DRA. ELAINE CRUZ
fonte CPAD NEWS
Como a cidade com seus muros derrubados, assim é quem não sabe dominar-se. Pv 25.28
Nos tempos antigos o muro de uma cidade era a sua maior defesa. Sem muro a cidade estava à disposição dos seus inimigos – até hoje nos sentimos seguros por causa das grades e trancas de nossas residências.
Autocontrole ou Domínio próprio é o muro de defesa que se opõe aos desejos que fazem guerra contra a alma. Sem autocontrole a pessoa se torna presa fácil para qualquer espécie de invasor. Portanto, uma boa definição para domínio próprio pode ser: o governo dos próprios desejos; a habilidade de evitar excessos e viver dentro de limites saudáveis.
O domínio próprio está muito relacionado com uma decisão interior de fazer o que muitas vezes não se tem vontade. Por exemplo: as pessoas raramente sentem-se motivadas a estudar a Palavra de Deus com regularidade. Existem tantas outras coisas mais fáceis de fazer – mentalmente falando – como assistir TV, ler uma revista ou jornal, ler um bom livro, bater um bom papo, navegar na internet, etc. Assim sendo, para o exercício do domínio próprio, é necessário uma decisão pessoal interna e uma postura externa – “vou levantar, pegar a bíblia, um caderno de anotações, vou sentar na sala e vou estudá-la”.
A verdade é que esta determinação auto imposta não soa muito espiritual para muitos crentes que acreditam que acreditam que quase tudo na vida cristã tem um tom romântico, mas foi exatamente sobre fazer o que não se quer que Paulo escreveu em 1Co 9.27:
Esmurro o meu corpo e faço dele o meu escravo... para que eu mesmo não venha a ser reprovado.
Domínio próprio deve ser alvo da nossa atenção porque estamos literalmente numa guerra quando pensamos nos desejos que tentam nos subjugar. E o que torna estes desejos pecaminosos tão perigosos é que eles moram dentro da nossa mente, e nem sempre têm uma aparência ruim. Contudo, Tiago descreve estes desejos como sendo fortes para nos arrastar e seduzir, Pedro diz que os desejos guerreiam contra nossa alma, e Paulo afirma que os desejos podem ser enganosos:
Cada um, porém, é tentado pelo próprio mau desejo, sendo por este arrastado e seduzido. Tg 1.14
...abstenha-se dos desejos carnais que guerreiam contra a alma. 1Pe 2.11
Vocês foram ensinados a despir-se do velho homem, que se corrompe por desejos enganosos. Ef 4.22
Os tradutores da bíblia usaram a expressão “domínio próprio” para traduzir duas diferentes palavras do original bíblico.
A primeira está na lista do Fruto do Espírito: moderação/temperança - em relação ao ataque dos desejos, instintos e apetites. O significado é de força interior – frutificar um caráter que capacite as pessoas a controlarem suas paixões, moderando e freando seus desejos.
A segunda palavra traduzida por “domínio próprio” denota mente sólida/ julgamento sólido – que advém de conceitos e valores internalizados e pré estabelecidos.
Os significados se completam. Um julgamento sólido, seguro, nos capacita a ver o que e como algo deve ser feito; assim como a força interior providencia a vontade de fazer a coisa correta. Isso nos traz uma definição final:
Domínio próprio é o exercício da força interior sob orientação de um julgamento sólido que nos capacita a fazer, pensar, e falar coisas que irão agradar a Deus.
1. Domínio do Corpo
Deus nos criou com senso de prazer. Não há dúvidas que foi intenção de Deus que nós tivéssemos prazer físico na nossa existência as com coisas que ele mesmo providenciaria para nós.
Então o Senhor Deus fez nascer do solo todo tipo de árvores agradáveis aos olhos e boas para alimento – Gn 2.9
Deus nos provê tudo que precisamos para nossa satisfação. 1Tm 6.17
Com o pecado, nossos desejos se corromperam, e as coisas que Deus pretendia que fossem úteis para nosso deleite, acabam tendo a tendência de dominar as nossas vidas. Assim sendo, o domínio próprio do corpo deve ser focado em três áreas principais de tentação física:
• Glutonaria - Deus nos dá graciosamente comida e bebida – temos prazer no comer e beber. Só que nós nos deixamos dominar, surgindo a glutonaria e bebedice. Nós supervalorizamos a comida – alguns literalmente vivem para comer – e o prazer passa a dominar a suas vidas. Com a bebida é a mesma coisa – começa como prazer e passa para o vício. A bíblia nos orienta a comer e beber para a glória de Deus - 1Co 10.31
• Preguiça ou falta de descanso/desleixo com o corpo - Deus deu, para nosso deleite, o descanso – da qual muitos exageram e se entregam à preguiça. Alguns abusam do seu corpo não dando a ele quase nenhum descanso; outros, não se cuidam, não dão ao corpo nenhum exercício sequer. Outros acham que nasceram para descansar e devem ir ter com as formigas, pois são totalmente preguiçosos. O nosso corpo continua sendo o templo do Espírito Santo – tratar mal o corpo é pecado.
• Imoralidade sexual - O padrão estabelecido por Deus é muito simples e claro: Absoluta abstinência fora do casamento e total fidelidade dentro do casamento. Qualquer outro caminho ou justificativa resultará em imoralidade. Esta é uma área que merece toda nossa atenção, porque não existem limites para vícios e pornografia quando se fala de sexo.
