LIÇÃO 8, FILADÉLFIA, A IGREJA DO AMOR PERFEITO


 
 
TEXTO ÁUREO
"Mas qualquer que guarda a sua palavra, o amor de DEUS está nele verdadeiramente aperfeiçoado; nisto conhecemos que estamos nele" (1 Jo 2.5).
 
 
VERDADE PRÁTICA
Amar não é suficiente. É urgente que o nosso amor seja perfeito como perfeito é o amor com que DEUS nos amou.
 
 
LEITURA DIÁRIA 
Segunda - Ap 3.7 JESUS é SANTO e Verdadeiro
Terça - Is 22.22; Ap 3.7 Ele tem a chave da Casa de Davi
Quarta - Sl 110.1-7 JESUS - profeta, sacerdote e rei
Quinta - 1 Co 13; 2 Co 8.1-6 Amar - a maior obra
Sexta - Ap 3.11 O Senhor JESUS vem sem demora
Sábado - 2 Tm 4.8 Devemos amar a vinda do Senhor
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Apocalipse 3.7-13
7 E ao anjo da igreja que está em Filadélfia escreve: Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi, o que abre, e ninguém fecha, e fecha, e ninguém abre: 8 Eu sei as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome. 9 Eis que eu farei aos da sinagoga de Satanás (aos que se dizem judeus e não são, mas mentem), eis
que eu farei que venham, e adorem prostrados a teus pés, e saibam que eu te amo. 10 Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra. 11 Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa. 12 A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu DEUS, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu DEUS e o nome da cidade do meu DEUS, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu DEUS, e também o meu novo nome. 13 Quem tem ouvidos ouça o que o ESPÍRITO diz às igrejas.
 
3.7 FILADÉLFIA. Filadélfia era uma igreja fiel, que guardava a palavra de CRISTO e não o negava. Os membros tinham suportado a oposição do mundo, resistido à conformação às tendências malignas das demais igrejas e perseverado na lealdade a CRISTO e na verdade do evangelho do NT (vv. 7-10). Por causa da perseverança deles na fidelidade, DEUS promete livrá-los da hora da provação.
3.10 A HORA DA TENTAÇÃO. A promessa de CRISTO, no sentido de livrar os fiéis de Filadélfia da hora da tentação, é idêntica à promessa bíblica aos tessalonicenses, de que seriam preservados da "ira futura" (1 Ts 1.10). Esta promessa é válida para todos os fiéis de DEUS, em todas as eras (vv. 13,22). Essa hora inclui o tempo divinamente determinado para provação, ira e tribulação que sobrevirá a "todo o mundo" nos últimos anos desta era, imediatamente antes do estabelecimento do reino de CRISTO na terra (5.10; 6.19; 20.4). A respeito desse tempo, a Bíblia revela as seguintes verdades:
(1) Esse tempo de tribulação envolve a ira de DEUS sobre os ímpios (6.18; Dt 4.26-31; Is 13.6-13; 17.4-11; Jr 30.4-11; Ez 20.33-38; Dn 9.27; 12.1; Zc 14.1-4; Mt 24.9-31; 1 Ts 5.2).
(2) Esse período de provação também inclui a ira de Satanás contra os fiéis, i.e., contra os que aceitarem a CRISTO durante esse período terrível. Para eles, haverá fome, sede, exposição às intempéries (7.16) e muito sofrimento e lágrimas (7.9-17; Dn 12.10; Mt 24.15-21). Experimentarão de modo indireto as catástrofes naturais da guerra, da fome e da morte. Serão perseguidos, torturados e muitos sofrerão o martírio (6.11; 13.7; 14.13). Sofrerão as assolações de Satanás e das forças demoníacas (9.3-5; 12.12), violência de homens ímpios e perseguição da parte do Anticristo (6.9; 12.17; 13.15-17). Perderão suas casas e terão de fugir, aterrorizados (Mt 24.15-20). Será um período terrívelmente calamitoso para quem tiver família e filhos (Mt 24.19); será tão terrível, que os santos que morrerem são tidos por bem-aventurados, porque descansam da sua lida e ficam livres da perseguição (14.13).
(3) Quanto aos vencedores anteriores àquele tempo (ver 2.7; Lc 21.36), DEUS os preservará da tribulação, através do arrebatamento, quando os fiéis encontrarão o Senhor nos ares, antes de DEUS derramar a sua ira (ver Jo 14.3). Esse livramento é uma recompensa àqueles que perseverarem em guardar a Palavra de DEUS, mantendo a fé verdadeira.
(4) Os crentes de nossos dias, que esperam escapar dessas coisas que estão para vir sobre o mundo, só o conseguirão mediante a fidelidade a CRISTO e sua Palavra e a vigilância constante na oração (ver Lc 21.36), para não serem enganados (ver Mt 24.5)
3.11 VENHO SEM DEMORA. A estreita conexão entre este versículo e o 10 indica (1) que a vinda de CRISTO, para arrebatar da terra a sua igreja, será o meio de livramento dos fiéis (cf. 1 Ts 1.10; 4.14-18), e (2) que o livramento da hora da provação e da tribulação está reservado somente aos que permanecerem em CRISTO e na sua Palavra (v. 8).
 
SEXTA CARTA: À IGREJA DE FILADÉLFIA (Apocalipse - Versículo por Versículo Autor: Severino Pedro da Silva Editora: CPAD Ano: 2002)
 
