): Gaza era uma das cinco capitais dos filisteus, na estrada principal da Mesopotâmia ao Egito. Que está deserta (v.26): DEUS usava Filipe para promover um vibrante avivamento em Samaria. Enormes multidões afluíam para ouvir a Mensagem. Os espíritos imundos saíam dos endemoninhados, clamando em alta voz. Os paralíticos e coxos eram curados. Batizavam-se tanto homens e mulheres. Mas certo dia, no meio dessa abundante colheita de almas, um anjo do Senhor mandou que Filipe fosse a um lugar deserto. Levantou-se, e foi (v.27): Filipe, sem vacilar, obedeceu, deixando o glorioso avivamento e fazendo a viagem de cerca de noventa quilômetros. Como Abraão, “sendo chamado, obedeceu... e saiu, sem saber para onde ia”, Hb 11.8. Quando CRISTO fica impedido na Sua obra de salvar os perdidos, é porque um “Filipe” não quer ir, e desobedece. Observe-se, contudo, como Filipe, ao obedecer a ordem de abandonar o avivamento e partir para um lugar deserto, foi em companhia dos anjos, v.29. E cheio do ESPÍRITO SANTO, nã podia andar triste. DEUS cuidou tã bem dele como quando ministrava na cidade. Nã foi honrado tanto emjerusalé, nem em Samaria, sendo convidado a subir e andar com um alto oficial do governo no seu carro. Quando Elias foi enviado para o deserto, no tempo da seca, o Senhor mandou corvos alimentáo. Quando Israel andou no deserto quarenta anos, DEUS mandou o maná Quando a multidã seguiu a JESUS para o deserto, Ele a alimentou. Atémesmo o Mestre, impelido pela tentaçã no deserto, foi servido pelos anjos. O crente no deserto, dirigido, lá por DEUS, serácertamente sustentado pela provisã divina. Eis que um homem etíope... (v.27): O nome “etípe”, encontra-se no Novo Testamento somente neste versíulo. Menciona-se o paí quarenta vezes no Velho Testamento. Em Gn 2.13 refere-se àregiã perto do Eufrates, na Áia. Nas outras passagens refere-se a um territóio grande ao sul do Egito, agora chamado o Sudã. A palavra “etióia” quer dizer, “rosto torrado”, isto é pelo sol. Os etípes eram morenos mas nã negros. A gloriosa profecia acerca de a Etióia estender para DEUS as suas mãs (SI 68.31) tinha cumprimento parcial na salvaçã do Eunuco etípe. A Etióia nã foi representada entre os povos que assistiam ao grande culto de evangelizaçã no dia de Pentecostes, mas DEUS nã se esqueceu dela, enviando Filipe com o Evangelho para o Eunuco. O Senhor JESUS, trabalhando no cé, por meio do ESPÍRITO SANTO na terra, viu a Etióia implorando com as mãs estendidas. Sim, foi Ele que mandou o evangelista ao eunuco para que esse, ao seu turno, levasse a Mensagem para seu povo. “Óprofundidade das riquezas, da sabedoria e da ciêcia de DEUS!” E evidente que a profecia acerca de estender a Etióia para DEUS suas mãs, ainda vai ter pleno cumprimento. (Lede SI 87.4). eunuco (v.27): Foi vedada aos eunucos entrada na congregação do Senhor, Dt 23.1. E o eunuco etíope estava sob a maldição de DEUS, Gn 9.25. Contudo, foi a tal homem que o Senhor enviou Seu servo Filipe. (Lede Mt 28.19; Rm 1.16; 2 Pe 3.9; Ap 7.9). Mordomo^mor de Candace, rainha... (v.27): “Candace” era um tíulo, como o tíulo “Faraó”. Todas as rainhas dessa dinastia chamavam-se Candace e reinavam em Meroé no rio Nilo. Tinha ido a Jerusalém para adoração (v.27): Não sabemos se este eunuco era um judeu, honrado no estrangeiro como Daniel em Babilônia, ou se era um prosélito do judaísmo. Regressava e, assentado no seu carro, lia o profeta Laias (v. 2 8): O eunuco fizera a longa e árdua viagem da Etiópia ajerusalém “para adoraçã”. Mas voltava sem a sua alma ficar saciada. Fora a Cidade Santa, anelando beber da áua viva, mas voltava ainda com sede. Fora lácom fome pelo pã da vida, mas ainda estava com fome. Assim, assentado no seu carro regressando para seu paí, lia a Bília, buscando paz para seu coraçã. O eunuco era um dos poucos homens que tinham os recursos suficientes para adquirir um exemplar das Escrituras. Antes da invençã do prelo, os judeus guardavam os livros sagrados nas sinagogas. O preç de um exemplar era mais do que o saláio de um trabalhador por um ano inteiro. A úica Bília que a grande maioria possuí era apenas a parte das Escrituras que decoraram e levaram no seu prório coraçã. (SI 119.11). Assim o eunuco era um homem muito fora do comum, pois levava a Palavra de DEUS consigo para a Árica. Estranho que pareç, alguns religiosos baseiam seus argumentos, para condenar o livre exame das Escrituras, sobre o caso de Filipe e o eunuco. Alegam que Filipe nã queria que o eunuco lesse as Escrituras, porque nã compreendia o que lia. Ao contráio, éevidente que o eunuco fez bem em ler as Escrituras. Viajara mais de 1.500 quilôetros da Etióia ajerusalé para satisfazer sua fome espiritual.  não encontrou paz para sua alma no formalismo do judaímo. Foi bom que recorresse à Escrituras. Foi o primeiro passo para receber a Mensagem. É exemplo vibrante das bêçãos que vê aos que levam um exemplar das Escrituras, ou um Testamento de algibeira, nas suas viagens. Disse o ESPÍRITO a Filipe: Chega-te, e ajunta-te a esse carro (v.29): Foi então que o ganhador de almas sabia porque o ESPÍRITO SANTO lhe enviara ao deserto. Rica e abençoada é a vida do crente que não somente olha para cima todos os dias, pedindo direção do ESPÍRITO, mas que guarda o coração e os ouvidos sempre abertos durante o dia inteiro para ouvir e obedecer a essa voz. (Lede Rm 8.14). E, correndo Filipe... (v.30): Filipe não corria atrás desse homem rico e eminente para receber algo dele, mas para transmitir-lhe a maior dádiva de todas. O carro passava, Filipe não queria perder a oportunidade e correu com grande gozo para ganhar uma alma.Como poderei entender, se alguém não me ensinar? (v.31): O eunuco era homem inteligente e talentoso. Mas ao confessar sua ignorância é que se descobre sua verdadeira sabedoria. Os que sabem tudo são os ignorantes sem esperança. (Compare a atitude humilde do inteligente Apoio, cap. 18.24-26). Mão abriu a sua boca (v.32): Compare Mt 26.62,63; 27.12; Mc 15.5; Lc 23.9; João 19.9. A escritura que lia... (w .32,33): A citação indica que o eunuco lia a traduçãogrega, conhecida como a Septuaginta, isto é, a “Versã dos Setenta”, feita de 280 a 130 A.C. Assim háuma variaçã nas palavras entre o que o eunuco lia e o que encontramos em nossas Bílias, em Isaís 53.7,8, traduzido do hebraico. Começando nesta Escritura... (v.35): Filipe nos serve de verdadeiro exemplo emganhar almas para CRISTO. A primeira qualificação de ganhar almas para CRISTO é a de conservar os ouvidos abertos para ouvir, como Filipe, a voz do ESPÍRITO SANTO, v.29. A segunda qualificação é saber manejar bem a Palavra (2 Tm 2.15) como Filipe fez. Conhecia as Escrituras. Usava as Escrituras para levar almas para a Salvação. Pregava as Escrituras em vez de discutir. Quando perguntavam a certo eminente pregador o que faria se o perdido nãoaceitasse as Escrituras como autoridade divina, se deixaria de citá-las, o pregador respondeu: “Se eu tivesse uma espada de dois gumes, e feita do melhor aço, não a embainharia somente porque o adversáio nã acreditava que cortava”. Começando nesta Escritura, lhe anunáou a JESUS (v.35): Se na leitura de um capítulo, não encontramos CRISTO, convém-nos lê-lo de novo, porque certamente está lá. JESUS foi a chave necessária para o eunuco entender a Escritura que lia. JESUS é a chave que abre para nós todas as Escrituras. (Compare Lc 24.27,44). Rogo-te, de quem diz isto o profeta? (v.34): O eunuco, apesar de inteligente, estava perplexo quanto ao verdadeiro sentido do capítulo cinqüenta e três de Isaías. Depois de considerar a passagem atentamente não chegara a uma conclusão certa. Alguns mestres ensinam que Isaías falava de si mesmo. Apesar de Isaías ser um fiel servo de DEUS e talvez sofrer martírio, era também um rico, de posição e inteiramente diferente que o humilde sofredor de Isaías 53. Outros ensinam que a passagem se refere aJeremias, que certamente sofreu mais que os demais profetas. Contudo Jeremias  abriu a boca várias vezes para lamentar a sua sorte, sendo reprovado pelo Senhor, J r 12.5; 20.14-18. O rabis atuais ensinam que o sofredor é o povo judaico, e que apesar de não mais ter o Templo em Jerusalém, DEUS os aceita por meio de seus próprios sofrimentos. Mas a passagem fala de um homem sem pecado e que sofreu, não por si mesmo, nem, por causa de si mesmo, mas como substituto por outros. Se a mente natural acha tanta dificuldades em entender a passagem, não é de admirar que o eunuco africano ficasse perplexo. Contudo o eunuco tinha algumas qualificações no seu favor que muitas pessoas, procurando uma explicação humana, não têm. Eleaceitava instrução, confessava sua ignorância e queria saber. Eis aqui água (v.36): O viajante na estrada em que Filipe e o eunuco andavam tem de atravessar o ribeiro de Elá, o qual Davi atravessou para o encontro com Golias. Não sabemos se o batismo do eunuco foi efetuado em um poço desse ribeiro ou se foi em outro ribeiro mais adiante, agora chamado, Wady el Hasy. Que impede que eu seja batizado (v.36): Quando o pregador prega ‘JESUS”, o ouvinte quer deixar a sua religiã e sua vida velha. E como o eunuco, pede o batismo nas áuas como sinal exterior do que acontecera no ítimo. O ESPÍRITO do Senhor arrebatou a Filipe (v.39): Compare 1 Reis 18.12; 2 Reis 2.16;  Ez 3.12-14. Encontra-se a mesma palavra, “arrebatar” em 2 Co 12.1-4 e em 1 Ts4.17. Paulo nã sabia se foi arrebatado no corpo ou fora do corpo. Mas Filipe sabia que ele foi arrebatado no corpo, v.40.
Espada Cortante - Atos: o Evangelho do ESPÍRITO SANTO - Orlando S. Boyer - CPAD
 
