Governo da Malásia libera 35.000 Bíblias apreendidas


Mulçumanos brigam por exclusividade à palavra Alá (Deus)

Governo da Malásia libera 35.000 Bíblias apreendidas
Em uma declaração feita nesta terça-feira (15), o primeiro-ministro do departamento afirmou que estava liberando as Bíblias como compromisso de resolver "questões", que dividiram profundamente a Malásia.

 Desde a semana passada, o governo nacional vem sendo cobrado pelos cristãos devido a apreensão de 5.000 Bíblias em Port Klang desde março de 2009, e 30.000 cópias no Porto de Kuching Sarawak. Embora a Bíblia não seja ilegal no país de maioria muçulmana, as 35.000 bíblias foram apreendidas, devido uma batalha judicial em curso para o uso de "Alá" como tradução à palavra "Deus". 

O governo vê a palavra "Alá", que significa “Deus”, como exclusiva para o Islã, e insiste que os muçulmanos seriam confundidos com o uso de "Alá" em outras publicações – no caso, nas Escrituras Sagradas. 

Os cristãos da Malásia sempre usaram "Alá" para se referir ao nosso Deus, o Criador de todas as coisas. Eles argumentam que a palavra árabe data de um período pré-islamismo e, portanto, deve ser livre e de direito para uso do Cristianismo. 

Em 2007, a Igreja Católica na Malásia, abriu um processo contra o governo depois que as autoridades ameaçaram revogar a autorização de impressão de uma publicação católica que usava a palavra "Alá". 

Posteriormente, em dezembro de 2009, a Corte Suprema da nação concedeu às minorias religiosas da Malásia, o direito à palavra "Alá". Os muçulmanos, irritados com a decisão judicial, bombardearam e incendiaram 11 igrejas em janeiro passado. Então, o governo recorreu da decisão com sucesso, em fevereiro de 2010. Mesmo assim, funcionários prometeram manter a distribuição de Bíblias pelo menos nos dois mais populosos Estados da Malásia - Sarawak e Sabah - como afirmou um comunicado da Federação Cristã da Malásia (CFM). 

De acordo com o CIA World Factbook, os muçulmanos formam 60,4 por cento da população da Malásia de 25,7 milhões de pessoas. Em contraste, cerca de 19,2 por cento se atribuem ao Budismo, enquanto apenas 9,1 por cento dos malaios são cristãos.  FONTE CPAD NEWS