LIÇÃO 1 - A DEFESA DO APOSTOLADO DE PAULO



 
 
 
TEXTO ÁUREO

"Porque, como as aflições de CRISTO são abundantes em nós, assim também a nossa consolação sobeja por meio de CRISTO" (2 Co 1.5).
 
 
 
VERDADE PRÁTICA
Apesar dos dissabores e angústias de nossa jornada cristã, jamais nos faltará a consoladora presença do ESPÍRITO SANTO.

 
 
 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - SI 59.9 - DEUS é a nossa alta defesa

Terça - Fp 1.16 - Paulo, levantado por DEUS para a defesa do evangelho

Quarta - Fp 1.27 - O combate do cristão em defesa da fé

Quinta - Tt 1.1 3 - Em defesa de uma fé saudável

Sexta - 2 Co 1.9,10 - O livramento divino de um defensor da fé

Sábado - 1 Co 1. 18 - Em defesa da palavra da cruz

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 2 Coríntio 1.12-14; 10.4,5

2 Coríntios 1

12 - Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência, de que, com simplicidade e sinceridade de DEUS, não com sabedoria carnal, mas na graça de DEUS, temos vivido no mundo e maiormente convosco. 13 - Porque nenhumas outras coisas vos escrevemos, senão as que já sabeis ou também reconheceis; e espero que também até ao fim as reconhecereis, 14 - como também já em parte reconhecestes em nós, que somos a vossa glória, como também vós sereis a nossa no Dia do Senhor JESUS.
1.12 NOSSA GLÓRIA É ESTA. A base de Paulo para alegrar-se e gloriar-se era a sinceridade e a integridade do seu comportamento. Ele tomara a resolução de que, por toda sua vida cristã, permaneceria fiel ao seu Senhor; recusar-se-ia a conformar-se com o mundo, que crucificou seu Salvador, e perseveraria na santidade, até DEUS levá-lo para o lar celestial (Rm 12.1,2). Na vida eterna futura, nossa maior alegria será a consciência de termos vivido a nossa vida "com simplicidade e sinceridade de DEUS", por CRISTO nosso Salvador.

