LIÇÃO 6 – NEEMIAS LIDERA UM GENUÍNO AVIVAMENTO


4º Trim. 2011 - Lição 6: Neemias Lidera um Genuíno Avivamento - Plano de Aula
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
QUARTO TRIMESTRE DE 2011
TEMA –  Neemias – integridade e coragem em tempos de crise
COMENTARISTA :  Elinaldo Renovato de Lima
PLANO DE AULA

1º SLIDE  INTRODUÇÃO
- Na continuidade do estudo do livro de Neemias, estudaremos o capítulo 8, que nos fala do avivamento ocorrido em Judá pela atuação de Esdras e Neemias.
- Todo e qualquer avivamento genuíno e autêntico tem de começar pela Palavra de Deus.
2º SLIDE  I – O POVO DESEJA OUVIR A PALAVRA DE DEUS
- Estudaremos o capítulo 8, que nos registra um avivamento ocorrido no sétimo mês, que é o mês de Etanim (I Rs.8:2), também chamado de Tisri, mês muito festivo, pois neles se realizavam três festividades: a festa das trombetas (o “Ano Novo Judaico” – Nm.29:1), o dia da expiação (Lv.16:29) e a festa da colheita ou dos tabernáculos (Lv.23:34).
- A obra da reedificação havia se encerrado no mês de Elul, que era o sexto mês, ocasião em que Neemias havia consultado o “livro da genealogia”, resgatando a memória do povo de Judá, como um primeiro movimento em prol do repovoamento de Jerusalém (Ne.7).
3º SLIDE
- Chegando o mês sétimo, todo o povo, em cumprimento à lei, saiu de suas cidades e se ajuntou como um só homem na praça diante da porta das águas e disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o livro da lei de Moisés, que o Senhor tinha ordenado a Israel (Ne.8:1).
- O interesse do povo em ouvir a Palavra de Deus é fundamental para que se tenha um avivamento. É importante termos a consciência de que, como povo de Deus, somente sobreviveremos espiritualmente se nos alimentarmos da Palavra do Senhor, que é o nosso “pão espiritual” (Mt.4:4).
4º SLIDE
- Todo o povo deixou as suas cidades e se dirigiu até Jerusalém, reunindo-se na praça diante da porta das águas, a fim de ouvirem a Palavra de Deus. O povo ali se reuniu e pediu para que Esdras, o escriba, que estava em Jerusalém já há 13(treze) anos, lesse para o povo a lei de Moisés.
- Esdras, então, que também era sacerdote, trouxe a lei perante a congregação, assim de homens como de mulheres, e de todos os entendidos para ouvirem, no primeiro dia do sétimo mês, na cerimônia da festa das trombetas.
5º SLIDE
- A leitura da lei por Esdras mostra-nos que:
a) somente aqueles que têm uma vida de santidade e obediência ao Senhor, podem eficazmente pregar e ensinar a Palavra de Deus;
b) a lei tem de ser trazida perante a congregação por aqueles que ocupam o púlpito.;
c) a lei deve ser lida para todo o povo, inclusive para os “entendidos”.
6º SLIDE   II – ESDRAS LÊ A LEI DIANTE DO POVO
- Esdras leu a lei diante da praça, que está diante da porta das águas, desde a alva até o meio dia, perante homens e mulheres, e entendidos, e os ouvidos do povo estavam atentos ao livro da lei (Ne.8:3).

- Foram seis horas de leitura ininterrupta da lei, tendo o povo se mantido atento e em silêncio reverente durante todo este tempo. A reverência e a atenção são indispensáveis para que se tenha um ambiente favorável à manifestação da glória de Deus por meio da Palavra.
7º SLIDE
- A primeira atitude de Esdras, ao abrir o livro da lei, foi louvar ao Senhor, o grande Deus, sendo seguido pelo povo que disse “Amém! Amém!”, levantando as suas mãos, inclinando-se e adorando ao Senhor com os rostos em terra (Ne.8:6).
- A exposição da Palavra de Deus deve ser precedida por momentos de adoração ao Senhor (louvor e oração), para que se tenha um ambiente favorável ao ensino da Palavra.
