3º Trim. 2014 - JUNIORES - Lição 1: A Bíblia é a Palavra de Deus

3º Trim. 2014 - JUNIORES - Lição 1: A Bíblia é a Palavra de Deus
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
JUNIORES – CPAD
3º Trimestre de 2014
Tema: Em que acreditamos?
Comentaristas: Miriam Reiche e Luciana Alves de Souza


Ao Mestre
Prezado (a) estamos iniciando mais um trimestre, é imprescindível que o façamos com nosso espírito renovado na Presença e Unção do Senhor Jesus. Dedique todos os dias um tempo para estar orando e meditando na Palavra de Deus, é a única forma de nos mantermos vivos espiritualmente. Hoje me nossas igrejas, há muitos que “que têm nome de que vives e estás morto” (Ap 3.1), exatamente porquê não se alimentam da Palavra de Deus.

Nós, que fomos chamados para sermos professores de EBD (Escola Bíblica Dominical) não devemos ser assim. Como ensinaremos o que não sabemos. Como iremos conduzir nossos pequenos à Cristo se nós mesmos não O conhecemos?
Lembremo-nos do conselho paulino: “... O que ensina esmere-se no fazê-lo”. (Rm 12.7- ARA).
Deus continue a abençoar o seu ministério.


LIÇÃO 1 – A BÍBLIA É A PALAVRA DE DEUS


Texto Bíblico:Sl 119


Objetivo
Professor ministre sua aula de forma a conduzir seu aluno a:
Ø  Compreenderque Deus é eterno, logo sua Palavra subsistirá para sempre.
Ø  Crerque a Palavra de Deus, por séculos tem provado sua veracidade e autenticidade. Não é uma simples literatura, ela tem se cumprido dia a dia, testificando sua infabilidade, comprovando ser a Palavra de Deus.
Ø  Agradecera Deus, por ter conservado ao longo dos séculos a Sua Palavra, nos concedendo a graça de ter chegado até nós. Pois grande é a Sua Fidelidade.


Exercitando a memória
“Pois toda a Escritura Sagrada é inspirada por Deus e é útil para ensinar a verdade, condenar o erro, corrigir as faltas e ensinar a maneira certa de viver.”(2 Tm 3.16 – NTLH).

Enfatize aos pequenos que a Bíblia é o único Livro que faz isso, porque seu Autor é o próprio Deus, nosso Criador e ninguém conhece melhor os seres humanos do que Ele. A Bíblia é nosso manual, nossa bússola que nos conduz ao céu.


Crescendo no conhecimento
Prezado (a) como em nossa lição de hoje, falaremos acerca da Palavra de Deus que subsiste eternamente, e para isso gostaria de falar um pouco acerca da Arqueologia, esta ciência tem contribuido muito para a comprovação da veracidade e autenticidade da Bíblia.

A palavra arqueologia vem de duas palavras gregas, archaios e logos, que significam literalmente “um estudo das coisas antigas”. O conhecimento neste campo se obtém pela observação e estudo sistemáticos, e os fatos descobertos são avaliados e classificados num conjunto organizado de informações. A arqueologia é também uma ciência composta, pois busca auxílio em muitas outras ciências, tais como a química, a antropologia e a zoologia.

A arqueologia bíblica pode ser definida como um exame de artefatos antigos outrora perdidos e hoje recuperados e que se relacionam ao estudo das Escrituras e à caracterização da vida nos tempos bíblicos.
Embora a maioria das pessoas pense em grandes monumentos e peças de museu e em grandes feitos de reis antigos quando se faz menção da arqueologia bíblica, atualmente cresce o conhecimento de que inscrições e manuscritos também têm uma importante contribuição ao estudo da Bíblia. Embora no passado a maior parte do trabalho arqueológico estivesse voltada para a história bíblica, hoje ela se volta crescentemente para o texto da Bíblia.
O estudo intensivo de mais de 3.000 manuscritos do N.T. grego, datados do segundo século da era cristão em diante, tem demonstrado que o N.T. foi notavelmente bem preservado em sua transmissão desde o terceiro século até agora. Nem uma doutrina foi pervertida. Westcott e Hort concluíram que apenas uma palavra em cada mil do N.T. em grego possui uma dúvida quanto à sua genuinidade.
B. P. Grenfell e A. S. Hunt realizaram escavações no distrito de Fayun, no Egito (1896-1906), e descobriram grandes quantidades de papiros, dando início à ciência da papirologia.
Os papiros, escritos numa espécie de papel grosseiro feito com as fibras de juncos do Egito, incluíam uma grande variedade de tópicos apresentados em várias línguas. O número de fragmentos de manuscritos que contêm porções do N.T. chega hoje a 77 papiros. Esses fragmentos ajudam a confirmar o texto encontrado nos manuscritos maiores, feitos de pergaminho, datados do quarto século em diante, ajudando assim a forma uma ponte mais confiável entre os manuscritos mais recentes e os originais.

