LIÇÃO 4 - VAMOS FILOSOFAR? - JUVENIS



TEXTO BÍBLICO
  2 Timóteo 3.14-17
  ENFOQUE BÍBLICO

   “Adquire  a sabedoria, adquire a inteligência e não te esqueças nem te apartes das palavras da minha  boca”  (Provérbios 4.5).

OBJETIVOS:
Conscientizar de que o servo de Deus deve buscar sabedoria.
Reconhecer que a filosofia é útil neste tempo.
Aprender que a sabedoria é dádiva de Deus. Sem  a sabedoria divina nos tornamos presas fáceis do Diabo.


Sugestão.

  • Já que o tema é filosofar,faça um debate com os alunos: Por que diante de tantas evidências da Criação, o homens tentam negar o Criador? Por que tantos insistem em aceitar a teoria da Evolução?

  • Prepare o texto da pág 5. da declaração do ateu. Analise com os alunos: Por que será que o ateu fez tal declaração? Será que ele observou algum cristão procedendo errado? Será que ele não viu nenhum cristão agindo corretamente? Por que será que ele se referia somente a alguns que não agiam corretamente? Era desculpa para ele não aceitar o Cristianismo? Por quê? O ateu em questão conhecia alguns textos bíblicos? Então, por que não seguia os ensinos bíblicos?  Os alunos participaram do debate, eles refletiam, então  eles filosofaram.

  • Peça aos alunos escreverem uma carta fictícia ao ateu mencionado, expondo por que deveria crer em Deus (a atividade pode ser feita em grupo).


O QUE É FILOSOFIA?


Filosofia se refere a uma reflexão sobre todos os fatos que nos cercam. Como afirmou William James, “a filosofia é simplesmente um esforço obstinado e incomum para pensar com clareza e profundidade sobre questões fundamentais”.

A Bíblia não é contra a filosofia em si. Deus fez o homem pensante, para refletir sobre todos os fatos, sobre si mesmo, sobre a vida futura. O que a Bíblia condena é a falsa filosofia: aquela que nega a existência de Deus, aquela que exalta o homem, aquela que nega as realidades  espirituais.

O problema é que muitos filósofos não são abertos, consideram suas idéias as únicas a serem seguidas, não consideram opiniões alheias e colocam-se em posição superior, declaram que seus conhecimentos são infalíveis e negam a parte espiritual do homem.

O homem, observando o universo procurou explicações  para os fatos da natureza e também sobre o próprio homem.  Na Grécia, a investigação intelectual e a curiosidade conduziram o homem a debater, a refletir,  a procurar explicações para tudo o que os cercava.          

Muitos cristãos empregaram a filosofia em seus escritos para defender, explicar as bases do cristianismo.                                                                    

A filosofia se origina  do grego:  “Philos” – amor, amigo e “Sophia” – sabedoria, conhecimento.  A filosofia verdadeira não despreza a Bíblia e Deus.

A Bíblia destaca o valor da sabedoria:  “Feliz é o homem que acha  sabedoria, e o homem que adquire o conhecimento; porque melhor é o lucro que ela dá do que o da prata, e melhor a sua renda do que o ouro fino”  (Pv 3.13-14– ARA);  “O conselho da sabedoria é: Procure obter sabedoria; use tudo o que você possui para adquirir entendimento”  (Pv 4.7– NVI).

A sabedoria deve  estar presente na vida diária: aquele que estuda, aperfeiçoa-se, para mais tarde, ter a subsistência, demonstra sabedoria. È necessário gastar tempo para adquirir conhecimento. O cristão procura no seu dia-a-dia adquirir conhecimento para a sua vida pessoal e profissional. É sabedoria humana, dos livros, da ciência, entretanto é necessária para se viver aqui nesta terra. Só que o cristão sabe refletir, aplicar os conhecimentos para si, para sua sobrevivência. Entretanto, o cristão rejeita os ensinos que desprezam o Criador e  rejeitam Sua orientação em nossa vida.