Atos - Série Cultura Bíblica - I. Howard Marshall - SOCIEDADE RELIGIOSA EDIÇÕES VIDA NOVA e ASSOCIAÇÃO RELIGIOSA EDITORA MUNDO CRISTÃO, Rua Antonio Carlos Taconni, 75 e 79, Cidade Dutra, São Paulo-SP, CEP 04810 (Com algumas modificações do Ev. Luiz Henrique)
O evangelho avança até Samaria (8:4-25).
A dispersão dos cristãos levou ao mais significativo avanço na missão 8 2 / As descobertas arqueológicas em Giv’at ha-Mivtar demonstraram este fato; ver NIDNTT, I, pág. 393; (em port., vol. I, art. Cruz, CL).
8.3 À luz destas claras referências nos seus próprios escritos a atividade que somente podem ter sido realizadas em Jerusalém e nos seus arrebaldes, a declaração de Paulo em G1 1 :22 de que “não era conhecido de vista das igrejas da Judéia, que estavam em Cristo” cerca de tres anos após a sua conversão, não pode significar que estas últimas nunca o viram.
Perseguição da igreja. Pode-se dizer que ficou sendo necessária a perseguição para levá-los a cumprir o mandamento implícito em 1:8. Na medida em que os cristãos avançavam para novas áreas, descobriram que havia uma resposta imediata ao evangelho, conforme exemplifica a resposta dada pelo povo da Samaria. A pregação de Filipe foi acompanhada pelos mesmos tipos de sinais que já tinham sido vistos no ministério de Jesus e dos apóstolos, e havia uma reposta poderosa à chamada ao batismo. Esta resposta era tanto mais notável porque as pessoas às quais Filipe pregava já tinham estado sob o fascínio de um charlatão religioso de nome Simão. A missão bemsucedida levou a uma visita por Pedro e João que descobriram que os convertidos não tinham recebido o Espirito e que impuseram sobre eles as mãos a fim de que O recebessem. Até mesmo Simão quis obter alguma coisa — não meramente o dom do Espírito, mas, sim, o dom de outorgar aos outros o dom do Espírito; foi, porém, necessário adverti-lo fortemente contra a atitude pecaminosa e sem arrependimento que revelou no modo de fazer este pedido. A história é significativa de dois modos.
Em primeiro lugar, registra o recebimento do evangelho pelos samaritanos, um povo ao qual os judeus odiavam intensamente e consideravam como sendo herético; o sentimento de hostilidade, porém, era mútuo. Embora possamos ser tentados a ver na missão à Samaria a primeira tentativa da igreja rio sentido de evangelizar aos gentios, esta seria uma interpretação errônea. Para os judeus, os samaritanos não eram gentios, mas, sim, cismáticos,- parte das “ovelhas perdidas da casa de Israel” (Jervell, págs. 113-132). Para Lucas," eram pessoas que observavam a lei e que demonstravam mais piedade do que muitos judeus (Lc 10:33-37; 17:11-19), embora também pudessem mostrar hostilidade aos discípulos de Jesus (Lc 9:52-56). Por detrás da narrativa, portanto, podemos muito bem perceber que a hostilidade entre os judeus e os samaritanos foi vencida pela fé que os dois grupos tinham em Jesus Cristo, e é neste sentido que se pode encarar esta história como um passo na direção da solução do problema maior de reunir os judeus e os gentios. Se for correta esta idéia, talvez ofereça a chave ao problema inegável apresentado pelo fato de que os crentes samaritanos não receberam o Espírito até que os apóstolos impusessem sobre eles as mãos. Destarte, foram levados à comunhão com a igreja inteira, e não meramente com a seção helenística dela. Esta explicação é preferível ao ponto de vista de que os samaritanos não corresponderam plenamente à pregação do evangelho. Outros pontos de vista, como, por exemplo, aquele que declara que o Espírito não poderia ser recebido senão pela imposição das mãos apostólicas, são contrários à tendência geral do quadro que Lucas nos dá em Átos (cf. 9:17).  Em segundo lugar, a história dá destaque a Simão, o mago, que mais tarde ficou sendo de má fama como herege gnóstico. Há grande incerteza quanto a Simão realmente ter sido um gnóstico que sustentava pelo menos alguns dos conceitos heréticos atribuídos a ele porescritores posteriores, ou se foi meramente um mágico e charlatão a cujo nome crenças gnósticas vieram a ser posteriormente atribuídas. Certamente, é curioso que alguns dos estudiosos mais radicais do Novo  Testamento (tais quais Haenchen, págs. 303, 307), que teriam muita cautela em atribuir ao próprio Jesus qualquer  parte da cristologia da igreja, estejam tão dispostos a acreditar que crenças gnósticas do século II já eram sustentadas por Simão na primeira  metade do século I. Parece mais provável que certas reivindicações do Simão histórico tenham cpaacitado seus seguidores posteriores a considerálo um gnóstico, embora ele mesmo não tenha chegado àquela etapa.
8.4. A história começa a mostrar como a perseguição da igreja em Jerusalém acabou surtindo um efeito favorável. Aqueles que foram expulsosdos seus lares ou que acharam melhor deixá-los pregavam a Palavra como oas novas enquanto iam de lugar em lugar. E interessante que estemovimento específico não é atribuído a qualquer orientação predsa da parte do Espírito, tal qual ocorria noutras etapas crudais na expansão da igreja. Pelo contrário, parece que era considerado coisa natural para os cristãos viajantes espalharem o evangelho; talvez surgissem naturalmente oportunidades para assim fazer, à medida em que as pessoas entre as quais vieram viver perguntavam a eles por que tinham deixado seus lares.
8.5 Uma das pessoas que foram para a Samaria (8:1)8 5 foi Filipe que é claramente aquele membro dos Sete mendonado em 6:5. A sua pregação acerca do Messias certamente teria despertado o interesse, no mínimo, dos ouvintes, visto que a expectativa da vinda de um libertador futuro (conheddo como o ta’eb ou “restaurador”) fazia parte firme da teologia samaritana (Jo 4:25); esta expectativa se baseava em Deuteronômio 18:15 e segs., e a pessoa esperada tinha mais o caráter de um ensinador e legislador do que de um soberano.
6-8. Havia um movimento em massa entre o povo na medida em que escutava atentamente à mensagem de Filipe. Sua atenção foi despertada por aquilo que ouviram e viram. Filipe tinha a mesma capacidade dos apóstolos para operar sinais que serviam como confirmação da sua mensagem. Como Pedro (5:16), podia expulsar espíritos maus, e o povo podia escutar os gritos que saíam das vítimas possessas quando os poderes demoníacos as deixavam (cf. Lc 4:33; Mc 1:26).8 6 Além disto, o povo podia ver por si mesmo como as pessoas que tinham sido paralíticas e coxas agora conseguiam andar; mais uma vez, a atividade de Filipe tem correspondência com a de Pedro (3:1-10) e de Jesus. Estes milagres de cura trouxeram júbilo ao povo. Por enquanto, porém, nada se diz acerca de o povo passar a realmente crer no evangelho,t e, embora houvesse alusâío a uma situação em que Jesus não podia curar onde não havia fé (Mc 6:5-6), sabemos que podia existir a cura sem a resposta apropriada da fé e da gratidão a Deus (Lc 17:17-19).
8.9-11. Antes, porém, de registrar a conversão do povo, Lucas volta a atenção dos leitores àquilo que estava acontecendo antes da chegada de Filipe. Havia na cidade um homem chamado Simão, que alegava ser pessoa de grande importância, e obteve crédito mediante os seus poderes milagrosos. O povo foi enganado por ele ao ponto de dizer que era o poder de Deus, chamado o Grande Poder. Os fatos acerca de Simão dificilmente se desentranham das lendas posteriores. Temos informações fidedignas da parte de Justino Mártir, ele mesmo nativo da Samaria, de que Simão ali vivia e de que mais tarde mudou para Roma, onde continuou seus atos enganosos. Mais tarde, Irineu registra que viajou juntamente com uma certa Helena, ex-escrava, a qual dizia ser uma encarnação do “Pensamento” (um poder gnóstico). Hipólito, outro escritor que tratava das heresias, conta uma história acerca de como Simão foi derrotado numa disputa com Pedro. Finalmente Simão disse “que se fosse enterrado vivo, ressuscitaria no terceiro dia. Mandando cavar uma sepultura, ordenou que seus discípulos empilhassem terra sobre ele. Fizeram como mandara, mas ele permanece ali até hoje. Isto porque não era o Cristo” . É difícil aquilatar a quantidade de veracidade nestas histórias, e noutras tantas. Certamente, Lucas A primeira parte de v. 7 se expressa de modo mal ajeitado no texto grego,como se Lucas tivesse deixado de dar ao texto uma revisão final; o significado, no
entanto, fica claro.
 
