PORTAL ESCOLA DOMINICAL
PRÉ-ADOLESCENTES CPAD
1º TRIMESTRE DE 2012
Tema: Conhecendo a si mesmo e os outros
Comentarista: Ângela Sueli Silva da Costa
LIÇÂO 12- DUVIDAR, POR QUE?
Texto bíblico Jo 20.19,24-29
Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus, e pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco!
Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus.
Disseram-lhe, pois, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele disse-lhes: Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei.
E, oito dias depois, estavam outra vez os seus discípulos dentro, e, com eles, Tomé. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco!
Depois, disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; chega a tua mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente.
Tomé respondeu e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu!
Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram!
O texto descrito acima é uma passagem bastante conhecida, alias popularmente as pessoas intitulam de “Tomé” aqueles que não acreditam, ou duvidam que algo que é dito.
Isto se passou com um dos apóstolos do Senhor, Tomé, ele não estava presente quando o Senhor se manifestou já ressurreto aos discípulos.
Ao receber a noticia dos demais apóstolos, Tomé duvidou que o Senhor realmente estivera lá, Tomé foi tomado pela incredulidade, pois afirmou que somente creria ser o tocasse com suas próprias mãos, assim ele se tornou um dos maiores exemplos de incredulidade na Bíblia.
Felizmente, Tomé após se encontrar com o Senhor creu que de fato o Senhor havia ressuscitado e assim não perdeu as benção de Deus. mas há muitos exemplos bíblicos de pessoas que foram levados a derrota completa por não confiar em Deus, a incredulidade foi maior do que a fé.
Introdução
Na lição anterior vimos a preocupação e ansiedade exagerada que alguns sentem ao desejar e esperar as promessas de Deus. situação esta que muitas vezes os conduzem ao um quadro de estresse; como vimos na lição.
A lição 12 é uma continuação imediata do assunto, pois se por um lado não podemos nos desesperar ao esperarmos algo de Deus, jamais podemos duvidar que Ele nos dará.
Dentre as muitas razoes pela qual não alcançamos as bençãos de Deus, a duvida, é a principal razão. Se por um lado a ansiedade traz uma serie de males, com a duvida não diferente, pois ela conduz a um estado ainda mais critico, a incredulidade.
Mas o que é duvida?
Segundo o dicionário a palavra vem do latim “dubitare”, significa ter dúvida ou estar em dúvida sobre; não saber, não acreditar, não admitir; estar na dúvida: na incerteza; não confiar; não acreditar; desconfiar: Estar ou mostrar-se incerto; hesitar: não crer; ser céptico.
Assim, podemos entender o sentido de incredulidade:
Esta palavra é proveniente do latim ‘incredulitate’, repugnância em crer, desconfiança, ausência de fé nas providências e na força do decreto de Deus.
A palavra incredulidade aparece cerca de dez vezes no Novo Testamento. É expressa por meio de dois vocábulos gregos no Novo Testamento – apistia e apeitheia.
A palavra apeitheia, juntamente com apeitheõ e apeithës, ‘denota invariavelmente a desobediência, a rebelião e contumácia’.
A exemplo disto o apóstolo Paulo fala sobre a misericórdia alcançada pelos gentios pela desobediência dos judeus (Rm 11:30). Essa desobediência se origina da apistia, ‘falta de fé e confiança’; esta é um estado de mente, enquanto que a apeitheia é a sua expressão.
A incredulidade em todas as suas formas, é uma afronta direta contra a veracidade divina.´e desacreditar que Deus possa fazer, ou abençoar.
I- Expressões de duvidas
Como mencionei acima, as pessoas costumam chamar de “Tomé” quem costumeiramente duvida das coisas, e que apenas se estiver diante dos seus olhos. Nisto fica claro o perigo da incredulidade, pois é contraria a fé. A fé é o fundamento das coisas que não se vêem mas crê que existem, mas p incrédulo apenas crê se estiver a alcance de suas mãos.
Foi assim com Tomé, ele não creria se não tocasse em Jesus, a sua fé falhou, ele se expressou dessa forma: “Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei.”
Um exemplo triste de incredulidade se deu com um capitão da cidade de Samaria, Deus por meio do profeta Eliseu havia dito que iria abençoar dando alimento ao povo, porem o capitão olhou para a situação em sua volta e duvidou que Deus poderia fazer realmente como havia dito.
E aquele capitão respondera ao homem de Deus e disse: Eis que, ainda que o SENHOR fizesse janelas no céu, poder-se-ia isso fazer conforme essa palavra? E o homem de Deus dissera: Eis que o verás com os teus olhos, porém daí não comerás. (2Re 7:19)
A cidade estava cercada pelos inimigos, havia muita fome e nenhuma chance de sobreviver a aquela situação, o capitão foi incrédulo ao que o profeta disse.
Mas Deus cumpriu de uma forma maravilhosa a sua Palavra, como descrito no versículo acima, o capitão porem não pode ser abençoado como os demais, porem perdeu a própria vida, porque duvidou de Deus.