2 Coríntios 10

4 - Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em DEUS, para destruição das fortalezas; 5 - destruindo os conselhos e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de DEUS, e levando cativo todo entendimento à obediência de CRISTO.
10.4 AS ARMAS DA NOSSA MILÍCIA. Nossa luta é contra as hostes espirituais da maldade (Ef 6.12). Por isso, as armas carnais e humanas, tais como argúcia, habilidade, riqueza, capacidade organizacional, eloqüência, persuasão, influência e personalidade são, em si mesmas, inadequadas para destruir as fortalezas de Satanás. As únicas armas adequadas para desmantelar os arraiais de Satanás, a injustiça e os falsos ensinos são as que DEUS nos dá. 
(1) Essas armas são poderosas porque são espirituais e provêm de DEUS. Noutros trechos, Paulo alista algumas dessas armas a dedicação à verdade, uma vida de retidão, a proclamação do evangelho, a fé, o amor, a certeza da salvação, a Palavra de DEUS e a oração perseverante (Ef 6.11-19; 1 Ts 5.8). Mediante o emprego dessas armas contra o inimigo, a igreja sairá vitoriosa. Isto é: a presença e o reino de DEUS se manifestarão poderosamente para salvar os pecadores, expulsar demônios, santificar os crentes, batizá-los no ESPÍRITO SANTO e curar os enfermos. 
(2) A igreja de nossos dias é freqüentemente tentada a enfrentar o desafio do mundo por meios carnais e com as armas mundanas, i.e., sabedoria, filosofia e psicologia humanistas, atrações emocionantes, atividades nas igrejas centradas em passatempo, etc. Com muita freqüência, essas coisas servem, hoje, como substitutas das práticas básicas do NT: a oração fervente, a fidelidade incondicional à Palavra de DEUS e a proclamação fervorosa do evangelho, com poder. Tais armas, porém, não trarão um reavivamento no ESPÍRITO SANTO, porque não têm nenhuma possibilidade de destruir as fortalezas do pecado, livrar-nos do poder de Satanás e desfazer as paixões malignas que grassam no mundo de hoje. Se usarmos as armas do mundo, apenas secularizaremos a igreja e a privaremos das armas da fé, da justiça e do poder do ESPÍRITO SANTO. Tragicamente, isso resultará em a igreja ser vencida pelos poderes das trevas e suas famílias serem dominadas e manipuladas pelas forças do mal, que agem no mundo.
10.5 LEVANDO CATIVO TODO ENTENDIMENTO. A nossa guerra contra o mal inclui o alinhamento de todos os nossos pensamentos com a vontade de CRISTO. Deixar permanecer em nossa mente pensamentos contrários à santidade de DEUS nos levará ao pecado e à morte espiritual (Rm 6.16,23; 8.13). Siga os quatro passos abaixo para sujeitar todos os seus pensamentos ao senhorio de CRISTO: 
(1) Saiba que DEUS conhece todos os seus pensamentos, e de que nada jamais se oculta dEle (Sl 94.11; 139.2,4,23,24). Somos tão responsáveis diante de DEUS pelos nossos pensamentos, quanto somos pelas nossas palavras e ações (5.10; Ec 12.14; Mt 12.35-37; Rm 14.12). 
(2) Saiba que a mente é um campo de batalha. Alguns pensamentos têm sua origem em nós mesmos, enquanto outros provêm diretamente do inimigo. Levar cativo todo o pensamento à obediência de CRISTO demanda uma guerra espiritual contra a natureza humana pecaminosa e as forças satânicas (Ef 6.12,13; cf. Mt 4.3-11). Quando você for atacado com pensamentos maus ou imundos, resista-os e rejeite-os firmemente em nome do Senhor JESUS CRISTO. Permita que a paz de DEUS guarde o seu coração e mente, em CRISTO JESUS (Fp 4.7). Nas lutas espirituais lembre-se de que nós, crentes, vencemos nosso adversário pelo sangue do Cordeiro, pela palavra do nosso testemunho e por dizer um "NÃO" persistente ao diabo, à tentação e ao pecado (Tt 2.11,12; Tg 4.7; Ap 12.11; cf. Mt 4.3-11). 
(3) Seja resoluto ao concentrar a sua mente em CRISTO e nas coisas celestiais, e não nas coisas terrenas (Fp 3.19; Cl 3.2). Compreenda que a mente firmada no ESPÍRITO é vida e paz, ao passo que a mente firmada na carne é morte (Rm 8.6,7). Encha sua mente da Palavra de DEUS (Sl 1.1-3; 19.7-14; 119) e com aquilo que é verdadeiro, justo e de boa fama (Fp 4.8). 
(4) Tenha cuidado com aquilo que seus olhos vêem e seus ouvidos ouvem. Recuse-se terminantemente:
(a) a deixar seus olhos serem um instrumento de concupiscência (Jó 31.1; 1 Jo 2.16) e
(b) a colocar diante dos seus olhos qualquer coisa má ou vil, quer livros, revistas, quadros, televisão/vídeo/filmes ou cenas da vida real (Sl 101.3; Is 33.14,15; Rm 13.14).
 

 

Esboço de 2ª Coríntios (BEP - CPAD)

Introdução (1.1-11)
I. Defesa de Paulo em Prol da Maioria Leal (1.12—7.16)
A. Contestação de que Ele Era Inconstante (1.12-22)
B. Explicação da Mudança nos Seus Planos de Viagem (1.23—2.17)
C. Esclarecimento Sobre a Natureza do Seu Ministério (3.1—6.10)
1. A Serviço de um Novo Concerto (3.1-18)
2. Às Claras e Verdadeiro (4.1-6)
3. Com Sofrimento Pessoal (4.7—5.10)
4. Com Dedicação e Ternura (5.11—6.10)
D. Apelo Pessoal aos Coríntios e Consideração Afetuosa por Eles (6.11—7.16)

II. A. Coleta para os Cristãos Necessitados de Jerusalém (8.1—9.15)
A. A Graça da Liberalidade Cristã (8.1-15)
B. Tito e Suas Providências Para a Oferta (8.16-24)
C. Um Apelo Por uma Oferta Imediata (9.1-5)
D. Um Apelo Por uma Oferta Generosa (9.6-15)