ATOS 8:11-13
é o escritor mais antigo que nos dá informações acerca dele, e devemos levar a sério a alegação que colocou nos lábios de Simão, e que foi confirmada pelo povo. É difícil ter exata certeza quanto a quem Simão alegava ser, mas tratava-se, no mínimo, dalgum poder celestial. É improvável que alegasse ser o Messias. Haenchen (pág. 303), pensa que alegava ser “o Grande Poder, ou seja: Deus”. K. Haacker (NDITNTart. “Samaritano”) argumenta de modo convincente que “o grande poder” designa a divindade, e “de Deus” é o acréscimo explanatório de Lucas. É possível, também, pensar no grande poder de Deus como sendo um ente gnóstico, uma emanação do Deus supremo. Parece mais provável, no entanto, que Simão alegasse ser divino, e que os gnósticos posteriores interpretassem esta alegação do modo deles. De qualquer maneira, Lucas o apresenta como sendo nada mais do que um mágico que enganava o povo com seus truques, e é o seu papel de mágico que é desacreditado na história.
12. O efeito da pregação de Filipe foi que o povo prestava atenção a ele (v. 6), e não a Simão (v. 11). Deram crédito a Filipe na medida em que os evangelizava a respeito do reino de Deus e do nome de Jesus Cristo. Trata-se de uma combinação interessante de temas, o que mostra como a igreja primitiva via a mensagem de Cristo continuada na sua própria mensagem, mas, ao mesmo tempo, falava mais e mais acerca  do meio através do qual o poder real de Deus estava sendo manifestado na época dela, a saber: através do poderoso nome de Jesus. Alguns deram importância ao fato de que Lucas diz que o povo deu crédito a Filipe mais do que acreditar no evangelho ou em Jesus. A construção que se emprega é pisteuõ com o dativo, que, segundo Dunn (Batismo, pág. 65), indica assentimento intelectual mais do que a dedicação do coração. Mesmo assim, a construção se emprega em 16:34 e 18:8 para a fé genuína em Deus. A pergunta, realmente, é se a crença em Filipe enquanto ele pregava o evangelho deve ser entendida como fé inadequada. O povo passou a ser batizado, e esperar-se-ia que Filipe, ao fazer assim, estivesse satisfeito quanto à sinceridade dos batizandos; nada há na história para sugerir que ele fosse inadequado como evangelista. De modo geral, não há qualquer evidência clara no sentido de o povo ter sido meramente superficial quanto à sua crença.
13. O que se diz de Simão, porém? Ele também abraçou a fé e foi batizado. Depois disto, acompanhava a Filipe (cf. o coxo em 3:11), mas seu apego a este não estava livre de superstição e assombro: os sinais milagrosos que Filipe conseguiu operar deixavam-no assombrado e (conforme podemos supor, baseados nos w. 18-19), com anseio de possuir a mesma capacidade. Simão, pois, foi um crente genuíno? Sua crença certamente deixou muito a desejar; mas é necessário ler o restante da história antes de aquilatarmos de modo justo a sua profissão.
14. Não se nos diz diretamente qual motivo levou os apóstolos, que estavam em Jerusalém, a enviarem dois de seu grupo ao ouvirem que a Palavra fora recebida ali de modo favorável. A difusão do evangelho aos samaritanos, porém, deve ter sido um passo tão extraordinário que os apóstolos forçosamente tinham que ir ver o que acontecia, a fim de entrarem em entendimento com este novo evento na vida da igreja. Mais tarde, a evangelização bem-sucedida dos gentios em Antioquia levaria ao envio de Bamabé a partir de Jerusalém para ver o que estava acontecendo (11 '22), e quando Pedro ajudou na conversão de Comélio, o assunto foi debatido numa reunião da igreja. Parece que os novos avanços eram examinados com grande cuidado na igreja em Jerusalém, e certamente temos a impressão de um grupo conservador que nunca fez novas aventuras por conta própria.
15-17. Quando os delegados apostólicos chegaram, Pedro e João, oraram pelos convertidos para que recebessem o Espirito Santo, lhes impunham as mãos com esta finalidade; isto porque, conforme explica
Lucas, o Espírito não havia ainda descido sobre nenhum deles (para esta expressão, ver 1044; 11:15). Tudo quanto acontecera era quehaviam sido batizados em o nome do Senhor Jesus.68 Esta é, talvez, a declaração mais extraordinária em Atos. Noutros trechos, fica claro que o batismo em nome de Jesus leva ao recebimento do Espírito (238); a situação é diferente  em 19:1-7, onde os doze homens em Éfeso não tinham sido batizados em nome de Jesus. A imposição das mãos não se menciona em conexão com o recebimento do Espírito noutro trecho senão em 19:6, também em circunstâncias algo excepcionais. Do outro lado, o Espírito pode cair sobre as pessoas antes do batismo com a água (10:4448). Fica claro que o recebimento do Espírito não está fixado ao momento do batismo com água. Por que, portanto, o Espírito não fora dado nesta ocasião? É totalmente improvável que um segundo recebimento do Espírito fosse transmitido mediante a imposição das mãos, talvez acompanhado por dons carismáticos incomuns; o v. 16 exclui completamente esta possibilidade. Nem há probabilidade de que o Espírito pudesse ser transmitido somente mediante a imposição das mios apostólicas, pois há outros trechos em que o Espírito é dado sem mencionar-se a imposição das mãos (2:38) e sem a presença de qualquer dos doze apóstolos (9:17). Além disto, pode-se supor que o oficial etíope recebeu o Espírito sem mais cerimônia, quando Filipe o batizou. Sobram apenas dois tipos de explicação. A primeira é que Deus reteve o Espírito até a vinda de Pedro e João a fim de que fosse visto que os samaritanos estavam plenamente incorporados na comunidade dos cristãos de Jerusalém que receberam o Espírito no dia do Pentecoste.89 Este ponto de vista é confirmado quando Pedro, na ocasião em que Comélio recebeu o Espírito, testifica explicitamente que o Espírito Santo veio sobre aquele e sua família exatamente como veio sobre os primeiros cristãos; era a mesma experiência (11:15-17). O segundo ponto de vista é que a resposta e a dedicação dos samaritanos eram defeituosas, conforme demonstra o fato de que ainda não haviam recebido o Espírito (Dunn, Batismo, págs. 55-68). Dunn sugere que, entre outras coisas, os samaritanos precisavam da certeza de que realmente foram aceitos na comunidade cristã antes de poderem chegar à fé integral. Entretanto, devemos ressaltar que Lucas não fala assim em lugar algum. Além disto, não se nos diz nada acerca de
qualquer defeito na fé dos samaritanos que precisasse ser remediado antes que pudessem receber o Espírito; Pedro e João não pregaram a eles, mas, sim, oraram para que o Espírito lhes fosse dado. De modo geral, portanto, é preferível o primeiro ponto de vista.9 0 Deve ser notado que a história pressupõe que é possível saber se uma pessoa recebeu o Espírito ou não. Seria este o caso se fossem incluídos os dons carismáticos, e é possível que outras indicações menos espetaculares, tais quais o gozo espiritual, tivessem sido consideradas como evidências adequadas da presença do Espírito (13:52; 16:34; 1 Ts 1:6).
18-19. Simão percebeu que os apóstolos tinham a capacidade de derramar o Espírito sobre outras pessoas. O que quis não foi apenas ter ele mesmo o dom do Espírito, mas, sim, que tivesse o poder para outorgá-lo a outras pessoas. Não se declara com clareza se os apóstolos impuseram as mãos sobre Simão e lhe outorgaram o Espírito, embora pudesse ser subentendido na declaração geral no v. 17. A passagem não se ocupa em especulações acerca de se Simão estava (na linguagem teológica posterior)
 
ATOS 8:19-23
“regenerado”. 0 que se ressalta é seu desejo pecaminoso de possuir poder espiritual por razões erradas e de obter aquele poder pelo método errado. A possessão de qualquer tipo de autoridade espiritual é uma responsabilidade solene mais do que um privilégio, e aquele que a possui deve ter consciência constante da tentação para dominar sobre aqueles por cujo bem-estar espiritual é responsável; deve também precaver-se contra o perigo de empregar sua posição para seus próprios interesses, seja como modo de fazer dinheiro ou de inchar seu próprio ego (1 Pe 5:2-3). Simão encarava dentro dos conceitos de magia o poder de outorgar o Espírito, e estava disposto a pagar pelo privilégio, revelando assim ainda mais malentendidos a respeito de obter posições na igreja mediante um pagamento ou a oferta de um suborno;
este pecado recebeu o nome de “simonia” como resultado deste incidente.
20-23. A resposta de Pedro não poderia empregar fraseologia mais forte. J. B. Phillips traduziu a primeira frase com arrojo: “para o inferno com o seu dinheiro!” , que talvez soe como linguagem profana, mas é precisamente o que diz o texto grego. É o pronunciamento de uma maldição contra Simão, consignando-o à destruição com o seu dinheiro. É, portanto, o equivalente à excomunhão da igreja ou, talvez com mais exatidão, tratase de uma advertência solene dirigida a Simão quanto àquilo que lhe aconteceria se não mudasse a sua atitude. A própria idéia de obter uma dádiva divina através dalgum tipo de pagamento revela uma compreensão totalmente falsa da natureza de Deus e das Suas dádivas. Até certo ponto, é possível, compreender Simão; tendo saído diretamente do paganismo, facilmente poderia entender erroneamente a nova religião que o atraíra. Mesmo assim, era grave o erro, e tinha que ser destruído no nascedouro. Simão, ao pensar assim, mostrou que suas atitudes estavam fora de harmonia com aquelas de Deus (cf. SI 78:37), e, portanto, enquanto assim persistia a situaçao,não tinha parte nem sorte nas bênçãos do evangelho (cf. Dt 12:12, 14:27 para a linguagem empregada). Devia, portanto, arrepender-se da sua atitude maligna e orar que seu mau intento fosse perdoado (cf. SI 78:38). Os comentaristas têm argumentado se talvez subentende a probabilidade ou improbabilidade de Deus perdoar a Simão. É provável que a lição seja, simplesmente, que Simão não podia barganhar com a misericórdia de Deus, tendo-a como garantida. Como comentário final, Pedro acrescenta que é séria a posição de Simão. Está em fel de amargura. Este é um modo hebraico de dizer “em fel amargo”, e reflete Deuteronômio 29:18, que fala do perigo de brotar “raiz que produza erva venenosa e amarga” ; aqui, segundo parece, a frase é metáfora de uma pessoa cuja idolatria e impiedade levassem a resultados amargos para si mesmo e para as pessoas ás quais engana
 
ATOS 8:24-25
(cf. Lm 3:15, 19). Pedro, pois, está dizendo que Simão está provocando amargo juízo para si mesmo, como sói acontecer com uma pessoa firmemente presa pelo pecado (para a frase, cf. Is 58:6). 24. A resposta de Simão foi pedir que os apóstolos orassem por ele a fim de que nenhum dos juízos ameaçados lhe sobreviesse. Alguns MSS têm uma variação do texto que acrescenta o comentário interessante que Simão chorava continuamente ao fazer seu pedido. Não há qualquer indício que fosse sincera a sua petição, por muito ou pouco que tenha entendido de tudo que fora dito. As lendas posteriores retrataram Simão como opositor persistente do cristianismo e como arqui-herege; não há nada disto aqui, o que provavelmente sugere que a narrativa em Lucas é mais antiga do que o quadro posterior de Simão. Diferentemente de Ananias, Simão recebeu da parte de Pedro uma oportunidade de arrependimento; é difídl ter certeza qual a diferença que Lucas talvez tenha visto entre os dois homens, a não ser que pensasse que Ananias teve mais oportunidade do que Simão para reconhecer a pecaminosidade da sua ação, tendo, portanto, pecado deliberadamente (cf. Lc 12:4748). Seja qual for o caso, a história indica que existe a possibilidade do perdão mesmo para um pecado sério cometido por uma pessoa batizada.
25. A história termina, anotando como os próprios apóstolos pregavam ao povo e evangelizavam muitas aldeias samaritanas no seu caminho de volta para Jerusalém. O sujeito do versículo se expressa vagamente, mas sem dúvida inclui Filipe, preparando, assim, o caminho para a história que se segue a respeito dele. O comentário é muito geral também, mas visa mostrar que a missão aos samaritanos, começada por Filipe, foi continuada pelos líderes da igreja em Jerusalém. Foi assim firmemente endossado o recebimento dos samaritanos na igreja e, em 9:31, o narrador considera coisa certa a presença de samaritanos na igreja única.
g. A conversão de um etíope (8:26-40)
Filipe figura também numa segunda história que outra vez diz respeito à expansão missionária da igreja. Ao passo que a história anterior dizia respeito à Samaria e a um movimento em massa, aqui se trata de um único convertido que vem do extremo sul. Na história anterior, não houve orientação divina especial que levasse à aventura evangelística, mas aqui, a cada passo, vê-se que o Espírito dirige tudo quanto acontece. A história diz respeito à conversão de um gentio; não é certo se era prosélito ou não. Visto, porém, que o homem voltou para a sua própria pátria distante, parece daro que o episódio nSo levantou problemas imediatos para uma igreja que ainda nío esclarecera sua atitude para com gentios convertidos. As questões levantadas somente chegaram ao clímax quando uma série posterior de eventos forçou a igreja a reconhecer o que acontecia, e entrar em entendimento com eles. A história é incluída aqui tanto por causa de dizer respeito a Filipe, quanto por causa de formar parte do progresso paulatino da igreja em direção aos gentios. Historicamente, mostra que os helenistas, mais do que Pedro, assumiram a liderança em levar aos gentios o evangelho. A conversão propriamente dita é interessante aqui, pois o etíope foi levado à fé mediante o reconhecimento de que em Jesus foram cumpridas as Escrituras proféticas. Filipe conseguiu atuar sem qualquer necessidade de seus esforços serem suplementados pelos apóstolos. Tomando pòr certo que a narrativa é histórica, decerto depende das reminiscências do próprio Filipe. É óbvio, no entanto, que Lucas colocou ò relato na linguagem dele, ao ressaltar os elementos que considerou ter significância especial - o modo de Deus responder àqueles que O temem em todas as nações (10:34-35), o cumprimento da profeda do Servo de Deus na Pessoa de Jesus (3:13), e o papel desempenhado pelo Espírito na obra da evangelização. O modo de ser narrada a história tem certas semelhanças, quanto à estrutura, com outra história na qual um Estranho acompanhou dois viajantes e abriu perante eles as Escrituras, participou de um ato sacramental, e depois desapareceu de vista (Lc 24:13-35).
26. A história começa a desenrolar-se quando um anjo deu ordem a Filipe, levando-o para longe do cenário da evangelização bem sucedida econduzindo-o para um lugar que decerto parecia totalmente inapropriado para mais trabalhos cristãos. O emprego do anjo do Senhor como mensageiro relembra seu papel no Antigo Testamento (2 Rs 1:3, 15). Não fica claro por que o Espírito tomou o lugar do anjo como mensageiro divino no v. 29 (cf. 5:19; 10:3; 12:7-23; 27:23); no pensamento judaico, parece, ter havido nítida associação entre ambos (235). O que importa é que, desta maneira, a viagem de Filipe e a ação subseqüente foram vistas como tendo sido instigadas por Deus, e, portanto, como parte da intençíío dEle.A igreja nào descobriu “por acidente” a idéia de evangelizar os gentios; tudo foi feito de acordo com o propósito deliberado deDeus. Filipe recebeu a ordem de ir para a banda do sul. A frase grega, no entanto, pode também ser traduzida “ao meio-dia” .
 
