Lição 02 - O fundamento e a edificação da Igreja

Lição 02 – 14 de abril de 2019 – Editora BETEL

O fundamento e a edificação da Igreja

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Sobre o fundamento e a edificação da Igreja
Falando no monte das Oliveiras em Betânia (At 1.4-12), Jesus esboçou uma visão que afetaria o mundo inteiro (At 1.8). Ele começou indicando o ponto inicial para a divulgação do Evangelho: Jerusalém, situada a pouco mais de três quilômetros a oeste. De Jerusalém, a mensagem se propagaria por toda a Judéia e Samaria. Eventualmente, alcançaria todo o mundo conhecido, embora a multidão citada no primeiro capítulo de Atos tenha entendido a expressão confins da terra como alusiva à extensão do império romano.
Ainda que hoje a ordem de Jesus pareça admirável, é provável que ela tenha gerado pouco entusiasmo naquela época. Todos os lugares mencionados representavam tribulações e perigos reais e imaginários para os ouvintes da comissão dada por Jesus. Os judeus, a maioria dos ouvintes de Jesus, constituíam minoria no império romano.
Na verdade, a maioria dos apóstolos era proveniente da Galileia, situada ao norte de Samaria. Os galileus continuaram a desprezar os seus irmãos judeus da Judéia, principalmente os de Jerusalém, pelo fato destes considerarem a si mesmos mais puros, ortodoxos e menos contaminados pelas influências estrangeiras. A região do lago era chamada de Galileia dos gentios como forma de escárnio. Até mesmo o sotaque galileu era censurado.
A cidade de Jerusalém não era o lar dos apóstolos, mas era a cidade principal da Judéia, o centro da vida religiosa, política, econômica e cultural dos judeus. A crucificação de Jesus tinha ocorrido na cidade recentemente, e os líderes judaicos ainda conspiravam para acabar com o movimento iniciado pelo crucificado.
Jesus disse aos Seus seguidores que testemunhassem a partir da cidade de Jerusalém, um lugar muito hostil e intimidador para a realização de tal missão. Então os discípulos deve ter pensado: “Jesus poderá nos proteger de uma inevitável oposição? Nós sofreremos o mesmo fim terrível que Ele sofreu?”.
A relação entre Jerusalém e a Judéia era correspondente à relação entre um centro urbano e uma província, ou uma capital e as cidades do interior. Entrando na cidade, o Evangelho também se espalharia pelos arredores desse centro urbano.
De qualquer modo, Jesus foi cuidadoso ao relacionar Judéia e Samaria. As duas regiões mantiveram forte rivalidade, datada do século 8 a.C., quando os assírios, após tomarem o Reino do Norte, colonizaram Samaria com estrangeiros, os quais se casaram com israelitas e acabaram por “corromper” a raça.
A Judéia, cujo nome significa terra dos judeus, considerava-se o lar do mais puro judaísmo e via Samaria com desprezo. Assim, João descreve em seu relato da mulher no poço de Sicar que os judeus não se comunicavam com os samaritanos.
Alcançando a Judéia com o Evangelho, os apóstolos galileus teriam que enfrentar o orgulho regional e a arrogância cultural dos judeus dessa região. Ao entrar em Samaria, os discípulos teriam que superar os antigos preconceitos étnicos.
Falar sobre a expansão do Evangelho aos confins da terra é o mesmo que tratar da inclusão dos gentios pela Grande Comissão, sendo esse o derradeiro desafio posto diante dos apóstolos. Na mente dos mesmos, o mundo estava dividido entre judeus e não-judeus (gentios estrangeiros). Os judeus extremamente ortodoxos não tinham nenhuma relação com os gentios. Até mesmo os judeus como os apóstolos, criados em relativa proximidade com os gentios, evitavam ao máximo qualquer tipo de contato.
Desse modo, para que o Evangelho se expandisse entre os gentios, os seguidores de Jesus teriam que superar séculos de segregação e preconceito de natureza cultural, religiosa e racial, derrubando assim os muros da separação estabelecidos por séculos entre judeus e não-judeus. Os discípulos cumpriram sua missão, mas não sem grande conflito e tensão.
Seguindo o cuidadoso plano divino para todas as nações, raças, povos e tribos, o Evangelho do Senhor Jesus atravessou fronteiras e abriu todas as portas cerradas duramente pelo preconceito e pela ignorância humanas, atravessando o mundo da época de fora a fora, e ainda hoje, se expande velozmente, apesar da furiosa oposição do inimigo de nossas almas. Contra a Igreja do Senhor Jesus, as portas do inferno nunca prevalecerão! (Mt 16.18).
Uma semana abençoada para todos os irmãos, na Paz do Senhor Jesus!
Márcio Celso

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 1º Trimestre de 2019, ano 29 nº 111 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Jovens e Adultos – Professor – Igreja, povo escolhido e nomeado por Deus – A relevância de conhecermos sua origem, propósito, fundamento, história e missão - Pastor Sérgio Nascimento da Costa.
Sociedade Bíblica do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e Corrigida.
Sociedade Bíblica do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e Atualizada.
Editora Vida – 2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso Eronildes Fernandes.
Editora Vida – 2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida – 2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora Central Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia – Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.
Editora CPAD – 2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.
Editora Vida – 2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão internacional – Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown. www.revistaebd.com