Há muitos cristãos que não creem no Arrebatamento e em outros eventos escatológicos, e alguns até zombam deles. Mas isso é um dos sinais indicadores do Rapto da Igreja (2 Pe 3.3,4).
Embora não sejamos capazes de determinar uma data para o Arrebatamento, a esperança de que veremos Jesus antes de morrermos deve estar bem viva (Tt 2.13). O crente fiel sabe que esse glorioso evento pode acontecer a qualquer momento. Afinal, por que a Palavra de Deus menciona os sinais desse acontecimento? Para que nos mantenhamos vigilantes e cheios de esperança (Mt 24.42).
No Arrebatamento, os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro, incorruptíveis. Em seguida, quase que instantaneamente, num abrir e fechar de olhos, os salvos que estiverem vivos serão transformados. Juntos, subirão ao encontro do Senhor, nos ares (1 Ts 4.16,17; 1 Co 15.51,52). Observe que apenas “os que morreram em Cristo” ressuscitarão antes do Arrebatamento. Os que não morrerem “em Cristo” farão parte de uma “segunda ressurreição”, que se dará antes do Juízo Final (Ap 20.5a,13).
Alguns teólogos afirmam que a expressão bíblica “primeira ressurreição” é simbólica e alude a uma ressurreição espiritual. Segundo esse pensamento amilenarista, Jesus teria previsto uma única ressurreição do corpo, para justos e injustos. Entretanto, ainda que o novo nascimento seja comparado a uma ressurreição (Rm 6.8-12), o Novo Testamento mostra com clareza que ocorrerão duas ressurreições reais: a da vida e a da condenação.
A primeira ressurreição, a da vida (Jo 5.29a), contempla: (a) Cristo, as primícias dos que dormem (1 Co 15.20,23a); (b) os santos que saíram dos sepulcros depois da ressurreição de Cristo, o que ainda é um mistério para nós (Mt 27.52,53); (c) os que são de Cristo, no momento do Arrebatamento (1 Co 15.23b; 1 Ts 4.16); (d) as duas testemunhas, durante a Grande Tribulação (Ap 11.11); (e) os mártires da Grande Tribulação, que ressuscitarão antes do Milênio (Ap 20.4-6). Observe o que esta passagem diz: “Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição”. Primeira, e não única.
De acordo com a Bíblia, as ressurreições de salvos e perdidos ocorrerão em ocasiões bem diferentes, embora sejam mencionadas juntas em algumas passagens (Dn 12.2; Jo 5.28,29). E o texto de Apocalipse 20.4-6 é suficientemente claro acerca dessas duas ressurreições, separadas por um espaço de mil anos: “... e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos. Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram... Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele mil anos”.
A expressão “ressurreição dos [dentre os] mortos” (gr. ek ton nekron), contida em Lucas 20.35 e Filipenses 3.11, denota que, no Arrebatamento da Igreja, os salvos em Cristo ressuscitarão “dentre todos” os mortos. É uma ressurreição de um público seleto: os salvos em Cristo. Ou seja, os justos farão parte da “primeira ressurreição”, reservada tão-somente a eles, enquanto os ímpios não reviverão.
Segue-se que a “segunda ressurreição” é a da condenação (Jo 5.29b) e ocorrerá depois do Milênio e antes do Juízo Final. Os mortos que “não reviveram, até que os mil anos se acabaram” (Ap 20.5) ressuscitarão para o julgamento do Trono Branco: “E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras” (Ap 20.13).
Mas não podemos nos esquecer de que boa parte da glória futura só nos será revelada após o Arrebatamento da Igreja (1 Jo 3.2; Rm 8.18). Departamentos e matérias teologais não existem para nos tornarem críticos ácidos ou opositores da Bíblia, e sim para nos ajudarem a compreendê-la melhor. Teologia não é filosofia, conquanto o exercício filosófico, com temor a Deus, faça parte do labor teológico. Eruditos liberais prestam um desserviço aos jovens estudiosos, ao defenderem o antagonismo entre a Teologia Bíblica e a Teologia Sistemática. Isso tem levado muitos seminaristas a perderem o temor à Palavra de Deus e ao Deus da Palavra. Ao receberem seus diplomas, pensam que podem contestar as incontestáveis verdades das Escrituras.
Embora o profeta Daniel tenha recebido de Deus inúmeras revelações, como as descritas em seu livro, ele não ousou desvendar por conta própria os mistérios relativos ao futuro (Dn 12.8). Por quê? Porque a Bíblia não foi divinamente produzida para que cada indivíduo tire as suas próprias e particulares conclusões (2 Pe 1.20). Ela é a revelação de Deus, e nós devemos nos aproximar dos textos sagrados com o objetivo de assimilar as verdades já reveladas pelo Senhor.
Ao estudar os eventos relacionados com o glorioso futuro da Igreja, não devemos perder de vista a base para uma boa compreensão dos eventos futuríveis: não ultrapassar o que está escrito na Bíblia Sagrada (Dt 29.29; Ap 22.18,19). Isso não tira, é evidente, o brilho do estudo escatológico. A despeito de sermos, por natureza, obcecados por novidades e especulações, os subsídios extrabíblicos, as divagações filosóficas, as supostas revelações divinas e as teorias da conspiração só confundem o estudioso das Escrituras.