ATOS 8:26-29
recentes adote esta tradução no seu texto, é possível que seja correta, pois toma o mandamento divino, dirigido a Filipe, tanto mais in comum e surpreendente; ao meio-dia, por causa do calor, o caminho estaria deserto. O caminho aqui referido ia para o sul, de Jerusalém para Hebrom, e depois para o oeste, paxa o litoral em Gaza. Este se acha deserto é o comentário de Lucas que sublinha quão estranho era omandamento.
27-28. Filipe, então, fez conforme a ordem recebida; obedeceu imediatamente e - por estranho que pareça,93 encontrou-se com outro viajante. O homem provinha do país hoje conhecido como ,o Sudão (e não a Etiópia moderna) onde era eunuco empregado no serviço da rainha-mãe, que tinha o título hereditário de Candace, e que, na realidade, exercia o poderio sobre a nação. O termo eunuco normalmente indica alguém que foi castrado; pela lei judaica, tais pessoas eram proibidas de entrarem no templo (Dt 23:1), embora Isaías 56:3-8 oferecesse para eles uma situação melhor no futuro. Se o homem fosse eunuco neste sentido, não poderia ser um prosélito. Este termo, no entanto, também podia ser empregado para referir-se simplesmente a um oficial da corte. É possível que este seja o sentido aqui, mas os termos colecionados na frase dão a entender que a palavra deva ter algum significado independente juntamente com superintendente, e o emprego que Lucas fez da linguagem veterotestamentária sugere que ele bem pode ter desejado que seus leitores vissem aqui o cumprimentode Isaías 56:3-8. Da mesma forma, talvez tenha visto também um cumprimento do Salmo 68:31. Ressalta-se a alta posição do oficial comotesoureiro real: não era este um  convertido insignificante! Viera a Jerusalém a fim de adorar ali; era, portanto, pelo menos um “temente a Deus” (ver 10:2, nota). Mesmo que não pudesse ser um prosélito de pleno direito, servia a Deus conforme suas melhores possibilidades. Provavelmente tinha estado em Jerusalém na ocasião dalguma das festas peregrinas, e agora estava de volta para casa, andando, conforme a sua posição social, num carro; aproveitava o tempo ao ler de um rolo que continha parte das Escrituras judaicas.
29-31. Pela segunda vez nesta história, Filipe recebe uma ordem divina. Podemos supor que em circunstâncias normais uma pessoa comum não abordaria um viajante de posição sodal superior e, portanto, Filipe precisava de certeza interior quanto àquilo que deveria fazer.
 
ATOS 8.29-34
do, na realidade, uma carroça de bois, e não teria viajado muito mais rapidamente do que o compasso do andar, de tal maneira que Filipe não teria dificuldades em correr ao lado dela e chamar o ocupante. Ao aproximar-se do carro, Filipe ouviu a voz de quem lia - seja a de um escravo que lia em alta voz ao seu senhor, ou a do próprio eunuco.94 Reconheceu aquilo que estava sendo lido, e passou a perguntar ao eunuco se entendia aquilo que lia. Como resposta, o eunuco confessou ter necessidade de um intérprete, e convidou Filipe a empreender a tarefa. Decerto supôs ser este um judeu (pelas roupas ou pelo sotaque) e, assim, provavelmente capaz de ajudálo. O princípio geral que enunda, porém, é de significânda. O Antigo Testamento não pode ser plenamente compreendido sem interpretação. Era necessária uma chave para destrancar as portas dos seus ditos misteriosos. Jesus fornecera aos Seus discípulos uma chave assim (Lc 24:25-27, 4447). Agora, Filipe estava sendo conclamado a ajudar o eunuco da mesma maneira.
32-33. A passagem que o eunuco estava lendo ofereceu uma oportunidade de ouro ao evangelista. Na realidade, podemos perceber nesta narrativa a mão de Deus agindo a cada momento, no modo de Filipe ter sido guiado para o lugar certo, a fim de encontrar-se com um homem a quem Deus também estava preparando para este encontro. Não foi, portanto, por addente que, no exato momento em que Filipe escutou-o, estava lendo de uma passagem que era idealmente apropriada como ponto de partida para a mensagem crista. Isaías 53:7-8 pertence a uma passagem profética que diz respeito a um Servo de Deus que padeceu humilhação de todos os tipos, e carregou sobre Si o pecado dos outros; desta forma, faz expiação pelos pecados destes e, finalmente, é glorificado por Deus. Há muito debate quanto á maneira de.os leitores do século I terem entendido o texto, e é bem possível que a incerteza do eunuco fosse típica. Os versículos específicos dtados são obscuros quanto ao seu significado. Descrevem como o Servoguarda silêndo assim como um cordeiro nâo faz som algum ao ser confrontado pela faca do açougueiro ou do tosquiador. Não protestou, embora fosse humilhado, despojado da justiça e, finalmente, trucidado.
34. Parece estranho que o  eunuco não pergunte qual o significado dos vérsículos; começa perguntando se o profeta descreve a sua própria experiência ou a doutra pessoa. Visto que Jeremias podia descrever seus sofrimentos de modo marcantemente semelhante a este (Jr 11:18-20), não é surpreendente que alguns estudiosos tenham postulado que neste caso, também, o profeta se referia à sua própria experiência. E, desde que Deus, noutras partes deste contexto geral, chamou o povo de Israel de servo dEle (Is 44:1-2), outra vez não é de se surpreender que alguns tenham dentificado o Servo como sendo Israel, ou parte desta nação, ou o verdadeiro Israel conforme a intenção de Deus. Estes dois pontos de vista ocorriam no judaísmo. O que não fica claro é se o Servo era identificado com o “Filho de Davi” que se esperava, e que estabeleceria o reino final de Deus em Israel. Segundo nosso ponto de vista, há alguma probabilidade de que este passo foi dado por alguns judeus,9 s e que, acima de tudo, Jesus via a Si mesmo como Aquele que cumpriu o papel do Servo.9 6 A frase “abrir a sua boca” (ARC) é usada quando segue uma declaração importante. Aqui, pois, está o clímax da conversação, na medida em que Filipe toma da passagem o seu ponto de partida e declara as boas novas de Jesus Cristo. É claro que seu primeiro passo era demonstrar que Jesus era a pessoa que cumpriu a profecia. Uma descrição do caráter geral de Jesus e do modo do Seu sofrimento sem justa causa, e como foi condenado à morte, comprovaria este argumento. Sem dúvida, Filipe disse muito mais. Decerto, mostrou como a história de Jesus era boas novas. Não sabemos sefez diante do etíope uma exposição do restante de Isaías cap. 53. Já foi observado que, no que diz respeito ao próprio Lucas, ele registrapoucas referências â obra de Jesus em carregar sobre Si os pecados humanos, e em fazer expiação, e alguns tiraram a conclusão de que pouca importância dava a este aspecto na sua própria teologia. Aqui, também, conforme alguns têm salientado, é curioso que os versículos deIsaías cap. 53 que são citados por extenso falam do sofrimento injusto de Jesus, mas não do fato de Ele levar sobre Si os pecados dos outros nem do seu padecimento em prol deles: é relevante este silêncio? Naturalmente, postular a pergunta deste modo é supor que a escolha que Lucas fez da citação foi dele mesmo, ao invés de ser determinada pelos fatos da história conforme Filipe ou alguma fonte documentária ostransmitiu a ele, e é duvidosa semelhante suposição. Visto que, noutros trechos, Lucas se refere ao sofrimento de Jesus em prol dos outros (20:28; Lc 22:19-20), parece duvidoso nosso direito de tirar qualquer conclusão com base no silêncio desta.
 
ATOS 8:36-39 36. Que Filipe disse muito mais ao eunuco do que se sugere brevemente no v. 35 toma-se claro pelo fato que, quando os viajantes chegam a uma corrente o eunuco pediu o batismo. É óbvio, portanto, que Filipe deve ter falado segundo o modelo do sermão de Pedro em Atos cap. 2, especialmentev. 38, a respeito da resposta adequada à mensagem cristã. Da mesma forma, podemos supor que o eunuco deve ter dado a Filipe alguma evidência da sua fé em Jesus. Não havia, portanto, razão alguma para ele não ser batizado. Mesmo assim, a falta de qualquer menção clara destas coisas levou algum escriba primitivo a preencher o v. 37 conforme aparece entre colchetes na ARA: “Filipe respondeu: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus!” O conteúdo doacréscimo é teologicamente correto, mas o estilo não é o de Lucas e a evidência em prol do trecho nos MSS mais antigos é fraca. 38. Filipe, satisfeito de que o eunuco estava pronto para o batismo, concordou com seu pedido. O eunuco mandou parar o carro, e os dois homens desceram à corrente, onde Filipe o batizou. Não há evidência suficiente para indicar se o batismo foi pela imersão do eunuco ou mediante derramar (afusão) de água sobre ele enquanto ficava de pé nas águas rasas; se o Novo Testamento deixa obscuro o modo preciso do batismo,talvez não devamos insistir nalgum tipo específico de praxe.
39. Conforme consta, o texto descreve como o Espirito arrebatou  a Filipe quando os dois homens saíram da água. É um término muito abrupto para a história, e fica consideravelmente aliviado pela forma mais longa do texto, que diz: “Quando saíram da água, o Espírito Santo caiu sobre o eunuco, mas o anjo do Senhor arrebatou a Filipe . . .” Visto que na frase grega original a palavra “Santo” vem na ordem conforme a temos supra, é fácil ver que a totalidade da frase poderia ter acidentalmente caído do texto. Neste caso, a forma mais longa do texto pode ter sido a fraseologia original e, assim, a história relata explicitamente como o dom do Espírito seguiu após o batismo do eunuco. Embora seja fraca a evidência nos MSS em prol do texto mais longo, é possível que fosse o original. A frase “Espírito do Senhor”, no entanto, ocorre em 55 e Lc 4:18, e o quadro do Espírito (e não um anjo) que transporta uma pessoa aparece em 1 Reis 18:12; 2 Reis 2:16; Ezequiel 3:14; et al. De qualquer maneira, o fato de que o eunuco foi seguindo seu caminho para casa cheio de júbilo nos pemite tirar a inferência de que recebeu o Espírito Santo. Ver Marshal, Luke, págs. 169-175. * V. o artigo sobre Batismo no NDITNT, vol. 1.
 
