ADOLESCENTES - Lição 11: Problemas enfrentados na Obra Missionária


2º Trim. 2012 - ADOLESCENTES - Lição 11: Problemas enfrentados na Obra Missionária

PORTAL ESCOLA DOMINICAL
ADOLESCENTES – CPAD
2º Trimestre 2012
Tema: Minha Missão no Mundo
Comentarista: Niedja de Mello


LIÇÃO 11 – PROBLEMAS ENFRENTADOS NA OBRA MISSIONÁRIA


Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que possa conduzir o aluno a:
Identificar as dificuldades e barreiras que a Obra de Deus enfrenta; conscientizar-se da responsabilidade individual de cada membro do corpo de Cristo.

Para refletir
“Então, disse aos seus discípulos: A seara é realmente grande, mas poucos são os ceifeiros.”(Mt. 9:37 – ARC)

“Para todas as carreiras há concorrências entre os homens. Há milhares de excedentes procurando vagas nas universidades, mas para o ministério, a mais urgente de todas as vocações, poucas pessoas se oferecem.” – Dr. Shedd.


Texto Bíblico: 2 Co 10:16.

Introdução
Não devemos nos deixar desanimar pelas dificuldades. Em sintonia com Paulo, que recomendava as coletas para ajudar a Igreja em Jerusalém (Rm 15:25-27), lembrando-nos que a cooperação, indispensável para a evangelização do mundo, é um direito-dever de todos os que fazem parte do Corpo de Cristo.

Problemas Internos e externos
O cristianismo nasceu com uma comissão, endereçada à todos seus membros – “Ide... Fazei discípulos em todas as nações”.  Os documentos históricos da Igreja deixam claro que a mensagem cristã deveria ser proclamada indistintamente a pessoas de todos os povos e nações. Assim sendo, desde o início os cristãos atravessaram intencionalmente barreiras nacionais, étnicas e culturais. A extraordinária mobilidade geográfica dos primeiros cristãos foi um dos principais fatores que contribuíram para a rápida difusão da fé nos primeiros séculos. Os maiores responsáveis pelo crescimento da Igreja não foram somente os esforços metódicos e organizados de líderes como o apóstolo Paulo, mas o testemunho informal de cristãos anônimos que por onde iam compartilhavam com as pessoas as suas novas convicções.

Como aconteceu no passado, também nos dias de hoje o cristianismo continua a atravessar barreiras geográficas e culturais. Um exemplo bem atual é o dos brasileiros que têm ido morar nos Estados Unidos, na Europa e no Japão, e nesses lugares têm plantado igrejas e evangelizado tanto os seus patrícios como os naturais da terra. Ser missionário não é uma tarefa fácil, porém é um privilégio, não um fardo intolerável carregado por uns “grandes servos de Deus”. Mas esse privilégio está ligado ao caminho da renúncia e de levar cada dia a sua cruz. O sofrimento faz parte da vida de muitos missionários e, quanto mais penetrarmos nas regiões ainda não alcançadas, mais teremos contato com realidades de grande carência social e espiritual, de conflito com poderes das trevas, de violência, guerra e perseguição.


Pouco investimento em missões
Em todas essas dificuldades, é imprescindível o apoio e o sustento missionário por parte da Igreja.
Temos muitas dificuldades para cumprirmos nossa missão, também, por enfrentarmos problemas culturais, problemas estes que atingem nossa base de fé e doutrina. A exemplo disto, temos o senso de incapacidade ao desenvolvimento, falta de criatividade para executar projetos próprios e de forma autônoma, sentimentos fatalistas e a famosa dependência comercial e econômica.

Esta é uma questão histórica e cultural que vem transcorrendo épocas e alcançado nossos dias, nossas vidas e como vivemos. Transferimos nossa responsabilidade “do Ide de Jesus” para o ministério, para outros a responsabilidade da Obra missionária quando Deus nos chama e somos incapazes de obedecer a grande comissão, e através de uma conduta omissa e silenciosa, ficamos como que não tivéssemos o dever de anunciar o Evangelho, sem nem ao menos uma resposta verbalizada e visivelmente prática.

Quando nossos missionários estão fora do Brasil alguns, recebem apoio financeiro. Necessitamos reconhecer que em Deus somos fortes e capazes de provocar grandes diferenças por iniciativas centralizadas no Seu propósito como verdadeiros agentes e emissários de Sua santa Palavra, seja indo ou apoiando responsavelmente aqueles que estão na “linha de frente da batalha” contra os governos de Satanás neste mundo.

Quando nos posicionamos para fazer missões, nos posicionamos contra as forças espirituais que atuam neste século para tentar impedir o crescimento do Reino de Deus. Não há outro caminho, ou avançamos para fazer recuar o reino de Satanás, ou recuamos e o seu reino vence. Essa batalha espiritual não se detém somente na realidade espiritual, mas nos meios através dos quais esta se evidencia no mundo natural. Partindo deste ponto de vista e analisando as influências desta batalha da Igreja contra o reino de Satanás no mundo, “recuamos” ou “avançamos” de acordo com o nível de obediência à vocação de Cristo.

