PORTAL ESCOLA DOMINICAL
QUARTO TRIMESTRE DE 2011
TEMA – Neemias – integridade e coragem em tempos de crise
COMENTARISTA: Elinaldo Renovato de Lima
O arrependimento é indispensável para termos uma vida de comunhão com Deus.
INTRODUÇÃO
- Na continuidade do estudo do livro de Neemias, estudaremos o capítulo 9, que relata o arrependimento e confissão dos pecados que se seguiu ao avivamento proporcionado pela Palavra de Deus.
- Não há como se ter uma vida de comunhão com Deus sem a confissão e arrependimento dos pecados.
I – OS JUDEUS CONFESSAM E SE ARREPENDEM DE SEUS PECADOS
- Na lição anterior, vimos como os judeus, após a leitura das Escrituras, entrou em contrição e despertou espiritualmente, inclusive celebrando a Festa dos Tabernáculos, algo que nunca fora feito desde os dias da conquista da Terra Prometida (Ne.8:17).
- No entanto, este estado espiritual de despertamento, proporcionado pela Palavra de Deus, pois não é possível qualquer avivamento sem a Palavra, não se limitou a um estado de tristeza, seguido por uma alegria espiritual, nem tampouco pela celebração da Festa dos Tabernáculos. Um verdadeiro avivamento não se apresenta apenas num estado emocional, mas vai muito além das emoções, algo que, infelizmente, tem sido esquecido em nossos dias, onde as pessoas confundem “avivamento” com “emocionalismo”.
- No dia vinte e quatro do sétimo mês, que é o mês de Etanim ou Tisri (II Rs.8:2), ou seja, dois dias depois do encerramento da festa dos tabernáculos (Lv.23:39), os filhos de Israel se ajuntaram com jejum e com sacos e traziam terra sobre si (Ne.9:1), atitudes que, naquela época, representavam arrependimento (I Rs.21:27-29; Jn.3:6-10).
- Numa demonstração de que ocorrera um verdadeiro avivamento, os judeus, após a celebração da Festa dos Tabernáculos, mostravam que haviam realmente escondido em seus corações a Palavra de Deus para não pecar contra o Senhor (Sl.119: 11) e que não poderiam continuar vivendo da mesma maneira. Mesmo depois das festividades, continuavam com seus corações ardendo com o que haviam aprendido das Escrituras e notaram que não poderiam viver sem a presença do Senhor, ou seja, que deveriam abandonar seus pecados, pois é o pecado que faz divisão entre nós e o nosso Deus (Is.59:2).
- Esta circunstância é uma verdadeira demonstração de que houve, ou não, um despertamento, um avivamento espiritual. Uma pessoa avivada sente a necessidade de viver em comunhão com Deus e isto independe das circunstâncias que estejam fora da pessoa, é algo interior, algo que vem do âmago do coração do homem. Para sabermos se uma determinada manifestação espiritual foi exitosa, é preciso verificar se, depois de passada a emoção ou o próprio culto ou festividade, há, ou não, uma necessidade vinda do homem interior para que tenhamos uma vida de comunhão com Deus e isto exige a confissão e arrependimento de pecados.
- Os judeus, terminada a festividade, sentiram que não poderiam continuar a viver sem a presença de Deus em suas vidas e esta necessidade exigia, de pronto, a confissão e o arrependimento dos pecados. É a “tristeza segundo Deus” que o apóstolo Paulo diz que opera arrependimento para salvação (II Co.7:10). Temos sentido isto após as reuniões em que nos alegramos em nossas igrejas locais ou, passada a emoção, voltamos a viver da mesma maneira de antes? Somos aprovados no “teste da segunda-feira”, como chamava o nosso saudoso irmão Sérgio Paulo Gomes de Abreu (1948-2010), idealizador e primeiro coordenador do Portal Escola Dominical?
- Constrangidos pelo Espírito Santo, que é quem convence o homem do pecado, da justiça e do juízo (Jo.16:8), os judeus não suportaram a ação divina e resolveram confessar e se arrepender de seus pecados. Alguém poderá dizer que não podemos afirmar que isto foi obra do Espírito Santo, pois Ele ainda não havia sido derramado, estávamos ainda na dispensação da lei. Entretanto, a operação do Espírito Santo, que é Deus e, portanto, eterno, não se deu por força do derramamento, como se dá na graça, mas pela mediação dos sacerdotes e levitas que haviam ensinado a lei ao povo (Ne.8:7; 9:4,5). Na lei, o Espírito operava sob medida, mas operava, e aqui temos um exemplo desta Sua operação.
- O arrependimento de Israel deu-se, por primeiro, mediante o jejum, os sacos e a terra. O jejum era uma demonstração de tristeza, particularmente após o início do cativeiro da Babilônia, quando os judeus haviam resolvido jejuar como sinal de luto pela destruição do Templo e pela perda da Terra Prometida (Zc.7:3), costume, aliás, que perdura até os dias de hoje, o chamado “Tishah B’Av” (“Nono dia de Av” — Av é o quinto mês do calendário judaico).