7. “E ao anjo da igreja que está em Filadélfia escreve: Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi; o que abre, e ninguém fecha; e fecha, e ninguém abre”.
I. “...Ao anjo da igreja”. Nada se sabe de certo sobre a biografia desse “anjo” (pastor), a não ser aquilo que é depreendido do texto em foco. Pelos textos e contextos que seguem a vida de Paulo, podíamos pensar num dos companheiros deste Apóstolo (Silas?): A posição geográfica não ajuda nesta interpretação; porém, na posição geográfica concentrada, favorece ao “amado Gaio”: terá sido ele? (2 Jo v.1, 7, 8).
1. FILADÉLFIA. O nome significa “amor fraternal”, estando aqui neste apelativo o sétimo e último uso desse termo, no Novo Testamento (cf. Rm 14.10; 1Ts 4.9; Hb 13.1, 22 e 2Pd 1.7: sete último por duas vezes). Situação Geográfica: Filadélfia era uma cidade da província romana da Ásia Menor. Em 150 a.C. Atilo II, Filadelfo fundou, no vale Cógamo, no sopé do Monte Tmolo, mas ou menos 122 quilômetros de Esmirna, a cidade de Filadélfia (amor fraternal) em homenagem a seu irmão Eumênes II, que o precedeu no trono, afim de assinalar a grande amizade que os ligava”. Há um fato notável sobre essa igreja, até em sua posição geográfica: observemos no ponto seguinte:
2. A estrada, que de Éfeso ia para leste, tinha uma concorrente, aquela que, vindo do porto de Esmirna, passava por Filadélfia, e, através da Frigia, dirigia-se para o grande planalto Central. Filadélfia, se observarmos bem, ficava na rota da estrada do correio imperial que vinha de Roma e atravessava o porto de Trôade, seguindo para Pérgamo, Sardes, Antioquia (capital da Psídia), depois de atravessar outras regiões, essa via alcançava a Antioquia (capital da Síria), e finalmente, costeando, alcançava Jerusalém. Eis uma das razoes porque o Senhor disse: “Eis que diante de ti pus uma porta aberta” (v. 8). Em todas as carta dirigidas as sete igreja da Ásia Menor, o Senhor faz uma pequena apresentação de SI mesmo e depois fala. Na igreja de Filadélfia Ele se apresenta como “O SANTO”. O Filho de DEUS se identifica assim com a natureza do Pai, que é SANTO no sentido tríplice: (Cf. Is 6.3). A seguir, vem aquele que é “verdadeiro” (2Cr 15.3; Jó 17.31); Depois, vem o Filho que é “Fiel e Verdadeiro” (Ap 19.11). “Ele tem a chave de Davi”, “que abre” (presente) “e ninguém fecha” (futuro) “e fecha” (presente) “e ninguém abre”. Agora verbo presente, ao invés do futuro, para expressar a certeza da irrevogabilidade: “E ninguém abre”. Ninguém mesmo!”.
 
8. “Eu sei as tuas obras: eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar: tendo pouca força, guardaste a minha palavra, e não negaste o meu nome”.
I. “...Uma porta aberta”. Literalmente falando, “a porta aberta diante” da igreja de Filadélfia, aponto para sua posição geográfica na rota que ligava Jerusalém a capital do império, Roma. Profeticamente, porém refere-se à era missionária da Igreja, que começou nos fins do século XVIII e que chega até nossos próprios dias. “John Gil, escreveu pouco antes do começo dessa era, considerando a sua própria época como era da igreja de Sardes. Predisse ele que a era da igreja de Filadélfia seria uma espécie de reino espiritual de CRISTO, com a renovação do amor e do evangelismo. Por isso, conjeturou ele: “Essa porta aberta talvez ofereça uma oportunidade incomum para a pregação do evangelho; uma grande liberdade de seus pregadores e grande atenção por parte dos ouvintes, cujos corações serão abertos para observar, receber e abraçar ao evangelho; além de grande colheita de almas para CRISTO e suas igrejas”. O poder espiritual que essa igreja, era fraco, em comparação com Pentecoste. O Senhor, entretanto, em nada os condenou. Mostrou,porém, que o segredo de guardar a sua palavra, era o amor: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra...” (Jo 14.23).
1. “Todos os viajantes vindos de Roma e todos os de Esmirna que se dirigiam ao coração da Ásia Menor Apocalíptica passavam em Filadélfia. A passagem quase obrigatória desses viajantes por Filadélfia representava, para a igreja, uma “porta aberta diante de SI”, para evangelização e testemunho. Por ela, podiam ser alcançados até viajantes de longínquas regiões e cidades...”.
 
9. “Eis que eu farei aos da sinagoga de Satanás, aos que se dizem judeus, e não são, mas mentem: eis que eu farei que venham, e adorem prostrados a teus pés, e saibam que eu te amo”.
I. “...Sinagoga de Satanás”. A presente expressão, ocorre aqui e em (2.9): nas igrejas de Esmirna e Filadélfia respectivamente. E basta confrontar essas igrejas a luz do contexto e verificar que, são as únicas no Apocalipse que não receberam: repreensão do Senhor JESUS.
1. O vocábulo “sinagoga” só ocorre uma vez no AT (Sl 74.8 LXX), onde aparece como tradução de “mô’~edh”. No Novo Testamento o termo grego “synagog~e” é usado cerca de cinqüenta e seis vezes. Porém, sempre com sentido literal (Lc 4.16, 20, 28, 33; 7.5 e 8). No livro de Atos dos Apóstolos há muitas referências ali sobre “sinagogas”. As sinagogas tiveram sua origem durante o cativeiro de Israel no império babilônico. Pensa-se que nos dias de JESUS na terra havia mais de 500 sinagogas em Jerusalém. Nas igrejas de Esmirna e Filadélfia, os gnósticos tinham fundado duas sinagogas. No dizer dos tais gnósticos estas sinagogas eram o “lugar” do auge, de todo o saber (deles). Diante dos olhos divinos, elas foram e são classificadas: “de sinagogas de Satanás” (2.9 e 3.9). “Os chefes gnósticos, segundo se diz, degradavam a pessoa de CRISTO e sua missão ; negavam também a possibilidade da encarnação do Verbo, JESUS, o filho eterno (fc. Jo 1.14); negavam a expiação pelo sangue de CRISTO; tinham ainda um ponto de vista deísta relativamente a DEUS; negavam o verdadeiro destino humano, ou seja, a participação final na natureza do Verbo (1 Jo 2.23). João, diz que, tais elementos são seguidores do Anticristo e, acrescenta: “qualquer” que negue o Filho ou a encarnação do Verbo, é mentiroso. Neste versículo, pelo menos, o termo usado em sentido lato e indefinido. “Qualquer” que negue a doutrina da encarnação do Verbo (humanidade) de CRISTO tem a atitude do Anticristo. Os gnósticos, que se tinham deixado levar pela escravidão de Satanás, resolveram abandonar suas casas – e fundarem duas sinagogas na Ásia Menor: Uma Esmirna, e outra em Filadélfia.
 
