Ao menos 25 pessoas moreram e 200 ficaram feridos desde o domingo (9)
As Nações Unidas e as potências ocidentais condenaram nesta segunda-feira a violência entre cristãos coptas e as forças de segurança que deixou ao menos 25 mortos e 200 feridos desde o domingo (9), mesmo após um pedido do premiê egípcio ter apelado para a união nacional. O mandatário, Essam Sharaf, defendeu o diálogo e convocou uma reunião de emergência para que o governo formule medidas de contenção.
O chamado de Sharaf para um diálogo urgente chegou horas após os centenas de manifestantes terem incendiado diversos carros das forças de segurança nesta segunda, dando prosseguimento à violência que teve início no domingo após um protesto de cristãos coptas.
Milhares de coptas, uma igreja cristã que representa entre 6 e 10% da população egípcia e que se considera discriminada pela maioria muçulmana, se manifestaram contra o incêndio de uma igreja na região de Asuán.
Um toque de recolher foi decretado no centro da capital das 2h às 7h (21h às 2h de Brasília) desta segunda-feira para tentar restabelecer a calma, e a segurança foi reforçada ao redor do Parlamento, da sede do Conselho de Ministros e do Museu Arqueológico do Cairo.
EUA
Em reação, o presidente americano, Barack Obama, disse estar "profundamente preocupado", acrescentando a importância de proteger a minoria copta e de que eleições sejam convocadas no país para que um novo governo substitua a junta militar que atualmente controla o Egito de forma interina.
"O presidente está profundamente preocupado com a violência no Egito que levou à perda de vidas de manifestantes e de forças de segurança", afirmou o porta-voz de Obama, Jay Carney, que expressou a solidariedade dos Estados Unidos "nestes momentos difíceis".
"Chegou a hora de que todas as partes deem mostras de moderação para que os egípcios possam avançar juntos na elaboração de um Egito forte e unido", acrescentou.
"Num momento em que os egípcios definem seu futuro, os Estados Unidos continuam pensando que os direitos das minorias, incluindo dos coptas, devem ser respeitados e que todos têm direito universal de se manifestar pacificamente e de praticar livremente sua religião", continuou.
"Estes eventos trágicos não devem impedir a realização de eleições em seu devido momento e a continuação de uma transição para a democracia que seja pacífica, justa e inclusiva", manifestou o porta-voz.
ONU
Já o secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon, declarou-se nesta segunda-feira "profundamente triste" pelas mortes.
"O secretário-geral está profundamente triste pela perda de vidas no Cairo na noite passada. Ele convoca todos os egípcios a permanecer unidos e a preservar o espírito das mudanças históricas do início de 2011", indicou sua porta-voz, Martin Nesirky.
Ban "convoca as autoridades de transição a garantir a proteção dos direitos humanos e das liberdades civis dos egípcios de todas as religiões", acrescentou.
Os confrontos de domingo foram os mais mortíferos desde a revolta que derrubou o presidente Hosni Mubarak do poder em fevereiro.
Europeus
A União Europeia expressou seu alarme e preocupação pela repressão dos manifestantes cristãos. "Estou muito preocupado, muito alarmado com estes confrontos no Cairo", afirmou o ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, ao chegar a Luxemburgo para negociações com seus 26 homólogos da União Europeia.
A ministra espanhola Trinidad Jiménez expressou sua "preocupação", mas ressaltou a importância de que a União Europeia apoie o processo de transição política vivido pelo país.
O chanceler de Portugal, Paulo Portas, também indicou posição semelhante. "Todos sabemos que em todo processo de transformação política profunda em uma sociedade há momentos muito complicados", disse o ministro.
De qualquer forma, é fundamental garantir "a liberdade religiosa e o respeito das minorias religiosas", acrescentou.
As Forças Armadas egípcias, no poder desde a renúncia do presidente Hosni Mubarak, encarregaram o governo egípcio de fazer uma investigação sobre os incidentes.
Centenas de pessoas entraram em confronto nesta segunda-feira com as forças de segurança do Egito nos arredores de um hospital no Cairo, após distúrbios no domingo deixarem ao menos 24 mortos.
O conselho militar que atualmente governa o país ordenou a criação de uma missão para investigar os confrontos, que tiveram início ontem a partir de um protesto cristão contra o ataque a uma igreja. A violência sectária foi a pior desde a queda do ex-ditador Hosni Mubarak em fevereiro.
Vários veículos das forças de segurança foram incendiados hoje pelos manifestantes, que esperam o funeral dos cristãos coptas mortos no domingo durante os choques contra militares no centro da capital egípcia.
