O país (o 12º no ranking da Portas Abertas) é conhecido por sua brutal hostilidade e total indiferença em relação à prisão de cristãos. Ministérios parceiros da Portas Abertas têm enviado relatórios, informando que as condições dos detentos são sub-humanas: são colocados em contêineres no meio do deserto e detidos em campos militares, além de ser também submetidos a tortura. O presidente da Portas Abertas americana, Carl Moeller, diz: “Duas jovens mulheres, de 23 e 27 anos, Hiwet Tesfu e Zemami Mehari, morreram num desses campos militares”. Elas estavam no campo militar há dois anos e três meses. O sofrimento delas foi totalmente ignorado no palco internacional, assim como tem acontecido com outros casos similares. As duas mulheres estavam aparentemente doentes, diz Moeller, mas foram torturadas frequentemente. Foi-lhes negado tratamento médico repetidamente. Elas foram enterradas no campo militar. As mulheres foram presas em abril de 2009 por participarem de um encontro de oração em Dekemhare, a 15 km do campo militar de Alla , a sudoeste de Asmara. Tanto o relatório da Portas Abertas como o da Compass Direct News mostram que, na época em que foram presas, encontros cristãos para oração e outros similares estavam sendo organizados por jovens cristãos no serviço militar. Há relatórios de milhares de cristãos em condições semelhantes e bem poucos, ou alguns, têm recebido atenção desde a sua prisão. A reação do governo da Eritreia aos cristãos parece ser lógica, pois esse tratamento produz um “efeito esfriamento” para os trabalhadores do evangelho. Ainda assim, o oposto parece ser verdadeiro, diz Moeller. “Quando eles veem a disposição dos cristãos em ir para a prisão, em morrer, em ser torturados pela sua religião, isso cria uma inevitável sede de compreender o que é essa fé.” “O grande paradoxo”, nota Moeller, “é que, exatamente naqueles lugares onde a situação é mais desesperadora, vemos o crescimento mais dramático da igreja. Eu acredito que é por isso que, no meio da crucial perseguição, os cristãos perseveram.” Tradução: Luciana Azevedo
|