10. “Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra”.
I. “...a hora da tentação”. A referência neste versículo sobre a “hora da tentação”, é um termo técnico para descrever o período sombrio da Grande Tribulação, que de um certo modo envolverá todo o mundo, e, na sua fase final, terá como alvo a cidade de Jerusalém e a terra Santa. As palavras: “eu te guardarei da hora da tentação” indicam que a Igreja não passará pela Grande Tribulação que perdurará sete anos. A Igreja desaparecerá silenciosamente antes, mediante o arrebatamento (1Ts 4.13-17). Depois, a Grande Tribulação virá, para “tentar” os que habitam na terra. Este “por à prova” é também traduzido por “experimentar” e por “tentar”; este último, como sinônimo de experimentar, pois “Ninguém, ao ser tentado, diga: Suo tentado por DEUS; porque DEUS não pode ser tentado pelo mal, e ele mesmo a ninguém tenta”. Parece-nos mais aceitável o “por à prova”, porque a Tribulação virá não só como castigo especificamente, mas também para, através dele, levar os homens a tomar decisões espirituais (cf. Ap 11.13b). E todos, não resta a menor dúvida, se decidirão por CRISTO ou pelo Anticristo, que sem dúvida, dominará o mundo dos ímpios. No texto em foco, foi prometida isenção da prova especial, a qual significa livramento da Grande Tribulação. A palavra (“da”) significa “para fora de” e em si traz a idéia de ser guardado da tribulação (não meramente conservado através dela, como alguns asseveram).
 
11. “Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa”.
I. “...para que ninguém tome a tua coroa”. Segundo os Anais da História grega, na Grécia antiga, em Olímpia, no Peloponeso, de quatro em quatro anos, se realizavam os jogos olímpicos desde o ano 776 a.C. Aos vencedores se outorgava uma coroa – a coroa da vitória – formada de folhas de louro entrelaçadas. Paulo se serve freqüentemente de figuras dessas competições, principalmente quando escrevendo a Timóteo, que, por ser filho de pai grego (At 16.1) e de conhecer a Grécia (At 17.15; 18.5) devia estar familiarizado com elas. Em (2Tm 2.5), lemos: “...se alguém milita, não é coroado se não militar legitimamente”. E ainda em (2Tm 4.7 e 8), diz: “Combati o bom combate, acabei a careira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda”. Esta é uma mensagem de encorajamento e consolação aos fiéis, mas (também) é uma palavra de advertência aos hesitantes, aos quais é dito que se tornem constantes, e sempre abundantes na obra do Senhor que se tornem constantes, e sempre abundantes na obra do Senhor (cf. 1Co 15.58).
 
12. “A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu DEUS, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu DEUS, e o nome da cidade do meu DEUS, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu DEUS, e também o novo nome”.
I. “...Coluna no Templo do meu DEUS”. A Igreja do Senhor, já na presente era é a “Coluna e firmeza da verdade” (cf. 1Tm 3.15b), e o que ela representa na atualidade, será, sem dúvida alguma na eternidade. As duas colunas do Templo de Salomão postas no pórtico eram chamadas Jaquim, que significa “Ele estabelecerá”, e Boás, que significa “Nele há força”. As colunas são usadas como emblemas de força e durabilidade. “...Eis que te ponho hoje por cidade forte, e por coluna de ferro...” (cf. Jr 1.18). Claro está que “coluna no templo” é também uma figura de linguagem. Quando uma cidade sofre terremoto e cai, geralmente ficam em pé colunas de edifícios, porque a técnica de construção e os alicerces dessas colunas são reforçados. Filadélfia constatara isso várias vezes após terremotos sofridos. Daí a figura de expressão, aqui usada. Em realidade significa que os crentes de Filadélfia (e a Igreja Universal) haveriam de estar sempre na presença de DEUS, pois DEUS mesmo é o Templo da Jerusalém Celeste (cf. Ap 21.22).
1. O nome do meu DEUS. Isso acontecerá para nos dar o direito de ser pronunciado ao mesmo tempo: “nosso Pai e nosso DEUS”, pois nunca jamais durante sua missão terrena, JESUS é o Filho de DEUS por Natureza; nós o somos por adoção (cf. Jo 1.12; Gl 4.5-7). Eis a razão da distinção feita por JESUS, em (Jo 20.17): “Meu Pai e vosso Pai, meu DEUS e vosso DEUS”.
 
13. “Quem tem ouvidos, ouça o que o ESPÍRITO diz às igrejas”.
I. “...Quem tem ouvidos, ouça”. A expressão da voz está no singular, mas a advertência para “todas” as igrejas (cf, 2.7, 11, 17, 29; 3.6, 13, e 22). Só não ouvem a “voz” divina os endurecidos (Hb 3.7); os tardios de coração. (Ver Is 6.10); os de olhos fechados (Rm 11.8), etc. Notemos que é o “...ESPÍRITO...” quem nos conclama a ouvir. A mensagem divina; as promessas são divinas; as advertências são divinas. Portanto, o imperativo é divino. “O ESPÍRITO SANTO continua falando a todos os ouvidos abertos e a todos os corações bem dispostos, em todas essas admiráveis e solenes mensagens. Estaremos ouvindo, realmente?”. Lembremos da tão amável e solene mensagem do Mestre: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!” (Mt 13.43). Esses são os ouvidos espirituais. Aquele que afirma possuir qualquer “receptividade” espiritual, deve exercer tal capacidade, dando ouvidos às promessas e advertências dessas cartas, passando a agir de acordo com as mesmas, não desviando seus ouvidos da verdade (ver. 2Tm 4.4), etc.
 
APOCALIPSE 3:7-13  (Estudos no Livro de APOCALIPSE - Hernandes Dias Lopes)
TEMA: IGREJA, OLHE PARA AS OPORTUNIDADES E NÃO PARA OS OBSTÁCULOS
 
INTRODUÇÃO
 
1. JESUS envia cartas às sete igrejas da Ásia. Para duas igrejas JESUS só tinha elogios: Esmirna e Filadélfia. Para quatro igrejas JESUS tinha elogios e críticas: Éfeso, Pérgamo, Tiatira e Sardes. Para uma igreja JESUS só tinha críticas: Laodicéia.
 
