País Marrocos e luta do cristianismo

Perfil País Marrocos

Capital: Rabat
Governo: Monarquia constitucional governada pelo rei Mohammed VI desde julho de 1999
População: 34,85 milhões (58,8% urbana)
Área: 446.550 km2
Localização: Noroeste da África
Idiomas: Árabe, dialetos berberes, francês
Religião: Islamismo 98,7%, cristianismo 1,1% judaísmo 0,2%
Perseguição: Algumas limitações
Restrições: O islã é a religião oficial; a Constituição, no entanto, garante liberdade religiosa
O Marrocos situa-se no extremo noroeste do continente africano. A geografia do país é bastante diversificada: uma faixa litorânea é banhada pelo Oceano Atlântico e pelo Mar Mediterrâneo; a Cordilheira do Atlas toma o norte e o interior do país, separando o litoral das áreas desérticas.
Populaçãogovernada pelo rei Mohammed VI d


Praticamente todos os marroquinos são muçulmanos, a maioria de tradição sunita. O islã é a religião oficial e os preceitos do islamismo estão profundamente arraigados na sociedade.
Mesmo assim, a influência ocidental é evidente na maior parte das cidades 
do litoral Atlântico. Isso é visível nas roupas e no comportamento das pessoas. O materialismo parece seduzir alguns: é possível ver nas ruas de Rabat, a capital, e em Casablanca, a maior cidade do país, alguns carros extremamente caros. Muitas pessoas pensam em abandonar o país e emigrar para a Europa.
História e Governo

O atual território marroquino foi objeto de várias batalhas entre as antigas tribos da região e diversos impérios mundiais. Os árabes invadiram o Marrocos em 682 e, em pouco tempo, quase todos os habitantes da região adotaram a religião islâmica, com exceção dos judeus.
Após a II Guerra Mundial, nacionalistas iniciaram um movimento pela independência do país. A França rejeitou essa tentativa até 1956
, quando ela e Espanha acabaram por reconhecer a independência do Marrocos. Em 1957, o sultão Muhammad V autodenomina-se rei.
Atualmente, o Marrocos é governado por uma monarquia constit
ucional. Sua nova Constituição, aprovada em 1996, promoveu abertura democrática, pois o parlamento passou a ser eleito inteiramente pelo voto popular. Entretanto, juntamente com as reformas de caráter mais democrático, assegurou-se a supremacia do rei.
A Igreja
O cristianismo chegou ao Marrocos ainda no primeiro século da era cristã e muitas dioceses já haviam sidoestabelecidas no final do século II. Infelizmente, a Igreja passou por problemas terríveis nos anos seguintes devido à perseguição romana, às invasões dos vândalos e a divisões internas. Finalmente, osexércitos muçulmanos colocaram um ponto final na presença do cristianismo na região.
Em 1220, um novo esforço missionário foi iniciado pelos franciscanos, mas a evangelização foi suprimida e a Igreja continuou fraca. A atitude positiva de seus líderes com relação ao movimento de independência ajudou a melhorar a imagem do cristianismo perante a opinião pública.
Cerca de 90% dos cristãos marroquinos são imigrantes. Não se sabe ao certo o número de ex-muçulmanos marroquinos, pois muitos temem tornar pública sua nova fé.
O país está mais aberto ao cris
tianismo do que no passado. A tendência é que haja mais artigos em jornais sobre os cristãos marroquinos. Os líderes têm sido interrogados menos regularmente pela polícia.
A perseguição
A Constituição marroquina assegura liberdade de religião e, apesar de o islamismo ser a religiãooficial do país, os estrangeiros podem praticar livremente sua fé. Eles frequentam cultos religiosos sem quaisquer restrições ou temor de represálias.
Entretanto, o evangelismo é desencorajado pe
la sociedade. A maioria dos cidadãos vê as atividades evangelísticas como ameaça à lei e à ordem nesse país muçulmano.
Também é ilegal qualquer tentativa de se converter um muçulmano. O infrator pode ser punido de três a seis meses de prisão, e uma multa de 10 a 50 dólares. O muçulmano que
 se converter também é punido: legalmente pela lei islâmica, ou informalmente pela sociedade.
É difícil esconder as atividades da Igreja, o evangelismo em especial, pois as pessoas vigiam umas às outras, e a polícia conta com uma rede 
de informantes. Se essas atividades da Igreja forem notadas, ou causarem influência social, deve esperar-se um contra-ataque.
A tendência fundamentalista muçulmana está crescendo, e exerce sua influência nas autoridades e na sociedade. Enquanto a Igreja se mantiver quieta, ela será tolerada. A partir do momento que tentar expandir suas atividades, por exemplo, evangelizando, ela será oprimida.

Um cristão fez o seguinte relato: "Quando olhamos para a Igreja marroquina, somos forçados a dizer que o número de marroquinos que fizeram uma decisão por Cristo é limitado. De uma população de milhões de pessoas, há apenas alguns milhares de cristãos. Não há permissão para que nos organizemos como uma verdadeira Igreja e temos de nos reunir em nossas casas. Além disso, há apenas algumas dezenas de igrejas em todo o país - com maior concentração nas áreas urbanas - e é difícil estabelecer um modelo de trabalho eficaz para a Igreja marroquina.
A liderança é fraca, e grande parte de nosso material chega ilegalmente. Um cristão fez o seguinte relato: Quando a conversão de um muçulmano ao cristianismo se torna pública, a pressão para 
que renunciemos à fé cristã é intensa. Somos presos, espancados, e nos oferecem incentivos para que retornemos ao islamismo. Cristãos que pertenciam a grupos muçulmanos severos são os que mais têm problemas.
Demorou um século para a Igreja marroquina chegar ao lugar que está e, portanto, não esperamos um crescimento acelerado agora."
Motivos de oração
1. Há décadas que a perseguição apresenta um crescimento con
stante. Ore para que o governo marroquino assegure a liberdade religiosa aos cristãos e para que estes possam cultuar e evangelizar sem restrições. Peça também pela segurança dos cristãos marroquinos e pelo abrandamento da postura do governo.
2. A Igreja não tem liberdade para evangelizar livre e abertamente. Ore para que os cristãos marroquinos continuem a desenvolver meios criativos de difundir as boas novas sobre Jesus e para que seus esforços evangelísticos sejam protegidos da repressão pelo poder do Espírito Santo.
3. Interessados no cristianismo são alvo de intimidação. Contatos com organizações estrangeiras são ilegais e passíveis de condenação à prisão. No entanto, os marroquinos continuam a entrar em contato com programas de rádio cristãos para solicitar materiais de estudo. Ore pela segurança destas pessoas e para que os materiais enviados não sejam interceptados.
4. Estrangeiros cristãos que trabalham no Marrocos têm sido descobertos, presos e expulsos do país. Ore pedindo proteção para estes cristãos e eficácia para seus testemunhos. Novos profissionais estão constantemente chegando ao país para se juntar a este grupo de cristãos estrangeiros que muitas vezes encontra oportunidades discretas para testemunhar.
5. Ore pelas jovens igrejas. Peça a Deus para protegê-las de ataques, para fazê-las crescer e multiplicar-se. fonte portas abertas