Um congressista americano que não revelou sua identidade disse ao jornal “L.A. Times” na terça-feira que para cumprir a ordem do governo americano de render Osama bin Laden com vida, o terrorista precisaria ter tirado a roupa, e como não haveria tempo para isso, as chances de capturá-lo com vida na hora da invasão eram mínimas.
O comentário foi feito depois que o chefe contra o terrorismo da Casa Branca, John Brennan, afirmou em entrevista à "Fox News" que os militares receberam ordens de não matar Bin Laden e aceitar sua rendição apenas se tivessem certeza de que ele não teria explosivos pregados ao corpo e não representasse qualquer outro tipo de perigo. Do contrário, a ordem era eliminar o líder da Al Qaeda.
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Segundo ele, Osama bin Laden seria rendido com vida apenas se ele “não apresentasse qualquer tipo de ameaça” e se os militares americanos estivessem “confiantes de que ele não possuía nenhum tipo de dispositivo explosivo em seu corpo ou uma arma escondida”.
A ação teria durado 40 minutos segundo informações do governo americano. O diretor da CIA, Leon E. Panetta, disse em entrevista a um programa da rede "PBS" que não acredita que Bin Laden "tenha tido muito tempo para dizer algo antes de ser morto”.
Um oficial que participou do programa por telefone defendeu a decisão de atirar, com base no conceito de “legítima defesa”. “Se alguém sente que há qualquer ameaça em casos como esse – e pode ser um movimento ou o não cumprimento de uma ordem – atirar é autorizado”, disse a fonte.
O secretário de Justiça dos Estados Unidos, Eric Holder, afirmou ontem que a operação norte-americana que resultou na morte do líder da Al Qaeda e a retirada do corpo dele do país foram realizadas dentro da lei.
Os atos foram "legais, legítimos e apropriados em todos os sentidos. As pessoas que foram responsáveis por aquela ação, tanto na tomada da decisão quanto em sua efetivação, encararam a situação muito bem", disse Holder ao Comitê Judiciário da Câmara dos Deputados.
Nesta quarta-feira, o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, também comentou a questão e considerou a operação contra Osama bin Laden "justificada". Sem falar sobre a legalidade ou ilegalidade da ação, Rasmussen parabenizou o presidente americano, Barack Obama, pelo "êxito" da operação.
"Acho que falo em nome da grande maioria das pessoas de todo o mundo quando expresso satisfação porque finalmente tenha sido feita a justiça", disse. fonte o globo
"Acho que falo em nome da grande maioria das pessoas de todo o mundo quando expresso satisfação porque finalmente tenha sido feita a justiça", disse. fonte o globo