2. Nessas cartas JESUS revela que ele não vê a igreja com os mesmos critérios que vemos. As igrejas nem sempre são o que aparentam ser. Há gritantes contrastes quando as igrejas estão sob o olhar perscrutador de JESUS:
a) Éfeso era uma igreja ortodoxa, mas sem amor.
b) Esmirna era uma igreja pobre diante dos homens, mas rica aos olhos de JESUS.
c) Pérgamo era o lugar onde estava o trono de Satanás, mas Antipas está pronto a morrer como mártir por amor a CRISTO.
d) Tiatira a igreja se torna mundana como a cidade, mas uns poucos crentes permanecem fiéis.
e) Sardes tem fama de uma igreja viva, mas aos olhos de CRISTO ela está morta, outros estão no CTI espiritual e poucos ainda não se contaminaram.
f) Filadélfia tem pouca força aos olhos do mundo, mas é uma igreja fiel, diante de quem JESUS colocou uma porta aberta.
g) Laodicéia considera-se rica e abastada, mas aos olhos de CRISTO é pobre, cega e nua.
 
3. Filadélfia era a mais jovem das sete cidades. Fundada por colonos provenientes de Pérgamo sob o reinado de Atalo II nos anos de 159 a 138 a. C. A cidade estava situada num lugar estratégico, na principal rota do Correio Imperial de Roma para o Oriente. A cidade era chamada a porta do Oriente. Também era chamada de pequena Atenas, por ter muitos templos dedicados aos deuses. A cidade estava cercada de muitas oportunidades.
 
4. Átalo amava tanto a seu irmão EUMENES que apelidou-o de "philadelphos" = o que ama a seu irmão, que deu esse nome à cidade.
 
5. Para esta jovem igreja JESUS envia esta carta e nos ensina várias lições.
 
I. JESUS NÃO SÓ CONHECE A IGREJA, ELE TAMBÉM CONHECE A CIDADE ONDE A IGREJA ESTÁ INSERIDA
• A mensagem de JESUS à igreja é contextualizada. JESUS conhecia a igreja e a cidade. Ele fazia uma leitura das Escrituras e também do povo. Sua mensagem era absolutamente pertinente e contextualizada. Ele falava uma linguagem que o povo podia entender. Ele criava pontes de comunicação:
• Precisamos conhecer a Bíblia e conhecer a cidade onde estamos. Precisamos conhecer a mensagem e conhecer o povo para quem ministramos. Precisamos interpretar as Escrituras e a congregação, que participamos. As estratégias que são boas para uma cidade podem não ser pertinentes para outra. Os métodos usados num bairro podem não ser adequados para outro. Precisamos ousar mudar os métodos sem mudar o conteúdo do evangelho.
 
1. A cidade foi fundada para ser uma porta aberta de divulgação da cultura e do idioma grego na Ásia
• Átalo criou a cidade para ser embaixadora da cultura helênica, missionária da filosofia grega, mas CRISTO diz para a igreja que ele colocou uma porta aberta diante da igreja para ela proclamar não a cultura grega, mas o evangelho da salvação.
 
2. A cidade foi castigada por vários terremotos e as pessoas viviam assustadas pela instabilidade
• Existiam muitos terremotos e grandes tremores de terra na cidade de Filadélfia. Muitos viviam em tendas fora da cidade. Paredes rachadas e desabamentos eram coisas comuns na cidade. Era uma região perigosamente vulcânica. O terremoto do ano 17. d.C, que destruiu Sardes, também atingiu Filadélfia. Mas para a igreja assustada com os abalos sísmicos da cidade, JESUS diz: "Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do meu DEUS, e daí jamais sairá..." (v. 12).
 
3. A cidade foi batizada com um novo nome depois de sua reconstrução
• Por volta do ano 90 d.C, com a ajuda imperial, Filadélfia tinham sido completamente reconstruída. Em gratidão passaram o nome da cidade para NEOCESARÉIA - a nova cidade de César. Mais tarde, no tempo de Vespasiano, a cidade voltou a trocar de nome, FLAVIA, pois Flávio era o apelido do imperador. JESUS então, aproveita esse gancho cultural para falar à igreja que os vencedores teriam um novo nome: "... gravarei sobre ele o nome do meu DEUS, o nome da cidade do meu DEUS, a nova Jerusalém que desce do céu, vinda da parte do meu DEUS, e o meu novo nome" (v. 12). A igreja terá o nome de DEUS nela gravado e não o nome de César.
 
II. JESUS NÃO APENAS CONHECE A IGREJA, ELE SE APRESENTA COMO SOLUÇÃO PARA OS PROBLEMAS QUE ATINGEM A IGREJA
1. Para uma igreja perseguida pelos falsos mestres, JESUS se apresenta como o SANTO e o Verdadeiro - v. 7
• JESUS não apenas se apresenta como DEUS, mas destaca que ele é separado, possui santidade absoluta em contraste com os que vivem em pecado. CRISTO é santo em seu caráter, obras e propósitos. Ele não é a sombra da verdade, é sua essência. Ele é DEUS confiável, real em contraste com os que mentem (v. 9). Ele não é uma cópia de DEUS. Ele é o DEUS verdadeiro. Havia centenas de divindades naqueles dias, mas somente JESUS poderia reivindicar o título de verdadeiro DEUS.
• Ainda hoje há seitas que se consideram os únicos salvos e os únicos fiéis que servem a DEUS e não ousam atacar os crentes. Mas esses mestres mentem. Com eles não está a verdade. Devemos olhar não para suas palavras insolentes, mas para o Senhor JESUS que é santo e verdadeiro.
 
2. Para uma igreja sem forças aos olhos do mundo, JESUS a parabeniza pela sua fidelidade - v. 8
• A igreja tem pouca força, talvez por ser pequena; talvez por ser formada de crentes pobres e escravos; talvez por não ter influência política e social na cidade, mas ela tem guardado a Palavra de CRISTO e não tem negado o seu nome.
• A igreja era pequena em tamanho e em força, mas grande em poder e fidelidade. DEUS na verdade escolhe as coisas fracas para envergonhar as fortes. Sardes tinha nome e fama, mas não vida. Filadélfia não tinha fama, mas tinha vida e poder.
• A igreja tinha pouca força, mas JESUS colocou diante dela uma porta aberta, que ninguém pode fechar. A igreja é fraca, mas seu DEUS é onipotente. A nossa força não vem de fora nem de dentro, mas do alto.
 