DOUTRINAS FILOSÓFICAS CONTRÁRIAS AOS PRINCÍPIOS BÍBLICOS


Humanismo

 Inicialmente, o termo humanismo era empregado para designar as disciplinas que dão ênfase à natureza humana como a literatura e a filosofia. No século 19, Augusto Comte empregou o termo para  denominar sua “religião da humanidade”, ensinada por ele para substituir a fé.

O humanismo como corrente filosófica moderna estão centradas no homem, tudo depende do homem. Assim, não  existem valores absolutos, adotando uma  ética ou filosofia  relativista.

Existem manifestos humanistas como de 1933, 1973. Essa filosofia humanista moderna que nega o sobrenatural, como os milagres bíblicos.

 O MATERIALISMO

O materialismo  apregoa  a existência de todas coisas, como se não houvesse um Criador.  Se os que dizem ser filósofos  realmente refletissem não seguiriam tais ensinamentos. Em primeiro lugar, porque o homem não pode achar  a causa de todas as coisas.

O materialismo torna-se uma filosofia de vida em que as pessoas só valorizam bens materiais, só pensam em  acumular riquezas e desprezam os valores eternos. Não se preocupam  com a parte espiritual, não buscam o que há mais de importante: a salvação de sua alma. Nos dias de Cristo e dos apóstolos, os saduceus eram materialistas:  “Pois os saduceus declaram não haver ressurreição, nem anjo, nem espírito; ao passo que os fariseus admitem todas essas cousas” (At 23.8– ARA).  O cristão acredita na realidade da vida futura.

O materialismo conduz a uma  vida sem sentido. É responsável por muitas tragédias, pois onde se valoriza   a matéria, as pessoas não possuem uma ética séria, uma  ética de valor à vida. Tudo foi reduzido à matéria. Não existe preocupação com seu semelhante.

O materialismo nega a doutrina bíblica a respeito de uma vida após a morte: “O seu pensamento interior é que as suas casas serão perpétuas, e as suas habitações, de geração em geração; dão às suas terras os seus próprios nomes”  (Sl 49.1).As pessoas agem, vivem como se a vida nesta terra fosse eterna.. Não se preocupam com sua alma,  com a vida futura, de que teremos de prestar contas a Deus pela forma como vivemos: “Ou será que você despreza as riquezas da sua bondade, tolerância e paciência, não reconhecendo que a bondade de  Deus o leva ao arrependimento? Contudo, por causa da sua teimosia e do seu coração obstinado, você está acumulando ira contra si mesmo, para o dia da ira de Deus, quando se revelará o julgamento”  (Rm 2.4-5–NVI).

 Para o materialismo científico, o universo teria sido criado por si mesmo. É incrível como essa filosofia  enganosa tem atraído as pessoas! Tudo o que vemos um livro, um computador não foi criado por acaso. Se fizéssemos tal afirmação seríamos ridicularizados. No entanto, as pessoas que acreditam todas as coisas foram criadas por si próprias, fruto do acaso, é que desejam ridicularizar os cristãos. A crença em um Deus Criador que fez todas coisas é um dos fundamentos importantes  para o Cristianismo.

Outras teorias tentam explicar a origem do Universo sem a interferência de Deus, como uma “Grande Explosão”. Será que tudo teria ocorrido por acaso? Como tudo teria se formado,  e como  mares, oceanos, vegetação, aves teriam surgido? Qualquer teoria, indica que houve um começo: (Gn 1.1).  Se a teoria estiver correta, não houve algum tipo de controle nessa “Explosão?”  Não dá para negar que houve um Criador inteligente que tudo preparou para o homem. Observemos: a “Grande Explosão” é apenas uma teoria.

OBS:  “Ora , como explicar, cientificamente, que a matéria se transformava em galáxias, formada por bilhões de corpos, como a nossa, que seguem sua órbita de modo perfeito, sem chocarem-se uns com os outros? Como a “poeira” cósmica se aglutinou, e formou os planetas, e a Terra? Somente a imaginação fértil pode conceber tal teoria, sem que se incorra em discrepâncias e a falta de respostas coerentes. Pior ainda — os defensores dessa teoria dizem que, através dela, podem explicar até ‘o desenvolvimento da vida!’”  (Elinaldo  RENOVATO.  Perigos da Pós-modernidade, p. 67).

