Cristãos sírios fogem da violência e intimidação



Antes do conflito, havia cerca de 40 mil cristãos em Homs, agora existem menos de cinco mil



Cristãos sírios fogem da violência e intimidação

Homs é uma cidade onde impera o medo. Alvo de constantes bombardeios, a cidade ganhou as manchetes dos jornais de todo o mundo.

Mas por trás das manchetes, outra história está surgindo. As novas evidências de intimidação e perseguição aos cristãos na cidade.

Antes do conflito, havia cerca de 40 mil cristãos em Homs, agora existem menos de cinco  mil. A maioria fugiu por causa do conflito. Mas muitos agora estão sendo expulsos. Grupos extremistas muçulmanos sunitas começaram recentemente a assediar as famílias cristãs em Homs, dizendo-lhes para sair da cidade, ou seriam mortos.

"Imagine que você está vivendo em Homs em uma área onde os grupos de oposição se fazem presentes..." disse, uma fonte da Portas Abertas (cujo nome não pode ser revelado). "Você ouve tiros. Explosões de bombas. Você pode imaginar o efeito que isso causa. E então, certa noite eles batem na sua porta e dizem: Estamos assumindo o controle dessa área e por isso, talvez é hora de você ir embora."

A partir daí os acontecimentos se desenrolam rapidamente: as discussões angustiadas com seus líderes cristãos locais, a embalagem apressada de seus bens, a longa e anciosa viagem de táxi passando por vários checkpoints.

"Você pode imaginar a ansiedade", continua ele. "Senhor, para onde estamos indo? O que será do futuro para nós e nossos filhos? O que vai acontecer à nossa casa?" (Eles sabem - ou ao menos sentem – qual é a resposta para esses questionamentos: eles vão perder suas casas. Muitas casas abandonadas por cristãos estão sendo ocupadas por aqueles que os expulsou).

Segundo a nossa fonte, mesmo quando chegam ao seu destino, os problemas não cessam. Eles acabam vivendo em condições precárias com as famílias que os "hospeda". Não há empregos, nem escolas. Traumatizadas por suas experiências, as crianças têm dificuldades para dormir.

Esta é a situação de cerca de sete mil famílias cristãs (cerca de 35.000 pessoas), e de muitas famílias muçulmanas e alauitas. Obrigado a fugir por causa do conflito e das intimidações, para um lugar distante e desconhecido, e esperando pela ajuda da Portas Abertas e de outras organizações.

Fonte: Portas Abertas