III. A Resposta de Paulo à Minoria Descontente (10.1—13.10)
A. Resposta às Acusações de Covardia e Fraqueza (10.1-18)
B. Relutante Auto Defesa do Apostolado de Paulo (11.1—12.18)
1. Justificativa do Tom Jactancioso (11.1-15)
2. Declaração de Não Ser Inferior aos Judaizantes (11.16—12.10)
3. Prerrogativas Legítimas do Apostolado de Paulo (12.11-18)
C. A Advertência de uma Terceira Visita Iminente (12.19—13.10)
1. Preocupação Pelos Coríntios (12.19-21)
2. Exortação à Firmeza (13.1-10)

Conclusão (13.11-14)
Autor: Paulo
Tema: Glória Através do Sofrimento
Data: 55/56 d.C.
 

 

Considerações Preliminares
Paulo escreveu esta epístola à igreja de Corinto e aos crentes de toda a Acaia (1.1), identificando-se duas vezes pelo nome (1.1; 10.1). Tendo Paulo fundado a igreja em Corinto, durante sua segunda viagem missionária, manteve contato freqüente com os coríntios a partir de então, por causa dos problemas daquela igreja (ver a introdução a 1 Coríntios).A seqüência desses contatos e o contexto em que 2 Coríntios foi escrito são os seguintes: (1) Depois de alguns contatos e correspondência inicial entre Paulo e a igreja (e.g. 1 Co 1.1; 5.9; 7.1), ele escreveu 1 Coríntios, de Éfeso, (primavera de 55 ou 56 d.C.). 
(2) Em seguida, ele fez uma viagem a Corinto, cruzando o mar Egeu, para tratar de problemas surgidos na igreja. Essa visita, no período entre 1 e 2 Coríntios (cf. 13.1,2), foi espinhosa para Paulo e para a congregação (2.1,2). (3) Depois dessa visita afonosa, informes chegaram a Paulo em Éfeso de que seus adversários estavam atacando a sua autoridade apostólica em Corinto, tentando persuadir uma parte da igreja a rejeitá-lo. 
(4) Respondendo, Paulo escreveu 2 Coríntios, na Macedônia (outono de 55 ou 56 d.C.). 
(5) Pouco depois, Paulo viajou outra vez a Corinto (13.1), permanecendo ali cerca de três meses (cf. At 20.1-3a). Foi ali que escreveu a Epístola aos Romanos. 

Propósito
Paulo escreveu esta epístola a três classes de pessoas em Corinto. 
(1) Primeiro, escreveu para encorajar a maioria da igreja que lhe era fiel, como seu pai espiritual. 
(2) Escreveu para contestar e desmascarar os falsos apóstolos que continuavam a difamá-lo, para, assim, enfraquecer a sua autoridade e o seu apostolado, e distorcer a sua mensagem. 
(3) Escreveu, também, para repreender a minoria na igreja influenciada por seus oponentes e que não acatavam a sua autoridade e correção. Paulo reafirmou sua integridade e sua autoridade apostólica em relação a eles, esclareceu os seus motivos e os advertiu contra novas rebeliões. 
2 Coríntios visou a preparar a igreja como um todo, para sua visita iminente.

Visão Panorâmica
2 Coríntios tem três divisões principais. 
(1) Na primeira (1—7), Paulo começa dando graças a DEUS pela sua consolação em meio aos sofrimentos em prol do evangelho, elogia os coríntios por disciplinarem um grande transgressor e defende a sua integridade ao alterar seus planos de viagem. 
Em 3.1—6.10, Paulo apresenta o mais extenso ensino do NT sobre o verdadeiro caráter do ministério. Ressalta a importância da separação do mundo (6.11—7.1) e expressa sua alegria ao saber, através de Tito, do arrependimento de muitos na igreja de Corinto, que antes desacatavam a sua autoridade apostólica (7). 
(2) Nos caps. 8 e 9, Paulo exorta os coríntios a demonstrar a mesma generosidade cristã e sincera dos macedônios, ao contribuírem na campanha por ele dirigida, a favor dos crentes pobres de Jerusalém. 
(3) O estilo da epístola muda nos caps. 10—13. Agora, Paulo defende o seu apostolado, discorrendo sobre a sua chamada, qualificações e sofrimentos como um verdadeiro apóstolo. Com isso, Paulo espera que os coríntios reconheçam os falsos apóstolos entre eles, o que os poupará de futura disciplina quando ele lá chegar. 
Paulo termina 2 Coríntios com a única bênção trinitária no NT (13.13).

