EGITO (19º) - Menos de 40 dias após uma multidão de moradores muçulmanos destruírem o templo da igreja, a congregação celebrou a Páscoa no domingo (24 de abril) no prédio construído no mesmo local. A reconstrução do prédio da igreja foi feita pelos militares egípcios deu um motivo para que os cristãos celebrassem, mas isso ocorreu durante um novo surto de violência sectária no país. O reverendo Balamoun Youakeem, o líder principal das igrejas do Two Martyrs St. George e St. Mina no vilarejo de Sool, localizado em Helwan, a 35 quilômetros ao sul do Cairo, diz que o tempo em que o edifício foi construído foi incrível. Youakeem disse que o prédio foi reconstruído mesmo em meio a protestos dos líderes militares e de tradicionais moradores da região. Os moradores, do lado de fora do templo, gritavam: “nós não queremos a igreja”. A igreja foi atacada na noite de 4 de março, depois de um líder muçulmano dizer que os moradores deveriam “matar todos os cristãos”, em razão do rumor de um caso entre um homem muçulmano com uma mulher cristã, ambos casados com outras pessoas. Os manifestantes atearam fogo na igreja e demoliram grande parte do templo que foi construído com muito esforço. Os moradores também causaram grande tumulto em propriedades de cristãos e algumas mulheres cristãs foram abusadas sexualmente, de acordo com moradores da área. Muitos cristãos fugiram com medo de novos ataques. “Quando a igreja foi demolida, a esperança de reconstruí-la era muita pequena,” diz ele. “Este é o nosso milagre.” Tradução: Lucas Gregório
|