PORTAL ESCOLA DOMINICAL
ADOLESCENTES – CPAD
3º Trimestre 2012
Tema: Vivendo em Família
Comentarista: César Moisés Carvalho
LIÇÃO 8 – DIVIDIDO ENTRE A FAMILIA E OS COLEGAS
Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que possa conduzir o aluno a conscientizar-se que devemos priorizar nossos familiares, equilibrando o tempo entre nossa família e colegas,aprendendo a selecionar as amizades
Para refletir
“Assim como os avós se orgulham dos netos, os filhos se orgulham dos pais.” (Pv 17.6 – NTLH)
Jamais devemos nos envergonhar ou desprezarmos nossos pais. Eles nos deram a vida, e cuidaram de nós. Se hoje somos o que somos devemos ao cuidado e dedicação deles
Introdução
Um dos momentos mais delicado na vida do adolescente, é o período onde ele sente a necessidade de se relacionar como outros da sua idade, esse vinculo de amizade pode ter uma influencia enorme sobre a postura que o adolescente assumirá daí por diante. ´
É nesta fase que muitos se distanciam da igreja, e boa parte sem conhecer Jesus. Sem duvida que atividades recreativas e sociais podem contribuir para motivar o adolescente a buscar por amizades sadias; mas o que de fato será eficaz é o ensino da Palavra de Deus, lembremos do versículo de provérbios:
“Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se
desviará dele”. (Pv 22.6)
Alguns pais ao perderem seus filhos para o mundo, as vezes se justificam dizendo ter criado os filhos na igreja, de fato na igreja e não na doutrina de Cristo, esta é a diferença no resultado.
Quanto aos professores, não podemos agir da mesma forma, transferindo a parte que cabe a nós, aos pastores. Devemos nos lembrar que o professor de EBD é a pessoa mais próxima do aluno, mais do que o Pastor da igreja. Por isso deve haver disposição e consciência por parte dos professores, afim de que a sua participação na formação do caráter do adolescente, seja plena de tal forma a alcançar excelentes frutos.
Tribos ou família?
Estudaremos nesta lição a importância de dar o devido valor à nossa família, bem como cultivar de forma equilibrada a amizade, e também conhecer as implicações com as más amizades.
Para tanto, lembro de uma crônica feita por um escritor secular, ele dizia:
“antes do advento da TV nós, nos amávamos e éramos felizes”
Não quero com isto criar uma polemica acerca da televisão, mas ressaltar a crônica do escritor, da qual nos dá a entender a dimensão da interferência na vida social das pessoas, em especial a família. Temos também o fato de que a maioria dos adolescentes tem nascido na era da informática, da internet, do telefone celular, tecnologias que de fato facilitam a comunicação mas ao mesmo tempo criam um distanciamento entre as pessoas, que não se comunicam pessoalmente e sim virtualmente. Deste modo os relacionamentos com sentimento, fraternidade e compreensão são substituídos pela superficialidade e ilusão, onde alguns deixam o convívio social e se isolam. Esquecendo-se que como seres humanos necessitamos manter relacionamentos com outras pessoas, e este deve ser sincero honesto e fiel.
Assim como Deus foi o arquiteto da família também podemos considerar como o idealizador da amizade. Pois Deus colocou em nós a necessidade de termos relacionamentos, no inicio quando Deus criou ou homem logo viu que não era bom que estivesse só.
“E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora
que esteja {ou lhe assista} como diante dele”.(Gn 2.18)
A partir daí Deus formou a mulher e a entregou a Adão, para que esta lhe viesse a ser sua companheira, a Bíblia também declara que Deus mantinha um vinculo de amizade com o homem, pois todas as tardes vinha conversar com o casal – essa valorização e comunhão deve ser preservado na família.
O mesmo princípio que norteavam a amizade de Deus e o homem, também deve ser os requisitos da amizade entre os amigos; amor, lealdade, confiança. È na família que esperamos encontrar uma palavra amiga de incentivo e conforto. Pois estamos sujeitos a momentos de desanimo e fraqueza. Alem do mais sempre necessitamos de alguma ajuda, quer seja material ou espiritual.
“Diga-me com quem tu andas, que direi quem tu és”
Como já dissemos em outra ocasião o adolescente passa por uma fase de novas descobertas, entre elas a necessidade de manter contato com outros adolescentes, não só no que diz respeito ao inicio da atração pelo sexo oposto, mas também pela proximidade de seu próprio grupo.
Mas ambas as situações é necessário escolhermos bem os amigos, pois em uma fase de definição da identidade surge a necessidade de fazer escolhas, daí o fato doadolescente ser facilmente influenciado.