- O arrependimento é, pois, uma tristeza. Ninguém pode se dizer arrependido se não estiver movido de tristeza, se não tiver uma contrariedade com o ato cometido. Muitos, na atualidade, dizem-se arrependidos mas não demonstram qualquer tristeza. Há até pessoas que, dizendo-se arrependidas, tentam justificar as suas atitudes e demonstram alegria no seu cometimento, o que, efetivamente, não é, nunca foi nem será arrependimento.
- Mas, além do jejum, os judeus também vestiram sacos, o que significa humildade. O arrependimento envolve a humilhação, o reconhecimento da inferioridade da pessoa. Todo arrependimento exige da parte de quem se arrepende o sentimento de que é inferior, é alguém que está necessitando do amparo e da ajuda de alguém. Este sentimento tem de estar presente em todo servo de Deus, pois devemos considerar os outros como superiores a nós mesmos (Fp.2:3). Dizer-se arrependido mas agir com orgulho, soberba, como “dono da verdade” não é arrependimento de forma alguma.
- Mas, além do jejum e dos sacos, os judeus também traziam terra sobre si. O uso de terra ou de cinza era outra demonstração de arrependimento, o reconhecimento de que o homem é pó e que ao pó tornará, o reconhecimento de que o homem é menos do que nada (Is.40:17; 41:24) e que depende única e exclusivamente de Deus. Aqui temos que como um complemento da ideia de humildade, palavra que vem de “húmus”, que significa “terra”. O homem precisa reconhecer a soberania divina para poder alcançar a bênção divina.
- Nos dias em que vivemos, porém, o espírito dominante é diametralmente oposto. Há, atualmente, uma supervalorização do homem, uma verdadeira divinização do ser humano, que se esquece que é apenas uma criatura, em tudo dependente de seu Criador. Assim, em vez de assumir sua condição de pó e pedir a graça e misericórdia de Deus, o homem quer “exigir” de Deus , que “cobrar-Lhe” bênçãos. Isto não é arrependimento e quem assim procede está caminhando para a perdição eterna. Tomemos cuidado, amados irmãos!
- Estas demonstrações externas dos judeus para demonstrar seu arrependimento, conquanto necessárias para terem uma vida de comunhão com Deus, não eram, de modo algum, suficientes para tanto. Tais demonstrações, que se explicam pela sua cultura e que trazem um grande significado para nós quanto a seus princípios, não bastavam. E os judeus sabiam disso!
- Apresentaram-se com jejum, sacos e terra, mas, além disso, é dito que “a geração de Israel se apartou de todos os estranhos, e puseram-se de pé, e fizeram confissão dos seus pecados e das iniquidades de seus pais” (Ne.9:2).
- De nada adiantaria apenas a demonstração de tristeza, humildade e reconhecimento da soberania divina, se não houvesse, também, a retirada do pecado de suas vidas, a mudança de atitude. Em o Novo Testamento, a palavra traduzida por “arrependimento” é “metanoia” (μετάνοια), cujo significado é “mudança de mente”. Somente há arrependimento quando, a partir de um estado interno, passamos a tomar ações externas diferentes e diversas das anteriormente tomadas.
- Os judeus não apenas se apresentaram com jejum, sacos e terra, mas também se apartaram dos estranhos, ou seja, dos estrangeiros que viviam no meio deles e cujos costumes estavam sendo adotados pelos filhos de Israel. No dia seguinte ao término da Festa dos Tabernáculos, os judeus se separaram de quem não era judeu, resolveram viver de acordo com a lei que lhes fora dada por Deus e não mais segundo os costumes dos povos que estavam em volta deles e com quem eles haviam se misturado.
- Esta é a mesma atitude que temos de tomar como povo de Deus desta dispensação. Devemos nos separar do pecado, dos costumes pecaminosos deste mundo, da maneira de viver de quem não tem compromisso com Deus. Paulo disse que o nosso culto racional, o sacrifício vivo, santo e agradável a Deus somente é possível quando não nos conformamos com este mundo, mas quando somos transformados pela renovação do nosso entendimento, ou seja, quando adquirimos uma mentalidade, uma mente de acordo com a Palavra do Senhor (Rm.12:1,2).
- Este mesmo pensamento nos é dado pelo proverbista. Salomão afirma que a misericórdia do Senhor somente é alcançada quando há confissão e abandono dos pecados (Pv.28:13). Além do reconhecimento das faltas cometidas, é preciso haver, também, o seu abandono, a mudança de atitudes.