O materialista acredita que tudo pode ser explicado pela razão. Só que ele não consegue explicar a origem do Universo sem a participação de Deus nos fatos. Contudo, o materialista insiste em negar a ação  de Deus na criação.

OBS:   O biólogo Edward Conklin afirmou:  “A probabilidade de a vida ter-se originado de um acidente é comparável à probabilidade de um novo dicionário ser o resultado de uma explosão numa editora”  (Pr. Laércio PEREIRA. A existência de Deus e dos ateus, p.39).

O ser humano não é produto da evolução, mas criação do Deus Todo-Poderoso.  O darwinismo também contribuiu decisivamente para que o materialismo seja seguido por muitos. Ensina que o homem não é criação de Deus. Para o evolucionismo o homem e demais espécies se originaram de forma inferiores e que, com o correr do tempo evoluem para outras espécies. Quanto ao homem, a Bíblia declara: “De um só fez toda raça humana para habitar sobre toda  a face da terra,  havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites de sua habitação”  (At 17.26  - ARA).

O darwinismo produziu conseqüências negativas. Para o evolucionismo, o mundo melhoria por meio do esforço humano (o mundo, no entanto, vai de mal a pior). A evolução é  empregada para justificar  a inexistência (para eles) de qualquer norma absoluta em termos de Ética. Assim, um comportamento bom seria aquele que cada sociedade julga melhor para seus integrantes.

Alguns argumentos contra a Evolução

  1. Nem o homem nem as espécies são produtos da evolução: os cavalos continuam sendo cavalos e os macacos continuam sendo macacos. O que existe é uma variedade dentro  de uma mesma espécie. Já a Bíblia declara haver barreira entre as espécies, de forma  que uma  não possa evoluir para a outra:“E a terra produziu erva, erva  dando semente, conforme  a sua espécie e árvore frutífera, cuja semente está nela conforme  a sua espécie. E viu Deus que era bom.  E Deus criou das grandes baleias, e todo réptil de alma vivente que as águas abundantemente produziram conforme as suas espécies, e toda ave de asas conforme a sua espécie. E viu Deus que era bom”  (Gn 1.12,21). 

  • A evolução é una teoria, não chegou ao status de lei, porque não pôde ser comprovada. Como uma teoria pôde ser tanto valorizada, aceita como “indiscutível?”




  • O grande calafrio de Darwin. Este ficava gelado, pois a sua teoria era derrubada pelo olho humano: “Em sua conhecida obra, A Origem das Espécies, o naturalista inglês considera um absurdo do mais alto grau que o olho humano, com seus dispositivos ilimitados para enxergar um foco em diferentes distâncias, para admitir distintas quantidades de luz e para corrigir aberrações esféricas e cromáticas, possa ter-se formado por seleção natural!”  (...) “É impossível que este órgão tão completo tenha tido desenvolvimento gradual. Se existisse tudo no olho, menos a lente cristalina,  ele não funcionaria. Se houvesse tudo, menos a retina não haveria imagem. É absolutamente necessário que todas as partes vitais estejam ali em pleno funcionamento, para que o olho não seja inútil. É este um verdadeiro problema para os defensores da teoria evolucionista, pois esta sustenta que somente evolui aquilo que beneficie de imediato a criatura”  (Abraão de ALMEIDA. Evidências de um Criador, p.17, 21).

  • Até quanto ao nascimento das espécies, tudo continua de igual forma: após a incubação,  a galinha nasce aos 21 dias; o pato e os gansos aos 28; o ganso silvestre aos 35 e os papagaios e avestruzes aos 42  dias.

