Cerca de 66% de paquistaneses não acreditam que Bin Laden morreu


Pesquisa foi realizada entre usuários de internet em três grandes cidades

Cerca de 66% de paquistaneses não acreditam que Bin Laden morreu
Cerca de 66% dos paquistaneses não acreditam que as forças especiais dos Estados Unidos mataram o líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, mas a outra pessoa, segundo uma pesquisa conjunta do instituto de pesquisa britânico YouGov e da Polis, da Universidade de Cambridge.
A pesquisa aconteceu entre usuários de internet, que costumam ter maior cultura, de três grandes cidades, Karachi, Islamabad e Lahore, com exclusão de grupos demográficos rurais, o que faz com que os resultados sejam mais surpreendentes, segundo os pesquisadores.

A pesquisa também indica que o Paquistão não parecia ser um esconderijo perfeito para o terrorista mais procurado do mundo já que para 48% dos indagados, Bin Laden não era um autêntico muçulmano e 35% o considerava um assassino em massa de muçulmanos frente a 42% que disse não estar de acordo com essa avaliação.

Para 35% dos paquistaneses que responderam à pesquisa, Bin Laden declarou guerra ao Paquistão frente a 45% que se mostrou em desacordo.

Aproximadamente a metade dos entrevistados desaprova a ideia de uma associação entre os serviços de inteligência paquistaneses ISI e Al Qaeda.

Setenta e cinco por cento diz desaprovar também a violação da soberania paquistanesa pelos EUA na operação para capturar e matar Bin Laden.

Menos de três quartas partes dos entrevistados não acredita que Bin Laden autorizou os ataques do dia 11 de setembro contra os Estados Unidos, que justificaram a invasão americana do Afeganistão e a luta contra o terrorismo muçulmano.

Cerca de 74% opina que o Governo de Washington não respeita o Islã e se considera em guerra com o mundo islâmico e 70% desaprova a política paquistanesa de aceitar ajuda econômica dos EUA.

Oitenta e seis por cento se opõe, além disso, a que o Governo paquistanês permita no futuro ou critica que tenha autorizado antes ataques com aviões não pilotados contra grupos militantes. 


Fonte: Terra / EFE