- Esta é a grande diferença entre o arrependimento e o remorso. Neste último, embora haja a tristeza gerada pelo cometimento, não há mudança de atitude, não há modificação de conduta. É apenas uma tristeza que Paulo chama de “tristeza segundo o mundo” e que gera tão somente a morte (II Co.7:10). Aliás, a palavra “remorso” significa “morder repetidamente”, “insistir”, ou seja, temos a continuação da conduta errada.
- A confissão dos pecados envolve a chamada “contrição”, que “…consiste ‘numa dor
da alma e detestação do pecado cometido, com a resolução de não mais pecar no futuro’ ( § 1451 do Catecismo da Igreja Romana, que, por sua biblicidade aqui reproduzimos). Confessar o pecado, portanto, é não só estar triste com a sua prática, mas detestar esta mesma prática e estar resolvido a não mais voltar a cometê-la. Foi o que fizeram os judeus naquele célebre dia 24 de Tisri, quando resolveram não mais adotar as práticas dos estranhos que com eles conviviam.
- Os judeus confessaram não só os seus pecados, mas também o de seus pais, como, aliás, já havia feito Neemias durante os quatro meses em que se preparou para fazer o pedido ao rei Artaxerxes para ir até Jerusalém (Ne.1:6).
- Baseado nesta circunstância, alguns defendem a chamada “quebra de maldições” ou a denominada “maldição hereditária”, exigindo, assim, que, além de pedirmos perdão pelos nossos pecados, também façamos com relação aos pecados de nossos antepassados, sem o que não seremos “libertados” para ter comunhão com Deus. Nada mais falso, porém!
- Cumpre-nos observar que o pedido de perdão dos pecados próprios e dos pais feitos pelos judeus era necessário porque o cativeiro havia sido produzido por causa da iniquidade dos ascendentes dos judeus que viviam na Terra Prometida nos dias de Neemias. Além do mais, pelo contexto, sabemos que a Festa dos Tabernáculos nunca havia sido celebrada desde os dias de Josué, o que era grave violação da lei mosaica. Por isso, os judeus pediram perdão não só pela violação que faziam da lei em seus dias, mas também de toda a violação da lei até então. É este o sentido do pedido de perdão pelos pecados dos pais, o que não só foi feito pelos judeus como também por Neemias e por outros homens de Deus, como o profeta Daniel (Dn.9:1-19).
- Tratava-se, portanto, de um pedido de perdão de Israel em relação a Deus por causa da violação da lei, violação cometida tanto pelos judeus que faziam a confissão como pelos seus antepassados. Era o pedido de uma nação, propriedade peculiar de Deus dentre os povos (Ex.19:5,6).
- Situação completamente diversa é a vivida por alguém que é salvo na pessoa de Jesus Cristo. A lei já não mais vigora para o salvo em Cristo e, portanto, não se tem aqui qualquer exigência de concerto coletivo de uma nação com Deus, até porque a Igreja é formada tanto por judeus quanto por gentios (Ef.2:11-22). Aqui, não se tem senão uma responsabilidade pessoal. Quando cremos em Cristo, somos novas criaturas e tudo que era velho, passou, de forma que não há porque termos de pedir perdão pelos pecados cometidos por nossos antepassados (II Co.5:15-21).
II – COMO OS JUDEUS DEMONSTRARAM SEU ARREPENDIMENTO E CONFESSARAM SEUS PECADOS
- Os judeus ajuntaram-se com jejum, saco e terra. O primeiro passo dado pelos judeus foi o de se ajuntar, reconhecerem-se como povo de Deus. Foi como povo que eles aceitaram ser o povo do Senhor e receberam a lei, também como povo deveriam se apresentar diante de Deus para que fizessem um concerto com Ele.
- Jesus, também, edificou um povo, a Igreja (Mt.16:18) para servi-l’O e, por isso, é como um povo que temos de nos apresentar diante do Senhor. Não há como servir a Deus sem que estejamos fazendo parte de um povo, sem que formemos uma comunidade, a igreja local. Nos dias em que vivemos, repletos de individualismo, já não são poucos os que defendem o “self service”, ou seja, a ideia de que se pode servir a Deus individualmente. Não resta dúvida de que a salvação é individual, mas devemos servir a Deus como parte de um povo, pois “não é bom que o homem esteja só”.
- Além do mais, não há como cumprirmos o mandamento de Cristo se não estivermos vivendo em comunidade, pois como poderemos “amar uns aos outros como Jesus nos amou” (Jo.15:12; I Jo.2:7-11) se não fizermos parte da Igreja? Ter comunhão com o Senhor Jesus é estar em comunhão com Deus e com os irmãos, com os demais integrantes do “corpo de Cristo”.
- Como se não bastasse tudo o que já foi dito, temos que o corpo de Cristo é composto de muitos membros, cada qual com sua função (I Co.12:12-30) e que, portanto, a edificação em amor somente se já com a justa operação de cada parte (Ef.4:15,16), a exigir, pois, que estejamos vivendo em comunhão com os demais irmãos, sem o que o crescimento é impossível, sem o que não poderemos ter vida espiritual.