  1. Não se pode aceitar a Evolução e Cristo ao mesmo tempo:  “Porque, se vós crêsseis em Moisés, creríeis em mim, porque de mim escreveu ele. Mas, se não crerdes   nos seus escritos, como crereis nas minhas palavras?”  (Jo 5.46-47). Moisés também afirmou que foi Deus que criou os céus e a terra” (Gn 1.1).

ATEÍSMO


O ateu declara que Deus não  existe! Suas palavras não mudam a verdade sobre  a existência de Deus. Existem os ateus que afirmam que Deus não existe e vivem dessa forma. Existem pessoas que confessam que Deus existe, mas O negam com suas atitudes: “Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com suas obras, sendo abomináveis e desobedientes, e reprovados para toda boa obra”  (Tt 1.16). Aquele que afirma que crêem em Deus, devem viver de forma a agradar a Deus. Deve confirmar sua crença com suas ações.

O ateísmo é um mal destruidor da sociedade. Por quê? Porque não acreditando na existência de Deus, não vivendo segundo as normas divinas, tais pessoas praticam quaisquer atos, pois não crêem m que terão de prestar contas a Deus.  Sua filosofia não subsiste diante  da Palavra de Deus.

Entretanto, muitos que se declaram ateus em momentos de perigo clama por Deus. Na hora das dificuldades percebem que o ateísmo não oferece nada, nenhuma perspectiva de saída para um problema, nenhuma esperança. 

Os ateus criticam os cristãos, entretanto, às vezes, suas palavras possuem um efeito contrário. Ouvindo seus argumentos, eles acabam demonstrando o que significa o verdadeiro Cristianismo.

OBS: Charles Studd resolveu dedicar sua vida a Deus, depois de ler as palavras de um ... ateu. O ateu assim se pronunciou:  “Se eu cresse, realmente como milhões dizem que crêem que o conhecimento e a prática da religião nesta vida influenciassem o destino numa outra, então a religião significaria tudo para mim. Eu consideraria os prazeres mundanos como refugo; as preocupações mundanas como insensatez e os pensamentos e sentimentos terrenos como vaidade. A religião seria o meu primeiro pensamento de manhã e a minha última imagem antes que o sono me dominasse. Eu trabalharia unicamente pela sua causa. Eu tomaria providências só para o amanhã da eternidade. Eu consideraria uma alma ganha para o céu como merecedora de uma vida de sofrimentos. As conseqüências terrestres não me fariam parar ou fechar  os meus lábios. Eu tentaria olhar somente para a eternidade e para as almas imortais  ao meu redor, para serem eternamente felizes ou eternamente miseráveis. Eu sairia ao mundo para pregar ‘a tempo e fora de tempo’ e o meu texto seria: ‘Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?’” (http://netcabo.pt/iqc/emb0105.pdf- acesso em 23/04/08).

Charles Studd (1860-1931) era um dos maiores esportistas do século 19. Fez diversas doações em dinheiro para  a causa missionária.  Foi missionário na China, Índia e África.


O insensato diz que não há Deus:  “O perverso na sua soberba não investiga; que não há Deus, são todas as suas cogitações”  (Sl 10.4–ARA). Ele não deseja saber. Não  deseja conhecer fatos que apontam  a existência de Deus; não quer abrir os seus olhos para a verdade. A Bíblia é clara:  “Pois desde  a criação do mundo e os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos  por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis”  (Rm 1.20).

PAULO E OS FILÓSOFOS


Paulo teve a oportunidade de comunicar aos filósofos a Palavra de Deus. Ele aproveitou a oportunidade, não a desprezou: “Posto que nos trazes aos ouvidos cousas estranhas, queremos saber que vem a ser isso. Pois todos os de Atenas, e os residentes estrangeiros residentes, de outra coisa não cuidavam  senão dizer ououvir as últimas novidades” (At. 17.20-21- ARA). Eles apreciavam novidades? Então, Paulo lhes mostrará as boas novas de salvação.

Em Atenas, cujo nome foi dado em honra  a Atena, deusa protetora das artes, deusa da sabedoria, Paulo revelará a verdadeira sabedoria de Deus.

