ADOLESCENTES - Lição 5: Desvie-se do Mal


1º Trim. 2012 - ADOLESCENTES - Lição 5: Desvie-se do Mal
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
ADOLESCENTES – CPAD
1º Trimestre 2012
Tema: Conselhos para o dia-a-dia
Comentarista: Jamiel Lopes
LIÇÃO 5 – DESVIE-SE DO MAL
Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que possa conduzir o aluno a:
Conhecera origem e os efeitos do mal, conscientizar-se de que devemos nos afastar do mal, de tudo o que desagrada a Deus.
Para refletir
“Quem procura o bem é respeitado, mas quem busca o mal será vítima do mal.”(Pv. 11:27 – NTLH).
Por tudo isso, sugere o salmista, “desvie-se do mal e faça o bem”; pois o Senhor ama que pratica a justiça e nunca vai abandonar os que lhe são fiéis.
Texto Bíblico em estudo: Pv. 4:23-27; 6:12-15.
Introdução
O pecado ou mal moral, embora fosse anterior a criação do homem, entretanto, teve sei início na história da humanidade através da tentação. A Bíblia intitula o mal moral de pecado, fracasso, erro, iniqüidade, injustiça, impiedade, transgressão e contravenção. Esse é o problema que assola o mundo e, dele resultam as outras tragédias descritas no mal natural e físico. Podemos observar essas formas de mal operando na experiência humana de modo insofismável.
Definições
Mal -Aquilo que é nocivo, prejudicial, oposto ao bem, à virtude, à honra, moléstia, enfermidade, calamidade, sofrimento, infelicidade, dano, estrago, imperfeição, algo contra o direito, contra a moral, contra a justiça e as boas normas, ausência do bem.
Teologicamente,mal é tudo o que é contrário à natureza de Deus.
Filosoficamente, mal é o uso incorreto de algo bom. Nada é mal em si mesmo. Uma faca pode ser usada para o bem ou para o mal. A água é indispensável à vida, mas pode ser usada para o mal 
Classificação
O mal pode ser moral ou físico.
Análise Filosófica
 O mal não existe. O mal acontece. O mal não é um ser ou uma coisa. Não é concreto, mas abstrato. Portanto, não é uma criatura ou uma criação. O mal é uma característica ou estado de um ser, coisa ou fato. É como um apêndice que precisa de um suporte. O "mal" é um título que damos para algo mau. Se eliminarmos o "algo", não sobrará nenhum mal, pois este está condicionado à existência de seu portador ou hospedeiro.

Ec.8:11 – “Visto como se não executa logo a sentença  sobre a má obra, o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto a praticar o mal”.(ARA)
Deus Não Criou O Mal
Deus é Onipotente. Isto significa que Ele pode fazer todas as coisas, exceto aquilo que for contrário à sua natureza.
Gn.1:31 - Deus viu que tudo o que ele fez era muito bom.
Jó 34:10 - Longe de Deus a impiedade e a perversidade.
Dt.32:4 - Todas as suas obras são perfeitas
Origem Do Mal (Aspecto Moral)
Segundo a Bíblia nenhum mal ocorreu antes do pecado de Lúcifer. Portanto, nada mais justo do que atribuir a ele os “direitos autorais” do mal.
Deus criou os seres angelicais perfeitos. Eles, porém, deixaram o seu estado original (Jd.6).
Lúcifer foi criado perfeito e assim foi até o momento quando quis ser maior que Deus. Esse foi o primeiro mal. Daí em diante, Satanás personificou o mal e trabalha para que ele continue acontecendo.
  • Is.14:12-16; Ez.28:1-19 - Entendemos que tais textos fazem menção ilustrada ao pecado de Lúcifer.
  • Jo.8:44 - Satanás é o pai da mentira. Nisso vemos sua originalidade maligna. A mentira não existiria se ele não a tivesse inventado. Assim também o mal.
Extensão do Mal (Aspecto Físico)
Todo mal físico iniciou-se no jardim do Éden como uma extensão do mal moral. Sua primeira manifestação foi na serpente. Depois da queda do homem, o mal físico tornou-se uma realidade. A própria natureza tornou-se contrária ao ser humano. A terra passou a não corresponder ao seu trabalho e nasceram cardos e abrolhos.
Vencendo o Mal
“Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.”(Rm 12.21 – ARC)
O mal, o bem e o amor
Desde as origens, a humanidade conheceu a trágica experiência do mal e procurou encontrar as suas raízes e explicar-lhe as causas. O mal não é uma força anônima que age no mundo devido a mecanismos deterministas e impessoais. O mal passa através da liberdade humana.
No centro do drama do mal e constantemente relacionado com ele está precisamente esta faculdade que distingue o homem dos demais seres vivos sobre a terra. O mal tem sempre um rosto e um nome: o rosto e o nome de homens e mulheres que o escolhem livremente. A Sagrada Escritura ensina que, no início da história, Adão e Eva se revoltaram contra Deus, pois isso é o que nos mostra quando aceitaram a insinuação da serpente:
“ E sereis como Deus...”
Abel foi morto pelo irmão Caim (Gn caps. 3-4). Foram as primeiras escolhas erradas, às quais se seguiram tantas outras ao longo dos séculos. Cada uma delas traz em si uma essencial conotação moral, que implica concretas responsabilidades por parte do sujeito e põe em questão as relações fundamentais da pessoa com Deus, com as outras pessoas e com a criação.