8º SLIDE  III – A PALAVRA DE DEUS É EXPLICADA PARA O POVO
- Esdras não se limitou a ler a lei, mas também comissionou levitas para que ensinassem o povo na lei (Ne.8:7).
- Estes homens, devidamente comissionados por Esdras, leram o livro, declararam e explicaram o seu sentido, fazendo com que o povo entendesse as Escrituras. O povo, por sua vez, estava no seu posto, ou seja, na posição de aprendizes, de discípulos (Ne.8:7,8).
9º SLIDE
- É imperioso que, em cada igreja local, tenhamos mestres da Palavra de Deus.
- Aqueles homens, após a leitura da lei por Esdras, explicaram e expuseram o que havia sido lido, elucidando as dúvidas que se apresentavam e fazendo com que aquelas palavras fossem guardadas no coração de todo o povo. Não se pode entender a Palavra sem que alguém explique (At.8:30,31).
10º SLIDE
- Para que o povo entendesse o que estava nas Escrituras, eles não só ouviram, mas leram também. Os mestres comissionados por Esdras faziam o povo ler as Escrituras a fim de que elas fossem entendidas.
- O resultado do ensino da Palavra de Deus foi glorioso. O povo sentiu a miséria de seus pecados, foi levado ao arrependimento de suas faltas e começou a chorar. A Palavra de Deus é a espada do Espírito (Ef.6:17; Hb.4:12).
11º SLIDE
- Quando a Palavra de Deus é lida, ensinada e explicada, a vida espiritual alcança um novo patamar. As pessoas que a ouvem e que a leem são tocadas pelo Espírito Santo, santificam-se (Jo.17:17), arrependem-se (II Co.7:10).
-  Pela Palavra, o Senhor limpa as pessoas (Jo.15:3), tornando-as aptas a ter comunhão com Ele, visto que são regeneradas (Ef.5:26; Tt.3:5).
12º SLIDE
- O povo, confrontado com a Palavra, começou a chorar e a se lamentar, pois sentiram que eram pecadores e que não estavam a cumprir a lei.
- O choro foi unânime. A situação chegou a tal ponto que Neemias, Esdras e os levitas ensinadores tiveram de intervir, pedindo ao povo que não ficassem tristes, mas que se alegrassem, porque aquele dia era consagrado ao Senhor. A tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação e é seguida, pois, da alegria da salvação (Sl.51:12).
13º SLIDE
- Neemias, Esdras e os levitas, então, ao verem que a Palavra havia produzido o seu devido resultado, concitaram todos os judeus a irem se confraternizar, porque a alegria do Senhor era a sua força (Ne.8:10).
- A força do salvo está na alegria da salvação, na alegria que provém do Senhor e que não depende das circunstâncias da vida, quase sempre adversas (Jo.16:33).
14º SLIDE
- A confraternização era uma atitude costumeira nas festividades dos judeus. Ao comerem e beberem com os seus, após as festas, os judeus como que continuavam os sacrifícios em que tinham adorado a Deus.
- Os judeus sentiram-se tocados pela Palavra e isto lhes deu vida espiritual. Não há avivamento sem que se tenha como instrumento fundamental a Palavra de Deus.
15º SLIDE
- Avivamento é o ato de “tornar ou tornar-se mais vivo, reanimar ou reanimar-se, despertar, tornar-se mais forte, mais intenso, aumentar, intensificar-se, tornar-se mais nítido, destacar-se, tornar-se mais ativo (diz-se de fogo, brasa etc.), tornar mais ágil, apressar” (Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa).
- Um avivamento é “... uma visitação inteiramente sobrenatural do Espírito soberano de Deus, pela qual uma comunidade inteira toma consciência de Sua santa presença e é surpreendida por ela. Os inconversos se convencem do pecado, arrependem-se e clamam a Deus por misericórdia, geralmente em números enormes e sem qualquer intervenção humana. Os desviados são restaurados. Os indecisos são revigorados. E todo o povo de Deus, inundado de um profundo senso de majestade divina, manifesta em suas vidas o multifacetado fruto do Espírito, dedicando-se às boas obras…”  (John Stott).
16º SLIDE
- Para que haja tal visitação, para que haja vida, torna-se indispensável que tenhamos a ação da Palavra de Deus, pois só ela é fonte de vida (Pv.13:14). Jesus, que é a Palavra (Jo.1:1), é o único que tem palavras de vida eterna (Jo.6:68).