Paulo emprega palavras sábias; não lança em rosto a sua idolatria, mas aproveita a sua religiosidade para falar de Deus: “Senhores atenienses! Em tudo vos vejo acentuadamente religiosos”  (At. 17.22b- ARA). Ele queria chamar a atenção dos intelectuais para a sua mensagem.

DO CONHECIDO PARA O DESCONHECIDO


Anteriormente, já observara a cidade. Poderia falar dela com facilidade; conhecia pessoalmente como expressavam sua religiosidade. O apóstolo aponta para um altar específico dentre os muitos que tinha visto em Atenas: “Porque, passando eu e vendo os vossos santuários, achei também um altar em que estava escrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Esse, pois, que vós honrais não o conhecendo é o que vos anuncio”  (At. 17.23).

Pulo passa a explicar que anunciava o Deus que fez o mundo que “não habita em templos feitos por mãos de homens” (At. 17.24b). Demonstrava, assim, a superioridade do Deus verdadeiro. Este não poderia ser reduzido ou representado pelas imagens existentes nos templos de Atenas. A afirmação do apóstolo foi corajosa.

OBS:  Escritores gregos mencionaram uma praga que em 600 a.C. estava matando a população de Atenas. Como os deuses conhecidos não resolviam a situação, construíram-se vários altares dedicados a um deus desconhecido.




O apóstolo mostrou Quem era o Deus a que se referira: “Nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas” (At. 17.25). Paulo argumentou que Deus é o Doador de todas as coisas; não era como os deuses gregos; era necessário um deus para cada finalidade: para a medicina, um deus, para proteger as mulheres e o casamento outro; para as águas, para os ventos, havia deuses específicos. 

O Deus anunciado  por Paulo era um Deus que se preocupava com os seres por Ele criados: dava aos homens condições de viverem; não havia abandonado os homens.

Ainda hoje, os homens desconhecem Deus e muitos procuram negá-lO.

Os poetas

O Juvenil aprecia poesia? O que aprendemos na escola, na faculdade também pode ser utilizado na obra da evangelização. Paulo continuou a sua mensagem, empregando uma afirmação de  poetas conhecidos, expressando  a parte do poema  que ressalta que fomos gerados de Deus, somos dependentes dEle para vivermos: “Porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos, como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos também sua geração” (At. 17.28).

Paulo por meio da afirmação de sermos ”geração de Deus”, então rebate o conceito falso de divindade:“Sendo nós, pois, geração de Deus, não devemos pensar que a divindade é semelhante ao ouro, à prata, ou à pedra, trabalhados pela arte e imaginação do homem” (At.18.29- NVI). Fabricando imagens, templos dedicados a esses deuses falsos, os atenienses estavam colocando Deus em posição inferior ao homem.

§CRIADOR DE TUDO


Paulo declara que Deus é o Criador do homem: “De um só  fez toda raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação”  (At. 17.26 – ARA). Paulo vai por meio de sua exposição, destruindo os falsos conceitos a respeito de Deus, pois os atenienses julgavam que haviam nascido da terra, de forma espontânea do solo.

Paulo explicava que todos os povos, etnias procederam dEle.  Assim, todos os homens são iguais perante Deus e determinava os tempos, as estações: Deus “não deixou a si mesmo sem testemunho, beneficiando-vos lá do céu, dando-vos chuvas e tempos frutíferos, enchendo de mantimento e de alegria o vosso coração” (At. 14.17).

  • Interessado no homem

Deus n havia  abandonado o homem não era um ser distante; deseja que o homem O busque O reconheça. Tudo o que Deus concede ao homem: vida, respiração e demais coisas prova que Deus está interessado no homem. Se o Criador não tivesse preocupação com o ser humano, não o teria criado e nem lhe teria dado a vida.