II- O discípulo que não creu
Tomé foi um dos doze apóstolos originalmente escolhidos por Jesus, segundo os Evangelhos sinóticos e os Atos dos apóstolos (Mt 10:3, Mc 3:18, Lc 6:15) havendo pouco registro além.
Alguns teólogos têm mantido discordâncias a respeito da verdadeira identidade de São Tomé. Tomé não é propriamente um prenome, mas sim a palavra equivalente a gêmeo, vindo do aramaico “Tau'ma”, e posteriormente traduzida para o grego Didymus.
Tomé aparece numas poucas passagens no Evangelho de João. Em João 11:16, quando Lázaro morre, os discípulos resistem à decisão de Jesus para que retornem à Judéia, onde os judeus tentaram apedrejar Jesus. O Mestre está determinado, mas é Tomé que toma a palavra final: Vamos todos, pois poderemos morrer com Ele. Alguns interpretam esse como uma antecipação ao conceito teológico paulínio de morrer com Cristo.
Ele também fala na Última Ceia em João 14:5. Jesus assegura seus discípulos que eles sabem aonde ele irá, mas Tomé protesta que eles não sabem de fato. Jesus retruca a ele aos pedidos de Filipe com uma complexa exposição de seu relacionamento com O Pai.
A aparição mais famosa de Tomé no Novo Testamento está em João 20:24-29, quando duvida da ressurreição de Jesus e exige que necessita sentir Suas chagas antes de se convencer. Essa passagem é a origem da expressão Tomé o Incrédulo bem como de diversas tradições populares similares, tal como Fulano é feito Tomé: precisa ver pra crer.. Após ver Jesus vivo, Tomé professa sua fé em Jesus; a partir de então ele é considerado Tomé o Crente.
III- Iguais a Tomé
Ao analisarmos os textos bíblicos acabamos por ver que muitos agem da mesma forma, ou seja duvidam de Deus em alguns momentos da vida.
Os próprios discípulos quando foram avisados por Maria madalena, não creram de imediato, após a aparição do Senhor eles se alegraram.
No antigo Testamento também temos exemplos de pessoas incrédulas, além do capitão de Samaria, podemos destacar o povo de Israel, quando eles saíram do Egito e caminharam no deserto, por muitas vezes murmuravam contra Deus, pois eles não confiavam que Deus poderia os sustentar no deserto. Assim por algumas vezes desejaram retornar ao Egito.
Podemos ainda destacar a incredulidade de algumas mulheres.
Eva – a primeira mulher que viveu nesta terra deixou de crer na mensagem de Deus que afirmava: se comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, certamente morrereis, para acreditar na mensagem do diabo que dizia: não morrereis. E assim, por causa da incredulidade desobedeceu a Deus e morreu mesmo. Gn 2.16.17; 3
Sara – ao ouvir sobre a possibilidade de vir a ter um filho (Gn 18:10 a 15), riu-se consigo mesma, não acreditando que isto viesse a acontecer. E por causa da incredulidade não somente riu-se da palavra do Senhor como também mentiu.
É sempre assim a incredulidade não fica sozinha; traz consigo mais alguma coisa de desobediência a Deus.
Rebeca – Deus havia lhe dado explicações sobre os filhos que lutavam em seu ventre (Gn 25.22,23). E lhe fizera uma afirmação de que o mais velho serviria ao mais novo.
Entretanto, quando Isaque chamou Esaú e mandou fazer-lhe um guisado para que ele comesse e o abençoasse, Rebeca usou de astúcia e engano, para que Isaque abençoasse Jacó. Outra vez a incredulidade de Rebeca trouxe outros tipos de desobediência a Deus. E como custou caro para Rebeca a sua atitude de incredulidade.
IV- Não fique com duvida
Vimos na lição anterior que a ansiedade causa uma serie de males físicos e psicológicos, as quais podem ser reversíveis. Já a incredulidade pode gerar uma destruição total; foi assim com o capitão de Samaria. Quem duvida, não recebe as bênçãos de Deus, observe:
Peça-a, porém, com fé, não duvidando; porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento e lançada de uma para outra parte.
Não pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa. (Tg 1.6,7)
A nossa fé não pode estar baseada apenas naquilo que podemos tocar, ou ver. Temos de crer no Senhor sem duvidar de nada. Se duvidarmos estaremos sujeitos a não receber nada do Senhor, e também poderemos colher todos os frutos ruins da duvida
Conclusão
Devemos crer em tudo quanto o Senhor nos prometeu. Nunca duvidarmos das suas palavras, pois como Ele mesmo disse:
“Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não hão de passar”. (Mt 24:35).
E não podemos esquecer que para os incrédulos não há lugar na cidade santa
Mas, quanto aos tímidos, e aosincrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, o que é a segunda morte. (Ap 21:8).
Que Deus os abençoe
Colaboração para o Portal Escola Dominical – Prof. Jair César S. Oliveira