LIÇÃO 7 - ORAÇÃO E JEJUM: AS ARMAS DO CRISTÃO.


3º Trim. 2011 - JUVENIS – CPAD - Lição 7 II

TEXTO BÍBLICO  (Mt 6.5-8,16-18)
ENFOQUE BÍBLICO
“Mas tu,quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que ve o que está oculto, te recompensará.” (Gl 6.10).
OBJETIVOS

Estimulara pratica da oração e do jejum de acordo com os ensinos de Jesus.

Reconhecer o valor da oração e do jejum sinceros.

Ensinar o verdadeiro sentido da oração e do jejum àqueles que os praticam com o intuito de apenas serem vistos e reconhecidos pelos outros.

ORAÇÃO E JEJUM: AS ARMAS DO CRISTÃO
O que é oração? Orar é fazer com que a alma respire, é o falar da alma com Deus. A essência da oração é uma relação pessoal entre o crente e Deus. É que conhecemos como “intimidade com o Pai.” Não há oração boa e oração ruim, existe sim oração mal dirigida (Tg 4.3).É importante compreender que motivos errados podem enfraquecer a oração, também há os pecados não confessados. Como saber se nossa oração está alcançando objetivos? A Bíblia fala sobre o poder da oração do justo (Tg 5.16). Tiago não deixa transparecer que este justo seja um super-homem, dotado de superpoderes. Toma como exemplo o profeta Elias, um homem que sua oração funcionava. O que era diferente em Elias? (Tg 5.17).
Podemos ainda lembrar-se de Jorge Muller, conhecido como o apostolo da fé. Conta Orlando Boyer que muitas vezes Muller demonstrou sua fé nas orações que fazia. Escreveu ele três anos antes da morte: “Não me lembro em toda a minha vida de crente, num período de 69 anos, de que eu jamais buscasse, sinceramente e com paciência, saber a vontade de Deus pelo ensinamento do Espirito Santo por intermédio da Palavra de Deus, e que não fosse guiado certo. Se me faltava, porem sinceridade de coração e pureza perante Deus, com  paciência pela direção ou se eu preferia o conselho do próximo ao da Palavra do Deus vivo, então errava gravemente.”  (Herois da fé, 2003 –pp 129,130)
Todo crente deve ter em mente que nossa luta não é terrena, não é contra carne e sangue. O apostolo Paulo escrevendo aos Efésios, disse que a luta se trava nas regiões celestiais e é contra as forças espirituais do mal (Ef 6.10-20). O que Paulo ensina é que tudo deve ser mantido na oração.
Jack Hayford escreveu que orar é invadir o impossível. Em sua soberania Deus  organizou a criação de modo que as ações do ser humano dependam das orações. Conta-se a história de uma prisioneira dos campos de concentrações chamada Corrie Tem Boom, certo dia amanheceu resfriada. Incomodada por não ter um lenço, dirigiu se até sua irmã Betsie, também prisioneira e contou-lhe desesperada sobre a necessidade de um lenço. Betsie perguntou-lhe: “Você sabe orar?” Corrie sorriu, enquanto Betsie dirigiu a Deus uma breve oração em nome de Jesus.
Logo Corrie foi chamada por uma amiga que trabalhava no hospital da prisão, que lhe trouxe um lenço. Atônita perguntou: “porque me trouxe um lenço?” A amiga respondeu: “enquanto dobrava os lenços no hospital, uma voz me disse para trazer-lhe um lenço.” 
A oração deve ser sincera, com fé, sem impedimentos (discórdia familiar, altar quebrado, pecados encobertos – 1Pe 3.7; 1Rs 18.30; Ex 2.12; Sl 32.5).  Toda oração deve ser em nome de Jesus (Jo 16.23,24; Ef 2.18). Nossa oração deve estar firmada:
a)                   Nas promessas de Deus (Gn 32.9-12; Sl 119.49;  2Pe 1.4)
b)                 Na fidelidade de Deus (Sl 143.1)
c)                  Na misericórdia de Deus (Sl 51. 1; Dn 9.18)
d)                 No sangue precioso (Hb 10.19,20)
A oração deve ser acompanhada de:
a)                  Arrependimento (1Rs 8.33; Jr 36.7)
b)                 Confissão (Ne 1.4,7)
c)                  Humilhação (Gn 18.27)
d)                 Choro (Jr 31.9; Os 12.4)
e)                  Vigilância (Lc 21.36; 1Pe 4.7)
f)                  Louvor (Sl 66.17)
g)                  Jejum (Ne 1.4; Dn 9.3; At 13.3)
h)                 Ações de graças (Fp 4.6; Cl 4.2)
Quando o crente não ora vive de derrota em derrota, certa vez perguntaram a Jorge Muller, se ele orava muito, o qual respondeu: “Oro enquanto ando, enquanto deitado e quando me levanto.”  Em outra ocasião disse: “Não me lembro de ter ficado um minuto sem falar com Deus.” O apostolo Paulo aconselhou (1Ts 5.17).
JEJUM
A oração deve ser acompanhada da pratica do jejum. O jejum jamais pode ser tido como um sacrifício, o crente precisa definir objetivos para começar um jejum. Daniel na Babilônia estabeleceu objetivos para jejuar com seus amigos (Dn 1.8). O segundo passo é ter compromisso, Daniel adotou um jejum parcial, durante dez dias (Dn 1. 12). 
O fundamento básico do jejum é a oração, depois de definido a forma de jejum a começar. Precisam ser observados alguns cuidados, como, por exemplo:
- Se for prolongado, não comece de forma abrupta.
- Prepare o corpo antes, fazendo alimentações leves.
- Limite suas atividades, caso o jejum seja prolongado, não dá para fazer trabalhando numa empresa, principalmente se for usar a força física ou a razão.
- Comece com louvor e adoração
- Leia e medite na Palavra de Deus
- Procure conhecer a vontade de Deus (Fp 2.13).
- Procure ficar momentos sozinho com Deus, enquanto jejua
- Evite programas de TV, distrações de modo geral, para que não perca o foco espiritual.
- Ao terminar o jejum, caso ele tenha sido prolongado, não coma coisas gordurosas, faça as primeiras alimentações leves.
- O jejum deve ser racional (Rm 12.1)
- O crente ao jejuar deve reconhecer a soberania de Deus (At 13.3)
            O que a bíblia fala sobre jejum! No AT, determinadas praticas envolvia o jejum parcial. A lei do nazireado, por exemplo, não podia comer certos alimentos e bebidas (Nm 6.3,4). Em momentos complicados como pecaminosidade do povo (1Sm 7.6; Ne 9.11), o jejum neste caso indicava o arrependimento do povo. Jejuavam também em momentos de luto (2Sm 1.12; 3.35). Jejuavam enquanto buscavam  proteção divina (Ed 8.21-23).
            É interessante saber que a Bíblia não ordena a pratica do jejum, mas vemos a pratica tanto no AT, quanto no NT. ( Is 58.3-4; Mt 6.16-18).
            - Jejum para enviar missionários (At 13.2,3)
            - Jejum para separar obreiros (At 14.23)
            O jejum não é um ritual mecânico, o crente em Jesus, deve jejuar para aumentar a intimidade com Deus. Mostrar-se humilde, consagrado arrependido diante de Deus em jejum e oração.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
WAGNER,C. Peter – Orando com Poder – Press Abba, 2Ed – 2004, SP
BOYER, Orlando – Heróis da Fé – CPAD, 2003, RJ
www.silvade.net – acesso 10/08/2011
   Colaborador para o Portal Escola Dominical  – Pr. Jair Rodrigues