Nesta segunda-feira, o primeiro-ministro egípcio, Essam Sharaf, convocou uma reunião urgente do governo para adotar medidas após os confrontos. Além dele, um líder muçulmano egípcio também defendeu um diálogo urgente entre autoridades das comunidades muçulmana e cristã.
Fonte: Folha.com/Redação CPADNews
O chamado de Sharaf para um diálogo urgente chegou horas após os centenas de manifestantes terem incendiado diversos carros das forças de segurança nesta segunda, dando prosseguimento à violência que teve início no domingo após um protesto de cristãos coptas.
Milhares de coptas, uma igreja cristã que representa entre 6 e 10% da população egípcia e que se considera discriminada pela maioria muçulmana, se manifestaram contra o incêndio de uma igreja na região de Asuán.
Um toque de recolher foi decretado no centro da capital das 2h às 7h (21h às 2h de Brasília) desta segunda-feira para tentar restabelecer a calma, e a segurança foi reforçada ao redor do Parlamento, da sede do Conselho de Ministros e do Museu Arqueológico do Cairo.
EUA
Em reação, o presidente americano, Barack Obama, disse estar "profundamente preocupado", acrescentando a importância de proteger a minoria copta e de que eleições sejam convocadas no país para que um novo governo substitua a junta militar que atualmente controla o Egito de forma interina.
"O presidente está profundamente preocupado com a violência no Egito que levou à perda de vidas de manifestantes e de forças de segurança", afirmou o porta-voz de Obama, Jay Carney, que expressou a solidariedade dos Estados Unidos "nestes momentos difíceis".
"Chegou a hora de que todas as partes deem mostras de moderação para que os egípcios possam avançar juntos na elaboração de um Egito forte e unido", acrescentou.
"Num momento em que os egípcios definem seu futuro, os Estados Unidos continuam pensando que os direitos das minorias, incluindo dos coptas, devem ser respeitados e que todos têm direito universal de se manifestar pacificamente e de praticar livremente sua religião", continuou.
"Estes eventos trágicos não devem impedir a realização de eleições em seu devido momento e a continuação de uma transição para a democracia que seja pacífica, justa e inclusiva", manifestou o porta-voz.
ONU
Já o secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon, declarou-se nesta segunda-feira "profundamente triste" pelas mortes.
"O secretário-geral está profundamente triste pela perda de vidas no Cairo na noite passada. Ele convoca todos os egípcios a permanecer unidos e a preservar o espírito das mudanças históricas do início de 2011", indicou sua porta-voz, Martin Nesirky.
Ban "convoca as autoridades de transição a garantir a proteção dos direitos humanos e das liberdades civis dos egípcios de todas as religiões", acrescentou.
Os confrontos de domingo foram os mais mortíferos desde a revolta que derrubou o presidente Hosni Mubarak do poder em fevereiro.
Europeus
A União Europeia expressou seu alarme e preocupação pela repressão dos manifestantes cristãos. "Estou muito preocupado, muito alarmado com estes confrontos no Cairo", afirmou o ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, ao chegar a Luxemburgo para negociações com seus 26 homólogos da União Europeia.
A ministra espanhola Trinidad Jiménez expressou sua "preocupação", mas ressaltou a importância de que a União Europeia apoie o processo de transição política vivido pelo país.
O chanceler de Portugal, Paulo Portas, também indicou posição semelhante. "Todos sabemos que em todo processo de transformação política profunda em uma sociedade há momentos muito complicados", disse o ministro.
De qualquer forma, é fundamental garantir "a liberdade religiosa e o respeito das minorias religiosas", acrescentou.
As Forças Armadas egípcias, no poder desde a renúncia do presidente Hosni Mubarak, encarregaram o governo egípcio de fazer uma investigação sobre os incidentes.
Centenas de pessoas entraram em confronto nesta segunda-feira com as forças de segurança do Egito nos arredores de um hospital no Cairo, após distúrbios no domingo deixarem ao menos 24 mortos.
O conselho militar que atualmente governa o país ordenou a criação de uma missão para investigar os confrontos, que tiveram início ontem a partir de um protesto cristão contra o ataque a uma igreja. A violência sectária foi a pior desde a queda do ex-ditador Hosni Mubarak em fevereiro.
Vários veículos das forças de segurança foram incendiados hoje pelos manifestantes, que esperam o funeral dos cristãos coptas mortos no domingo durante os choques contra militares no centro da capital egípcia.
Nesta segunda-feira, o primeiro-ministro egípcio, Essam Sharaf, convocou uma reunião urgente do governo para adotar medidas após os confrontos. Além dele, um líder muçulmano egípcio também defendeu um diálogo urgente entre autoridades das comunidades muçulmana e cristã.
Fonte: Folha.com/Redação CPADNews