ATOS 8:40
40. Neste ínterim, Filipe chegou em Azoto, a próxima cidàde importante ao norte de Gaza na estrada do litoral. Deste ponto em diante, havia povoações, e Filipe pregava nelas à medida em que caminhava para o norte, para Cesaréia. Parece que Filipe morava ali; de qualquer modo, na vez seguinte que aparece em Atos, em data muito posterior, é em Cesaréia que está estabelecido.
 
 
 
OBJETIVO GERAL - Compreender o real significado da missão de evangelista.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Compreender que o evangelista é um ganhador de almas.
Mostrar os atributos de um evangelista.
Saber em que consiste o trabalho de um evangelista.
 
INTERAGINDO COM O PROFESSORProfessor, já na introdução da aula procure enfatizar que todo crente tem como tarefa suprema evangelizar e ganhar pessoas para CRISTO. Porém, na lição de hoje, vamos tratar a respeito do dom de evangelista. Este é um dom ministerial, outorgado à Igreja pelo ESPÍRITO SANTO. Os que recebem esse dom são impulsionados, pelo ESPÍRITO SANTO, a proclamar a salvação. Paulo, na epístola aos Efésios, capítulo 4, versículo 11, apresenta o dom de evangelista como sendo o segundo dom ministerial em importância. Atualmente, diante da iminente volta de JESUS, a Igreja necessita muito de evangelistas, pessoas comissionadas por DEUS para anunciar o evangelho aos que estão perdidos, longe de DEUS. Ore com seus alunos e peça que o Senhor levante evangelistas em sua classe.

COMENTÁRIO/INTRODUÇÃOGanhar almas é tarefa de todo discípulo de CRISTO. Nesse sentido, você eu somos evangelistas. Isso significa que, tanto o pastor quanto as ovelhas, têm o dever de anunciar a todos, em todo tempo e lugar, o evangelho que salva, liberta e redime plenamente o pecador.
Todavia, não podemos esquecer o obreiro chamado por DEUS, e ordenado pela igreja, para exercer o ministério evangelístico. Nesse caso específico, o evangelista não pode ser um ganhador de almas eventual, mas alguém que proclama o Evangelho de forma concentrada, metódica e com objetivos bem definidos.
Vejamos, pois, quem é o evangelista, esse obreiro tão essencial à expansão do Reino de DEUS.

PONTO CENTRAL - Evangelista é um dom ministerial (Ef 4.11).
 
Resumo da Lição 4, O Trabalho e Atributos do Ganhador de Almas
I - EVANGELISTA, GANHADOR DE ALMAS
1. Definição.
2. O evangelista no Antigo Testamento.
3. O evangelista em o Novo Testamento.
4. O evangelista na era da Igreja Cristã.
II - ATRIBUTOS DE UM EVANGELISTA
1. Amor às almas.
2. Conhecimento da Palavra de DEUS.
3. Espiritualidade plena.
4. Disponibilidade.
III - O TRABALHO DE UM EVANGELISTA
1. Proclamação do Evangelho.
2. Apologia da fé cristã.
3. Integração do novo convertido.
 
SÍNTESE DO TÓPICO I - O evangelista é chamado e vocacionado pelo Senhor para ganhar almas.
SÍNTESE DO TÓPICO II - O evangelista possui alguns atributos que lhe são concedidos por DEUS.
SÍNTESE DO TÓPICO III - O evangelista tem como função proclamar o evangelho.
 
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO top1"Evangelistas - No Novo Testamento, evangelistas eram homens de DEUS, capacitados e comissionados por DEUS para anunciar o evangelho, as boas-novas de salvação aos perdidos e ajudar a estabelecer uma nova obra numa localidade. A proclamação do evangelho reúne em si a oferta e o poder da salvação (Rm 1.16).
Filipe, o 'evangelista' (At 21.8), claramente retrata a obra deste ministério, segundo o padrão do Novo Testamento. Filipe pregou o evangelho de CRISTO (At 8.4,5,35). Muitos foram salvos e batizados em água. Sinais, milagres, curas e libertação de espíritos malignos acompanhavam as suas pregações. Os novos convertidos recebiam a plenitude do ESPÍRITO SANTO.
O evangelista é essencial no propósito de DEUS para a igreja. A igreja que deixar de apoiar e promover o ministério de evangelista cessará de ganhar convertidos segundo o desejo de DEUS. Tornar-se-á uma igreja estática e indiferente à obra missionária. A igreja que reconhece o dom espiritual de evangelista e tem amor intenso pelos perdidos, proclamará a mensagem da salvação com poder convincente e redentor" (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 1815).

SUBSÍDIO DIDÁTICO
Para auxiliar na compreensão do tópico, reproduza o quadro abaixo. Inicie fazendo a seguinte indagação: "Quais são os atributos de um evangelista?" Ouça os alunos com atenção. À medida que forem falando as qualidades, vá relacionando no quadro.
 
ATRIBUTOS DE UM EVANGELISTA
1- Amor às almas
2- Conhecimento da Palavra de DEUS
3- Espiritualidade Plena
4- Disponibilidade
5- Fé
6- Perseverança
7- Ser chamado por DEUS
 
CONHEÇA MAIS - *Filipe
"Filipe, o evangelista, morava em Cesareia (At 21.8) e era pai de quatro filhas virgens que profetizavam na Igreja Primitiva (At 21.9). Junto com Estêvão, ele foi um dos sete diáconos mais importantes nomeados originalmente para cuidar das viúvas (At 6.1-6) na igreja de Jerusalém. Este foi descrito como uma pessoa de boa reputação, cheio do ESPÍRITO SANTO e de sabedoria.
Durante a perseguição sob Saulo de Tarso, Filipe foi forçado a fugir de Jerusalém para Samaria, proclamando (o 'Messias') aos Samaritanos (At 8.5). Seu ministério teve muito sucesso ali, e até influenciou Simão, o mágico, a acreditar e receber o batismo cristão (At 8.9-13)". Para conhecer mais, leia Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD, p. 803.
 
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO -"EvangelistaAquele que é chamado para pregar o Evangelho em muitos lugares. Palavra derivada do verbo euangelizo. Evangelizar significa trazer boas-novas a alguém, especificamente anunciar informações a respeito da salvação cristã (1 Co 15.1-4). A palavra é encontrada três vezes no Novo Testamento. Os evangelistas estão relacionados junto com os apóstolos, profetas, pastores e doutores, como aqueles que são chamados para compartilhar a construção da igreja. Filipe foi chamado de 'o evangelista' (At 21.8). Embora fosse um dos sete escolhidos para aliviar os apóstolos da tarefa de distribuir alimentos (At 6.5), ele foi especialmente notado por sua atividade evangelizadora. De Jerusalém, ele foi até Samaria e pregou com grande sucesso. Dali, foi enviado para evangelizar um oficial da corte etíope, que estava viajando para casa depois de visitar Jerusalém. Então pregou o Evangelho desde Azoto até Cesareia, onde tinha sua casa (At 8.40).
Timóteo, o jovem ministro, foi exortado a realizar o trabalho de um evangelista como um acompanhamento de sua supervisão pastoral. Está claro que, embora os apóstolos e outros compartilhassem o trabalho de evangelização, havia homens que DEUS chamava especialmente para essa tarefa.
Nos anos posteriores, os escritores dos quatro Evangelhos foram chamados de evangelistas porque registraram, de forma persuasiva, os fundamentos do Evangelho de CRISTO" (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp. 725,726).

PARA REFLETIR - A respeito da missão do evangelista, responda:
Defina o evangelista.
A palavra evangelista, originária do termo grego euaggelistes, define o obreiro vocacionado por DEUS através do ESPÍRITO SANTO, e confiado à Igreja por CRISTO, visando à proclamação extraordinária das Boas-Novas de Salvação. 
Segundo a lição, qual o maior evangelista da Igreja Primitiva?
Filipe.
Em Atos 8, quais os lugares evangelizados por Filipe?
Em Atos capítulo 8, encontramo-lo em quatro lugares diferentes: Samaria, Gaza, Azoto e Cesareia. 
Quais os atributos de um evangelista?
Amor às almas, conhecimento da Palavra de DEUS, espiritualidade plena e disponibilidade.
Quais as funções de um evangelista?
Proclamação do Evangelho, apologia da fé cristã e integração do novo convertido.
 
CONSULTE  - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 67, p38. .
SUGESTÃO DE LEITURA - Guia Cristão de Leitura da Bíblia, Ministério Dirigido por JESUS, Ensinando a Fé Cristã às Crianças.
 
Comentários de vários autores com alguma modificações do Ev. Luiz Henrique
Pontos difíceis e polêmicos discutidos durante a semana em nossos grupos de discussão no WhatsApp (minhas conclusões)
 
A organização da igreja hoje é feita de maneira humana
Existem muitos evangelistas que não são nem diáconos em suas congregações. Falta a visão da liderança sobre o dom de cada um. DEUS chamou, escolheu, preparou, capacitou, mas os homens não enxergaram, ou porque são cegos ou porque não querem enxergar com medo de perderem suas posições talvez. Fazer o que? O legítimo obreiro, ministro chamado por DEUS, não pede cargo, não inveja cargo, não busca reconhecimento ou elogio humano. Na bíblia, os grandes homens que DEUS chamou e escolheu, não queriam suas funções. Achavam que não mereciam e que não conseguiriam fazer o que DEUS queria que eles realizassem. Preferiam que DEUS chamasse outros. Durante o tempo que dirigi igreja não encontrei nenhum bom obreiro que pedisse cargo, mas os péssimos obreiros sempre estavam pedindo, outros exigindo, outros bajulando para serem reconhecidos. Os bons só assumem quando são chamados pessoalmente e com insistência.
Nossa organização ministerial não é satisfatória e nem reconhece as peças principais da igreja. devido a isso estamos passando pela pior fase da igreja até hoje. Milhares de crentes nominais apenas. As escolas bíblicas dominicais nunca estiveram tão vazias. os cultos de doutrina nunca estiveram tão vazios. Você se lembra, se é que já viu, de algum aleijado levantar e sair andando durante um culto em sua igreja? um cego de nascença vendo, um surdo de nascença vendo? Dom ministerial só para quem já é batizado no ESPÍRITO SANTO e tem pelo menos um dom do ESPÍRITO SANTO, a meu ver. Não temos ministro legítimo na bíblia que não tivesse essas coisas funcionando em seus ministérios.
 