- Os judeus ajuntaram-se, porque sabiam que, somente como um povo, poderiam fazer um concerto com o Senhor e cumprir o papel que Deus lhes havia destinado, o de ser um “povo santo”, um “reino sacerdotal” (Ex.19:6). Até os dias de hoje, os judeus entendem que a presença de Deus somente se fará se, pelo menos, houver dez homens que estejam prontos a prestar um culto ao Senhor, ideia surgida do Sl.82:1, o chamado “minyan”. Hoje sabemos que a presença do Senhor Jesus exige dois ou três reunidos em Seu nome (Mt.18:20).
OBS: “…O minyan de dez exigido para o culto público baseava-se, muito provavelmente, nas ‘regras de dez’, a menor unidade na estrutura de clã que Moisés havia organizado entre as tribos israelitas (conforme está exposto no Êxodo 18:25).…” (AUSUBEL, Nathan. Minyan. In: A JUDAICA, v.6, p.560).
- Eis a importância, pois, para que nos ajuntemos diante do Senhor para Lhe prestarmos culto. Trata-se de uma necessidade e de uma primeira atitude de quem, efetivamente, quer se apresentar como povo de Deus aqui na Terra. Muitos que cristãos se dizem ser, na atualidade, estão a desprezar o culto público, o culto coletivo da congregação. Tal atitude não pode ser tomada, pois é assim que nos apresentaremos como o corpo de Cristo aqui na Terra. Temos frequentado regularmente os cultos de nossa igreja local?
- Depois de terem demonstrado exteriormente seu arrependimento, confessado seus pecados e comprovado o arrependimento com novas atitudes, ouviram, uma vez mais, a Palavra de Deus, na primeira quarta parte do dia, a indicar, pois, que se reuniram, como haviam feito no início daquele mês, logo no alvorecer do dia, ficando, assim, por três horas ouvindo a Palavra de Deus. O genuíno arrependimento leva à sede de ouvir a Palavra de Deus. Não se pode falar em um avivamento autêntico se não houver arrependimento e quem se arrepende dos pecados jamais despreza as Escrituras, mas sabe que delas provém a sobrevivência espiritual (Mt.4:4).
- Quando vemos “avivamentos” que são puramente emocionais e que não trazem qualquer mudança de mente, nem tampouco sede pela Palavra de Deus, vemos que se trata de manifestações espúrias, que nada têm de divinas, mas são enganos malignos feitos para ludibriar os servos de Deus e levá-los à apostasia. O povo demonstrou que estava arrependido porque quis ouvir a Palavra do Senhor e por três horas ininterruptas!
- Depois de terem ouvido por três horas a leitura das Escrituras, os judeus fizeram confissão e adoraram ao Senhor Deus durante as três horas seguintes. A oitiva da Palavra de Deus leva-nos a pedir perdão pelos nossos pecados, pois ela nos santifica (Jo.17:17), ela nos purifica (Jo.15:3). Quando ouvimos a Palavra de Deus, somos postos diante de um espelho e, desta forma, temos de nos arrumar, para que estejamos conforme o modelo divino estabelecido para cada um de nós (Tg.1:22-25).
- Depois de devidamente confessados os pecados, o povo sentiu que estava em comunhão com o Senhor e, por conseguinte, passou a adorar ao Senhor, e isto por três horas. Não há genuína e autêntica adoração a Deus enquanto não formos postos em comunhão com Ele pelo perdão dos nossos pecados. Daí porque, em nossos cultos, sermos instados, por primeiro, a orar, pedindo perdão pelas nossas faltas, para que, posteriormente, possamos validamente adorar a Deus. Entretanto, nos dias hodiernos, quantos são os crentes que chegam ao local da reunião com antecedência para iniciar seu culto com oração?
III – COMO OS JUDEUS ADORARAM AO SENHOR
- Adorar a Deus é reconhecer a Sua soberania, é pôr-se à Sua disposição. Não se trata apenas de louvar a Deus ou de fechar os olhos e se emocionar, como muitos pensam na atualidade. A adoração é uma declaração de sujeição, de submissão à vontade de Deus, o que somente pode ocorrer quando estamos em comunhão com Ele, ou seja, verdadeiramente arrependidos e com os nossos pecados confessados e perdoados. Jesus disse-nos que o Pai procura adoradores que O adorem em espírito e em verdade (Jo.4:23). Adorar a Deus em espírito e em verdade é estar em comunhão com o Senhor, sem pecado portanto, e tudo fazer de acordo com a Palavra, que é a verdade (Jo.17:17). Temos sido genuínos adoradores?
