Devido às dimensões geográficas do Sudão, os britânicos resolveram dividi-lo em duas áreas de influência para facilitar seu domínio militar. No norte incentivaram o islamismo e a língua árabe, e ao sul o cristianismo e a língua inglesa. Após se libertarem do julgo colonial dos britânicos, os sudaneses passaram por duas longas e sangrentas guerras civis. É no sul que estão as terras mais férteis ao plantio já que esta região é banhada pelo rio Nilo, e 65% das reservas de petróleo estão ali, essa guerra foi travada entre grupos radicais muçulmanos e o SPLA (Exercito de Libertação do Povo do Sudão do Sul) grupo radical cristão que defendia a separação territorial e política do país, muitos jovens perderam suas vidas durante os mais de 30 anos de guerra civil. Somente em 2005 seria assinado um tratado de paz entre o norte e o sul do país. Após um referendo realizado em janeiro de 2011, ficou decidida a divisão do país em Sudão do Sul e Sudão do Norte. Mas se o sul é rico em reservas de petróleo e recursos naturais, é no norte que se encontram todas as refinarias de petróleo e as principais indústrias do país, isso torna uma região economicamente dependente da outra, este é um dos fatores que pesam contra a divisão e pode contribuir para outra guerra civil. A Igreja sudanesa tenta sobreviver nesse contexto de conflitos étnicos, políticos e religiosos. Oremos para que a provável divisão do país se dê de forma pacifica e que haja acordos bilaterais que favoreçam tanto o sul quanto o norte e para que a Igreja de Cristo possa resplandecer o amor de Deus em meio a tanto ódio. Marcelo Peixoto- Historiador
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