3. Para uma igreja perseguida e odiada pelo mundo, JESUS diz que ela é a sua amada - v. 9
• Os judeus diziam que os crentes não eram salvos, porque não eram descendentes de Abraão, e por isso, não tinham parte na herança de DEUS (v. 9). Mas JESUS diz que não é a igreja que vai se dobrar ao judaísmo, mas os judeus é que reconhecerão que JESUS é o Messias e virão e reconhecerão que a igreja é o povo de DEUS e verão que JESUS ama a sua igreja.
• A igreja será honrada. Aqui CRISTO está com ela. No céu nós reinaremos com ele e nos assentaremos em tronos para julgarmos o mundo.
• Nós somos o povo amado de DEUS, seu rebanho, sua vinha, sua noiva, a sua delícia, a menina dos seus olhos.
 
4. Para uma igreja que guardou a Palavra de CRISTO nas provações. CRISTO promete guardá-la das provações que sobrevirão - v. 10
• A igreja foi fiel a CRISTO, CRISTO a guardará na tribulação. A igreja guardou a Palavra, CRISTO guardará a igreja.
• A igreja de Filadélfia não transigiu nem cedeu às pressões. Ele preferiu ser pequena e fiel a ser grande e mundana.
• Hoje muitas igrejas têm abandonado o Antigo Evangelho por outro evangelho, mais palatável, mais popular, mais adocicado; um evangelho centrado no homem, não em DEUS.
• CRISTO é o protetor da igreja. As portas do inferno não prevalecerão contra ela. Ele é um muro de fogo ao seu redor. Ela é o povo selado de DEUS e maligno nem seus terríveis agentes podem tocar na igreja de CRISTO. Ela está segura nas mãos do Senhor.
• Castelo Forte: "Se nos quisessem devorar/Demônios não contador/Não nos iriam derrotar/Nem ver-nos assustados".
• JESUS usa nesta carta três símbolos que regem toda a mensagem: uma porta aberta, a chave de Davi, coluna no santuário de DEUS. É colocada diante da igreja uma porta aberta que ninguém pode fechar (v. 8). CRISTO é chamado como aquele que tem a chave de Davi (v. 7), enquanto o vencedor é feito uma coluna no santuário de DEUS (v. 12). Essas três figuras sugerem os três próximos pontos dessa mensagem.
 
III. JESUS NÃO APENAS CONHECE AS FRAQUEZAS DA IGREJA, MAS COLOCA DIANTE DELA UMA GRANDE OPORTUNIDADE V. 8
 
1. A primeira porta aberta é a oportunidade da salvação
• JESUS disse em João 10:9 que ele é a porta da salvação, da liberdade e da provisão. Ele também usou essa figura no sermão do monte: "Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta, e apertado o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela" (Mt 7:13-14).
• Vemos aqui duas portas, e ambas estão abertas: uma abre sobre uma rua larga e cheia de gente que caminha para a destruição, o inferno. A outra porta abre-se para um caminho estreito e escassamente povoado que leva à vida eterna.
• JESUS contrasta dois caminhos, duas portas, dois destinos. Ambas as portas estão abertas e convidando as pessoas. Para entrar na porta estreita é preciso se curvar, não se podem levar bagagem e só pode passar um de cada vez.
 
2. A segunda porta aberta é a oportunidade da evangelização
• As angústias da cidade, são como que o grito de socorro dos homens, carentes do evangelho. JESUS fala de uma porta de oportunidade para se pregar o evangelho.
• Paulo via a idolatria da cidade de Atenas como uma porta aberta para falar do DEUS desconhecido.
• Quando Paulo ficou três anos em Éfeso pregando o Reino ele disse: "se abriu para mim uma porta ampla e promissora" (1 Co 16:9).
• Quando estava preso em Roma, apesar de já ter resultados tão fantásticos, conforme relato de Filipenses 1, ele pede a igreja: "Orem também por nós, para que DEUS abra uma porta para a nossa mensagem, a fim de que possamos proclamar o mistério de CRISTO...” (Cl 4:3-4).
• A igreja de Filadélfia tinha três problemas para para aproveitar a oportunidade dessa porta aberta:
a) A igreja era muito fraca (v. 8) - congregação pequena, formada de crentes pobres e escravos, fazendo com que tivesse pouca influência sobre a cidade. Mas isso não devia detê-la no evangelismo.
b) Havia oposição à igreja na cidade (v. 9) - Os judeus, chamados por JESUS, sinagoga de Satanás, perseguiu a igreja. No começo os crentes começaram a recuar, então CRISTO disse para a igreja: eu coloquei diante de vocês uma porta aberta que ninguém pode fechar. Aqueles que hoje perseguem vocês, virão e se prostrarão diante de vocês e saberão que os amei.
c) A ameaça de futura tribulação (v. 10) - Seria aquele momento apropriado para evangelismo? Não seria um tempo para recolher-se e manter-se seguro, em vez de avançar? CRISTO diz não! Ele promete guardar a igreja e a encoraja a cruzar a porta aberta sem medo. Não basta ser um igreja que guarda a Palavra (v. 8). É preciso proclamar a Palavra. Não basta não negar o nome de CRISTO (v. 8). É preciso anunciá-lo. Não basta ser uma igreja ortodoxa, é preciso ser uma igreja missionária! Assim como a cidade tinha uma missão ser a missionária da cultura grega, a igreja deveria ser a missionária do evangelho. A porta estava aberta. A porta está aberta, precisamos aproveitar as oportunidades enquanto é dia!
 
3. Quais são as portas abertas que JESUS tem colocado diante da nossa igreja?
a) Evangelização através da Escola Dominical e dos cultos, convidem seus amigos.
b) Evangelização através de reuniões nos lares. Convide seus amigos para estudar a Bíblia com você.
c) Evangelização através dos encontros de casais.
d) Evangelização através dos meios de comunicação: Televisão, rádio, internet, livros, fitas, Cd's, DVD's, folhetos.
e) Abertura de novas congregações em nossa cidade.
 
IV. JESUS NÃO APENAS CONHECE AS DIFICULDADES DA IGREJA, MAS DÁ-LHE UMA GRANDE GARANTIA V.7
1. JESUS tem em suas mãos toda autoridade
• Quem tem as chaves tem a autoridade. JESUS tem não apenas as chaves da morte e do inferno (Ap 1:18), mas também tem a chave de Davi, a chave da salvação e da evangelização.
• Ninguém pode entrar até que CRISTO tenha aberto a porta. Nem pode alguém entrar quando ele a fecha. Se a porta é símbolo da oportunidade da igreja, a chave é símbolo da autoridade de CRISTO.
 
