Uma multidão de 1.500 muçulmanos furiosos pôs fogo em duas igrejas e saqueou uma terceira na cidade de Temanggung, em Java Central, em fevereiro, exigindo que um cristão fosse condenado à morte por insultar o islã. O incidente começou quando a desordem irrompeu no tribunal e se espalhou pelas ruas, onde manifestantes incendiaram uma viatura da polícia e atiraram pedras em oficiais, que responderam com gás lacrimogêneo e tiros de advertência. Quatro turmas de juízes do tribunal do distrito de Semarang condenaram ao todo 17 muçulmanos ligados à violência, sentenciando 16 deles a cinco meses de prisão e um, a quatro meses. “Eles são culpados legalmente e comprovadamente por destruir propriedades públicas e por agressão”, disse um dos juízes. “As penas foram menores que os 10 meses pedidos pelos promotores, porque os acusados cooperaram durante o julgamento”, acrescentou. Um dos condenados, Supriyanto, foi considerado culpado por enviar mensagens de texto a várias pessoas um dia antes do julgamento do cristão, sob as ordens de um clérigo muçulmano. “Baseado nas provas e no depoimento de testemunhas, Supriyanto incitou as pessoas a participar do ataque em Temanggung”, disse outro juiz. Mais nove réus, incluindo o clérigo suspeito de ser o cabeça do ataque, terão seus vereditos dentro de alguns dias. A constituição da Indonésia garante liberdade religiosa, mas grupos de direitos humanos dizem que a violência contra minorias, incluindo os cristãos e a seita islâmica Ahmadiyah, tem escalado desde 2008. Tradução: Getúlio Cidade fonte portas abertas
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