O homem deve buscar a Deus, para que possa encontrá-lO.  Deus já se revelou ao homem por meio da criação, por meio de Jesus. Agora, Deus espera que o homem deseje encontrá-lO. Só Deus pode preencher o vazio do homem: “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto” (Is. 55.6). Enquanto a pessoa tem oportunidade, deve buscar a Deus. Existem pessoas que nunca têm tempo para Deus, pensam que possuem a vida nas mãos. O tempo é agora.

  • Misericórdia de Deus

Em Sua misericórdia,  Deus não leva em consideração o tempo em que as pessoas não conheciam o caminho da verdade: “Mas Deus não tendo em conta os tempos da ignorância” (At. 17.30a)  Deus é paciente, mas a Sua misericórdia, tem um limite. Quando a pessoa conhece o Evangelho, deve segui-lo, pois Deus agiu com misericórdia com a pessoa, dando-lhe oportunidade de salvação.




ANÚNCIO DO JUÍZO


  • Julgamento com justiça

Paulo passa a mencionar que Deus julgará o mundo: “Porque tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo” (At. 17.31a). O homem precisa fazer algo: buscar o Senhor e sua salvação para não receber a condenação de seus atos pecaminosos: “Aquele que crê no Filho tem a vida eterna, mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece” (Jo. 3.36).

O homem não pode agir como se não tivesse de prestar contas de seus atos:“Alegre-se, jovem, na sua mocidade! Seja feliz o seu coração nos dias da sua juventude! Siga por onde seu coração mandar, até onde a sua vista alcançar; mas saiba que por todas essas coisas Deus o trará a julgamento” (Ec. 11.9–NVI).

  • Ressurreição de Jesus

Paulo mostra que Deus julgará o mundo através de Jesus: “Há de julgar o mundo, por meio do varão que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos” (At. 17.31b).

Jesus  é Juiz e Salvador:“E nos mandou pregar ao povo e testificar que ele é o que por Deus foi constituído juiz dos vivos e dos mortos. A este dão testemunho todos os profetas, de que todos os que nele crêem receberão o perdão dos pecados pelo seu nome” (At. 10.43).

Paulo agora anuncia a ressurreição de Jesus. Ele é a garantia de nossa salvação.  A Sua ressurreição aponta para Sua autoridade como Juiz designado por Deus.

A reação dos ouvintes e os resultados

Observamos que a ressurreição foi o ponto da controvérsia (At. 17.32). Houve três tipos de reação: 1) “Uns zombaram” (At. 17.32a- NVI), julgando ser a ressurreição algo absurdo; 2) Outros adiaram  a decisão: “A respeito disso te ouvireis noutra ocasião” (At.17.32b); 3) Outros se reuniram  a Paulo “e creram; entre eles estava Dionísio, o areopagita, uma mulher chamada Dâmris e com eles outros mais” (At.17.34b- ARA). A exposição da Palavra trouxe frutos preciosos para Deus. Destaca-se Dionísio, que era um juiz do Areópago.

A reação dos ouvintes é a mesma nos dias de hoje;  uns recusam receber Cristo; outros adiam sua decisão, não sabendo se terão outra oportunidade para decidir-se a seguir Cristo; outros aceitam de boa vontade. Juvenil, não desista de falar de Jesus a seus colegas na escola, a dar testemunho com sua vida; o valor de uma só alma é muito importante para Deus.

CONCLUSÃO

A filosofia é útil para investigar, refletir sobre os fatos. Entretanto, toda filosofia que nega Deus e os valores espirituais deve ser rejeitada.
Nossa vida não deve estar centrada em Deus, não no homem, pois este é falível, erra e carece da orientação divina.
Louvemos a Deus: “Adorai o Rei do Universo!/Terra e céus, cantai o Seu louvor!/Todo o ser no grande mar submerso,/Louve ao Dominador!Todos juntos O louvemos! Grande Salvador e Redentor! Todos O louvemos! Régio Dominador! (1a  estrofe e estribilho do hino 124 da Harpa Cristã).

Colaboração para o Portal Escola Dominical: Profª. Ana Maria Gomes de Abreu (in Memorian).