Temos perdido grandes oportunidades. Precisamos dar passos importantes em direção a um avivamento começando a ser sinceros conosco, na verdade, muitos não crêem que missões é o plano de Deus para o mundo, só que confessar isto é duro demais, então dizemos que missões é o plano de Deus, mas não estimulamos as pessoas a crerem a ponto de se envolverem. A maior prova desta falta de fé é o que fazemos com as finanças. Segundo o sistema capitalista, ninguém investe onde não se pode receber lucros. Nossas vidas sofrem esta influência diariamente e a situação fica ainda mais grave quando transferimos para a Igreja.

Se há uma necessidade material local e a igreja não tem reservas no caixa, fazemos de tudo, são campanhas, ofertas especiais, cantinas, desafios recheados de versículos, etc., mas quando se apresenta um missionário com necessidade de ser enviado para o campo sob nossos cuidados financeiros, a situação muda completamente e o que os missionários ouvem são argumentos comuns à maioria : “Estamos com salários atrasados”, “temos muitas contas à pagar e não temos tido reservas”, “nossa arrecadação caiu”, etc.

Se for para investir numa quadra de esportes, reforma luxuosa ou no preparo de uma viagem coletiva, ou um passeio com todos os membros, somos capazes de fazermos de tudo, quando o assunto é missões, é em favor de projetos missionários – nada. Por que? -  porque nos falta fé e amor para com os povos que ainda não ouviram falar de Jesus.

Usamos desculpas para nos ausentar da responsabilidade financeira e prioritária que temos com a obra missionária. Deus espera por nossa atitude. O Seu amor é indescritível à compreensão do homem. Somos incapazes de compreender Seu sentimento. O pecado nos tornou inimigos da Sua natureza, fizemos e fazemos o que Ele repudia. Grande foi nosso pecado, miseráveis somos, indignos de estar na santa presença de Deus, desconhecidos éramos de natureza, mas Ele nos aceitou, nos amou, nos perdoou, de graça nos concedeu através do Seu Filho a salvação eterna, encheu nossos corações do sentimento de paz, milagrosamente restaurou uma comunhão que estava definitivamente perdida, curou nossas chagas e demonstrou o que Ele faz por aqueles que o aceitam.

Tudo o que Deus fez por nós, Ele quer fazer com outros, seja do Brasil ou entre outras nações. O problema é que muitos, e infelizmente a maioria pessoas de influência na Igreja, não crêem nisto e pensam que as nações merecem ir inteiras para o inferno por não crerem em Jesus. Outros pensam que Deus reservou salvação aos escolhidos, então “cruzam os braços” e esperam que Ele faça todo o trabalho, porque todo esforço humano será inútil para mudar a história na presciência de Deus.

Não fazemos missões ainda como deveríamos por enfrentarmos problemas com nossa fé também.Pense comigo : segundo o manual Intercessão Mundial, Edição Século XXI (2003) diz que em toda América do Sul no ano 2000 havia 36.900.030 evangélicos para 10.192 missionários dela enviados ao seu interior e nações fora dela. Isto significa que havia nada mais e nada menos que 3.611.297 de cristãos evangélicos para cuidar de cada missionário. Ainda sim é tão popular missionários representarem a dificuldade de fazerem o que é de responsabilidade de todos. Apesar de fazermos muita coisa, não conseguimos realizar o óbvio, o básico, o que justifica nossa permanência no mundo após nossa salvação que é sermos luz para as nações.

Conclusão
Jesus disse que a seara é grande e poucos são aqueles que trabalham nela. Depois Ele orientou que rogássemos ao Senhor da seara para que enviasse trabalhadores à Sua seara. Estes trabalhadores não podem decidir por si mesmos irem ao campo, somente Deus pode enviá-los, porque, sabendo das carências no mundo, quando Ele envia, envia pessoas da qualidade certa. O problema é que muitos ignoram o chamamento de Deus e se envolve por conta própria na obra missionária sem avaliarem os prejuízos que este sem a bênção de Deus através da Igreja causará ao trabalho e à vida das pessoas.

Há muitas Igrejas que hoje poderiam estar seriamente comprometidas em apoiar missionários moralmente, espiritualmente, logisticamente, financeiramente e ministerialmente. Existe, de fato, pouquíssimo investimento destas áreas na obra missionária geral como na vida pessoal e familiar dos missionários. Temos ainda muitas dificuldades para cumprirmos nossa missão neste mundo. Se assim fizermos, milhares de pessoas irão se prostrar diante DELE confessando-o ser o Filho de Deus, gente como nós, de toda parte, de todas as etnias, falantes de línguas que nem imaginávamos existir, juntos, tendo a mesma visão da glória de Deus sobre Seu Filho, porque eu e você investimos na tarefa de pregar o Evangelho para a salvação de todos eles.

Quando medito na vinda de Jesus, sinto-me ainda mais desafiada na obra missionária, a maior e mais valiosa riqueza que poderemos receber será olhar nos olhos do Redentor e ver NELE a alegria de ser glorificado por outros que um dia pudemos alcançar. Apesar dos problemas, o que importa é a responsabilidade pessoal, que temos diante de DEUS.
Despertemos-nos, e tomemos nossa posição diante do IDE do Senhor Jesus.


Colaboração para Portal Escola Dominical – Profª. Jaciara da Silva