Características Especiais
Quatro fatos principais caracterizam esta epístola. 
(1) É a mais autobiográfica das epístolas de Paulo. Suas muitas referências pessoais são feitas com humildade, desculpas e até mesmo constrangimento, mas foi necessário, tendo em vista a situação em Corinto. 
(2) Ultrapassa todas as demais epístolas paulinas no que tange à revelação da intensidade e profundidade do amor e cuidado de Paulo por seus filhos espirituais. 
(3) Contém a mais completa teologia do NT sobre o sofrimento do crente (1.3-11; 4.7-18; 6.3-10; 11.23-30; 12.1-10), e de igual modo, sobre a contribuição cristã (8—9). 
(4) Termos-chaves, tais como fraqueza, aflição, lágrimas, perigos, tribulação, sofrimento, consolação, jactância, verdade, ministério e glória, destacam o conteúdo incomparável desta carta.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para esta primeira aula, sugerimos que seja feito um esboço geral da epístola. Reproduza o esquema abaixo no quadro-de-giz ou tire cópias para os alunos. Explique à classe que Paulo tentou de todas as maneiras ajudar os irmãos coríntios a resolverem os problemas existentes na Igreja. Todavia, alguns falsos obreiros começaram a negar a autoridade apostólica de Paulo e a caluniá-Io. Portanto, ele foi obrigado a escrever a Segunda Epístola aos Coríntios para defender sua autoridade apostólica, afirmar seu ministério e refutar os falsos mestres daquela igreja.

 
 
 
 
 
RESUMO DA REVISTA DA CPAD 1° TRIMESTRE DE 2010

LIÇÃO 1 - A DEFESA DO APOSTOLADO DE PAULO
INTRODUÇÃO
A Segunda Epístola de Paulo aos Coríntios foi uma resposta ao antagonismo que havia se 
levantado contra a sua autoridade apostólica, pois o seu modo incisivo de doutrinar havia 
chocado alguns conceitos dos cristãos de Corinto.
I. A CIDADE DE CORINTO
1. Uma metrópole estratégica do século I d.C.
2. Uma cidade histórica e libertina.
3. Local da carta.
II- OBJETIVO DA CARTA
1. Autoria e características da carta.
2. A carta tem um caráter pessoal.
3. A exposição do ministério e apostolado paulinos e a coleta para os necessitados.
É evidente que o apóstolo tratou de outros assuntos (6.14-18 é apenas um desses), entretanto, 
de certa forma, esses objetivos também oferecem uma estrutura para o estudo de 2 Coríntios:

a) A exposição do ministério paulino (capítulos 1-7).

b) A coleta para os necessitados (capítulos 8-9).
c) A defesa do apostolado paulino (capítulos 10-13).
III- AS LIÇÕES QUE APRENDEMOS COM PAULO
1 . Amar sem ser conivente com o erro.
2. Ser obreiro é estar disposto a sofrer perseguições internas.
3. Paulo não tomou todos por alguns.
CONCLUSÃO
Além de todos os aspectos históricos e geográficos que contribuem para que entendamos que 
DEUS conduz a história na realização da sua soberana vontade, é preciso não perder de vista 
a vocação que cada um de nós recebeu da parte do Senhor.

 
 

SINOPSE DO TÓPICO (1) A Segunda Carta de Paulo aos Coríntios foi uma resposta ao antagonismo que havia se levantado contra a autoridade apostólica do doutor dos gentios.
SINOPSE DO TÓPICO (2) O objetivo da Segunda epístola é promover a unidade e o crescimento da igreja, com vistas ao amor fraternal.