Parte 2 - Domínio do Pensamento (próximo artigo)
Autocontrole ou Domínio próprio é o muro de defesa que se opõe aos desejos que fazem guerra contra a alma. Sem autocontrole a pessoa se torna presa fácil para qualquer espécie de invasor. Portanto, uma boa definição para domínio próprio pode ser: o governo dos próprios desejos; a habilidade de evitar excessos e viver dentro de limites saudáveis.
O domínio próprio está muito relacionado com uma decisão interior de fazer o que muitas vezes não se tem vontade. Por exemplo: as pessoas raramente sentem-se motivadas a estudar a Palavra de Deus com regularidade. Existem tantas outras coisas mais fáceis de fazer – mentalmente falando – como assistir TV, ler uma revista ou jornal, ler um bom livro, bater um bom papo, navegar na internet, etc. Assim sendo, para o exercício do domínio próprio, é necessário uma decisão pessoal interna e uma postura externa – “vou levantar, pegar a bíblia, um caderno de anotações, vou sentar na sala e vou estudá-la”.
A verdade é que esta determinação auto imposta não soa muito espiritual para muitos crentes que acreditam que acreditam que quase tudo na vida cristã tem um tom romântico, mas foi exatamente sobre fazer o que não se quer que Paulo escreveu em 1Co 9.27:
Esmurro o meu corpo e faço dele o meu escravo... para que eu mesmo não venha a ser reprovado.
Domínio próprio deve ser alvo da nossa atenção porque estamos literalmente numa guerra quando pensamos nos desejos que tentam nos subjugar. E o que torna estes desejos pecaminosos tão perigosos é que eles moram dentro da nossa mente, e nem sempre têm uma aparência ruim. Contudo, Tiago descreve estes desejos como sendo fortes para nos arrastar e seduzir, Pedro diz que os desejos guerreiam contra nossa alma, e Paulo afirma que os desejos podem ser enganosos:
Cada um, porém, é tentado pelo próprio mau desejo, sendo por este arrastado e seduzido. Tg 1.14
...abstenha-se dos desejos carnais que guerreiam contra a alma. 1Pe 2.11
Vocês foram ensinados a despir-se do velho homem, que se corrompe por desejos enganosos. Ef 4.22
Os tradutores da bíblia usaram a expressão “domínio próprio” para traduzir duas diferentes palavras do original bíblico.
A primeira está na lista do Fruto do Espírito: moderação/temperança - em relação ao ataque dos desejos, instintos e apetites. O significado é de força interior – frutificar um caráter que capacite as pessoas a controlarem suas paixões, moderando e freando seus desejos.
A segunda palavra traduzida por “domínio próprio” denota mente sólida/ julgamento sólido – que advém de conceitos e valores internalizados e pré estabelecidos.
Os significados se completam. Um julgamento sólido, seguro, nos capacita a ver o que e como algo deve ser feito; assim como a força interior providencia a vontade de fazer a coisa correta. Isso nos traz uma definição final:
Domínio próprio é o exercício da força interior sob orientação de um julgamento sólido que nos capacita a fazer, pensar, e falar coisas que irão agradar a Deus.
1. Domínio do Corpo
Deus nos criou com senso de prazer. Não há dúvidas que foi intenção de Deus que nós tivéssemos prazer físico na nossa existência as com coisas que ele mesmo providenciaria para nós.
Então o Senhor Deus fez nascer do solo todo tipo de árvores agradáveis aos olhos e boas para alimento – Gn 2.9
Deus nos provê tudo que precisamos para nossa satisfação. 1Tm 6.17
Com o pecado, nossos desejos se corromperam, e as coisas que Deus pretendia que fossem úteis para nosso deleite, acabam tendo a tendência de dominar as nossas vidas. Assim sendo, o domínio próprio do corpo deve ser focado em três áreas principais de tentação física:
• Glutonaria - Deus nos dá graciosamente comida e bebida – temos prazer no comer e beber. Só que nós nos deixamos dominar, surgindo a glutonaria e bebedice. Nós supervalorizamos a comida – alguns literalmente vivem para comer – e o prazer passa a dominar a suas vidas. Com a bebida é a mesma coisa – começa como prazer e passa para o vício. A bíblia nos orienta a comer e beber para a glória de Deus - 1Co 10.31
• Preguiça ou falta de descanso/desleixo com o corpo - Deus deu, para nosso deleite, o descanso – da qual muitos exageram e se entregam à preguiça. Alguns abusam do seu corpo não dando a ele quase nenhum descanso; outros, não se cuidam, não dão ao corpo nenhum exercício sequer. Outros acham que nasceram para descansar e devem ir ter com as formigas, pois são totalmente preguiçosos. O nosso corpo continua sendo o templo do Espírito Santo – tratar mal o corpo é pecado.
• Imoralidade sexual - O padrão estabelecido por Deus é muito simples e claro: Absoluta abstinência fora do casamento e total fidelidade dentro do casamento. Qualquer outro caminho ou justificativa resultará em imoralidade. Esta é uma área que merece toda nossa atenção, porque não existem limites para vícios e pornografia quando se fala de sexo.
Parte 2 - Domínio do Pensamento (próximo artigo)