I - EVANGELISTA, GANHADOR DE ALMAS
1. Definição.
2. O evangelista no Antigo Testamento.
3. O evangelista em o Novo Testamento.
4. O evangelista na era da Igreja Cristã.
II - ATRIBUTOS DE UM EVANGELISTA
1. Amor às almas.
2. Conhecimento da Palavra de DEUS.
3. Espiritualidade plena.
4. Disponibilidade.
III - O TRABALHO DE UM EVANGELISTA
1. Proclamação do Evangelho.
2. Apologia da fé cristã.
3. Integração do novo convertido.
 
 
 
O verdadeiro Evangelista, com um inistério de Evangelista, conforme Efésios 4.11,  tem em si dons do ESPÍRITO SANTO que confirmam seu ministério dado por CRISTO - é uma escolha soberana de CRISTO. Existem ministérios humanos e existem ministérios espirituais. Os ministérios são pessoas dadas por JESUS CRISTO à Igreja. Os ministérios são equipados pelo ESPÍRITO SANTO com dons para operarem sinais, prodígios e maravilhas.
E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia; Atos 8:6
Quem confirma um ministério escolhido por ELE é JESUS com sinais, prodígios e maravilhas.
Evangelista cargo e evangelista ministério?
Escolhido por homens só - sem sinais Escolhido por JESUS e Confirmado por homens - Esse é verdadeiro ministério
Hoje existe 99% escolhidos por homens só.
 
Atos dos Apóstolos: 8. 39. Quando estavam saindo da água, o ESPÍRITO do Senhor, de repente, arrebatou a Filipe. O eunuco não o viu mais, contudo, pleno de alegria, seguiu o seu caminho. 40. Entretanto, Filipe apareceu em Azoto e, indo para Cesaréia, pregava o Evangelho em todas as cidades pelas quais passava.

Só mostrar no mapa onde estava Filipe no Batismo do Eunuco e onde estava depois que sumiu dali. O Eunuco não o viu mais. A bíblia diz que ele apareceu em Azoto e dali foi para Cesaréia onde muito tempo depois Paulo o encontra como evangelista tendo 4 filhas donzelas que profetizavam.

Houve realmente é literalmente um arrebatamento com transporte de corpo de Filipe do caminho de Gaza para Azoto.
Importante para a lição. Filipe não era judeu, era grego. Atos 6.1-3
O que ganha almas é sábio, é justo, dá fruto, produz vida eterna. Provérbios 11.30.
Diferença entre aquele que prega cheio do ESPÍRITO SANTO e o que não é, encontramos em Atos 18.24, ai encontramos dois pregadores, Apolo e depois Paulo. Apolo ganhou 12 almas sem convicção, enquanto Paulo ganhou multidões e DEUS fazia Milagres e maravilhas através dele. Ainda orou pelos 12 e foram batizados no ESPÍRITO SANTO e na águas conforma a palavra de DEUS.

Batismo no ESPÍRITO SANTO é necessário e é obedecer a JESUS.
Favor não confundirem Evangelista, cargo eclesiástico com Evangelista ministério dado por CRISTO (Ef 4.11). Filipe era um ministro, Evangelista dado por JESUS à Igreja. Nesse ministério se manifesta sinais, prodígios e maravilhas. E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia; Atos 8:6
Quem confirma um ministério escolhido por DEUS é JESUS com sinais, prodígios e maravilhas, o ESPÍRITO SANTO o capacita para sua função.
Evangelista cargo e evangelista ministério?
Evangelista cargo - Escolhido por homens só - sem sinais
Evangelista ministério - Escolhido por JESUS e Confirmado por homens - Esse é o verdadeiro ministério.
Hoje existe 99% escolhidos por homens só.
 
Arrebatados da Bíblia - Tem mais, mas vamos ver só esses:
E logo fui arrebatado em espírito, e eis que um trono estava posto no céu, e um assentado sobre o trono. Apocalipse 4:2 - João
E tendo fome, quis comer; e, enquanto lho preparavam, sobreveio-lhe um arrebatamento de sentidos, Atos 10:10 - Pedro
Conheço um homem em Cristo que há catorze anos (se no corpo, não sei, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe) foi arrebatado ao terceiro céu. 2 Coríntios 12:2 - Paulo
E, quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe, e não o viu mais o eunuco; e, jubiloso, continuou o seu caminho Atos 8.39 - Filipe
 
 
A distância de onde o eunuco foi batizado para Azoto pode ter sido de 10 Km, aproiximadamente.
8:27 / Candace, rainha dos etíopes: Candace não era nome próprio, mas o título das governadoras do reino (cp. "Faraó"). Desse título nos testemunham Strabo, Geografia 17.820; Plínio, História Natural 6.186, e Pseudo Callisthenes, História 3.18.
8:40 / Assim foi que Filipe, conduzido pelo ESPÍRITO, se achou em Azoto (Asdode), na planície costeira, cerca de vinte e nove quilômetros a noroeste de Gaza. Azoto, à semelhança de Gaza, havia sido uma das cinco cidades do litoral filisteu. Fazia pouco tempo que ambas as cidades haviam sido restauradas por Gabínioe Herodes, o Grande, tendo populações mistas, formadas por gregos e judeus (o mesmo havia acontecido em outras áreas, com grande rivalidade entre as etnias diferentes). É possível que Filipe tenha perma­necido algum tempo em Azoto, como na verdade em todas as cidades que visitava, deste modo este versículo poderia dar a entender que houve uma viagem muito longa. Por causa do tipo étnico dessa área, temos aqui um indício da missão gentílica vindoura, embora Filipe talvez se limi­tasse às comunidades judaicas, dentre as quais ele teria talvez estabele­cido pequenas comunidades cristãs (ou quem sabe as fortaleceu). Os dois verbos que aparecem na discussão do versículo 4, empregados a respeito de Filipe neste versículo, reforçam a impressão de que esta foi uma "viagem missionária" (veja Hengel, Atos, p. 79, quanto à sugestão de que havia um motivo escatológico por trás da missão de Filipe). Por causa da posição que Lida eJope ocupavam em relação a Azoto e Cesaréia, aquelas cidades talvez estivessem em seu itinerário, bem como Jâmnia e Antipatris. No devido tempo Filipechegou a Cesaréia, sede do governo romano na província, e ali estabeleceu sua casa (21:8).
Azoto ou Ashdod como é conhecida atualmente, existe desde a Idade do Bronze e do Ferro passando por uma longa história até os dias de hoje como uma cidade moderna. Ashdod é uma cidade industrial na planície costeira de Israel, às margens do mar Mediterrâneo. Distante 40 km de Tel Aviv e a 25 Km do norte de Gaza, é o maior porto do país sendo responsável por 60% das mercadorias importadas. Por ali passam em torno de 160 mil turistas e de lá saem em torno de 180 mil navios por ano. A indústria da cidade se destaca na produção de fibras sintéticas, fios de lã e malhas. É a quinta maior cidade de Israel.

 
Espada Cortante - Atos: o Evangelho do ESPÍRITO SANTO - Orlando S. Boyer - CPAD
RECEBESTES O ESPÍRITO SANTO QUANDO CRESTES?, 19.1-7. Paulo em Éfeso. Esta é a obra de um evangelista
O que aconteceu no início da obra de Paulo neste centro de demonismo, de feitiçaria, de bruxaria, de magia, foi como outro Pentecostes.
19.1 “E sucedeu que, enquanto Apoio estava em Corinto, Paulo, tendo passado por todas as regiõs superiores, chegou a Efeso e, achando ali alguns discíulos, 2 “disse-lhes: Recebestes vó jáo ESPÍRITO SANTO quando crestes? E eles disseram-lhe: Nó nem ainda ouvimos que haja ESPÍRITO SANTO. 3 “Perguntou-lhes, entã: Em que sois batizados, entã? E eles disseram: No batismo de Joã. 4 “Mas Paulo disse: Certamente Joã batizou com o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que apó ele havia de vir, isto é em JESUS CRISTO. 5 “E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor JESUS. 6 “E, impondo-lhes Paulo as mãs, veio sobre eles o ESPÍRITO SANTO; e falavam líguas e profetizavam. 7 “Estes eram, ao todo, uns doze varõs. Paulo chegou a Efeso (v.l): A igreja que o apóstolo fundou, nesta ocasião, era uma das sete da Ásia. (Vede Ap 1.11). A Paulo foi permitido, por fim, trabalhar na região onde lhe fora impedido anunciar a Palavra, cap. 16.6.
Recebestes vós já o ESPÍRITO SANTO quando crestes? (v.2): Sem dúvida, Paulo sentia frieza nos cultos; sentia falta de vida, de ardor do ESPÍRITO SANTO nos crentes.
Quantos pregadores hoje se preocupam para saber se todos os crentes têm o batismo no ESPÍRITO SANTO.
Neste incidente se descobre o costume de Paulo de saber bem a crença e o estado espiritual de um grupo de irmãos antes de se esforçar para aumentar seu número.
Paulo certamente sabia que todos os salvos recebem o ESPÍRITO SANTO. (Vede cap. 5.32; etc.) Mas o apóstolo perguntou se receberam o batismo no ESPÍRITO SANTO. O batismo no ESPÍRITO, portanto, não acompanha, todas as vezes, a conversão. Nem todos os crentes recebem o ESPÍRITO na Sua plenitude quando são salvos.
 
Quando crestes (v.2): Nos escritos dos apóstolos, e dos crentes primitivos, é claro que se ensinou a esperar o batismo no ESPÍRITO na mesma ocasião de serem salvos e não depois. O batismo no ESPÍRITO é dado, às vezes, depois do batismo nas águas, outras vezes antes, e ainda outras vezes durante o ato do batismo. E dado às vezes sem a imposição de mãos (cap 2.2; 10.44), outras vezes com a imposição de mãos, v.6; cap. 8.17.
O batismo no ESPÍRITO SANTO é como o vento nas velas do barco. Com todas as pessoas a bordo, remando, o barco avança muito vagarosamente, sobre as ondas. Mas ao içar a vela, todos os remadores descansam, enquanto o vento os leva rapidamente ao destino desejado. Éfeso era cidade cujo ambiente era carregadíssimo das trevas do maligno. Mas Paulo avançava desde o início, com um grupo de
discípulos revestidos do poder dos céus, com poder que levava a obra infalivelmente ao destino desejado.
O pregador não pode levantar os membros a um nível mais alto do que aquele em que ele mesmo estiver. Apoio não conhecia o batismo no ESPÍRITO, e portanto, os discípulos, em Éfeso, não o receberam. (Vede cap 18.24-26).
Nós nem ainda ouvimos que haja ESPÍRITO SANTO (v.2): Tal resposta nos parece muito estranha. Mas convém-nos lembrar que eram discípulos de João Batista. Sem dúvida ouviramjoão predizer a chegada de Um que ia batizar no ESPÍRITO SANTO e em fogo, mas nunca ouviram falar no cumprimento dessa promessa.
Veio sobre eles o Elsprírito SANTO efalavam línguas eprofetizavam (v.6): Ninguém jamais recebeu o batismo no ESPÍRITO SANTO sem “os sinais que se seguiram”, Mc 16.20.
(Vede Mc 16.17,18). Éimpossíel estar cheio do ESPÍRITO SANTO, sem Ele fazer, por interméio de nó, obras sobrenaturais. Como pode o mundo ficar convencido de que DEUS está em nós se as maravilhas do Altísimo não se manifestarem em nós?
10 “E durou isto por espaç de dois anos, de tal maneira que todos os que habitavam na Áia ouviram a palavra do Senhor JESUS, tanto judeus como gregos. 11 “E DEUS, pelas mãs de Paulo, fazia maravilhas extraordináias, 12 “de sorte que atéos lençs e aventais se levavam do seu corpo aos enfermos, e as enfermidades fugiam deles, e os espíitos malignos saím. 13 “E alguns dos exorcistas judeus, ambulantes, tentavam invocar o nome do Senhor JESUS sobre os que tinham espíitos malignos, dizendo: Esconjuro-vos por JESUS, a quem Paulo prega. 14 “Os que faziam isto eram sete filhos de Ceva, judeu, principal dos sacerdotes. 15 “Respondendo, poré, o espíito maligno, disse: Conheç ajesus e bem  sei quem éPaulo; mas vó, quem sois?  16 “E, saltando neles o homem que tinha o espíito maligno e assenhoreando-se de dois, pôe mais do que eles; de tal maneira que, nus e feridos, fugiram daquela casa.  17 “E foi isto notóio a todos os que habitavam em Éeso, tanto judeus como gregos; e caiu temor sobre todos eles, e o nome do Senhor JESUS era engrandecido. 18 “Muitos dos que tinham crido vinham, confessando e publicando os seus feitos. 19 “També muitos dos que seguiam artes máicas trouxeram os seus livros e os queimaram na presenç de todos, e, feita a conta do seu preç, acharam que montava a cinqünta mil peçs de prata. 20 “Assim, a palavra do Senhor crescia poderosamente e prevalecia. 21 “E, cumpridas estas coisas, Paulo propô, em espíito, ir ajerusalé, passando pela Macedôia e pela Acaia, dizendo: Depois que houver estado ali, importa-me ver também Roma. 22 “E, enviando àMacedôia dois daqueles que o serviam, Timóeo e Erasto, ficou ele por algum tempo na Áia.
Espada Cortante - Atos: o Evangelho do ESPÍRITO SANTO - Orlando S. Boyer - CPAD
 
