ESCOLA DOMINICAL BETEL - Conteúdo da Lição 12


Conhecendo e Lidando com os transtornos alimentares 
24 de março de 2019


Texto Áureo
"Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.", 1Co 6.20
Verdade Aplicada
O cuidado exagerado com a aparência pode nos afastar de Deus e nos levar à morte.

1Co 3.16-17; 10.31-36
1 Co 3.16 – Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?
1 Co 3.17 – Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo.
1 Co 10.31 – Portanto, quer comais quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus.
1 Co 10.32 – Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus.
1 Co 10.33 – Como também eu em tudo agrado a todos, não buscando o meu próprio proveito, mas o de muitos, para que assim se possam salvar.

INTRODUÇÃO
Nesta lição, abordaremos a anorexia nervosa e a bulimia nervosa, que são os transtornos alimentares mais conhecidos e comuns. Embora tenham alguns sintomas semelhantes, cada um segue padrões diferentes.
 
1. O QUE É A ANOREXIA NERVOSA? A anorexia nervosa é um distúrbio alimentar que leva a pessoa a ter uma visão distorcida do seu corpo. Este distúrbio é caracterizado pelo medo que o indivíduo tem de ganhar peso, passando a viver uma vida focada na restrição à ingestão de alimentos. Este transtorno pode levar a graves consequências físicas e emocionais.

1.1. Anorexia, enfermidade da alma. A anorexia é uma doença, a qual classificamos como enfermidade da alma, por estar ligada às questões emocionais. As causas são atribuídas a questões genéticas e a fatores culturais, sociais e ambientais. Surge pelo receio do indivíduo em ganhar peso e por vontade exagerada de ser magro. A ditadura do corpo perfeito tem levado muitos indivíduos a assumirem uma conduta perigosa em relação à sua aparência. A Igreja
deve estar atenta a comportamentos extravagantes relacionados à aparência física. Muitos estão deixando de lado o ensino bíblico, que nos revela o propósito de Deus de que cada discípulo de Cristo chegue à estatura de varão perfeito (Ef 4.13).

1.2. Observando a anorexia de perto. Quando percebermos que algum de nossos irmãos está sofrendo com perturbações em relação ao seu peso e estética corporal, não levando em conta os riscos à saúde causados pelo baixo peso, devemos tentar nos aproximar para observar de perto se o mesmo está vivendo um processo anorexia. E necessário informá-lo de que existem tabelas médicas que levam em conta fatores como idade, altura e atividades laborais, que exigem determinadas quantidades de calorias a serem ingeridas. Precisamos estar atentos para intervir junto aos nossos irmãos. A busca pelo tratamento deverá contar com a disponibilidade de quem está sofrendo com a enfermidade, pois sem o seu esforço a cura não será alcançada. É preciso esforço também para cuidar da saúde (Js 1.6).

1.3. Observando comportamentos.Alguns comportamentos, como diminuir a quantidade de comida, cortá-la em pequenos pedaços e empurrá-la para fora do prato, exercitar-se o tempo todo, mesmo com tempo ruim ou com alguma lesão, se recusar a comer perto de alguém e usar comprimidos laxantes e diuréticos, indicam a presença da anorexia. Sintomas físicos também devem ser considerados. Boca seca, sensibilidade exagerada ao frio, pele ressacada e amarelada, perda de resistência óssea e de gordura corporal, desgaste muscular e pensamento lento e confuso sugerem a instalação da enfermidade. O diagnóstico deverá ser feito por uma equipe de especialistas, já que o distúrbio envolve diversas áreas, pois vai do físico ao mental.

2. O QUE É A BULIMIA NERVOSA? A bulimia é um distúrbio alimentar no qual o indivíduo perde o controle em relação à ingestão de alimentos e é levado a episódios de vômito provocado e consumo de medicamentos para controlar o ganho peso. Assim como na anorexia, os que sofrem com a bulimia estão preocupados com a aparência.

2.1. A bulimia e a compulsão alimentar. A bulimia é caracterizada por episódios recorrentes de compulsão alimentar Uma pessoa que em um período de pelo menos duas horas ingira uma quantidade de alimentos acima do normal para este período, com sensação de falta de controle sobre a ingestão, não conseguindo parar de comer ou controlar a quantidade de comida, e que passe a desenvolver comportamentos compensatórios, a fim de impedir o ganho de peso, como vômito autoinduzido, uso indevido de laxantes e diuréticos, exercícios em excesso e jejum, poderá estar vivendo com esta enfermidade. Ao escrever a Gaio, o apóstolo João nos mostra que uma alma saudável sugere uma boa saúde (3 Jo 1-2). Sendo assim, devemos estar atentos ao comportamento de nossos irmãos, para que tenhamos certeza de que tudo está bem.