SINOPSE DO TÓPICO (3) Apesar dos males diversos causados ao apóstolo, ele não desistiu daquelas ovelhas, e como pastor espiritual daquele rebanho, estava pronto a defender os fiéis e repelir os lobos predadores.

 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Geográfico
Corinto - "Uma cidade muito antiga.

Os primeiros colonizadores chegaram à Corinto no quinto ou sexto milênio a.C. Mas a Corinto do período clássico foi realmente estabelecida com a invasão dos dórios. Por volta de 1000 a.C., esse povo grego se estabeleceu no sopé da acrópole de Corinto. Ocupando um lugar de segurança, eles também controlavam a principal rota comercial por terra entre o Peloponeso e a Grécia central, como também a rota Istmiana. Chegando logo a um alto grau de prosperidade, a cidade colonizou Siracusa na Sicília e a ilha de Corcira (a atual Corfu) e alcançou um pico de prosperidade através do desenvolvimento comercial e industrial. A cerâmica e o bronze de Corinto foram largamente exportados pelo Mediterrâneo.
Corinto entrou em conflito com Roma durante o século 11 a.C., foi finalmente destruída pelos romanos em 146 a.C., e permaneceu virtualmente desabitada até que Júlio César fundou-a novamente em 44 a.C. O crescimento de Corinto foi rápido e, na época de Paulo, ou logo depois, a cidade se tornou o maior e mais próspero centro no sul da Grécia. A prostituição religiosa era comumente praticada em conexão com os templos da cidade. A partir da mobilidade social e dos males das práticas religiosas ali, surgiu uma corrupção geral da sociedade. A péssima 'moral de Corinto' se tornou um provérbio pejorativo até mesmo no mundo, romano pagão" (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2006, pp.460-62). .

 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II

O Relacionamento de Paulo com a Igreja

"1 Coríntios, enviada provavelmente por intermédio de Timóteo (1 Co 4.17), não produziu os resultados desejados. O relatório que [Paulo] recebeu informava que as condições da igreja estavam se tornando piores. Portanto, Paulo deixou seu trabalho em Éfeso e fez algo que classificou como uma visita dolorosa a Corinto (2 Co 2.1). Parece que alguma pessoa em particular, algum chefe dos revoltosos, havia se levantado em um arrogante desafio a Paulo (2 Co 2.5-8; 7.12). A igreja ficou do lado deste, e Paulo foi obrigado a fugir às pressas. 
2 Coríntios é uma prova de que a polêmica contra o apóstolo havia aumentado e eram muitas as acusações e as críticas contra a sua pessoa. Questionavam a integridade dos seus motivos, do seu comportamento e até do seu ministério apostólico (1.13; 3.1). Até sua coragem (10.1,10) e sua capacidade foram atacadas (10.11; 11.6).Parece que as críticas a Paulo vieram de uma minoria (2.6) e estavam centralizadas em alguns judeus cristãos (2.6), que haviam conseguido penetrar na congregação através de recomendações e da sua própria indicação (3.1; 10.12,18). De acordo com Kuemmel, eles não eram 'judaizantes', mas opositores palestinos da missão de Paulo e da dignidade apostólica que haviam se juntado a um grupo divergente, e aparentemente gnóstico, do ministério de Paulo e que já era evidente em 1 Coríntios.
Ao retomar a Éfeso dessa 'dolorosa visita', Paulo escreveu uma 'carta triste' (2.3,4) e enviou Tito (7.6) para entregá-Ia em Corinto e tentar recuperar a igreja para ele. Depois da partida de Tito, esta preocupação de Paulo iria impedi-Io de continuar seu trabalho, portanto ele partiu para Trôade e depois para a Macedônia (2.12,13), a fim de aguardar o retorno de Tito. Quando este chegou trazendo a informação de que a igreja havia cuidado do ofensor e que havia novamente se submetido à autoridade do apóstolo, Paulo sentiu-se reconfortado. Portanto, depois de um ano na Macedônia (8.10) e depois de ter escrito 1 Coríntios, Paulo escreveu à igreja de DEUS em Corinto. Ele incluiu 'todos os santos que estão em toda a Acaia' e Ihes pediu para preparar o caminho para sua terceira visita. Nessa carta ele expressa seu alívio com o sucesso da missão reconciliadora de Tito e responde às aviltantes acusações dos seus críticos. Em toda essa carta, mas especialmente nos capítulos 10-13, ele entendeu ser necessário defender a legitimidade do seu apostolado. Embora as relações entre o apóstolo e a igreja como um todo tivessem sido restauradas, ainda permanecia alguma oposição a Paulo em Corinto. (Comentário Bíblico Beacon. Vol. 8: Romanos a 1 e 2 Coríntios. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 400, 401).