- É impossível que tenhamos um verdadeiro e genuíno avivamento sem que, no centro, esteja a Palavra de Deus.
17º SLIDE
- Não foi o louvor, nem a adoração dos judeus que os fizeram sentir a presença de Deus, mas, sim, o ensino e a exposição da Palavra de Deus.

- Devidamente orientados por Neemias, Esdras e os levitas que ensinavam a lei, o povo pôde se alegrar no Senhor e, desta maneira, demonstrar a sua alegria espiritual, o seu novo patamar espiritual, por intermédio da confraternização, da repartição das comidas e bebidas, inclusive enviando porções para os que nada tinham preparado para si (Ne.8:10).
18º SLIDE
- O resultado do avivamento não é uma “redoma de santidade”, como alguns equivocadamente entendem. Um avivamento traduz-se numa mudança de vida também em relação ao outro, inclusive dando ao necessitado o necessário que ele não tem preparado para si.
- O povo, então, foi-se a comer, e a beber, e a enviar porções, e a fazer grandes festas, porque haviam entendido as palavras que os levitas lhes tinham feito saber (Ne.8:12).
19º SLIDE
- Estas festas  eram uma verdadeira continuação do culto que haviam prestado a Deus e, portanto, marcos pela mesma reverência e santidade que ocorrera durante a leitura da lei, pois “o dia era santo” e não apenas a celebração.
- Esta confraternização é uma das facetas do “partir do pão”, cuja perseverança é uma das características da Igreja (At.2:42,46).
20º SLIDE   IV – A CELEBRAÇÃO DA FESTA DOS TABERNÁCULOS
- No dia seguinte, o povo novamente se reuniu para ouvirem a Palavra do Senhor. Todos haviam mantido a mesma sede e o mesmo interesse de ouvir a Palavra. O avivamento não é um episódio, mas uma continuidade de vida na presença do Senhor.
- Na leitura deste segundo dia, o povo descobriu que havia sido prescrita uma festividade, a “festa dos tabernáculos”, que se dava sempre entre os dias quinze e vinte e um do sétimo mês (Lv.23:34), festa caracterizada pela construção de cabanas pelos israelitas que, com esta festa, rememorariam que haviam sido peregrinos na terra até a conquista de Canaã (Ne.8:14).
21º SLIDE
- Ao saberem desta prescrição, o povo, que estava no dia dois do sétimo mês, resolveu cumprir a lei (Ne.8:15).
- O avivamento não produz apenas o arrependimento para a salvação, mas a disposição para o cumprimento da Palavra. Quando há um avivamento, o povo não se torna ouvinte esquecido das Escrituras, mas é um cumpridor do que está escrito (Tg.1:22).
22º SLIDE
- O povo alegremente cumpriu a Palavra de Deus, fazendo algo que jamais havia sido feito até então, a representar a mudança de patamar que havia ocorrido no povo de Judá por efeito do avivamento ocorrido (Ne.8:16,17).
- Como se não bastasse o cumprimento do que havia sido prescrito com relação à festa dos tabernáculos, o povo, de dia em dia, lia no livro da lei de Deus, desde o primeiro até o derradeiro dia, tendo, ao final, no oitavo dia, celebrado a festa de encerramento, como prescrito também na lei (Lv.23:36), o chamado “grande dia da festa” (Jo.7:37), em que eram queimadas ofertas ao Senhor e no qual obra servil alguma era feita.
23º SLIDE
- O avivamento produzido pela Palavra manteve o gosto e o interesse pela Palavra. A Palavra não apenas dá início ao avivamento, mas o sustenta durante todo o período.
- Em virtude da Palavra de Deus, lembrada ante o resgate da memória, Neemias tornara Jerusalém o palco da celebração da festa dos tabernáculos. Jerusalém tornara a ser um lugar de celebração, o lugar do culto de todo o povo a Deus. Para isto haviam sido reedificados os muros e as portas de Jerusalém. Mais um passo havia sido dado para que se tivesse o seu repovoamento.
Colaboração para o Portal Escola Dominical – Ev. Profº Dr. Caramuru Afonso Francisco