- A adoração fez-se mediante a orientação e a condução dos levitas. Jesua, Bani, Cadmiel, Sebanias, Buni, Serebias, Bani e Quenani puseram-se em pé no lugar alto dos levitas e clamaram em alta voz ao Senhor. Os levitas, que haviam lido a lei e instruído o povo, agora também levavam o povo à adoração. Isto prova, claramente, que não há que se falar que “levitas” são apenas “cantores”, “instrumentistas” ou “adoradores”, mas, sim, pessoas que, dedicadas ao estudo das Escrituras, tanto conheciam a lei quanto levavam o povo à adoração, como, aliás, assinala o salmista no Sl.149:6. Que diferença entre estes genuínos levitas e os inventores de inovações de nossos dias!
- Os levitas puseram-se de pé no lugar alto que lhes era reservado, atitude que demonstra que toda adoração deve ser reverente. Em nossos dias, há muitas atitudes irreverentes que têm sido denominadas de “adoração”, algo que é totalmente inadmissível e que não deve, em hipótese alguma, ser adotada entre os verdadeiros e genuínos servos do Senhor. Deus é o Senhor dos senhores, o Rei dos reis e, quando Ele está presente, estamos diante de uma solenidade, de algo que exige respeito e consideração por tantos quantos estão a Lhe prestar culto. Lembremo-nos das palavras de Salomão: “Guarda o teu pé, quando entrares na casa de Deus; e inclina-te mais a ouvir de que a oferecer sacrifícios de tolos, pois não sabem que fazem mal” (Ec.5:1). Não é à toa que um dos levitas se chamava “Serebias”, que significa “Deus faz tremor”.
- Além da reverência, os levitas clamaram em alta voz ao Senhor, dizendo: “Levantai-vos e bendizei ao Senhor Deus de eternidade em eternidade; ora bendigam o nome da Tua glória, que está levantado sobre toda bênção e louvor” (Ne.9:5). Convidavam o povo bendizer ao Senhor, convite que era seguinte ao próprio gesto dos levitas neste sentido. Primeiro, os levitas clamaram em alta voz ao Senhor e, depois, convidaram o povo a fazê-lo.
- Como seria importante que os ocupantes dos púlpitos de nossas igrejas locais convidassem o povo a adorar depois de também terem adorado ao Senhor. Hoje em dia, vemos pessoas que não glorificam a Deus, não abrem sua boca em nenhum momento e, quando estão a pregar, mandam que o povo o faça e, quando não são atendidos, perguntam se há pentecostais, se há crentes naquele lugar. Que hipocrisia!
- Nas palavras ditas pelos levitas (Jesua, Cadmiel, Bani, Hasabneias, Serebias, Hodias, Sebanias e Petaías – Ne.9:5), temos o verdadeiro sentido do que é “bendizer a Deus”. Bendizer ao Senhor é, em primeiro lugar, reconhecer que Ele é o Senhor, o Criador de todas as coisas nos céus e na terra (Ne.9:6). Adoração é o reconhecimento da soberania divina, é ter a convicção de que Ele é o Senhor de tudo, inclusive de nós mesmos (Sl.24:1). Como podemos dizer que somos “adoradores” se não fazemos a vontade de Deus, que se encontra na Bíblia Sagrada? Como podemos dizer que somos “adoradores” se não cumprimos o que está nas Escrituras? Pensemos nisto! Não é à toa que o nome de um dos levitas era “Cadmiel”, que significa “Deus é desde todo o princípio”.
- Por segundo, adorar a Deus é reconhecer que Ele, em Sua soberania, quis escolher-nos como Seus servos e fazer com que pertençamos a Seu povo (Ne.9:7-8). Adorar a Deus é reconhecer que fomos escolhidos por Ele e que, portanto, não somos de nós mesmos, mas somos do Senhor. Como podemos dizer que adoramos a Deus se não temos consciência de que fomos escolhidos e que pertencemos a Deus e que, portanto, somos servos e não podemos impor coisa alguma a Ele? Como podemos dizer que somos “adoradores” se não temos consciência de que nada podemos querer senão o que Ele quer? Pensemos nisto! Não é à toa que três levitas tinham por nome “Bani” (dois levitas) e “Buni”, que significam “edificado”.
- Por terceiro, adorar a Deus é saber que passamos por aflições, mas que o Senhor nos livra de todas elas (Ne.9:9-12; Sl.34:19). Os levitas levaram o povo a se lembrar das aflições no Egito e do livramento do Senhor, a fim de que tivessem consciência de que o Senhor nunca nos deixa nem nos desampara. Adorar a Deus é, portanto, ter conhecimento do que Deus já fez pelo Seu povo, o que implica conhecimento das Escrituras. Como podemos dizer que somos “adoradores” se não conhecemos o texto sagrado? Como podemos dizer que somos “adoradores” se não temos reais experiências com Deus? Não é à toa que um dos levitas se chamava “Jesua”, que significa “Deus é salvador” (que é o nome do Senhor Jesus Cristo).