2. JESUS tem em suas mãos a chave da salvação
• Ninguém senão JESUS pode abrir a porta da salvação. A chave está na mão de CRISTO e não de Pedro. JESUS na verdade disse a Pedra: "Dar-te-ei as chaves do reino dos céus" (Mt 16:19). E Pedro usou-as. Foi por meio da sua pregação que os primeiros judeus foram convertidos no Pentecoste (At 2). Foi mediamente a imposição das suas mãos e de João que o ESPÍRITO SANTO foi dado aos primeiros crentes samaritanos (At 8). Foi através do seu ministério que Cornélio e sua casa, os primeiros gentios foram salvos (At 10). Pedro de fato abriu o reino do céu para os primeiros judeus, os primeiros samaritanos e os primeiros gentios. Mas as chaves estão agora nas mãos de JESUS.
• A porta da salvação foi e ainda está aberta. Todo aquele se arrepende e crê pode entrar. Mas um dia essa porta será fechada. O próprio CRISTO a fechará. Porque a chave que a abriu irá fechá-la novamente. E quando ele fechá-la ninguém poderá abri-la. Tanto a admissão como a exclusão estão unicamente em seu poder.
• JESUS alertou para o perigo das pessoas encontrarem a porta da salvação fechada. Ler LUCAS 13:24-28: "...". É possível uma pessoa ser batizada, participar da comunhão e assim mesmo ficar de fora da porta da salvação.
 
3. JESUS tem a chave da evangelização
• Precisamos compreender a soberania de CRISTO na realização da sua obra. Há portas abertas e portas fechadas. Quando ele abre ninguém fecha e quando ele fecha ninguém abre.
Ninguém pode deter a igreja quando ela pelas portas que o próprio CRISTO abriu. Exemplo: Pedro esta preso e ameaçado de morte. Mas o portão de ferro abriu-se automaticamente. Paulo e Barnabé na primeira viagem missionária apesar de serem perseguidos e Paulo apedrejado viram as maravilhas de DEUS e relataram à igreja: "reunida a igreja, relataram quantas coisas DEUS fizera com eles, e como abrira aos gentios a porta da fé" (At 14:22).
• CRISTO tem as chaves e abre as portas. Tentar entrar quando as portas estão fechadas é insensatez. Deixar de entrar quando estão abertas é desobediência.
• Ouvimos hoje um clamor: "Passa a Macedônia e ajuda-nos”. Não podemos deixar nossos ouvidos surdos a esse clamor. Evangelismo é uma tarefa imperativa, intransferível e inadiável.
• Esta igreja tem o projeto de plantar novas igrejas na Costa Oeste de Vitória e em outros bairros. As portas estão abertas!
 
V. JESUS NÃO APENAS CONHECE A POBREZA DA IGREJA, MAS PROMETE A ELA UMA GRANDE RECOMPENSA E UMA GLORIOSA HERANÇA V. 12
1. Permaneça firme até a segunda vinda de CRISTO - v. 11
• JESUS envia uma telegrama à igreja: "Eis que venho sem demora!" (v. 11). É só mais um pouco e chegará o dia da recompensa. A herança que ele preparou para nós é gloriosa.
• CRISTO virá em breve. Não precisamos de nada novo. Precisamos guardar o que temos. Precisamos proclamar o que já possuímos.
• A coroa aqui não é a salvação, mas o privilégio de aproveitarmos as oportunidades de DEUS na proclamação do evangelho. JESUS disse para a igreja de Éfeso que se ela não se arrependesse, ele removeria o seu candeeiro, e removeu!
 
2. O vencedor será coluna no santuário de DEUS - v. 12
• Se nos tornarmos peregrinos nessa vida, seremos uma coluna inabalável na próxima. Aqui os terremotos da vida podem nos abalar, mas no céu estaremos tão firmes e sólidos como a coluna do santuário de DEUS.
 
3. O vencedor terá gravado em sua vida um novo nome - v. 12
• Esse novo nome terá o nome de DEUS, da igreja, a nova Jerusalém e o novo nome de CRISTO. Pertencemos para sempre a DEUS, a CRISTO e ao seu povo. Viveremos com ele em glória.
 
CONCLUSÃO
• A porta aberta representa a oportunidade da igreja. A chave de Davi, a autoridade de CRISTO. E a coluna do templo de DEUS, a segurança do vencedor. CRISTO tem as chaves. CRISTO abriu as portas. CRISTO promete fazer-nos seguros como as sólidas colunas do templo de DEUS. Quando ele abre as portas nós devemos trabalhar. Quando ele fecha as portas nós devemos esperar. Acima de tudo, devemos ser fiéis a ele para vermos as oportunidades e não os obstáculos.
 
• Agora é conosco. As portas ainda permanecem abertas. CRISTO convida-nos primeiramente a entrar pela porta da salvação, e em seguida, pela porta do serviço, da evangelização. Igreja, veja as oportunidades e não os obstáculos!
 
Resumo
a) Assim como Filadelfo se tornou famoso pela lealdade demonstrada a seu irmão, semelhantemente a Igreja, a verdadeira Filadélfia, herda e cumpre o caráter daquele mediante sua constante lealdade a Cristo(Ap 3:8,10).
b) Assim como a cidade fica próxima da “porta aberta” de uma região de onde derivava a sua riqueza, semelhantemente à congregação cristã ali existente era dada uma “porta aberta” de oportunidade para que a explorasse (Ap 3:8; cf 2Co 2:12).
c) Os símbolos da “coroa” e do “templo”(Ap 3:11,12), salientam um contraste com as festividades religiosas e ritos da cidade.
d) Em contraste com a inconstância de vida numa cidade sujeita aos terremotos, aqueles que são vencedores recebem a promessa da estabilidade final de serem parte da edificação do templo de Deus.
e) Enquanto que a cidade recebera novos nomes da parte dos imperadores divinizados, os “vencedores” receberão novos nomes que denotarão sua participação permanente na cidade do verdadeiro Deus (Ap 3:12).
 
 
INTERAÇÃO
Professor, nesta lição estudaremos a sexta carta enviada ? igreja de Filadélfia. Essa igreja e a de Esmirna foram as únicas que não receberam nenhum tipo de repreensão do Senhor. Sabemos que não existem igrejas ou pessoas perfeitas. Como ser humano, estamos sujeitos ao erro. Todavia, como servos de CRISTO e igreja do Senhor, não amamos o pecado e não somos mais dominados por ele. Não temos mais prazer no erro. No decorrer da lição incentive seus alunos a viverem de modo santo, buscando sempre guardar a Palavra de DEUS e exaltar o nome de JESUS, a fim de que no Dia do Senhor, que está bem próximo, possamos ouvir: "Vinde benditos de meu Pai, possui por herança o Reino que está preparado desde a fundação do mundo" (Mt 25.35).
 