 
O Ministério do Evangelista
INTRODUÇÃO
O evangelista está na linha de frente do exército de DEUS hoje. Ele tem um desejo ardente de dizer a todos que ele vê a respeito de JESUS. Ele tem um coração que está continuamente alcançando os perdidos deste mundo.
O evangelista não se contenta em permanecer dentro das paredes confortáveis de sua igreja local. Ele está sempre alcançando os perdidos, seja em sua própria cidade ou nos confins da terra. Onde quer que ele vá, ele está a testemunhar ou pregar às pessoas sobre JESUS.
Sinais, prodígios e curas milagrosas se manifestam em sua vida diária e ministério enquanto o Senhor está trabalhando com ele e confirmando a Sua Palavra.
O verdadeiro evangelista do Novo Testamento não está só ganhando as pessoas para JESUS, Ele está ativamente envolvida na formação de outros crentes para o evangelismo de milagres e, em seguida, mobilizando-os em ministérios evangelísticos. Contrário aos muitos padrões tradicionais, o evangelista não é só para realizar reuniões evangelísticas na igreja local. Em vez disso, ele está nas ruas, nas praças, nos vilarejos ou nas selvas onde as pessoas que precisam ouvir o evangelho vivem e trabalham.
O ministério do evangelista, quando em sua igreja local, é o de manter a visão do evangelismo local, nacional e mundial sacudindo coração das pessoas. É também o de treinar os fiéis na igreja como alcançar os perdidos com o evangelho de JESUS através do evangelismo milagre.
Um evangelista está continuamente ensinando aos crentes métodos eficazes de evangelismo pessoal. Ele deveria estar treinando-os como ministrar a cura aos enfermos e libertação aos oprimidos.
Ele estará mobilizando equipes evangelísticas para alcançar os perdidos. Ele não só irá pregar o evangelho com ousadia nas ruas, mas ele também vai ser eficiente no evangelismo pessoal, alcançando os perdidos, um a um diariamente.
Embora o evangelista vá usar todas as ferramentas modernas de comunicação e de transporte disponíveis para multiplicar o evangelho aos perdidos, acima de tudo, ele vai estar comprometido com o conceito de pessoas que alcançam pessoas. Ele vai esperar e experimentar milagres no momento que DEUS confirmar Sua Palavra aos perdidos onde o Evangelho for compartilhado.
Embora o evangelismo seja um ministério e de responsabilidade de cada crente, o evangelista ministra em um nível mais elevado de unção nesta área. Ele é um especialista no evangelismo. A sua responsabilidade primária é preparar todos os crentes a obra de evangelismo
 
PALAVRAS GREGAS DEFINIDAS
Euaggelizo – O Ministério
Três palavras gregas são utilizadas relativas ao evangelista, ou o seu trabalho. Todos os três vêm da mesma raiz e é a origem da nossa palavra Inglesa "evangelista".
"Euaggelizo" refere-se ao ministério e significa anunciar boa notícia ou boas novas.
Este termo refere-se ao ministério do evangelista e é usado muitas vezes no Novo Testamento, incluindo referências ao ministério de JESUS como o evangelista.
De JESUS - Lucas 4.18
Dos Anjos - Lucas 1.19; 2.10
De João Batista - Lucas 3.18
Dos Primeiros Crentes - Atos 8.4
De Filipe - Atos 8.12, 35
De Pedro e João - Atos 8.25
De Paulo - Atos 13.32; 2 Co 10.16; Ef 3.8
De todos os Crentes - Rm 10.15
 
Euaggelion – A Mensagem "
“Euaggelion" refere-se à mensagem e significa o evangelho ou a boa mensagem.
Este é um termo descritivo para a mensagem que um evangelista entrega. Embora haja muitas coisas que poderiam ser referir como uma boa notícia esta palavra é especialmente aplicada às boas novas do evangelho de JESUS CRISTO.
 
Euaggelistes – O Mensageiro
"Euaggelistes" refere-se ao homem e significa um pregador ou mensageiro de boas novas.
Essa palavra descreve a pessoa, e é geralmente traduzida como evangelista. Além de ser usado em Efésios quatro para descrever um dos cinco dons ministeriais, também é usado de Filipe "o evangelista" e também nas instruções de Paulo a Timóteo para "fazer o trabalho de um evangelista".
Ef 4.11
2 Timóteo 4:5 “Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério.”
MINISTÉRIO DE JESUS, O EVANGELISTA
Profetizado por Isaías
O ministério de JESUS como o evangelista foi profetizado pelo profeta Isaías.
Isáias 61.1
 
Confirmado por JESUS
JESUS leu esta passagem na sinagoga em Nazaré, quando ele estava começando seu ministério terreno.
Lucas 4.18, 19
 
Seis Características
Segundo estas Escrituras, havia seis coisas que caracterizaram o ministério de JESUS como o evangelista.
 Pregar o evangelho aos pobres.
 Curar os quebrantados de coração.
 Pregar libertação aos cativos.
 Restituir a vista aos cegos.
 Por em liberdade os que estão oprimidos.
 Apregoar o ano aceitável do SENHOR.
(O "ano aceitável do Senhor" é uma referência ao "Ano do Jubileu", e foi o tempo de ser livre de toda a escravidão e dívida).
 
JESUS, O Evangelista
Por todo o livro de Lucas, vemos JESUS cumprindo seu ministério como evangelista quando profetizava pelo profeta Isaías
 
Os Dons Ministeriais
Lc 4.43; 7.23; 8.1; 20.1
 
JESUS como Padrão
Através de todos os Evangelhos, nós vemos o ministério de JESUS como um padrão para o ministério do evangelista hoje.
Mt 9.35; Mt 11.5
O ministério do evangelista é muito importante para o plano e propósito de DEUS para a Sua igreja hoje.
 
O CHAMADO DO EVANGELISTA
Chamado Específico
Um evangelista, assim como os outros cinco ministérios, deve ser um chamado específico de DEUS.
Este chamado será confirmado pelo ministério profético dos profetas, apóstolos e outros presbíteros que será transferido através da imposição das mãos da assembléia de presbíteros. Este dom ministerial será reconhecido pelo corpo de CRISTO O evangelista deve ser reconhecido como tal pelos crentes na igreja local. Ele deve ser sustentado financeiramente e também pela oração da igreja local. De acordo com o que DEUS conduzir, ele também deve ser enviado para outras áreas por aquela igreja.
Chamado para os Crentes
Apesar de haver o dom ministerial especial como um evangelista, todos crentes devem fazer a obra de um evangelista assim como Paulo instruiu a Timóteo.
2 Timótio 4:5 Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério.”
 
Cada crente deve ser Sua Testemunha.
Atos 1.8
 
Mesmo que todos os crentes devam evangelizar, o evangelista tem uma unção especial para o evangelismo e, portanto, será mais habilitado nesta área do ministério.
 
O EXEMPLO DE FILIPE
Filipe é no Novo Testamento o exemplo de um evangelista.
Atos 21.8
Houve um tempo de preparação na vida de Filipe, antes que ele saísse para a plena operação do dom ministerial de um evangelista.
 
Primeiro um Diácono
Atos 6.1-6
A partir desta passagem, vemos várias coisas sobre a vida de Filipe e sua preparação antes dele começar a operar na área do seu dom ministerial.
-Comprometidos
Filipe era comprometido com a igreja local em Jerusalém. Mais tarde, a igreja de Cesárea tornou-se a sua igreja mãe.
-Boa Reputação
Filipe havia provado à liderança de sua igreja ser um homem de caráter e integridade.
-Cheio do ESPÍRITO
Ele era um homem que estava continuamente cheio do ESPÍRITO SANTO
-Sabedoria Comprovada
Ele era um homem de sabedoria comprovada
-Coração de Servo
Ele tinha um coração de servo. Ele tinha um coração de compaixão que respondia às necessidades de quem precisava.
Ele era um homem humilde, disposto a servir os outros.
-Serviço Comprovado
Antes de Filipe começar a ministrar como um evangelista, ele primeiro foi aprovado como um diácono em sua própria igreja local.
-Submisso a Autoridade
Filipe aprendeu a lidar com a autoridade por primeiro se submeter à autoridade dos presbíteros.
 
