Lei brasileira foi inspirada em conquista de evangélicos ingleses
Nesta sexta-feira o Brasil comemora 123 anos da abolição do sistema escravocrata. Poucos sabem, mas foram os evangélicos, especialmente os anglo-saxões, os primeiros a conseguir a abolição da escravatura no Ocidente, lutando sozinhos contra todas as forças econômicas e políticas da época. E foram essas reformas européias capitaneadas por evangélicos que inspiraram o movimento abolicionista brasileiro.
Este ano é lembrado também pelos 204 anos do início da abolição da escravatura no Ocidente, que começou na Inglaterra e tiveram como alguns de seus grandes nomes o pastor evangélico John Newton e o parlamentar evangélico William Wilberforce, um dos líderes do "Grupo de Clapham", também chamado pela sociedade da época de "Os Santos". A abolição da escravatura é uma das mais belas páginas da história da humanidade, e ela foi escrita não pelo iluminismo, mas pelos cristãos evangélicos dos séculos 18 e 19.
Conheça a história
A Inglaterra foi o primeiro país a abolir a escravatura, e um dos nomes dessa conquista foi um pastor chamado John Newton, autor do hino Amazing Grace. A canção está ligada à luta pela abolição da escravatura desde sua origem. Antes de converter-se a Cristo, Newton (1725-1807) fora negociante de escravos, tendo ele próprio sido preso na África e tratado como escravo. Na viagem de regresso à Inglaterra, quando o barco quase naufragava, Newton voltou-se para Deus. Ele chamou o dia de sua conversão de “dia da minha libertação”.
Amazing Grace apresenta o coração de seu autor, que pela graça de Deus deixou de ser um vil comerciante de escravos para ser um servo do Senhor. Várias vezes ele pregou e escreveu contra a escravatura. Foi depois de um de seus sermões que conheceu pessoalmente um jovem recém-convertido a Cristo chamado William Wilberforce (1759-1833), membro da Câmara dos Comuns.
Wilberforce pertencia a uma família nobre da Inglaterra. Ele Estudou em Cambridge, onde decidiu dedicar-se à carreira política. O pastor John Newton tornou-se seu grande conselheiro e inspiração para a gigantesca luta pró-abolicionismo. Gigantesca porque tinham contra si grandes poderes e interesses, inclusive da monarquia.
O jovem político afirmou em discurso no parlamento: “A perversidade do comércio de escravos é tão gigantesca, tão medonha e tão irremediável, que a minha mente está completamente preparada para a abolição. Sejam quais forem as consequências, deste momento em diante, estou resolvido que nunca descansarei até que tenha conseguido a abolição” (extraído do livro 131 Christians Everyone Should Know).
A abolição do tráfico negreiro custou 18 anos da vida de Wilberforce. Seus projetos de lei abolicionistas foram derrotados oito vezes (em 1791, 1792, 1793, 1797, 1798, 1799, 1804 e 1805). Como intimidação, chegou a ser assaltado e surrado duas vezes. A luta ganhou a aderência de grupo de evangélicos, chamados jocosamente pela sociedade inglesa de “os santos”.
Depois de muita oração e perseverança, em 1807, uma maioria de 283 votos contra 16 aprovou a lei da abolição da escravatura proposta por Wilberforce. Ao ser aprovada, todo o congresso britânico aplaudiu de pé o servo de Deus por vários minutos, enquanto ele chorava e louvava a Deus com o rosto entre as mãos. O resultado saiu nove meses antes da morte de John Newton. Por conta da decisão parlamentar, a Grã-Bretanha, que na época era a maior potência mundial, declarou guerra ao tráfico de escravos no mundo. Nem ela e nem ninguém mais poderia traficar escravos. O Brasil, por exemplo, por pressão inglesa, finalmente concordou em abolir o tráfico pela Lei Eusébio de Queirós, em 1850. A lei definitiva foi assinada apenas em 1888.
No Brasil, a causa abolicionista contou com o apoio dos missionários evangélicos europeus e norte-americanos. O primeiro missionário presbiteriano em solo brasileiro, Ashbel Green Simonton, foi um dos grandes arautos do abolicionismo no Brasil. Também o jornal Imprensa Evangélica, que circulou durante o Império, era contra a escravidão.