OBJETIVOS - Após a aula, o aluno deverá estar apto a:
Conhecer o contexto geográfico e histórico da cidade de Filadélfia. 
Compreender como JESUS se apresenta a igreja de Filadélfia.  
Elencar as principais características da igreja de Filadélfia. 
 
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA 
Professor, providencie cópias do quadro abaixo  para os alunos. Utilize o quadro para fazer um resumo das cartas estudadas. Procure enfatizar os elogios e as repreensões. Explique que as mensagens encontradas nestas cartas são do Senhor JESUS e servem para as igrejas de nossos dias. Muitos problemas enfrentados pelas igrejas do passado são enfrentados por muitas igrejas da atualidade, por isso podemos aprender muito com cada carta.
 
 
RESUMO DA LIÇÃO 8, FILADÉLFIA, A IGREJA DO AMOR PERFEITO
I. FILADÉLFIA, A CIDADE DO AMOR FRATERNAL
1. A história de Filadélfia.
2. A igreja em Filadélfia.
II. A IDENTIFICAÇÃO DO MISSIVISTA 
1. JESUS, o SANTO de DEUS (Ap 3.7).
2. Verdadeiro (Ap 3.7).
3. A chave da Casa de Davi.
III. UMA IGREJA AMOROSA, PACIENTE E CONFESSANTE
1. Amar é a maior das obras.
2. Força na fraqueza.
3. Amorosa perseverança.
IV. FILADÉLFIA NOS ÚLTIMOS DIAS
1. A iminência da volta de JESUS.
2. A Grande Tribulação.
3. A coroa de glória.
 
SINOPSE DO TÓPICO (1) Filadélfia era a igreja do amor fraternal. Esta igreja não recebeu nenhuma repreensão do Senhor.  
SINOPSE DO TÓPICO (2) JESUS se apresenta ao pastor da igreja em Filadélfia como aquele que é SANTO e Verdadeiro. Filadélfia deveria fazer-se notória também pela sua santidade.
SINOPSE DO TÓPICO (3) Filadélfia era uma igreja amorosa e paciente. Pela fé sabia como tirar forças da fraqueza.
SINOPSE DO TÓPICO (4) Filadélfia era uma igreja amorosa e paciente. Pela fé sabia como tirar forças da fraqueza.
 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - Subsídio Bibliológico
"Filadélfia
Tinha sido fundada pelos cidadãos de Pérgamo, em uma região fronteiriça, como uma porta de entrada ao platô central da Ásia Menor. De Filadélfia, saíam rotas de comércio que levavam a Mísia, Lídia, e Frigia. A rota postal do império romano também passava por Filadélfia, e a cidade ganhou o nome 'Porta para o Oriente'. As planícies ao norte eram propícias para a plantação de uvas, de maneira que a economia de Filadélfia se baseava na agricultura e na indústria. O terremoto de 17 d.C., que tinha destruído Sardes, também tinha sido particularmente devastador em Filadélfia, porque a cidade estava próxima a uma linha de falha geológica e sofreu muitos tremores de terra subseqüentes. Isto fazia com que a população se preocupasse e levava muitos deles a viver fora dos limites da cidade. Filadélfia era uma igreja pequena em uma área difícil, sem prestígio e sem riquezas, desencorajada porque tinha crescido. Mas CRISTO não tinha palavras de repreensão para esta igreja pequena e aparentemente insignificante, e Ele descreveu-se à igreja de Filadélfia como o que é santo, o que é verdadeiro. Este era um título familiar de DEUS (veja Is 40.24; Hc 3.3; Mc 1.24; Jo 6.69)" (Comentário do Novo Testamento: Aplicação Pessoal. 1.ed. Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p.846).
 
VOCABULÁRIO
Gálico: Relativo à Gália; gaulês.
Helenizar: Dar caráter grego a, tornar(-se) semelhante aos helenos, à sua cultura e civilização.
Terna: Relativo a ternura; meiga, afetuosa.
Capitulou: Entregou-se, se rendeu.
Desfraldando: Espalhando (notícia, palavras, doutrinas etc.); divulgando.
Iminência: Aproximação, urgência.
 
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
LAWSON, Steven J. As Sete Igrejas do Apocalipse: O Alerta Final de CRISTO para o seu Povo. 5. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
HORTON, Stanley M. Apocalipse. As coisas que brevemente devem acontecer. 2. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001.
SAIBA MAIS - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 50, p.40.
 
QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO 8, FILADÉLFIA, A IGREJA DO AMOR PERFEITO
Responda conforme a revista da CPAD do 2º Trimestre de 2012
Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas verdadeiras e com "F" as falsas
 
TEXTO ÁUREO
1- Complete:
"Mas qualquer que __guarda__ a sua palavra, o __amor__ de DEUS está nele verdadeiramente aperfeiçoado; __nisto__ conhecemos que estamos nele"  (1 Jo 2.5).
 
VERDADE PRÁTICA
2- Complete:
__Amar__ não é suficiente. É urgente que o nosso amor seja __perfeito__ como __perfeito__ é o amor com que DEUS nos amou.
 
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO 
3- Que tipo de amor possuía a igreja de Filadélfia?
(    ) Possuía um amor que tirava forças da fraqueza.
(    ) De sua pobreza temporal, extraía bens eternos para enriquecer o mundo.
 
4- Qual o segredo da igreja em Filadélfia, se é que isso era segredo?
(    ) Era o amor que ela santificava a CRISTO.
(    ) A uma igreja amante como Filadélfia, o Amado abre uma porta que ninguém poderia fechar.
(    ) JESUS escancara-lhe os portais da evangelização e da obra missionária, levando-a a avançar como Reino de DEUS além de suas fronteiras.
 
I. FILADÉLFIA, A CIDADE DO AMOR FRATERNAL
5- Qual a história da cidade de Filadélfia?
(    ) Filadélfia foi estabelecida pelo rei Átalos Filadelfos II de Pérgamo em 189 a.C.
(    ) Ao construir a cidade, tinha como objetivo helenizar a região que, até aquela época, usava como língua comum, o gálico.
(    ) O território da bíblica Filadélfia é ocupado, hoje, pela cidade turca de Alasehir, situada a 130 quilômetros ao leste de Esmirna.
 