Recomendado pelos Presbíteros
Filipe teve o apoio espiritual dos presbíteros em sua igreja local
Atos 8.14
Começou com Perseguição
Filipe foi compelido a entrar no ministério para o qual havia sido chamado pela perseguição que veio em sua vida.
Atos 8.1; 4,5
A MENSAGEM DO EVANGELISTA
 
 
DESEJO ARDENTE DE GANHAR ALMAS - ESFORÇA-TE PARA GANHAR ALMAS - Orlando Boyer - Editora Vida - ISBN: 857367153X - Ano: 1975
 
Já ganhaste uma alma para CRISTO? Já experimentaste? Conheces alguém atualmente na glória, com CRISTO, levado por ti a Ele? Ou conheces alguém que está no caminho para o céu, porque o informaste do Salvador?
Se fossem desvendados os teus olhos, neste momento, para contemplar a eternidade, e se te fosse revelado que tens de passar para lá, neste ano não desejarias depositar aos pés do Salvador algum presente como prova de teu amor? Pode haver um presente tão precioso ou aceitável ao Mestre, como uma alma ganha para Ele, durante um ano?
As palavras dos maiores, na história da Igreja de CRISTO, revelam como o coração os abrasava com este desejo; vamos citar algumas expressões:
Knox, assim rogava a DEUS: “Dá-me a Escócia ou eu morro!”
Whitefield, implorava: “Se não queres dar-me almas, retira a minha!”
Diz-se de Aleine: “Era insaciavelmente desejoso de conversão de almas, e para este fim derramava seu coração em oração e pregação”
João Bunyan, disse: “Na pregação não podia contentar-me sem ver o fruto do meu trabalho”.
Assim dizia Mateus Henry: “Sinto maior gozo em ganhar uma alma para CRISTO, do que em ganhar montanhas de ouro e prata, para mim mesmo”.
D. L. Moody: “Usa-me, então, meu Salvador, para qualquer alvo e em qualquer maneira que precisares. Aqui está meu pobre coração, uma vasilha vazia, enche-me com a Tua graça”.
Henrique Martyn, ajoelhado na praia da Índia, onde fora como missionário, dizia: “Aqui quero ser inteiramente gasto por DEUS”.
João Hunt, missionário entre os antropófagos, nas ilhas de Fidji, no leito de morte, orava: “Senhor, salva Fidji, salva Fidji, salva este povo. Ó Senhor, tem misericórdia de Fidji, salva Fidji!”
João McKenzie, ajoelhado à beira do Lossie, clamava: “Ó Senhor, manda-me para o lugar mais escuro da terra!”
Praying Hyde, missionário na Índia, suplicava: “Ó DEUS, dá-me almas ou morrerei!”
Quando aqueles que assistiam a morte de Davi Stoner, pensavam que seu espírito já tivesse voado, ele se levantou na cama, e clamou: “Ó Senhor, salva pecadores! Salva-os as centenas e salva-os aos milhares!”, e findou a sua obra na terra. O desejo ardente da sua vida, dominava-o até a morte.
Davi Brainerd falava: “Eis-me aqui, Senhor. Envia-me a mim! Envia-me até os confins da terra: envia-me aos bárbaros habitantes das selvas; envia-me para longe de tudo que tem o nome de conforto, na terra; envia-me mesmo para a morte, se for no Teu serviço e para o progresso do Teu reino”.
Ele escreveu: “Lutei pela colheita de almas, multidões de pobres almas. Lutei para ganhar cada alma, e isto em muitos lugares. Sentia tanta agonia, desde o nascer do sol até anoitecer, que ficava molhado de suor por todo o corpo. Mas, oh! Meu querido Senhor suou sangue pelas pobres almas. Com grande ânsia eu desejava ter mais compaixão”.
Brainerd podia dizer de si: “Não me importava o lugar ou a maneira que tivesse de morar, nem por qual sofrimento tivesse de passar, contanto que pudesse ganhar almas para CRISTO. Quando dormia, sonhava com essas coisas, e ao acordar, a primeira coisa em que me ocupava essa era grande obra; não tinha outro desejo a não ser a conversão dos perdidos”.
Encontrava-se João Welsh, nas noites mais frias prostrado no chão, chorando e lutando com o Senhor, por seu povo. Quando sua esposa implorava que explicasse a razão de sua ânsia, respondia: “Tenho que dar conta de três mil almas e não sei como estão”.
O profeta Jeremias: “Se eu disser: Não farei menção dele, nem falarei mais em Seu nome, há no meu coração como fogo ardente, encerrado nos meus ossos, e estou cansado de sofrer, e não posso conter-me”. (Jer 20.9)
O apóstolo Paulo: “Tornei-me tudo para todos, para de todo e qualquer modo salvar alguns”. (1 Cor 9.22)
O sentimento do Filho de DEUS: “CRISTO JESUS veio ao mundo para salvar os pecadores”. (2 Tim 1.15)
O desejo do Pai celestial: “Pois assim amou DEUS ao mundo, que deu Seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna”. (João 3.16)
D. L. Moody conta o seguinte, explicando como DEUS o dirigiu a deixar tudo para passar o resto da vida no serviço de ganhar almas: “Não perdi a visão de JESUS CRISTO, desde o primeiro dia que O encontrei, na loja em Boston, onde era caixeiro. Porém durante alguns anos achava que não podia trabalhar para DEUS. Ninguém me pediu para que fizesse alguma coisa em favor do Evangelho.
Quando fui a Chicago, aluguei cinco assentos na Igreja, e saía e me esforçava para encher os bancos, com moços que encontrava nas ruas. Não falava a estes acerca das suas almas; julgava eu que falar aos pecadores era trabalho dos anciãos. Depois de algum tempo de assim trabalhar, abri uma Escola Dominical, em outra parte da cidade. Para mim, a única coisa era ter o maior número na Escola, e trabalhava com este alvo. Quando a assistência era de menos de mil pessoas, eu ficava perturbado; e quando subia a mil e duzentas ou a mil e quinhentas então me alegrava. Até então ninguém fora convertido; não houvera colheita. Então, DEUS me iluminou.
Havia na escola uma classe de moças que eram, sem dúvida, as mais vaidosas que eu jamais encontrara. Num domingo o professor estava doente, e eu ensinei a classe. Zombaram de mim na minha presença e eu fui tentado a expulsá-las, para nunca mais voltarem. Durante a semana, o professor entrou na loja onde eu trabalhava. Vi que ele estava pálido e muito doente. “Que tens?” perguntei-lhe. – “Tive outra hemorragia nos pulmões. O médico diz que não posso ficar em Lake Michigan, e vou para o Estado de Nova Iorque. Por mim, vou para casa para morrer”. Ele parecia muito perturbado e quando perguntei a razão, respondeu: “Ora, nunca dirigi uma moça da minha classe para CRISTO. Acho que realmente tenho feito mais mal do que bem, às moças”.
Nunca tinha ouvido alguém falar nisso, e fiquei meditando.
Depois de um pouco, eu disse: “Não achas bom ir dizer-lhes o que sentes? Irei, também, numa carruagem, se queres ir”. Ele concordou e saímos juntos. Foi uma das melhores viagens que jamais fiz na terra. Fomos à casa de uma das moças e o professor falou pra ela acerca da alma. Então, não se ria mais. Lágrimas apareceram-lhe nos olhos. O professor depois de explicar o caminho da salvação, sugeriu que orássemos. Pediu que eu orasse. Em verdade, nunca fizera tal coisa, nunca orara a DEUS que convertesse a uma moça, e na mesma ocasião, porém, oramos, e DEUS respondeu à oração.
Fomos à casa das outras moças. Quando ele subia a escada, faltava-lhe o fôlego, mas explicava às moças o propósito de nossa visita. E, sem muita demora, ficaram quebrantadas e começaram a buscar salvação.
Quando ele não podia mais andar, levei-o de novo para sua casa. No dia seguinte saímos outra vez. Passara-se dez dias, e chegou de novo à loja, com o rosto brilhando. “Sr Moody”, disse ele, “a ultima já se entregou a CRISTO”. Como foi grande o nosso regozijo! Ele tinha de partir na noite do dia seguinte; chamei sua classe para uma reunião de oração, e lá, DEUS acendeu um fogo na minha alma, que nunca mais se apagou. O maior alvo da minha vida era ser comerciante próspero; se tivesse sabido que estava para perder este alvo, é provável que não teria ido. Mas quantas vezes agradeço a DEUS, depois daquele culto!
O professor que estava para morrer, sentou-se no centro da classe e falava-lhes, lendo o capitulo catorze de João. Experimentamos cantar o hino: “Benditos laços são, os do fraterno amor”, e depois ajoelhamo-nos para orar. Quando eu queria levantar-me da oração, uma das moças da classe começou a orar por seu professor, já moribundo, outra orou e, depois outra; e antes de nos levantarmos, a classe inteira tinha orado. Quando saímos, disse pra mim mesmo: “Ó DEUS, deixa-me morrer antes de perder a benção que recebi aqui, esta noite!”
No dia seguinte, fui à estação despedir-me do professor. Antes de sair o trem, chegaram, uma a uma, todas as moças da classe sem haver qualquer combinação. Que culto! Experimentamos cantar, mas só podíamos chorar. A última coisa que vimos do professor, na plataforma do último carro, com o dedo apontado para cima, implorava que a classe o encontrasse no céu.
Eu não sabia o preço que tinha de pagar por causa desta experiência. Não tinha mais habilidade para o comércio, tinha perdido o gosto de negociar. Tinha provado algo de um outro mundo, e não queria mais ganhar dinheiro. Durante alguns dias depois, tive a maior luta da minha vida. Devia deixar o comércio e entregar-me inteiramente à Obra de CRISTO, ou não? Nunca me arrependi da minha escolha. Oh, a delícia de dirigir alguém das trevas, à luz gloriosa do Evangelho!
Na primeira guerra mundial, um moço foi levado ao hospital, sofrendo ferimentos em quase todo o corpo. Em grande agonia, suplicava à enfermeira que lhe desse algo para dormir, para jamais acordar. Ela recusou e ele começou a implorar ao médico: “Tenha compaixão de mim. Faça com que eu durma. Por que devo viver? Estou completamente inutilizado. Não posso mais servir à pátria nem ao próximo. Dê-me um alívio”. Quando o médico também recusou, rogou que escrevessem ao rei, pedindo licença para que findassem com seus sofrimentos. Para apaziguá-lo, o médico escreveu ao rei Jorge, contando o caso do soldado valente que fora vencido pela dor. Chegou um telegrama para o soldado: “Teu rei precisa de ti. (a) Jorge”. O soldado, logo corou ânimo e ficou bom.
A mensagem direta para todo crente, é a mesma: “Teu Rei precisa de ti, ara proclamar a mensagem a todas as criaturas”.
 
Referências Bibliográficas (outras estão acima)
Dicionário Bíblico Wycliffe. 4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006.
Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. Texto bíblico Almeida Revista e Corrigida.
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BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
www.ebdweb.com.br - www.escoladominical.net - www.gospelbook.net - www.portalebd.org.br/
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/alianca.htm
Dicionário Vine antigo e novo testamentos - CPAD
Manual Bíblico Entendendo a Bíblia, CPAD
Dicionário de Referências Bíblicas, CPAD
Hermenêutica Fácil e descomplicada, CPAD
Revistas antigas - CPAD
Silva, Antonio Gilberto da, 1929- A Prática do evangelismo pessoal / Antonio Gilberto da Silva. - Rio de Janeiro : Casa Publicadora das Assembléias de DEUS, 1983.
Lições Bíblicas - 2000 - 3º Trimestre - Evangelismo e Missões - CPAD - Comentarista - Esequias Soares
ESFORÇA-TE PARA GANHAR ALMAS - Orlando Boyer - Editora Vida - ISBN: 857367153X - Ano: 1975
Espada Cortante - Atos: o Evangelho do ESPÍRITO SANTO - Orlando S. Boyer - CPAD
Atos - Série Cultura Bíblica - I. Howard Marshall - SOCIEDADE RELIGIOSA EDIÇÕES VIDA NOVA e ASSOCIAÇÃO RELIGIOSA EDITORA MUNDO CRISTÃO, Rua Antonio Carlos Taconni, 75 e 79, Cidade Dutra, São Paulo-SP, CEP 04810

 http://www.apazdosenhor.org.br/