Fatos históricos como a “abolição” comprovam, como tantos outros, a relevância da fé e dos valores cristãos para a transformação positiva da sociedade.
Este ano é lembrado também pelos 204 anos do início da abolição da escravatura no Ocidente, que começou na Inglaterra e tiveram como alguns de seus grandes nomes o pastor evangélico John Newton e o parlamentar evangélico William Wilberforce, um dos líderes do "Grupo de Clapham", também chamado pela sociedade da época de "Os Santos". A abolição da escravatura é uma das mais belas páginas da história da humanidade, e ela foi escrita não pelo iluminismo, mas pelos cristãos evangélicos dos séculos 18 e 19.
Conheça a história
A Inglaterra foi o primeiro país a abolir a escravatura, e um dos nomes dessa conquista foi um pastor chamado John Newton, autor do hino Amazing Grace. A canção está ligada à luta pela abolição da escravatura desde sua origem. Antes de converter-se a Cristo, Newton (1725-1807) fora negociante de escravos, tendo ele próprio sido preso na África e tratado como escravo. Na viagem de regresso à Inglaterra, quando o barco quase naufragava, Newton voltou-se para Deus. Ele chamou o dia de sua conversão de “dia da minha libertação”.
Amazing Grace apresenta o coração de seu autor, que pela graça de Deus deixou de ser um vil comerciante de escravos para ser um servo do Senhor. Várias vezes ele pregou e escreveu contra a escravatura. Foi depois de um de seus sermões que conheceu pessoalmente um jovem recém-convertido a Cristo chamado William Wilberforce (1759-1833), membro da Câmara dos Comuns.
Wilberforce pertencia a uma família nobre da Inglaterra. Ele Estudou em Cambridge, onde decidiu dedicar-se à carreira política. O pastor John Newton tornou-se seu grande conselheiro e inspiração para a gigantesca luta pró-abolicionismo. Gigantesca porque tinham contra si grandes poderes e interesses, inclusive da monarquia.
O jovem político afirmou em discurso no parlamento: “A perversidade do comércio de escravos é tão gigantesca, tão medonha e tão irremediável, que a minha mente está completamente preparada para a abolição. Sejam quais forem as consequências, deste momento em diante, estou resolvido que nunca descansarei até que tenha conseguido a abolição” (extraído do livro 131 Christians Everyone Should Know).
A abolição do tráfico negreiro custou 18 anos da vida de Wilberforce. Seus projetos de lei abolicionistas foram derrotados oito vezes (em 1791, 1792, 1793, 1797, 1798, 1799, 1804 e 1805). Como intimidação, chegou a ser assaltado e surrado duas vezes. A luta ganhou a aderência de grupo de evangélicos, chamados jocosamente pela sociedade inglesa de “os santos”.
Depois de muita oração e perseverança, em 1807, uma maioria de 283 votos contra 16 aprovou a lei da abolição da escravatura proposta por Wilberforce. Ao ser aprovada, todo o congresso britânico aplaudiu de pé o servo de Deus por vários minutos, enquanto ele chorava e louvava a Deus com o rosto entre as mãos. O resultado saiu nove meses antes da morte de John Newton. Por conta da decisão parlamentar, a Grã-Bretanha, que na época era a maior potência mundial, declarou guerra ao tráfico de escravos no mundo. Nem ela e nem ninguém mais poderia traficar escravos. O Brasil, por exemplo, por pressão inglesa, finalmente concordou em abolir o tráfico pela Lei Eusébio de Queirós, em 1850. A lei definitiva foi assinada apenas em 1888.
No Brasil, a causa abolicionista contou com o apoio dos missionários evangélicos europeus e norte-americanos. O primeiro missionário presbiteriano em solo brasileiro, Ashbel Green Simonton, foi um dos grandes arautos do abolicionismo no Brasil. Também o jornal Imprensa Evangélica, que circulou durante o Império, era contra a escravidão.
Fatos históricos como a “abolição” comprovam, como tantos outros, a relevância da fé e dos valores cristãos para a transformação positiva da sociedade.
Edição de Lucas Ricardo / Reportagem especial por Silas Daniel publicada no Mensageiro da Paz 1.463
FONTE CPAD NEWS