Desde que sofreu com abalos sísmicos de 7.0 na escala Richter, no início de 2010, o Haiti vem enfrentando problemas quanto à manutenção da população. Depois de dois anos, mesmo com a solidariedade de parte do mundo com doações de alimentos, água, remédios e auxílio para a reconstrução do país por parte de instituições filantrópicas e de ajuda humanitária, a situação do país continua crítica.
Desiludidos com a total falta de perspectiva, alguns sobreviventes decidiram imigrar para outros países em busca de melhores condições de vida. O terremoto que abalou, principalmente a capital, Porto Príncipe, deixou estragos na ordem de bilhões de dólares, vitimando mais de 300 mil pessoas.
O êxodo de haitianos tem sido uma constante desde a catástrofe e a principal causa é a falta de emprego no território. Dentre os países que os haitianos buscam refúgio está o Brasil, especificamente a região Norte, nos estados do Acre, Amazonas e Rondônia. Com esta leva de migrantes, vários evangélicos chegam a nossa nação, não apenas em busca de auxilio material, mas também espiritual.
Dentre as dificuldades enfrentadas por aqueles que saem do Haiti para o Brasil, destacam-se: enfrentar mais de 6 mil quilômetros, de avião, navio e ônibus e superar a barreira do idioma. Boa parte dos que se aventuram sair de sua nação para terras brasileiras falam apenas o Crioulo (língua nativa) e por esse motivo enfrentam problemas na comunicação.
Ao visitar um abrigo lotado de haitianos, em Manaus, o pastor Luiz Gonzaga Lima Valente, líder da AD em Missões, disse que quando chegou ao local alguns deles se identificaram como evangélicos e pediram ajuda para conseguirem se instalar no país. “Alguns apresentaram carta de mudança com assinatura de seus pastores, outros para se aproveitar da ajuda se fizeram passar por crentes, mas com o acompanhamento que demos descobrimos aqueles que estavam sendo sinceros e os que usavam de má fé. Hoje contamos com 20 irmãos congregando conosco”.
Uma igreja de haitianos
Na cidade de Porto Velho (RO) os primeiros imigrantes chegaram em março de 2011. Na ocasião, cerca de 100 haitianos foram acomodados em um alojamento no Ginásio Claudio Coutinho, onde tiveram apoio do Governo do Estado de Rondônia, com ajudas para alimentação, atendimentos sociais e de regularização de documento.
A AD na capital rondoniense, que tem como líder o pastor Joel Holder, recebeu no mês de novembro (2011) dois jovens haitianos. Os amigos de infância Guivny Lexis (24) e Rodney Charles (25) se instalaram legalmente no Brasil, ansiosos por encontrar espaço no mercado de trabalho. A ideia da viagem surgiu quando os amigos ouviram falar sobre a grande oferta de emprego na construção das Usinas Hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau no Rio Madeira, em Rondônia.
Longe de casa, em meio a tantos desafios e tentativas de adaptação, os jovens haitianos encontraram uma nova família na mocidade da Igreja Assembleia de Deus rondoniense.
Quando questionados sobre a permanência em Rondônia, sorriem e logo declaram que gostariam de ficar, mas somente Deus tem a resposta. “Eu sou filho de Deus, por isso acredito que vai dar tudo certo no Brasil”, diz Lexis.
Atualmente, estima-se que só na capital de Rondônia o número de haitianos chega a cerca de 500, com isso aumentou também a presença destes na igreja Assembleia de Deus.Para atendê-los a liderança da denominação em Porto Velho decidiu organizar um local para os irmãos cultuarem a Deus. Provisoriamente, até que tenham sua própria congregação, os cultos acontecem duas vezes por semana, no domingo e na terça-feira.
O culto dominical reúne cerca de cerca de 50 irmãos, que oram, cantam, tocam instrumentos musicais e pregam a Palavra de Deus com alegria. A maioria não se conhecia até chegar ao Brasil, e agora se reúnem duas vezes por semana com o objetivo de louvar e adorar a Deus.
“Acredito que Deus realizará coisas muito grandes na vida dos evangélicos haitianos que chegaram a nosso país e que os brasileiros, serão bastante abençoados com a presença destes irmãos, que também são povo de Deus, em nosso meio”, diz pastor Holder, líder da AD em Porto Velho.
