Antigamente Israel se baseava no ano lunar. A cada dois ou três anos, fazia-se uma adaptação ao ano lunar, baseado no ano solar. Essa adaptação era a adição de um mês no ano solar. O primeiro mês do calendário de Israel correspondia aos nossos meses de março e abril aproximadamente. Conhecia-se o início de um mês pela lua nova.
Na cultura Judaica, comemoravam-se três grandes festas importantes para Israel. A festa dos Asmos, da Colheita e do tabernáculo. Conforme as ordenanças do Senhor em Êxodo 23 a Festa dos Pães Asmos era para ser celebrada durante sete dias. Isso no mês de Abibe, porque este foi o mês que saíram do Egito. O primeiro corte do Trigo era torrado, o povo se reunia em vários santuários para preservar a colheita.
Somente mais tarde é que o Rei Josias conduziu este cerimonial ao templo em Jerusalém. A festa das Semanas que é a festa das primeiras colheitas de trigo. Ficou conhecida como festa das semanas, por causa da contagem de sete semanas do início da colheita dos cereais. Era mais um culto de ações de graças, onde eles expressavam sua gratidão a Deus pelos frutos da terra. A festa das semanas era também celebrada a dádiva da Torah que receberam no Sinai. Foi nesse dia o derramamento do Espírito Santo, de onde conhecemos o pentecostes. Também existe a festa dos Tabernáculos, que é a celebração da colheita dos frutos. Durante a colheita dos figos, tâmaras azeitonas, uvas e etc., eles habitavam em cabanas. Essa ação lembra o tempo que Israel no deserto, morava em cabanas. É uma festa alegre, com danças, celebrada durante sete dias. Em Deuteronômio já vemos vinculado à festa dos Asmos a festa da Páscoa.
A páscoa na verdade era uma festa de pastores, quando saiu para terras longínquas em busca de pastos, matavam um animal para prevenção. Isso foi associado na saída de Israel do Egito, quando os Israelitas comeram o cabrito assado, e passaram o sangue nos umbrais das portas. Onde o Anjo da morte passava, e não matava os primogênitos devido o sangue. Aí temos a explicação da palavra Pascoa, passagem, talvez a passagem do destruidor, ou a passagem do mar vermelho por Israel. No tempo de Jesus a páscoa foi celebrada, e hoje é uma festa no seio da família israelita precisamente dia 14 do mês de nisã, relembrando os acontecimentos do Egito, e as ações de Javé. Hoje no cristianismo a páscoa simboliza a ressurreição de Cristo, a nossa passagem da morte para a vida.
A estas três festas, foram adicionadas outras festividades. Não creio ser pela influência do período pós-exílio, porque a maioria delas está no Pentateuco. As festas são: Ano Novo, o dia do perdão ou da expiação, o dia da alegria da lei, a festa da dedicação do templo, a festa de purim e o sábado.
O sábado em si não é uma festa, mas um tempo ou dia tirado para o Senhor. Sábado é um dia de descanso para Deus em hebraico (Shabat), parar de trabalhar. Este mandamento percorre todo o antigo Testamento. O sábado não é associado a outros dias como sexta feira treze, considerado um dia de azar. Não é que trabalhar no sábado trás uma maldição, ele não é um dia de mau agouro, mas um mandamento. Seis dias trabalharás, mas o sétimo é o sábado, isto é: trabalhamos seis dias em nosso favor, mas precisamos ter pelo menos um para agradecer ao Senhor.
Com o descanso sabático, os israelitas além de estarem obedecendo e se dedicando nesse dia a Javé, proporcionam descanso aos animais e aos servos, evitando trabalho escravo forçado. O sábado se torna um símbolo da identidade de Israel no exílio babilônico. Com o tempo, foram acrescentados os preceitos à observância da sábado. Acender fogo, carregar cargas e até a distância que se poderia andar neste dia. Alguns foram tão rigorosos na observância do sábado, que preferiram morrer que descumprir as ordens.
No Novo Testamento, os preceitos do sábado, principalmente por Jesus, eram observados. Mesmo assim, Jesus irritou muitos judeus zelosos, por curar e ter suas atividades normais no dia de sábado. Mas Jesus deu outro significado ao sábado, que veio a serviço da vida, o sábado foi feito por causa do homem e não o homem por causa do sábado. Paulo por sua vez, deixa claro que o sábado está inserido no contexto da lei. E o sim da lei é Cristo, para justiça de todos que creem. Estamos em uma Nova Aliança, por isso o Novo Testamento.
O domingo não veio para substituir o sábado. Mas se torna um dia especial porque as atividades de Jesus, como também suas aparições depois da ressurreição, deram muitas vezes no domingo. A partir daí, a igreja primitiva toma o domingo como dia do Senhor. Constantino foi o responsável pela associação do domingo com a divindade solar. Mesmo assim, algumas atividades não paravam no domingo, os escravos por exemplo. Os reformadores eram a favor do descanso dominical. Lutero entendia que antiga aliança ficou no passado, e que estamos sob uma nova aliança. Os puritanos na Inglaterra foram mais taxativos, e até leis foram elaboradas, proibindo qualquer atividade ou lazer no domingo.
Na atualidade, o mundo tem um dia para descanso e culto. No Brasil, adotamos o domingo como dia especial e existe até leis que regem melhor a situação de trabalho e descanso. Nos países muçulmanos é a sexta feira o dia d descanso. Todavia, devido às diversas atividades, alguns preferem ou são obrigados devidos às atividades, descansarem outro dia da semana. Isso prejudica a reunião familiar.
Hoje o que é mais importante não é a discussão se o sábado ou domingo é o dia de descanso. Mas sim saber conciliar entre lazer, família e culto a Deus no dia de descanso. Isso é tão importante que temos na Bíblia o ano sabático. Seis anos trabalhando mais o sétimo e o descanso da terra. Também a cada cinquenta anos, os escravos eram liberados.
No Antigo Testamento percebemos três tipos de sacrifícios: Agradecimento, comunhão e expiação. Alguns eram oferecidos com animais, outros com manjares, cada um tinha seu significado espiritual. Esses sacrifícios bíblicos, no meu entender, nada têm relacionado aos sacrifícios das divindades pagãs. Mas sim ensinar o homem a ser grato a Deus pelas bênçãos. Também não colocar seu caroção nas coisas terrenas. Também serviam para promover comunhão entre o homem e Deus.
Os sacrifícios pelo pecado eram necessários morrer um animal. As pessoas carentes de perdão iam até o sacerdote que fazia o ritual sagrado e bíblico. Esses sacrifícios apontam para o Jesus. Assim como o animal inocente derramou sangue para livrar da morte e perdoar os pecados de muitos, Jesus como o cordeiro que tira o pecado do mundo, nos deu vida morrendo e derramando seu sangue por nós. FONTE ALERTA FINAL