Em Cristo,
Ciro Sanches Zibordi
Há muitos cristãos que não creem no Arrebatamento e em outros eventos escatológicos, e alguns até zombam deles. Mas isso é um dos sinais indicadores do Rapto da Igreja (2 Pe 3.3,4).
Embora não sejamos capazes de determinar uma data para o Arrebatamento, a esperança de que veremos Jesus antes de morrermos deve estar bem viva (Tt 2.13). O crente fiel sabe que esse glorioso evento pode acontecer a qualquer momento. Afinal, por que a Palavra de Deus menciona os sinais desse acontecimento? Para que nos mantenhamos vigilantes e cheios de esperança (Mt 24.42).
No Arrebatamento, os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro, incorruptíveis. Em seguida, quase que instantaneamente, num abrir e fechar de olhos, os salvos que estiverem vivos serão transformados. Juntos, subirão ao encontro do Senhor, nos ares (1 Ts 4.16,17; 1 Co 15.51,52). Observe que apenas “os que morreram em Cristo” ressuscitarão antes do Arrebatamento. Os que não morrerem “em Cristo” farão parte de uma “segunda ressurreição”, que se dará antes do Juízo Final (Ap 20.5a,13).
Alguns teólogos afirmam que a expressão bíblica “primeira ressurreição” é simbólica e alude a uma ressurreição espiritual. Segundo esse pensamento amilenarista, Jesus teria previsto uma única ressurreição do corpo, para justos e injustos. Entretanto, ainda que o novo nascimento seja comparado a uma ressurreição (Rm 6.8-12), o Novo Testamento mostra com clareza que ocorrerão duas ressurreições reais: a da vida e a da condenação.
A primeira ressurreição, a da vida (Jo 5.29a), contempla: (a) Cristo, as primícias dos que dormem (1 Co 15.20,23a); (b) os santos que saíram dos sepulcros depois da ressurreição de Cristo, o que ainda é um mistério para nós (Mt 27.52,53); (c) os que são de Cristo, no momento do Arrebatamento (1 Co 15.23b; 1 Ts 4.16); (d) as duas testemunhas, durante a Grande Tribulação (Ap 11.11); (e) os mártires da Grande Tribulação, que ressuscitarão antes do Milênio (Ap 20.4-6). Observe o que esta passagem diz: “Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição”. Primeira, e não única.
De acordo com a Bíblia, as ressurreições de salvos e perdidos ocorrerão em ocasiões bem diferentes, embora sejam mencionadas juntas em algumas passagens (Dn 12.2; Jo 5.28,29). E o texto de Apocalipse 20.4-6 é suficientemente claro acerca dessas duas ressurreições, separadas por um espaço de mil anos: “... e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos. Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram... Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele mil anos”.
A expressão “ressurreição dos [dentre os] mortos” (gr. ek ton nekron), contida em Lucas 20.35 e Filipenses 3.11, denota que, no Arrebatamento da Igreja, os salvos em Cristo ressuscitarão “dentre todos” os mortos. É uma ressurreição de um público seleto: os salvos em Cristo. Ou seja, os justos farão parte da “primeira ressurreição”, reservada tão-somente a eles, enquanto os ímpios não reviverão.
Segue-se que a “segunda ressurreição” é a da condenação (Jo 5.29b) e ocorrerá depois do Milênio e antes do Juízo Final. Os mortos que “não reviveram, até que os mil anos se acabaram” (Ap 20.5) ressuscitarão para o julgamento do Trono Branco: “E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras” (Ap 20.13).
Mas não podemos nos esquecer de que boa parte da glória futura só nos será revelada após o Arrebatamento da Igreja (1 Jo 3.2; Rm 8.18). Departamentos e matérias teologais não existem para nos tornarem críticos ácidos ou opositores da Bíblia, e sim para nos ajudarem a compreendê-la melhor. Teologia não é filosofia, conquanto o exercício filosófico, com temor a Deus, faça parte do labor teológico. Eruditos liberais prestam um desserviço aos jovens estudiosos, ao defenderem o antagonismo entre a Teologia Bíblica e a Teologia Sistemática. Isso tem levado muitos seminaristas a perderem o temor à Palavra de Deus e ao Deus da Palavra. Ao receberem seus diplomas, pensam que podem contestar as incontestáveis verdades das Escrituras.
Embora o profeta Daniel tenha recebido de Deus inúmeras revelações, como as descritas em seu livro, ele não ousou desvendar por conta própria os mistérios relativos ao futuro (Dn 12.8). Por quê? Porque a Bíblia não foi divinamente produzida para que cada indivíduo tire as suas próprias e particulares conclusões (2 Pe 1.20). Ela é a revelação de Deus, e nós devemos nos aproximar dos textos sagrados com o objetivo de assimilar as verdades já reveladas pelo Senhor.
Ao estudar os eventos relacionados com o glorioso futuro da Igreja, não devemos perder de vista a base para uma boa compreensão dos eventos futuríveis: não ultrapassar o que está escrito na Bíblia Sagrada (Dt 29.29; Ap 22.18,19). Isso não tira, é evidente, o brilho do estudo escatológico. A despeito de sermos, por natureza, obcecados por novidades e especulações, os subsídios extrabíblicos, as divagações filosóficas, as supostas revelações divinas e as teorias da conspiração só confundem o estudioso das Escrituras.
Em Cristo,
Ciro Sanches Zibordi