Por Edilberto Silva e Shara Alencar
Reportagem completa na edição 1522 do Jornal Mensageiro da Paz fonte portalultimahora.blogspot.com.b
Desiludidos com a total falta de perspectiva, alguns sobreviventes decidiram imigrar para outros países em busca de melhores condições de vida. O terremoto que abalou, principalmente a capital, Porto Príncipe, deixou estragos na ordem de bilhões de dólares, vitimando mais de 300 mil pessoas.
O êxodo de haitianos tem sido uma constante desde a catástrofe e a principal causa é a falta de emprego no território. Dentre os países que os haitianos buscam refúgio está o Brasil, especificamente a região Norte, nos estados do Acre, Amazonas e Rondônia. Com esta leva de migrantes, vários evangélicos chegam a nossa nação, não apenas em busca de auxilio material, mas também espiritual.
Dentre as dificuldades enfrentadas por aqueles que saem do Haiti para o Brasil, destacam-se: enfrentar mais de 6 mil quilômetros, de avião, navio e ônibus e superar a barreira do idioma. Boa parte dos que se aventuram sair de sua nação para terras brasileiras falam apenas o Crioulo (língua nativa) e por esse motivo enfrentam problemas na comunicação.
Ao visitar um abrigo lotado de haitianos, em Manaus, o pastor Luiz Gonzaga Lima Valente, líder da AD em Missões, disse que quando chegou ao local alguns deles se identificaram como evangélicos e pediram ajuda para conseguirem se instalar no país. “Alguns apresentaram carta de mudança com assinatura de seus pastores, outros para se aproveitar da ajuda se fizeram passar por crentes, mas com o acompanhamento que demos descobrimos aqueles que estavam sendo sinceros e os que usavam de má fé. Hoje contamos com 20 irmãos congregando conosco”.
Uma igreja de haitianos
Na cidade de Porto Velho (RO) os primeiros imigrantes chegaram em março de 2011. Na ocasião, cerca de 100 haitianos foram acomodados em um alojamento no Ginásio Claudio Coutinho, onde tiveram apoio do Governo do Estado de Rondônia, com ajudas para alimentação, atendimentos sociais e de regularização de documento.
A AD na capital rondoniense, que tem como líder o pastor Joel Holder, recebeu no mês de novembro (2011) dois jovens haitianos. Os amigos de infância Guivny Lexis (24) e Rodney Charles (25) se instalaram legalmente no Brasil, ansiosos por encontrar espaço no mercado de trabalho. A ideia da viagem surgiu quando os amigos ouviram falar sobre a grande oferta de emprego na construção das Usinas Hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau no Rio Madeira, em Rondônia.
Longe de casa, em meio a tantos desafios e tentativas de adaptação, os jovens haitianos encontraram uma nova família na mocidade da Igreja Assembleia de Deus rondoniense.
Quando questionados sobre a permanência em Rondônia, sorriem e logo declaram que gostariam de ficar, mas somente Deus tem a resposta. “Eu sou filho de Deus, por isso acredito que vai dar tudo certo no Brasil”, diz Lexis.
Atualmente, estima-se que só na capital de Rondônia o número de haitianos chega a cerca de 500, com isso aumentou também a presença destes na igreja Assembleia de Deus.Para atendê-los a liderança da denominação em Porto Velho decidiu organizar um local para os irmãos cultuarem a Deus. Provisoriamente, até que tenham sua própria congregação, os cultos acontecem duas vezes por semana, no domingo e na terça-feira.
O culto dominical reúne cerca de cerca de 50 irmãos, que oram, cantam, tocam instrumentos musicais e pregam a Palavra de Deus com alegria. A maioria não se conhecia até chegar ao Brasil, e agora se reúnem duas vezes por semana com o objetivo de louvar e adorar a Deus.
“Acredito que Deus realizará coisas muito grandes na vida dos evangélicos haitianos que chegaram a nosso país e que os brasileiros, serão bastante abençoados com a presença destes irmãos, que também são povo de Deus, em nosso meio”, diz pastor Holder, líder da AD em Porto Velho.
Por Edilberto Silva e Shara Alencar
Reportagem completa na edição 1522 do Jornal Mensageiro da Paz fonte portalultimahora.blogspot.com.b