O impacto da papirologia sobre os estudos bíblicos foi fenomenal. Muitos desses papiros datam dos primeiros três séculos da era cristã. Assim, é possível estabelecer o desenvolvimento da gramática nesse período, e, com base no argumento da gramática histórica, datar a composição dos livros do N.T. no primeiro século da era cristã. Na verdade, um fragmento do Evangelho de João encontrado no Egito pode ser paleograficamente datado de aproximadamente 125 AD. Descontado um certo tempo para o livro entrar em circulação, deve-se atribuir ao quarto Evangelho uma data próxima do fim do primeiro século - é exatamente isso que a tradição cristã conservadora tem atribuído a ele. Ninguém duvida que os outros três Evangelhos são um pouco anteriores ao de João. Se os livros do N.T. foram produzidos durante o primeiro século, foram escrito bem próximo dos eventos que registram e não houve tempo de ocorrer qualquer desenvolvimento evolutivo.

Todavia, a contribuição dessa massa de papiros de todo tipo não pára aí. Eles demonstram que o grego do N.T. não era um tipo de linguagem inventada pelos seus autores, como se pensava antes. Ao contrário, era, de modo geral, a língua do povo dos primeiros séculos da era cristã. Menos de 50 palavras em todo o N.T. foram cunhadas pelos apóstolos. Além disso, os papiros demonstraram que a gramática do N.T. era grego de boa qualidade, se julgada pelos padrões gramaticais do primeiro século, não pelos do período clássico da língua grega. Além do mais, os papiros gregos não-bíblicos ajudaram a esclarecer o significado de palavras bíblicas cuja compreensão ainda era duvidosa, e lançaram nova luz sobre outras que já eram bem entendidas.

Até recentemente, o manuscrito hebraico do A.T. de tamanho considerável mais antigo era datado aproximadamente do ano 900 da era cristã, e o A.T. completo era cerca de um século mais recente. Então, no outono de 1948, os mundos religioso e acadêmico foram sacudidos com o anúncio de que um antigo manuscrito de Isaías fora encontrado numa caverna próxima à extremidade noroeste do mar Morto. Desde então um total de 11 cavernas da região têm cedido ao mundo os seus tesouros de rolos e fragmentos. Dezenas de milhares de fragmentos de couro e alguns de papiro forma ali recuperado. Embora a maior parte do material seja extrabíblico, cerca de cem manuscritos (em sua maioria parciais) contêm porções das Escrituras. Até aqui, todos os livros do A.T., exceto Éster, estão representados nas descobertas. Como se poderia esperar, fragmentos dos livros mais freqüentemente citados no N.T. também são mais comuns em Qumran (o local das descobertas). Esses livros são Deuteronômio, Isaías e Salmos. Os rolos de livros bíblicos que ficaram melhor preservados e têm maior extensão são dois de Isaías, um de Salmos e um de Levítico.

O significado dos Manuscritos do Mar Morto é tremendo. Eles fizeram recuar em mais de mil anos a história do texto do A.T. (depois de muito debate, a data dos manuscritos de Qumran foi estabelecida como os primeiros séculos AC e AD). Eles oferecem abundante material crítico para pesquisa no A.T., comparável ao de que já dispunham há muito tempo os estudiosos do N.T. Além disso, os Manuscritos do Mar Morto oferecem um referencial mais adequado para o N.T., demonstrando, por exemplo, que o Evangelho de João foi escrito dentro de um contexto essencialmente judaico, e não grego, como era freqüentemente postulado pelos estudiosos. E ainda, ajudaram a confirma a exatidão do texto do A.T. A Septuaginta, comprovaram os Manuscritos do Mar Morto, é bem mais exata do que comumente se pensa. Por fim, os rolos de Qumran nos ofereceram novo material para auxiliar na determinação do sentido de certas palavras hebraicas. 

Em todas essas coisas, podemos ver a Mão de Deus a preservar a Sua Palavra. E temos a convicção de a Bíblia é um livro que tem continuado vivo através dos séculos.
Como já vimos em lições anteriores, o termo Bíblia tem origem no grego "Biblos" e somente foi usado a partir do ano 200 d.C. pelos cristãos é um livro singular, inspirado por Deus, diversos Escribas, Sacerdotes, Reis, Profetas e Poetas (2 Tm 3.16; 2 Pe 1.20,21) a escreveram, num período aproximado de 1.500 anos, foram mais de 40 pessoas, e de forma inegável,  vê-se a mão de Deus na sua unidade. Estes textos foram copiados e recopilados de geração para geração em diversos idiomas, tais como: Hebraico, Aramaico e grego, até chegar a nós.
Estudiosos verificaram através do Método Textual, que 99% dos textos mantêm-se fiel aos originais, isso é certamente uma Obra Divina, levando em consideração os milhares de anos entre a escrita e nossos dias.