- Por quarto, adorar a Deus é saber que assumimos um compromisso com Ele (Ne.9:13,14). Os levitas levaram o povo à conscientização de que Israel havia voluntariamente feito um pacto com Deus no monte Sinai e que tinham um sinal com o Senhor, a saber, o sábado. Adorar a Deus é, portanto, cumprir o compromisso assumido solenemente de servir a Deus durante toda a sua vida. Este mesmo compromisso é assumido pelos salvos em Cristo Jesus quando há o batismo nas águas. Pelo batismo, assumimos o compromisso solene de servir a Deus até a nossa morte. Como podemos dizer que adoramos a Deus se não cumprimos o compromisso de Lhe ser fiéis até a morte (Ap.2:10)? Como podemos dizer que somos “adoradores” se não cumprimos os preceitos determinados pelo Senhor? Pensemos nisto! Não é à toa que um dos levitas se chamava “Hasabneias”, cujo significado é “no mesmo sentido”, ou seja, mantenedor de compromissos.
- Além do compromisso assumido no batismo nas águas, temos, também, o sinal estabelecido para demonstrar nossa comunhão com o Senhor e com a Igreja, que é a ceia do Senhor, no qual relembramos o sacrifício de Cristo, que nos purificou de todo o pecado. Como podemos dizer que adoramos a Deus se não participamos dignamente da ceia do Senhor? Como podemos ser “adoradores” sem estarmos em comunhão com os irmãos e com o Senhor Jesus? Pensemos nisto!
- Por quinto, adorar a Deus é ter consciência de que devemos viver em constante santificação, uma vez que somos falhos e sem nascermos da água e do Espírito, não poderemos entrar no reino de Deus (Jo.3:6). Os levitas fizeram o povo lembrar que, durante a peregrinação no deserto, o Senhor lhes deu tanto pão para comer quanto água para beber, mas que, mesmo assim, a geração do êxodo, pela dureza da sua cerviz, pereceu no deserto, apesar de o Senhor ter tido misericórdia deles e permitido que seus filhos entrassem na Terra Prometida (Ne.9:15-25).
- Tudo o que ocorreu no deserto com o povo de Israel é um ensino para a Igreja (I Co.10:1-13). Deus sempre providenciou o sustento do povo, não permitindo que eles perecessem no deserto seja por falta de comida, seja por falta de bebida, não tendo também falta de vestimenta nem tampouco qualquer enfermidade (Ne.9:21). Deus, também, em nossa peregrinação por esta vida, supre toda a nossa necessidade espiritual, a nossa fome e sede de justiça, concedendo-nos tanto a água quanto o pão do céu, que nada mais é que a Palavra de Deus e o Espírito Santo, com o qual permanecemos vivos até o fim de nossa jornada.
- Apesar de Deus jamais faltar nesta provisão santa, somos imperfeitos e falhos e, por isso, assim como os israelitas na caminhada para a Terra Prometida, cometemos pecados, mas o Senhor é misericordioso para nos perdoar. Não podemos, entretanto, agir com incredulidade, pois os incrédulos pereceram no deserto (Hb.3:19). Ante as nossas falhas, precisamos, assim que pecarmos, confiar em Jesus e pedir-Lhe perdão, para que, limpos pela Palavra e sendo habitação do Espírito Santo, alcancemos a salvação de nossas almas quando passarmos para a eternidade (I Jo.2:1,2).
- Precisamos andar na luz como Jesus na luz está (I Jo.1:7), a fim de que, pela obediência ao Senhor, sejamos sempre alcançados pela purificação do sangue de Cristo (I Pe.1:2). Deus, lembravam os levitas aos judeus naquele dia 24 de Tisri, é perdoador, clemente e misericordioso, tardio em irar-se e grande em beneficência (Ne.9:17). Temos de confiar em Deus e em Sua bondade, devendo, por isso, passar a viver como Ele quer, como Ele determinou em Sua Palavra, sabendo que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus e são chamados por Seu decreto (Rm.8:28).
- Como podemos dizer que adoramos a Deus se desconfiamos d’Ele, se temos nossa confiança abalada no que Ele está a fazer em nossas vidas? Como podemos dizer que somos “adoradores” se questionamos o que Deus está nos fazendo? Pensemos nisto! Não é à toa que um dos levitas se chamava “Quenani”, cujo significado é “aperfeiçoador”.
- Ainda neste ponto da adoração, os levitas fizeram o povo lembrar o que Israel já havia feito apesar de todo o cuidado e amor do Senhor para com eles. Soberba, dureza de cerviz, desprezo aos mandamentos, recusa da oitiva da voz do Senhor, rebelião, idolatria, obstinação caracterizaram a conduta dos israelitas, sem que nada disso mudasse a natureza divina ou o Seu amor e fidelidade para com o Seu povo. Temos de ter esta mesma consideração ao adorarmos a Deus, adorando-O pelo que Ele é e não pelo que Ele faz, sabendo que, se formos infiéis, Ele permanecerá fiel, pois não pode negar-se a Si mesmo (II Tm.2:13).