Seria bom que todos os pais tivessem consciência deste período, pois alguns deixam que o elo de amizade com seus filhos sejam quebrados, com isto os adolescentes vê nos amigos esse elo que não possuem com os pais. Esta situação se torna perigosa quando esses amigos não exercem uma influencia boa.
As pressões da turma
Logo assim que os adolescentes passam a ser participantes de grupos, quer seja na escola ou na igreja, passam logo a sofrer com a pressão acerca de modos de comportamentos e vestimentas,
Sem maturidade para discernir o correto, eles acabam por pensar que não proceder da mesma forma de determinados comportamentos que o seu grupo, poderiam ser tachados de bobos e de caretas, quando sabem de que algo é errado, acabam por fazer para não ficarem por fora.
Cabe aqui aos professores demonstrar aos alunos a importância de não se deixar levar por tais influencias, que por fim só trazem prejuízo. Lembre os do sábio conselho do apostolo Paulo:
“Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes.” (1Co 15.53)
Contra o fato da influencia má que o mundo poderia fazer contra os cristãos, o apostolo Paulo nos deixou um excelente conselho:
“E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do
vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita
vontade de Deus. “ (Rm 12.2)
O versículo nos fala que não devemos nos deixar conformar, ou seja, conciliar, harmonizar, tornar conforme, ser conforme, acomodar-se, ser da mesma opinião, concordar, identificar-se, ajustar-se, modelar-se com as formas de procedimentos do mundo, ao contrario devemos a cada dia entendermos a vontade de Deus, para assim sermos a diferença.
Desta forma o adolescente deve escolher fazer o que é correto sem se preocupar com que os outros irão falar a seu respeito, lembre os da lição passada. Talvez Daniel e seus amigos foram ridicularizados e tidos por bobos pelos demais, por preferirem apenas legumes quando podiam comer do melhor do rei, mas qual foi o fim da historia? Daniel na sua escolha sem se importar com que os outros poderiam dizer, foi vitorioso e bem sucedido.
Escolha bons amigos
A escolha de bons amigos também deve ser algo importante, pois os maus amigos influenciam para o mal, o ser humano tem a tendência natural de pender para o lado ruim, pois a inclinação da natureza é má, por essa razão é difícil aprendermos a fazer o que é correto, uma criança precisa de muito tempo para ser instruída para adquirir bons hábitos e costumes, mas para esquecemos e adquirir maus costumes basta poucas horas em companhia de maus amigos.
Seja uma boa influência
Nós já aprendemos que mesmo sendo novo o adolescente é responsabilizado diante de Deus pelo seu procedimento. Desta forma a sua vida também pode ser usada desde cedo para a obra de Deus. Pois o adolescente pode e deve ser também um exemplo de cristão, diante da igreja, do seu primeiro trabalho, na escola, diante de seus amigos.
Geralmente as pessoas pensam que os amigos são aquelas pessoas iguais a elas, ou seja, com a mesma cor da pele, a mesma nacionalidade, a mesma maneira de ser e vestir. O essencial é invisível aos olhos, o que precisamos para fazer uma amizade não se vê pela cor ou simplesmente pela maneira de vestir, mas sim pelas atitudes e sentimentos.
Embora o adolescente procure de imediato amigos também adolescentes, chega um momento que ele se vê em uma situação que seus amigos não lhe podem ajudar, principalmente se for algo relacionado a algo intimo, como um segredo ou uma difícil e delicada escolha.
É nesses momentos que é necessário o apoio da família, esta sim sempre nos ampara – não a desprezemos.
Conclusão
Prezado (a) enfatize aos adolescentes a importância de ter sim amizades, mas estas devem ser bem escolhidas, afim de que tragam benefícios e não malefícios, o fato também de não se deixar influenciar pelos falsos amigos e nem pelos costumes ruins que alguns adolescentes têm.
O importante é desejarmos sempre ter o Senhor Jesus como nosso maior amigo, pois Ele nos conhece profundamente e sabe das nossas necessidades, esta sempre disponível para nos ouvirmos e dá solução aos mais diversos assuntos, mesmo nas coisas mais simples, e sempre é bom lembrar que Jesus sendo Deus, ao viver na terra foi um filho obediente não só a Deus Pai mas também aos seus pais terrenos – José e Maria.
“E desceu com eles, e foi para Nazaré, e era-lhes sujeito. E sua mãe guardava no coração todas essas coisas. E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens.”(Lc 2.51,52)
Colaboração para Portal Escola Dominical – Profª. Jaciara da Silva
fonte portal ebd