 
 
 
QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO 1 - A DEFESA DO APOSTOLADO DE PAULO
 
TEXTO ÁUREO
1- Complete:
"Porque, como as ________________________ de CRISTO são ______________________________ em nós, assim também a nossa consolação ______________________________ por meio de CRISTO" (2 Co 1.5).
 
VERDADE PRÁTICA
2- Complete:
Apesar dos ________________________________ e angústias de nossa _____________________________ cristã, jamais nos faltará a consoladora __________________________________ do ESPÍRITO SANTO.
 
Introdução
3- A Segunda Epístola de Paulo aos Coríntios foi uma resposta a que?
(    ) A uma carta apostólica vinda de Jerusalém, pois o seu modo incisivo de doutrinar havia chocado alguns conceitos dos cristãos de lá. 
(    ) Ao antagonismo que havia se levantado contra a sua autoridade apostólica, pois o seu modo incisivo de doutrinar havia chocado alguns conceitos dos cristãos de Corinto. 
(    ) Ao cristianismo apostólico, pois o seu modo incisivo de doutrinar havia chocado alguns conceitos dos cristãos de Corinto. 
 
4- O que fez Paulo em face dessa oposição?
(    ) Paulo fez uma defesa do seu pastorado, refutando falsos cristãos que, embora se auto­denominassem profetas, contradiziam os ensinos genuínos do evangelho de CRISTO que Paulo pregava.
(    ) Paulo fez uma defesa do seu apostolado, refutando falsos cristãos que, embora se auto­denominassem apóstolos, contradiziam os ensinos genuínos do evangelho de CRISTO que Paulo pregava..
(    ) Paulo fez uma defesa do seu apostolado, refutando falsos ensinos que, embora saíssem de apóstolos, contradiziam os ensinos genuínos do evangelho de CRISTO que Paulo pregava.
 
5- Esta carta pode ser identificada sob quais divisões?
(    ) Os capítulos 1 a 3 consistem numa exposição do chamado pastoral de Paulo. 
(    ) Os capítulos 4 a 7 consistem numa exposição do ministério apostólico de Paulo. 
(    ) Os capítulos 1 a 7 consistem numa exposição do ministério apostólico de Paulo. 
(    ) Nos capítulos 8 e 9, Paulo defende a causa das ofertas enviadas aos cristãos pobres de Jerusalém. 
(    ) Os capítulos 10 a 13, mais uma vez, de forma incisiva e enérgica, são uma defesa da autoridade apostólica de Paulo.
 
I. A CIDADE DE CORINTO
6- Como era a metrópole de Corinto estrategicamente no século I d.C e qual sua localização e população? 
(    ) Corinto achava-se localizada estrategicamente numa região que facilitava as viagens dos povos mediterrâneos dedicados ao comércio. 
(    ) A cidade era muito antiga e fora construída sobre uma estreita faixa de terra, que unia o norte e o sul da Grécia. 
(    ) O bronze, a cerâmica e outros produtos eram escoados através de seu território. 
(    ) A cidade unia também Roma à Grécia, Corinto era, em sua maioria cristã e com uma população estimada em 50 mil habitantes.
(    ) Entre 51 a 55 d.e, sua população era estimada entre 100 a 500 mil habitantes; cifras que, para os padrões da época, significavam grandeza e orgulho. 
(    ) Capital da província romana da Acaia, era uma cidade altamente influenciada pela filosofia grega.
 
