Vítima era crítico declarado da lei que prevê pena de morte por blasfêmia contra o Islã
Homens armados mataram um ministro de Estado cristão no Paquistão esta quarta-feira (3), em plena luz do dia, em um ataque que fez a segunda vítima de alto escalão entre os críticos de uma lei islâmica sobre blasfêmia.
Segundo a polícia, os atacantes dispararam pelo menos 25 vezes contra o carro do ministro das Minorias Shahbaz Bhatti (foto) depois que ele saiu da casa de sua mãe, em uma área residencial de Islamabad.
Uma carta foi encontrada no local, atribuída a simpatizantes da rede terrorista Al-Qaeda e de talibãs paquistaneses, assumindo a responsabilidade pelo atentado, acrescentou a fonte.
O assassinato do ministro gerou forte reação internacional. A secretária de Estado americana Hillary Clinton disse a um comitê do Senado que se sentia "chocada e ultrajada" com o assassinato. Washington é um aliado chave do Paquistão na luta contra os insurgentes neste país dotado de artefatos nucleares.
A chefe de Relações Exteriores da União Europeia Catherine Ashton condenou fortemente o ataque e expressou profundas preocupações "com o clima de intolerância e violência vinculado ao debate sobre a polêmica lei de blasfêmia".
Bhatti desafiou ameaças de morte, depois do assassinato do governador de Punjab há dois meses, admitindo em declarações na época que era "o maior alvo agora", mas prometendo continuar seu trabalho e confiar sua vida a Deus.
"Três ou quatro homens armados, a bordo de um Suzuki branco, interceptaram seu veículo oficial", explicou a jornalistas o chefe de polícia da cidade, Wajid Durrani. "Os atacantes usavam xales e dispararam rajadas contra ele, e ele morreu", acrescentou.
Bhatti, de 42 anos, faleceu em sua chegada ao hospital Shifa de Islamabad, confirmou o médico Azmatullah Qureshi. A polícia informou que seu corpo foi atingido por pelo menos oito projéteis.
Durrani insistiu em que Bhatti havia recebido segurança adequada, mas disse que o ministro não estava acompanhado de seus guarda-costas no momento do ataque, ocorrido no fim da manhã.
"O chefe da segurança me disse que o ministro ordenou que aguardassem por ele em seu gabinete. Ele costumava visitar a casa da mãe sem a companhia dos guarda-costas", disse o chefe da polícia.
O primeiro-ministro paquistanês, Yousuf Raza Gilani, visitou o hospital e deu condolências aos familiares de Bhatti.
"Atos como estes não intimidarão a decisão do governo de combater o terrorismo e o extremismo", afirmou, prometendo punição para os assassinos.
Membro da pequena comunidade cristã paquistanesa, Bhatti era um crítico declarado da controversa lei de blasfêmia, ao lado do falecido governador liberal da província de Punjab, Salman Taseer, assassinado em janeiro.
A polícia informou que está investigando uma carta encontrada no local deste último ataque, atribuída a simpatizantes da Al-Qaeda e dos talibãs paquistaneses.
"Ela acusava Shahbaz Bhatti de promover uma campanha para emendar a lei de blasfêmia", disse um alto oficial da polícia.
"Bhatti, um cristão, era encarregado de um comitê montado para emendar a lei contra a blasfêmia", disse a carta. "Este é o seu destino. Não vamos poupar ninguém envolvido em atos de blasfêmia".
A lei paquistanesa sobre blasfêmias contra o Islã prevê a pena de morte. Embora ninguém tenha sido mandado à forca por crimes previstos na lei, ativistas afirmam que a norma permite abusos em disputas pessoais e de negócios.fonte cpad news
Segundo a polícia, os atacantes dispararam pelo menos 25 vezes contra o carro do ministro das Minorias Shahbaz Bhatti (foto) depois que ele saiu da casa de sua mãe, em uma área residencial de Islamabad.
Uma carta foi encontrada no local, atribuída a simpatizantes da rede terrorista Al-Qaeda e de talibãs paquistaneses, assumindo a responsabilidade pelo atentado, acrescentou a fonte.
O assassinato do ministro gerou forte reação internacional. A secretária de Estado americana Hillary Clinton disse a um comitê do Senado que se sentia "chocada e ultrajada" com o assassinato. Washington é um aliado chave do Paquistão na luta contra os insurgentes neste país dotado de artefatos nucleares.
A chefe de Relações Exteriores da União Europeia Catherine Ashton condenou fortemente o ataque e expressou profundas preocupações "com o clima de intolerância e violência vinculado ao debate sobre a polêmica lei de blasfêmia".
Bhatti desafiou ameaças de morte, depois do assassinato do governador de Punjab há dois meses, admitindo em declarações na época que era "o maior alvo agora", mas prometendo continuar seu trabalho e confiar sua vida a Deus.
"Três ou quatro homens armados, a bordo de um Suzuki branco, interceptaram seu veículo oficial", explicou a jornalistas o chefe de polícia da cidade, Wajid Durrani. "Os atacantes usavam xales e dispararam rajadas contra ele, e ele morreu", acrescentou.
Bhatti, de 42 anos, faleceu em sua chegada ao hospital Shifa de Islamabad, confirmou o médico Azmatullah Qureshi. A polícia informou que seu corpo foi atingido por pelo menos oito projéteis.
Durrani insistiu em que Bhatti havia recebido segurança adequada, mas disse que o ministro não estava acompanhado de seus guarda-costas no momento do ataque, ocorrido no fim da manhã.
"O chefe da segurança me disse que o ministro ordenou que aguardassem por ele em seu gabinete. Ele costumava visitar a casa da mãe sem a companhia dos guarda-costas", disse o chefe da polícia.
O primeiro-ministro paquistanês, Yousuf Raza Gilani, visitou o hospital e deu condolências aos familiares de Bhatti.
"Atos como estes não intimidarão a decisão do governo de combater o terrorismo e o extremismo", afirmou, prometendo punição para os assassinos.
Membro da pequena comunidade cristã paquistanesa, Bhatti era um crítico declarado da controversa lei de blasfêmia, ao lado do falecido governador liberal da província de Punjab, Salman Taseer, assassinado em janeiro.
A polícia informou que está investigando uma carta encontrada no local deste último ataque, atribuída a simpatizantes da Al-Qaeda e dos talibãs paquistaneses.
"Ela acusava Shahbaz Bhatti de promover uma campanha para emendar a lei de blasfêmia", disse um alto oficial da polícia.
"Bhatti, um cristão, era encarregado de um comitê montado para emendar a lei contra a blasfêmia", disse a carta. "Este é o seu destino. Não vamos poupar ninguém envolvido em atos de blasfêmia".
A lei paquistanesa sobre blasfêmias contra o Islã prevê a pena de morte. Embora ninguém tenha sido mandado à forca por crimes previstos na lei, ativistas afirmam que a norma permite abusos em disputas pessoais e de negócios.fonte cpad news