Visto nas suas componentes mais profundas, o mal é, em última análise, um trágico esquivar-se às exigências do amor agape. O bem moral, pelo contrário, nasce do amor, manifesta-se como amor e é orientado ao amor. Este argumento é particularmente evidente para o cristão, pois sabe que a participação no único Corpo místico de Cristo coloca-o em particular relação não somente com o Senhor, mas também com os irmãos. A lógica do amor cristão, que no Evangelho constitui o coração palpitante do bem moral, conduz, se levada às últimas conseqüências, até ao amor pelos inimigos: ‘Se o teu inimigo tem fome, dá-lhe de comer; se tem sede, dá-lhe de beber” (Rm. 12:20).
Contemplando a situação atual do mundo, não se pode deixar de constatar uma impressionante difusão de numerosas manifestações sociais e políticas do mal: desde a desordem social à anarquia e à guerra, da injustiça à violência contra o outro e à sua supressão. Para orientar o seu próprio caminho entre as solicitações opostas do bem e do mal, a família humana tem urgente necessidade de valer-se do patrimônio comum de valores morais que o mesmo Deus lhe deu.
Por isso, a quantos estão decididos a vencer o mal com o bem, o apostolo Paulo convida a cultivar atitudes nobres e desinteressadas de generosidade e de paz (Rm 12.17-21).
Comum a todos, é a gramática da lei moral exige comprometer-se sempre e com responsabilidade para que a vida das pessoas e dos povos seja respeitada e promovida. À sua luz não podem deixar de ser estigmatizados vigorosamente os males de caráter social e político que afligem o mundo, sobretudo provocados pela eclosão da violência.
Hoje se fala muito em PAZ
Mas, para conseguir o bem da paz é necessário afirmar, com consciente lucidez, que a violência é um mal inaceitável e que nunca resolve os problemas. O bem da paz é o bem comum
Para promover a paz, vencendo o mal com o bem, ocorre dedicar particular atenção ao bem comum e suas vertentes sociais e políticas. Com efeito, quando em todos os níveis se cultiva o bem comum, cultiva-se a paz. Poderá, por acaso, a pessoa realizar-se plenamente a si própria prescindindo da sua natureza social, ou seja, do seu ser “com” e “para” os outros?
O bem comum tem a ver intimamente com todas as formas expressivas da sociabilidade humana: a família, os grupos, as associações, as cidades, as regiões, os Estados, a comunidade dos povos e das nações. Todos, de alguma forma, estão implicados no compromisso pelo bem comum, na busca constante do bem dos outros como se fosse o próprio. Uma tal responsabilidade compete de modo particular à autoridade política, em qualquer nível da sua atuação, pois é chamada a criar aquele conjunto de condições sociais que consentem e favorecem, nos seres humanos, o desenvolvimento integral da sua personalidade.
O bem comum exige, pois, o respeito e a promoção da pessoa e dos seus direitos fundamentais, e bem assim o respeito e a promoção dos direitos da nações numa perspectiva universal.
O bem da paz e o uso dos bens da terra
Estando o bem da paz estreitamente ligado ao desenvolvimento de todos os povos, são indispensáveis ter em conta as implicações éticas do uso dos bens da terra. O fato de pertencer à família humana confere a cada pessoa uma espécie de cidadania mundial, tornando-a titular de direitos e de deveres, visto que os homens estão unidos por uma comunhão de origem e de supremo destino. Basta que uma criança seja concebida para que se torne titular de direitos, mereça atenção e cuidados e alguém tenha o dever de lhos providenciar.
Diante de tantos dramas que afligem o mundo, os cristãos confessam com humilde confiança que só Deus torna possível ao homem e aos povos a superação do mal para alcançar o bem. Com a sua morte e ressurreição, Cristo nos redimiu e resgatou “por um grande preço” ( 1 Cor. 6:20; 7:23), alcançando a salvação para todos. Com a Sua ajuda, a todos é possível vencer o mal com o bem.
Levantemos-nos diante do BEM SUPREMO. Confiando nas Promessas contidas na Palavra de Deus de que o mal não prevalecerá, o cristão cultiva uma indômita esperança, que o sustenta na promoção da justiça e da paz. Apesar dos pecados pessoais e sociais que se verificam no agir humano, a esperança dá um impulso sempre renovado ao compromisso pela justiça e pela paz, juntamente com uma firme confiança na possibilidade de construir um mundo melhor.
Se no mundo está presente e atua o  “mistério da iniqüidade” (2 Ts. 2:7), não se deve esquecer que o homem redimido tem em si energias suficientes para contrastá-lo. Criado à imagem de Deus e redimido por Cristo que “Se uniu de certo modo a cada homem”, este pode cooperar ativamente para o triunfo do bem.
Conclusão
Nenhum homem, nenhuma mulher pode esquivar-se ao compromisso de lutar para vencer o mal com o bem. É uma batalha que se combate validamente somente com as armas do amor. Ágape, que é o amor a Deus. Quando o bem vence o mal reina o amor, e onde reina o amor reina a paz.
Isto é certo também no âmbito social e político. A este respeito, todos  têm o dever de promover o bem e a paz nas relações entre os povos, devem alimentar em si e acender nos outros « a caridade. Que os cristãos sejam testemunhas convictas desta verdade; saibam mostrar com a sua vida que o amor é a única força capaz de levar à perfeição pessoal e social.
Não nos esquecendo da comunhão com Jesus Cristo, nosso Redentor, sabendo que é, Nele, através de Sua morte e ressurreição, que somos salvos do mal e capazes de fazer o bem. Graças à vida nova que Ele nos deu, podemos reconhecer-nos e como irmãos em Cristo e membros de um só Corpo, participando do mesmo Pão e do mesmo Cálice. É nesta comunhão que podemos sentir-nos  “família de Deus” e, juntos, contribuir específica e eficazmente para a edificação de um mundo baseado nos valores da justiça, da liberdade e da paz, vencendo o mal com o bem..
Colaboração para o Portal Escola Dominical – Profª. Jaciara da Silva.