7- A cidade de Corinto era uma cidade próspera, histórica e libertina, apesar disso foi destruída e também repreendida por Paulo em sua nova existência; por que? 
(    ) No século 11 a.C., Corinto havia chegado a um alto grau de prosperidade. 
(    ) Por causa de seu conflito com Roma, foi destruída em 146 a.C. 
(    ) Reconstruída pelo imperador Júlio César, em 44 a.C., logo floresceu, tornando-se o mais próspero centro do sul da Grécia.
(    ) Nos dias de Paulo, a cidade era um "pólo" terrível e vergonhoso de idolatria. 
(    ) Por apoiar o governo romano e adorar a César foi duramente criticada por Paulo.
(    ) A mensagem do evangelho confrontava e condenava esse estado de coisas.
(    ) A atitude correta e firme de Paulo acabou por gerar uma oposição ao seu ministério por parte de alguns crentes daquela localidade.
 
8- Em qual localidade foi escrita a segunda carta de Paulo aos Coríntios? 
(    ) Paulo estava na província da Macedônia, possivelmente em Tessalônica, quando escreveu esta Carta. 
(    ) Tessalônica, onde foi escrita esta carta, foi a primeira igreja fundada na Macedônia pelo apóstolo Paulo, na qual ele desfrutava de boa aceitação e carinho.
(    ) Paulo estava na província da Macedônia, possivelmente em Filipos, quando escreveu esta Carta. 
(    ) Filipos, onde foi escrita esta carta, foi a primeira igreja fundada na Europa pelo apóstolo Paulo, na qual ele desfrutava de boa aceitação e carinho.
 
II- OBJETIVO DA CARTA
9- De quem é a autoria e características da segunda carta aos Coríntios? 
(    ) A carta começa com a forma típica do tratamento e endereçamento do primeiro século, com o apóstolo, literalmente, identificando-se: "Paulo, apóstolo de JESUS CRISTO". 
(    ) Nesta saudação, temos a evidência da autenticidade da carta. 
(    ) O estilo e a linguagem indubitáveis de Paulo indicam ter sido ele quem a escreveu.
(    ) O estilo e a linguagem indubitáveis indicam ter sido escrita por Paulo e Silas, com a participação de Timóteo.
 
10- Qual o caráter pessoal dessa Segunda Epístola aos Coríntios?
(     ) É a mais autobiográfica das cartas do apóstolo Paulo e, portanto, possui uma marca bastante pessoal. 
(     ) Por causa dos constantes ataques que sofreu da parte dos coríntios (e dos "superapóstolos", que se infiltraram na igreja), ela é denominada "a carta contristada" ou a "carta dolorosa". 
(     ) A influência negativa do estilo de vida extremamente pecaminoso da cidade, marcado pela degradação moral e orgulho intelectual, afetou muitos cristãos chegando até mesmo a dominá-Ios. 
(    ) Foi escrita em um ótimo momento de crescimento da igreja coríntia.
(     ) Isso fez com que Paulo reagisse com firmeza, condenando suas práticas imorais e, ao mesmo tempo, obrigando-o a se expor muito mais do que em qualquer outro de seus escritos.
 
11- Cite, novamente, os três objetivos pelos quais Paulo escreveu esta Segunda Epístola aos Coríntios:
(    ) A exposição do ministério paulino.
(    ) A divisão da igreja entre os de CRISTO e a dos falsos mestres.
(    ) A coleta para os necessitados..
(    ) A defesa do apostolado paulino.
 
12- Complete as frases seguintes:
Os pseudocrístãos, que viviam e se movimentavam no seio da igreja, levantaram dúvidas acerca do ______________________________ de Paulo, suscitando contenda e rejeição ao apóstolo por parte do povo (Ver 2 Co 11 .26b; GI 2.4). Esses falsos irmãos promoveram um mal-estar na comunidade de fé coríntia, de tal forma, que trouxe muita aflição de ________________________________ a Paulo.  A despeito de tudo, o apóstolo amava essa igreja. Corinto foi a igreja que mais ___________________________________ causou ao doutor dos gentios. 
 
13- É evidente que o apóstolo tratou de outros assuntos (6.14-1 8 é apenas um desses), entretanto, de certa forma, esses objetivos também oferecem uma estrutura para o estudo de 2 Coríntios: ligue a primeira coluna de acordo com a segunda:
 
A exposição do 
ministério paulino 
(capítulos 7-7).

