“Conheço as tuas obras, e tribulação, e pobreza (mas tu és rico), e a blasfêmia dos que se dizem judeus, e não o são, mas são a sinagoga de Satanás” (Ap 2.9).
A igreja de Esmirna viveu num período de perseguição e grande tribulação. Na Tribulação Governamental, onde o império usava seu governo através de leis, esmagavam os cristãos. Nas praças públicas, existiam os bustos e os incensos dos imperadores para serem adorados. (Na verdade os bustos e estatuetas dos governantes que hoje são reproduzidos nas praças são provenientes do império romano).
Quando os cristãos eram arrastados até as praças para adorarem e jurarem diante da estátua do César e dizerem: "César é senhor". Então diziam: "Cristo é o Senhor". Com isso eram torturados e mortos.
Quando Jesus disse através da carta de João: “Conheço as tuas obras, e tribulação, e pobreza (mas tu és rico)” ele estava ciente de toda a perseguição. E apesar de Esmirna viver seu apogeu econômico, a igreja vivia em pobreza. Isso porque o Imperador ordenou para não comprarem de comerciantes cristãos, e os empregados cristãos eram despedidos. A perseguição econômica fez com que a pobreza entrasse na igreja. Precisavam de víveres, ajuda e sustendo para a sobrevivência.
Os propagadores da Teologia da Prosperidade certamente diriam: "A igreja estava sem fé, era só determinar, decretar a prosperidade, ou contribuir com ofertas alçadas e ser dizimistas, que a BENÇÂO do dim dim viriam sobre eles. Ou quem sabe, contribuir com algum programa televisivo, ou alguma campanha para o milhão cair na conta deles".
Mas Cristo ordena a João escrever, que apesar da pobreza financeira, eram ricos da fé, do amor de Deus, da fidelidade a Deus e do favor de Deus... Riquezas para Deus não é só grana meu irmão, precisamos entender a Palavra de Cristo, somos ricos apesar de desprovidos do dinheiro.
Apesar do sofrimento da igreja, João não chegou com uma mensagem de auto-ajuda para a igreja. Mas disse que padeceriam mais, alguns seriam lançados na prisão e até morreriam. Mas a mensagem de conforto seria para serem fiel até a morte, iriam morrer, mas a vitória estaria na morte. Que Deus é este que não livra da morte? Não entra com providência para livrar a igreja mais os anima a morrer? Assim pensam os crentes de campanhas, os da auto-ajuda e da vitória financeira.
Mas os cristãos que conhecem a Cristo, e amam a sua palavra, e sabem que estão no mundo não para ser referência no mercado financeiro, mas para salvar alguns arrebatando-os do fogo. Estes amam a promessa da vinda de Cristo, não tem a sua vida por preciosa, mas se regozijam em sofrer e morrer pela causa do mestre.
“Se pelo nome de Cristo sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus; quanto a eles, é ele, sim, blasfemado, mas quanto a vós, é glorificado” (1 Pedro 4:14).
Texto escrito por
Geziel Silva Costa
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