- Por sexto, adorar a Deus é reconhecer a fidelidade de Deus bem como a infidelidade do homem. Os levitas fizeram o povo se lembrar que, já na Terra Prometida, Israel voltou a se rebelar contra o Senhor, lançando a lei do Senhor para trás das suas costas e matando os profetas que o Senhor levantara para os levar à conversão, motivo pelo qual o Senhor os entregou na mão de angustiadores, dos quais foram libertos, ainda que tais libertações não os impediram de pecar cada vez mais, o que os levou à perda da Terra, como previsto na lei mosaica (Ne.9:25-35).
- Quando adoramos a Deus, devemos reconhecer que Ele é fiel, mas nós, infiéis; que Ele é digno, mas nós, indignos; que Ele é santo, mas nós, pecadores. A adoração leva-nos, uma vez mais, à consideração de nossa indignidade e da misericórdia e graça do Senhor que, apesar de nossa situação lamentável, permite-nos chegar até à Sua presença. O “adorador” não é, ao contrário do que muita gente pensa, um “super-homem”, um “homem que se sente forte e santo”, mas, bem ao contrário, alguém que vê a realidade de que nossa justiça é tão somente “trapos de imundícia” (Is.64:6).
- O adorador reconhece que muitas das dificuldades que enfrenta é resultado de seus próprios pecados, é colheita do que semeou e que, apesar de tudo, não é consumido por causa das misericórdias do Senhor, que se renovam diariamente (Lm.3:22,23). A adoração, pois, leva-nos a ser mais humildes e a reconhecer nossas fragilidades, o que, inclusive, além de nos levar a obedecer ao Senhor, também nos faz amar o próximo como a nós mesmos. Por isso, não pessoa mais tolerante com o ser humano que o servo de Deus, que, ao adorar a Deus, reconhece quão frágil é o ser humano. Não é à toa que um dos levitas se chamava “Sebanias”, cujo significado é “Deus é misericordioso”, como também o outro se chamava “Hodias”, cujo significado é “o esplendor de Deus”.
- Por sétimo, adorar a Deus é reconhecer o cuidado atual do Senhor e a necessidade que temos de reconhecer e assumir nossos erros e consequências. Os levitas, por fim, fizeram o povo se conscientizar de que a situação presente dos judeus, de servos do Império Persa, era resultado de seus próprios pecados e que nada poderia ser atribuído a Deus. Antes, pelo contrário, deveriam eles se regozijar em estar de volta à Terra Prometida, mesmo que sem independência política, pois isto era manifestação da misericórdia de Deus, razão pela qual deveriam, tão somente, selar um compromisso de servir ao Senhor, independentemente das circunstâncias (Ne.9:36-38).
- A situação dos judeus, de serem servos na sua própria terra, era resultado de séculos de desobediência a Deus, de violação do pacto estatuído no monte Sinai. Deus os havia retirado da Terra, porque assim estava prescrito na lei. No entanto, dentro de Sua infinita misericórdia, o Senhor lhes havia restituído a terra, ainda que sob servidão aos persas, muito mais do que o povo merecia pela sua infidelidade.
- A adoração deve ser caracterizada pelo reconhecimento da graça e misericórdia do Senhor, mesmo diante das adversidades presentes, muitas das quais são resultado e consequência de nossos próprios pecados. O “adorador” não é um queixoso, pois sabe que, se tiver de se queixar de algo, este algo são os seus próprios pecados (Lm.3:39).
- A dominação estrangeira sobre os judeus, disseram os levitas sem quaisquer subterfúgios, era “por causa dos nossos pecados” (Ne.9:37). Temos esta consciência diante das dificuldades e problemas que enfrentamos em nosso dia-a-dia? Será que reconhecemos que Deus nada tem a ver com isso e por isso nos derramamos perante o Senhor sem questionar as consequências de nossos erros, mas agradecendo a Deus pelo fato de que o que estamos a passar não é o que merecemos?
- Apesar da dominação estrangeira, da multiplicação dos produtos da terra para os reis, da vontade dominante dos estrangeiros sobre o corpo, o gado dos judeus, que, inclusive, os fazia passar uma grande angústia, o povo resolveu fazer um firme concerto de que serviriam ao Senhor e cumpririam a Sua Palavra.
- Como é diferente um genuíno e autêntico avivamento, um povo arrependido do que temos visto em nossos dias. Ninguém esperou que Deus os libertasse da servidão do Império Persa, que lhes mudasse a situação de angústia e de penúria material para, então, servir a Deus, mas resolveram servir ao Senhor apesar de tudo o que estava a ocorrer, pois reconheciam que isto era resultado de seus pecados, de sua infidelidade e que, apesar de tudo, eram alvo do amor e da misericórdia do Senhor, já que mereciam ser consumidos por causa de suas imensas falhas e imperfeições.