 

 
Estes dois capítulos, se bem estudados, podem oferecer uma ampla visão do que significa filantropia e oferta como louvor e gratidão a DEUS.
A coleta para os 
necessitados 
(capítulos 8-9).

 
Nos capítulos finais, Paulo retoma o assunto e, de maneira ainda mais contundente, defende o seu apostolado como um ministério recebido de DEUS. Ele se vê "obri­gado" a expor algumas de suas credenciais para contrastar com o perfil dos falsos apóstolos e "superapóstolos".
A defesa
do apostolado
 paulino 
(capítulos 10-13).

 
Foi grande o problema enfrentado por Paulo ante a crítica severa à integridade do seu ministério. Na realidade, a defesa do ministério paulino contém lições preciosas para todos nós sobre como agir e reagir diante de ataques gratuitos e de circunstâncias negativas. Por isso, o objetivo dessa carta (à parte da defesa do apostolado paulino), mesmo tendo sido escrita em "tribulação e angústia do coração", por causa dos "falsos apóstolos" (2 Co 11.13), é promover a unidade e o crescimento da igreja, com vistas ao amor fraternal.
 
 
14- Cite duas defesas de Paulo ante a crítica severa à integridade do seu ministério: 
(    ) Paulo citava sua ótima situação financeira como prova de sua comunhão com DEUS.
(    ) A apresentação de sua vida ao exame público (algo que o tranqüilizava, pois era irrepreensível diante de todos). 
(    ) O próprio fato de ele padecer por estar realizando a obra de DEUS (algo que, longe de o desqualificar, era na verdade uma das provas de que ele era realmente chamado por DEUS. 
 
III- AS LIÇÕES QUE APRENDEMOS COM PAULO
15- Quais as principais lições de vida cristã que aprendemos de Paulo, em sua Segunda Epístola aos Coríntios?
(    ) Amar sem ser conivente com o erro.
(    ) Ser obreiro é estar disposto a sofrer perseguições internas.
(    ) Nunca se preocupar com os falsos mestres e seus ensinos.
(    ) Paulo não tomou todos por alguns.
 
16- Com amar sem ser conivente com o erro? Complete: 
Paulo amava a igreja, que gerara em CRISTO, e muito zelava pelo seu _____________________________ com aqueles irmãos. 
Por isso, não podia, em sã consciência e segundo as Escrituras, compactuar, nem permitir o mau e escandaloso _______________________________ de alguns de seus membros (l Co 5-6; 8). 
A comunhão com tais pessoas causaria ________________________________ espiritual à igreja. 
 
17- Ser obreiro é estar disposto a sofrer perseguições internas? Complete:
Aprendemos com esta carta de 2 Coríntios, e com Paulo, que não estamos livres de enfrentar ______________________________ na vida cristã e no trabalho do Senhor. 
Ninguém está livre de passar por tristezas, angústias e ______________________________________. 
DEUS não nos abandonará se tivermos sempre em vista o ______________________________ da sua chamada em nossa vida.
 
18- Paulo não tomou todos por alguns, como fez então? Complete: 
Apesar de tudo, o apóstolo Paulo sabia que havia crentes ________________________ em Corinto, que não tinham entrado pelo caminho da murmuração e da ________________________________. 
Apesar dos males diversos causados ao apóstolo, ele não desistiu daquelas ___________________________; como pastor espiritual daquele rebanho, estava pronto a _________________________________ os fiéis.
 
CONCLUSÃO 
19- Complete:
Além de todos os aspectos históricos e geográficos que contribuem para que entendamos que DEUS conduz a história na realização da sua soberana vontade, é preciso não perder de vista a ___________________________ que cada um de nós recebeu da parte do Senhor. Na realidade, é preciso ir além: Que saibamos, assim como o apóstolo Paulo, ______________________________ por amor a CRISTO, a fim de cumprir o __________________________ dEle em nossa vida (2 Co 1.5-7; 6.4; CI 1.24; 2 Tm 1.8; 2.3; 3.11; 4.5.
A PAZ DO SENHOR.ORG.BR