Sacrifício humano é feito para que agricultores hindus tenham “colheitas melhores”


Na Índia, menina de 12 anos foi degolada e teve seu fígado extirpado

Sacrifício humano é feito para que agricultores hindus tenham “colheitas melhores”
Duas pessoas foram presas pela polícia indiana acusadas de matar uma menina de sete anos identificada como Lalita Tati. O objetivo da morte seria oferecer um sacrifício a uma divindade em troca de boas colheitas.
A menina desapareceu em outubro, enquanto voltava para casa depois de assistir televisão na casa de um vizinho. Ela estava em uma floresta do distrito de Bijapur, no centro do país. Seu corpo só foi localizado dias depois por moradores do local que avisaram seus pais.
“A princípio pensamos ser um caso de assassinato seguido de estupro. Porém, soubemos que dois tios da menina foram os responsáveis pela sua morte em um ritual para terem melhores colheitas”, afirmou o chefe de policia do distrito, R. N. Das. “Os camponeses foram presos na semana passada. Eles degolaram a menina e depois extraíram seu fígado para oferecê-lo a uma deusa hindu”, explica.
O policial Das disse que a polícia tinha recolhido provas suficientes, além das confissões, para prender os dois com o assassinato. Eles iriam enfrentar a vida na prisão ou mesmo a sentença de morte se forem condenados.
Na região onde o assassinato ocorreu, a população acredita que, para ter boas colheitas, é necessário realizar todo ano o sacrifício de algum animal (um frango ou um cordeiro), e a cada 12 anos, uma menina jovem.
Em algumas áreas tribais da Índia são comuns os sacrifícios humanos e os linchamentos de mulheres acusadas de praticar bruxaria.  Os homens acusados pela morte da jovem são  descritos como “tribais”, povo com crenças que são maioria no Estado de Chhattisgarh, onde mora a família de Talita. A maioria dessas pessoas vivem numa região marcada pela pobreza e o analfabetismo.
Algumas correntes religiosas indianas tiveram uma longa tradição – hoje praticamente erradicada – de rituais com sacrifícios humanos. Mas alguns casos continuam acontecendo.
Traduzido e adaptado de Times of India