6- Qual a história da igreja em Filadélfia?
(    ) À semelhança das demais igrejas da Ásia Menor, Filadélfia também foi estabelecida ou pelo apóstolo Paulo, ou por algum membro de sua equipe (At 19.10).
(    ) Poucas informações temos dessa congregação, que passaria à história como a igreja do amor fraternal.
(    ) A essa igreja, endereçou o Senhor JESUS uma carta carinhosa e terna.
 
II. A IDENTIFICAÇÃO DO MISSIVISTA 
7- Como se apresenta o Senhor JESUS ao anjo da igreja em Filadélfia?
(    ) Apresenta-se o Senhor JESUS como aquele que é SANTO e Verdadeiro (Ap 3.7).
(    ) Somente alguém com essas credenciais far-se-ia digno de receber do Pai a chave da casa de Davi, para abrir-nos todas as portas da oportunidade (Is 22.22).
 
8- Por que JESUS é o SANTO de DEUS (Ap 3.7)?
(    ) A santidade é um dos principais atributos de CRISTO.
(    ) Embora separado do pecado, Ele não se separou dos pecadores, mas ofereceu-se, amorosa e sacrificalmente, para salvar-nos de nossas iniqüidades (Hb 2.14). 
(    ) Se Ele é santo, de sua Igreja requer santidade e pureza (1 Pe 1.16).
(    ) Filadélfia deveria fazer-se notória também pela santidade, pois sem esta ninguém verá o Senhor (Hb 12.14).
 
9- Por que JESUS se apresenta como Verdadeiro (Ap 3.7)? Complete:
Apresentando-se também como __verdadeiro__, o Senhor JESUS demanda de sua Igreja uma postura verdadeira e __confessante__. Filadélfia tinha tais características. Por isso, estava disposta a__ professar__ o nome de CRISTO até o fim. Ela não se conformava com este mundo.
 
10- Por que JESUS é a chave da Casa de Davi? Complete:
JESUS é o representante mais autorizado da casa de Davi, pois somente Ele reuniu as condições necessárias para exercer o __tríplice__ ministério messiânico: profeta, sacerdote e rei (Sl 110.1-7).
Dessa forma, ficou ao seu encargo a chave da Casa de Davi que, no Antigo Testamento, fora confiada a __Eliaquim__ (Is 22.22-25). Apresentando-se assim a Filadélfia, Ele deixa bem claro que, na expansão do Reino de DEUS, nenhuma porta haverá de __prevalecer__ contra a Igreja, porque Ele as abrirá (Mt 16.13-19). Portanto, se nos dispusermos a alcançar os confins da terra, certamente seremos bem sucedidos.
 
III. UMA IGREJA AMOROSA, PACIENTE E CONFESSANTE
11- Cite alguns traços da personalidade da igreja em Filadélfia:
(    ) Amar é a maior das obras - Cumpria zelosa, e perseverantemente, os termos da Grande Comissão (Mt 28.19,20; At 1.8).
(    ) Força na fraqueza - Sabia como tirar forças da fraqueza (Hb 11.34).
(    ) Amorosa perseverança - Em meio às perseguições, Filadélfia jamais negou o nome do Senhor (Ap 3.8)
 
12- Ligue a primeira coluna de acordo com a segunda:
 
 
IV. FILADÉLFIA NOS ÚLTIMOS DIAS
13- Qual era a perspectiva escatológica verdadeiramente bíblica da igreja em Filadélfia?
(    ) Ela encarava com seriedade a iminência da volta de JESUS CRISTO.
 
14- Lendo a carta de JESUS à igreja em Filadélfia, por que sabemos da iminência da volta de DELE, qual a implicação disso em nossos dias?
(    ) Em sua carta à igreja em Filadélfia, o Senhor JESUS alerta-nos: "Eis que venho sem demora" (Ap 3.11).
(    ) Nunca estas palavras fizeram-se tão urgentes quanto hoje. Basta ler os jornais, para se confirmar o cumprimento das profecias que preanunciam o arrebatamento da Igreja.
(    ) Tenho certeza de que Filadélfia, ao receber tal exortação, alegrou-se muito, pois, amante como era, suspirava pelo Amado (2 Tm 4.8). E você? Ama realmente a volta do Senhor?
 
15- Qual a situação da igreja em Filadélfia em relação à Grande Tribulação que virá após o Arrebatamento da Igreja?
(    ) Muitas eram as tribulações que se abatiam sobre Filadélfia.
(    ) De uma coisa, porém, sabia aquela amantíssima igreja: o Senhor não permitira viesse ela a ser alcançada pela Grande Tribulação.
 
16- Qual a promessa de JESUS a nosso respeito, caso nos pareçamos com a igreja em Filadélfia?
(    ) Nos promete JESUS: "Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra" (Ap 3.10).
(    ) Não tenha medo. Antes que chegue a angústia, JESUS virá arrebatar-nos. E assim estaremos para sempre com o Senhor (1 Ts 4.13-17).
 
17- Qual a importância da coroa de glória e como não a perdermos?
(    ) A igreja em Filadélfia já havia recebido sua inteira aprovação do Senhor.
(    ) Haveria a igreja em Filadélfia de mostrar-se vigilante e cuidadosa para que ninguém lhe furtasse o galardão: "Guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa" (Ap 3.11).
(    ) Está você vigilante e cuidadoso com o que lhe confiou JESUS? Não permita que o Diabo lhe roube no tempo os bens que o Senhor lhe preparou na eternidade (Ap 2.10).
 
CONCLUSÃO 
18- Complete:
Mantenhamo-nos __fiéis__. O Senhor JESUS não __tarda__. Em seu inconfundível amor, promete-nos: "A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu DEUS, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu DEUS e o nome da cidade do meu DEUS, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu DEUS, e também o meu novo nome" (Ap 3.12). Sabe você o que significa esta promessa? Além de termos o __privilégio__ de morarmos nos céus por toda a eternidade, seremos lá tidos como ilustres. Sobre nós estará o nome de __DEUS__, do Noivo e da Jerusalém Celeste. Quem tem ouvidos ouça o que o ESPÍRITO diz às igrejas.
 
RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO fonte fonte/www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm