Isso se deve à receptividade do mundo em relação ao povo brasileiro
O diretor executivo das Missões Mundiais (JMM), pastor João Marcos Barreto Soares, afirma que os brasileiros se tornaram uma das principais esperanças de evangelização mundial por serem bem recebidos em todos os países, mas apesar de tratar a receptividade como algo positivo ele questiona o preparo dos missionários para saírem pelo mundo.
Soares lembra que além do preparo espiritual é necessário ter condições financeiras para enviar missionários. Ele conta que em 2009 as ofertas destinadas a Missões Mundiais e Missões Nacionais alcançaram um belo montante; porém, quando dividido pelo número oficial de batistas no Brasil, o resultado foi preocupante: cada um ofertou cerca de 66 centavos por semana para a obra missionária.
A quantidade de evangelizadores também é preocupante segundo o diretor do JMM. Cerca de um para cada 10 mil batistas brasileiros. “Será que temos nos esquecido de que há mais de 4 bilhões de pessoas que nunca ouviram falar de Cristo, que há pelo menos 2.200 povos que não conhecem a Palavra de Deus?”, questiona.
Evangelismo no Sul da Ásia tem dado retorno
Gabriel Azam, missionário ligado ao JMM que faz trabalhos no Sul da Ásia, reconhece que o avanço do cristianismo em seu país, apesar de ainda ser tímido, deu uma guinada principalmente em razão do investimento dos batistas brasileiros. Segundo ele, desde 1994, quando recebeu a visita de um missionário de Missões Mundiais, a obra de evangelização em seu país começou a mudar.
“Depois de 21 anos de trabalho, Deus começou a trazer os frutos. Durante todo esse tempo ninguém tinha se rendido a Cristo. Mas, finalmente uma família veio a conhecer o Senhor e, de repente, esse número pulou para 90 famílias. Toda essa obra foi Deus quem fez por meio de nós. Eu louvo a Deus pelo maravilhoso trabalho dos batistas brasileiros”, diz o Pr. Gabriel Azam que hoje administra uma agência missionária com cerca de 100 obreiros.
Mas ele cita o crescimento do islamismo no mundo e diz que os brasileiros têm a responsabilidade de alcançar os adeptos do islã. “Para esse grupo Deus separou o Brasil. Os muçulmanos não são receptivos aos americanos e aos ingleses, mas com relação aos brasileiros, todas as nações são amistosas. Isso não é um acidente. Deus preparou tudo isso”, enfatiza.
Gabriel Azam faz um apelo para que a igreja assuma essa responsabilidade. “Precisamos admitir que é um pecado não levar o Evangelho aos muçulmanos. Pelo menos uma vez na vida eles precisam ouvir”, finaliza.
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