A Bíblia em sua forma original era desprovida das divisões de capítulos e versículos. Para facilitar sua leitura e localização de citações o Prof. Stephen Langton, no ano de 1227 d.C. a dividiu em capítulos. Até o ano de 1551 d.C. não existia a divisão denominada versículo. Neste ano o Sr. Robert Stephanus chegou à conclusão da necessidade de uma subdivisão e agrupou os texto em versículos. Até a invenção da gráfica por Gutenberg, a Bíblia era um livro extremamente raro e caro, pois eram todos feitos artesanalmente (manuscritos) e poucos tinham acesso às Escrituras.

Atualmente, temos esta Grande Obra Literária concluída. A Bíblia é composta de 66 livros, 1.189 capítulos, 31.173 versículos, mais de 773.000 palavras e aproximadamente 3.600.000 letras. Gasta-se em média 50 horas (38 VT e 12 NT) para lê-la ininterruptamente ou pode-se lê-la em um ano seguindo estas orientações: 3,5 capítulos diariamente ou 23 por semana ou ainda, 100 por mês em média.

Encontra-se traduzida em mais de 1000 línguas e dialetos, o equivalente a 50% das línguas faladas no mundo. Há uma estimativa que já foi comercializado no planeta milhões de exemplares entre a versão integral e o NT. Mais de 500 milhões de livros isolados já foram comercializados. Afirmam ainda que a cada minuto 50 Bíblias são vendidas, perfazendo um total diário de aproximadamente 72 mil exemplares! Não é uma maravilha!!?

Façamos nossas as palavras do Apostolo Paulo:
“Pelo que também damos, sem cessar, graças a Deus, pois, havendo recebido de nós a palavra da pregação de Deus, a recebestes, não como palavra de homens, mas (segundo é, na verdade) como palavra de Deus, a qual também opera em vós, os que crestes.”(1 Ts 2.13)

Esforcemo-nos para que possamos ser o veículo, pelo qual DEUS levará Sua Palavra a muitos corações. Se assim fizermos, com certeza, muitos serão alcançados.

A própria Bíblia testifica de que, a Palavra de Deus é eterna, “Seca-se a erva, e murcha a flor; mas a palavra de nosso Deus subsiste eternamente”. (Is 40.8). Através dela possuímos o registro da revelação de Deus: “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas,  nestes últimos dias a nós nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, e por quem fez também o mundo” (Hb 1.1,2).

Através dela reconhecemos o pecado. Através dela experimentamos a esperança. Através dela provamos a fé. Através dela alcançamos a misericórdia. E através dela ganhamos a salvação. A Bíblia possui a mensagem completa para a vida do homem, vida terrena e vida eterna.  Cada vez que se lê a Palavra de Deus mais se descobre a riqueza contida em suas páginas.


Aplicação da Lição
Enfatize aos pequenos  que a Atualidade da Bíblia atesta a sua inspiração divina. O passar dos séculos não a afetam. A Bíblia é semelhante a uma fonte de água. A fonte é sempre a mesma, mas a água é sempre fresca. É o tesouro celestial. Mas como com os tesouros da terra, suas riquezas devem ser diligentemente procuradas, se as quisermos encontrar.
Cada vez que a lemos, encontramos coisas novas, e surpreendidos exclamamos: “Como não havia visto isso!!?

A Palavra de Deus é viva e refrigera tanto ocidentais como orientais, antigos como modernos. Têm-se escrito milhares e milhares de livros sobre ela. E ninguém a esgota. Pois bem, o que a mente do homem produz, a mente do homem pode esgotar. Se ninguém a pode esgotar, isso por si revela que a Mente que está por detrás dela não é humana. É mente divina. A Bíblia é a Palavra de Deus, a Bíblia é inesgotável. Louvemos em coro o Grande Autor da Bíblia: “Para sempre, ó SENHOR, a tua palavra permanece no céu.” (Sl 119.89).

Fontes Consultadas:
·         Bíblia de Estudo de Aplicação Pessoal – Editora CPAD – edição 2003
·         Bíblia de Estudo Plenitude – SBB/1995 – Barueri/SP
·         Bíblia de Estudo Pentecostal – Editora CPAD – Edição 2002.
·         Bíblia Shedd – Editora Mundo Cristão – 2ª Edição
·         Bíblia de Estudo da Mulher – Editora Mundo Cristão/SBB – Edição 2003
·         Dicionário Vine – Editora CPAD – 3ª Edição 2003
·         365 Lições de vida extraídas de Personagens da Bíblia - Rio de Janeiro Editora CPAD
·         Richards – Lawrence O. – Guia do leitor da Bíblia – Editora CPAD – 8[ Edição/2009

Colaboração para Portal Escola Dominical – Profª. Jaciara da Silva
FONTE PORTAL EBD