Objetivo do vereador evangélico com o PL é propor a reflexão: ´os gays querem direitos ou privilégios?`
O autor do projeto que criou o Dia do Orgulho Heterossexual em São Paulo, o vereador evangélico Carlos Apolinário (DEM) virou assunto internacional após um grupo de hackers invadir nesta quinta-feira (4) seu e-mail e sua página pessoal na internet.
Os invasores trocaram a imagem do parlamentar na sua home page (carlosapolinario.com.br) e colocaram mensagens com dados sobre mortes de homossexuais no Brasil. Mais de 3 mil pessoas que estavam na lista de correio eletrônico do vereador, a maior parte de pastores da Assembleia de Deus e líderes de ministérios da igreja, também receberam as mensagens.
"No Brasil, um homossexual é morto a cada 36 horas e esse tipo de crime aumentou em 113% nos últimos cinco anos. Em 2010, foram 260 mortos. Apenas nos três primeiros meses deste ano, foram 65 assassinatos", dizia a mensagem, que ficou online das 10h49 às 16h48.
Tal mensagem é considerada por alguns parlamentares tendenciosa e manipulada, já que muitos desses crimes foram por outros motivos que não homofóbicos. Dentre estes mortos, inclusive, há vítimas dos próprios parceiros, de clientes da prostituição, ou até mesmo da violência que atinge a todos os cidadãos.
O ataque foi reivindicado na própria mensagem deixada no site do vereador pelo "Figli Tariki Shmotov", da RedHack_Brasil. São ativistas ligados a um grupo que costuma invadir, desde 2009, sites de órgãos públicos na Rússia e em países do Leste Europeu.
Além de causar espanto momentâneo nos amigos evangélicos do vereador que estavam em sua lista de e-mail, a invasão elevou Apolinário à personalidade requisitada por veículos internacionais, como a revista Forbes e a agência de notícias Associated Press. Jornais americanos como The Washington Post também repercutiram o Dia do Orgulho Hétero, ainda citado no blog americano Huffington Post e no site do International Business Times.
"Em 30 anos de vida pública, nunca vi repercussão como essa", diz Apolinário na tarde de ontem em seu gabinete. Deputado estadual por três mandatos - chegou a ser governador por dez dias -, deputado federal relator em 1997 da atual legislação eleitoral e vereador desde 2001, ele tentava explicar que não é a primeira vez que uma iniciativa sua ganha notoriedade. Porém, enfatiza: “ falar alguma coisa dos gays é sempre mais polêmico. Porque eles não aceitam que se fale nada".
O parlamentar, que também foi procurado ontem pelas principais revistas semanais do País, afirma que a decisão de apresentar o seu projeto não tem vínculo com sua atuação religiosa. “Não misturo as coisas. Aqui eu sou o vereador Carlos Apolinário. A Assembleia de Deus é algo coisa particular.”
Apolinário explica ainda que a lei não é contra a comunidade LGBT. “Hoje se fazem dezenas de leis favoráveis aos gays. Esse meu projeto é muito mais para fazer uma reflexão. Será que os gays querem direitos ou privilégios?”, afirmou.
Fonte: Agência Estado / Redação CPAD News
Os invasores trocaram a imagem do parlamentar na sua home page (carlosapolinario.com.br) e colocaram mensagens com dados sobre mortes de homossexuais no Brasil. Mais de 3 mil pessoas que estavam na lista de correio eletrônico do vereador, a maior parte de pastores da Assembleia de Deus e líderes de ministérios da igreja, também receberam as mensagens.
"No Brasil, um homossexual é morto a cada 36 horas e esse tipo de crime aumentou em 113% nos últimos cinco anos. Em 2010, foram 260 mortos. Apenas nos três primeiros meses deste ano, foram 65 assassinatos", dizia a mensagem, que ficou online das 10h49 às 16h48.
Tal mensagem é considerada por alguns parlamentares tendenciosa e manipulada, já que muitos desses crimes foram por outros motivos que não homofóbicos. Dentre estes mortos, inclusive, há vítimas dos próprios parceiros, de clientes da prostituição, ou até mesmo da violência que atinge a todos os cidadãos.
O ataque foi reivindicado na própria mensagem deixada no site do vereador pelo "Figli Tariki Shmotov", da RedHack_Brasil. São ativistas ligados a um grupo que costuma invadir, desde 2009, sites de órgãos públicos na Rússia e em países do Leste Europeu.
Além de causar espanto momentâneo nos amigos evangélicos do vereador que estavam em sua lista de e-mail, a invasão elevou Apolinário à personalidade requisitada por veículos internacionais, como a revista Forbes e a agência de notícias Associated Press. Jornais americanos como The Washington Post também repercutiram o Dia do Orgulho Hétero, ainda citado no blog americano Huffington Post e no site do International Business Times.
"Em 30 anos de vida pública, nunca vi repercussão como essa", diz Apolinário na tarde de ontem em seu gabinete. Deputado estadual por três mandatos - chegou a ser governador por dez dias -, deputado federal relator em 1997 da atual legislação eleitoral e vereador desde 2001, ele tentava explicar que não é a primeira vez que uma iniciativa sua ganha notoriedade. Porém, enfatiza: “ falar alguma coisa dos gays é sempre mais polêmico. Porque eles não aceitam que se fale nada".
O parlamentar, que também foi procurado ontem pelas principais revistas semanais do País, afirma que a decisão de apresentar o seu projeto não tem vínculo com sua atuação religiosa. “Não misturo as coisas. Aqui eu sou o vereador Carlos Apolinário. A Assembleia de Deus é algo coisa particular.”
Apolinário explica ainda que a lei não é contra a comunidade LGBT. “Hoje se fazem dezenas de leis favoráveis aos gays. Esse meu projeto é muito mais para fazer uma reflexão. Será que os gays querem direitos ou privilégios?”, afirmou.
Fonte: Agência Estado / Redação CPAD News