2.2. Como avaliar? Quando os episódios de compulsão alimentar e os compensatórios ocorrem, no mínimo uma vez por semana e no período de três meses, a situação deve ser avaliada cuidadosamente. A autoavaliação em relação ao corpo feita de maneira indevida, levando em conta o peso e a forma, pode ser vista como um desajuste provocado pela bulimia. Nestes casos, a orientação de um profissional é indispensável. A Bíblia nos orienta quanto a autoavaliação, mostrando que não devemos ser sábios aos nossos próprios olhos, mas temer ao Senhor, pois tais atitudes contribuirão também na qualidade da saúde física e emocional do discípulo de Cristo (Pv. 3.7-8)

2.3. Avaliando a gravidade. A gravidade da bulimia será avaliada de acordo com a quantidade de episódios compensatórios inapropriados (vômito autoinduzido, ingestão de medicamentos) ocorridos em uma semana. Por se tratar de um distúrbio alimentar com muitos fatores envolvidos, somente um profissional poderá determinar o nível de gravidade. Ou seja, ao se perceber o início de comportamentos, como os relacionados nos tópicos anteriores, é importante buscar o devido tratamento.

3. TRANSTORNOS ALIMENTARES: COMO LIDAR? Os transtornos alimentares são caracterizados por perturbações no comportamento alimentar que podem levar ao emagrecimento extremo ou à obesidade. Neste tópico veremos como lidar com estes transtornos.

3.1. Vários estudos realizados. Os transtornos alimentares têm sido amplamente estudados. Alguns estudiosos os associam a síndromes vinculadas à cultura de determinadas sociedades. Essa conclusão se dá pelo fato de os transtornos ocorrerem, na sua maioria, em mulheres jovens de camadas mais privilegiadas do grupo social nos países ocidentais. Fatores biológicos, psicológicos e genéticos não são descartados. Porém aspectos sociais e culturais são os mais comuns observados na instalação da enfermidade. A Igreja de Cristo é um grupo social forte em países ocidentais. Por isso, ela deve exercer seu papel e influenciar para mudar tais comportamentos, auxiliando no tratamento da enfermidade.

3.2. O perigo das pressões culturais. Pressões culturais que exigem um corpo perfeito, seja para atender padrões estéticos ou atender determinadas profissões, como as ligadas à moda e aos esportes, quando associadas a uma baixa autoestima, podem levar o indivíduo a um quadro de anorexia e/ou bulimia. Diante do desafio de viver neste mundo em meio a muitos aspectos culturais em desarmonia com a Palavra de Deus, no que tange ao corpo, o discípulo de Cristo tem na doutrina da mordomia do corpo o contraponto às pressões da cultura vigente, pois revela que o corpo é dádiva de Deus, mas não constitui a plenitude do ser humano, mas uma parte dele. Portanto, devemos servir e glorificar a Deus, também, com o nosso corpo (Rm 12.1; I Co 6.13, 20). Nós, cristãos, sabemos que o nosso corpo pode fraquejar, mas Deus é a nossa fortaleza (Sl 73.26).

3.3. Tratando com equilíbrio. Para tratar os transtornos alimentares, é preciso restaurar o comportamento alimentar e equilibrar o peso ideal, segundo as tabelas médicas. São ações que tem o objetivo de
eliminar o desequilíbrio provocado pelos sintomas da enfermidade. Estes tipos de transtornos são muito complexos, o que exige que o acompanhamento seja feito por uma equipe multiprofissional (psiquiatra, endocrinologista, nutricionista, psicanalista e psicólogo). A Igreja deve exercer a sua função de manter o enfermo em comunhão, fortalecendo a sua fé e apresentando a oração e a Palavra de Deus como recursos eficazes que se encontram à disposição do discípulo de Cristo (Mt 10.8).

CONCLUSÃO O estudo acerca dos transtornos alimentares visa esclarecer a Igreja do Senhor acerca de problemas que são mais comuns do que imaginamos. Estar atento às necessidades de nossos irmãos é uma obrigação de todos, pois a comunhão só é perfeita quando o amor é exercitado (Cl 3.14).

Questionário 
1. O que nos revela o ensino bíblico?
R.: O propósito de Deus de que cada discípulo de Cristo chegue à estatura de varão perfeito (Ef 4.13).

2 . Ao escrever a Gaio, o que o apóstolo João nos mostra?
R.: Que uma alma saldável sugere uma boa saúde (3 Jo 1-2).

3. O que a Bíblia nos orienta quanto à autoavaliação? 
R.: Que não devemos ser sábios aos nossos olhos, mas temer ao Senhor (Pv 3.7-8).

4. Quem é a nossa fortaleza?
R.: Deus (Sl 73.26).

5. Como a Igreja deve apresentar a oração e a Palavra de Deus? 
R.: Como recursos eficazes que se encontram à disposição do discípulo de Cristo (Mt 10.8).

Fonte: Revista Betel

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