- Nos dias em que vivemos, muitos que cristãos se dizem ser somente aceitam servir a Jesus se deixarem a situação de angústia, se saírem da pobreza material, se tiverem saúde física. Caso não consigam tais “bênçãos”, imediatamente entendem que o lugar onde se encontram “não é de Deus” e saem em busca de alguém que lhes traga as benesses do Evangelho. É por acaso que temos, segundo as estatísticas, cerca de 14% (quatorze por cento) de crentes que se dizem “sem igreja”? É por acaso que temos um número cada vez maior de “crentes flutuantes”, que andam de denominação em denominação, de igreja local em igreja local, atrás de “melhora de vida”?
- Quem realmente serve ao Senhor, fá-lo independentemente das circunstâncias. Apesar das dificuldades, angústias, problemas, aceita ser fiel ao Senhor, fazer-Lhe a vontade, sabendo que tudo que venha a receber é muito mais do que merece. O verdadeiro e genuíno servo do Senhor não murmura, não se queixa, mas é infinitamente agradecido a Deus por tudo que tem recebido. Como nos ensina o apóstolo Paulo, é alguém que em tudo dá graças ao Senhor, pois sabe que esta é a vontade do Senhor (I Ts.5:18). Não é à toa que um dos levitas se chamava “Petaías”, cujo significado é “Deus abre, ou libertou”.
- Alguém poderá, então, dizer que razão têm os inimigos do Evangelho ao dizer que o salvo em Jesus é uma pessoa “conformada”, “alienada”, que a fé cristã seria “o ópio do povo”, que faria com que a pessoa fosse totalmente omissa diante da maldade e da injustiça do mundo. Nada mais enganoso!
- O salvo em Jesus Cristo, o integrante do povo de Deus aqui na Terra, não se queixa de Deus, sabe que o Senhor é justo e que devemos fazer a Sua vontade. Entretanto, por isto mesmo, é um “inconformado” com o mundo, é alguém que não admite nem tolera a indignidade ao ser humano, a injustiça decorrente da vida no pecado.
- O salvo em Jesus Cristo sabe que vive numa situação de angústia por causa da maldade do mundo, mas sabe que esta situação pode ser modificada pela salvação na pessoa de Cristo. Por isso, o salvo não se conforma com a miséria, com o pecado, com a injustiça social, levando a mensagem libertadora do Evangelho, pois sabe que tudo pode ser transformado por ele, que é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê (Rm.1:16).
- O salvo em Jesus Cristo sabe que Deus está no controle de todas as coisas e que é Seu desejo que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade (I Tm.2:4) e, por isso, não cessa de pregar o Evangelho, pois é nele que se descobre a justiça de Deus (Rm.1:17).
- O salvo em Jesus Cristo tem consciência de que Deus só quer o bem, mas que os homens criam para si mesmos o mal, escravizados que estão pelo pecado e que, nesta maldade, têm de suportar muitas consequências, que não são removidas ante a própria justiça divina. No entanto, o pecado pode e deve ser removido e, por isso, lutam diuturnamente para que esta remoção se dê na vida das pessoas e, por conseguinte, na sociedade onde estas pessoas estão.
- O salvo em Jesus Cristo é um “inconformado com o mundo”, alguém que “transformado pela renovação do seu entendimento”, faz com que um outro mundo seja possível, vive de um modo diferente, resplandecendo como astro no meio de uma geração perversa e corrompida (Fp.2:15). Por isso, não é um “alienado”, nem “entorpecido”, mas, bem ao contrário, uma pessoa que contraria toda a iniquidade reinante e que se comporta como um embaixador, a trazer as boas novas da salvação, pela qual o homem pode ter uma vida diferente e cumprir o propósito para ele estabelecido por Deus.
- Por fim, é importante verificar que os primeiros a selar o compromisso escrito de servir a Deus foram os príncipes, os levitas e os sacerdotes, ou seja, aqueles que estavam à testa do povo. A começar de Neemias, o governador, todos os maiorais assinaram o concerto (Ne.10:1-27).
- Os que presidem o povo de Deus, aqueles que estão à frente, devem ser o exemplo dos fiéis (I Tm.4:12; II Tm.2:2; Hb.13:7; I Pe.5:3), razão pela qual o apóstolo Paulo mandou que fossem cuidadosos (Rm.12:8). Lamentavelmente, nos dias em que vivemos, são muitos os que se dizem líderes e não têm qualquer exemplo para dar. Que Deus tenha piedade de nós!
- O povo, tendo efetivamente se arrependido, confessado seus pecados e adorado a Deus, estava pronto a assumir um compromisso com a Palavra de Deus. Mais um passo havia sido dado para o repovoamento de Jerusalém. E eles assumiram que compromisso com a Palavra de Deus? É o que veremos na próxima lição.
Colaboração para o Portal Escola Dominical – Ev. Profº Dr.Caramuru Afonso Francisco