Forças de contraterrorismo da Indonésia, conhecidas como Destacamento de Elite 88, têm perseguido com tenacidade grupos radicais, matando seus principais líderes. O Destacamento também separou o acampamento de Bashir, que dava treinamento terrorista, por isso foram apelidados por ele de “inimigos de Deus.” Enquanto Bashir está atrás das grades, seus ensinamentos continuam a espalhar ódio. Extremistas estão atacando a seita Ahmadia, que os muçulmanos ortodoxos consideram herética, além dos cristãos. Em fevereiro, grupos de muçulmanos atearam fogo em duas igrejas e saquearam uma terceira em Temanggung, na Java Central. Um cristão foi acusado de insultar o Islã e condenado à prisão por cinco anos. Outros ataques foram frustrados pela ação da polícia no local. O sistema de leis da Indonésia incentiva o radicalismo. Recentemente, alguns governos provinciais têm tirado a liberdade de uma seita que tem adoração em locais públicos, pois entendem que isso é um convite para os muçulmanos atacarem. Em alguns casos de violência, a polícia tem ficado literalmente parada só observando, sem impedir a violência. Em outros, funcionários asseguram que a justiça é fraca. Um tribunal condenou os autores da violência em Temanggung à detenção por alguns meses ou um ano, no máximo. O presidente Bambang Yudhoyono se manifestou contra a violência, mas pouco tem feito para contê-la. A menos que o presidente reúna vontade política para ir contra o terrorismo ideológico, a Indonésia está em perigo e caminhando para ficar semelhante ao Paquistão. Como no Paquistão, terrorismo e vigilância contra as minorias partem de pessoas que pregam a violência. Tradução: Portas Abertas
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