Segundo agências de notícias, testemunhas disseram que as Forças Armadas do Sudão (SAF) detiveram Nimeri Kalo Philip, um seminarista que estudava no seminário St. Paul, em 8 de junho, perto do portão da Missão das Nações Unidas no Sudão (MINUS), em Kadugli, atirando nele diante dos pedestres que passavam na rua. Kalo e outros cristãos estavam fugindo da cidade, após as milícias muçulmanas leais à SAF terem atacado e saqueado pelo menos três edifícios de igrejas em Kadugli, segundo informações de fontes. “O conflito armado eclodiu em Kadugli entre os militares do sul e do norte em 6 de junho, depois que as forças de Abyei foram presas no mês passado. Em 8 de junho, militantes islâmicos leais à SAF abateram um jovem cristão, usando uma espada, no mercado da cidade de Kadugli”, disseram as fontes. As milícias islâmicas atacaram uma igreja, porque ouviram gritos de “Deus é maior”. Então dispararam contra a igreja, mas ninguém foi atingido. Os agentes, no entanto, prenderam o rev. James Abraham na frente de sua congregação, levando-o a um lugar desconhecido, onde o torturaram durante dois dias, segundo relatos de um sacerdote. Em 8 de junho ainda, a SAF e milícias islâmicas atearam fogo a edifícios da Igreja Episcopal do Sudão e da Igreja de Cristo no Sudão. “As igrejas e os pastores eram os alvos visados”, disse o bispo Andudu Adam. Existem estimativas não confirmadas de que mais de 53 mil pessoas estão sendo deslocadas devido aos intensos combates, em Kodorfan, entre o exército da SAF e o Exército Popular de Libertação do Sudão (SPLA), de acordo com informações da ONU. A mídia diz que o combate, incluindo bombardeios e artilharia, tem sido relatado em 11 de 19 localidades no estado de Kodorfan. Algumas das pessoas que foram deslocadas internamente, bem como locais e organizações não-governamentais e funcionários da ONU, se refugiaram fora do complexo da missão de paz das Nações Unidas, nos arredores da capital de Kordofan, que fica ao sul do país. Tradução: Lucas Gregório PORTAS ABERTAS
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